Poema por que o Macaco Nao Olha seu Rabo

Cerca de 534976 frases e pensamentos: Poema por que o Macaco Nao Olha seu Rabo

A mulher veste-se para as demais mulheres, e não para os homens, nem sequer para aquele a quem mais quer.

Honramos a vida quando trabalhamos. O tipo de trabalho não é importante: sua realização é. Todo trabalho alimenta a alma se ele é honesto e feito para o melhor das nossas habilidades e se ele traz alegria aos outros.

Lá onde a identidade individual se apaga, não há nem punição nem recompensa.

O sonho é um túnel que passa por baixo da realidade. É um esgoto de água clara, mas não deixa de ser esgoto.

Nenhuma mulher considera o marido realmente inteligente se é ciumento; tenha ele motivo ou não para sê-lo.

O dinheiro não pode fazer com que sejamos felizes; mas é a única coisa que nos compensa do fato de não o sermos.

Certamente é bom que o mundo conheça apenas a obra bela e não as suas origens nem as condições em que foi gerada; pois o conhecimento das fontes de onde provém a inspiração para o artista causaria frequentemente perturbação e espanto, neutralizando assim os efeitos da excelência.

Quem não sente qualquer amor, tem de aprender a lisonjear, senão não se arranja.

O homem, por natureza, é levado a desprezar quem o bajula e a admirar quem não se mostra condescendente.

Ser-se livre não é nada fazer, é ser-se o único árbitro daquilo que se faz ou daquilo que se não faz.

Há duas coisas que não se perdoam entre os partidos políticos: a neutralidade e a apostasia.

Um homem que tem de ser convencido a agir, antes de agir, não é um homem de ação.

O castigo de quem pratica atos contra a natureza e que, quando quiser ser natural, já não o conseguirá. A história de Jekyll e Hyde.

O mundo é o repertório das nossas possibilidades vitais. Não é, pois, algo à parte e alheio à nossa vida, mas é a sua autêntica periferia.

Ninguém alcança o que não possui de nascença, e o que te é estranho não o podes cobiçar.

Talvez a juventude seja apenas este
Amar perene dos sentidos e não arrepender-se.

Sandro Penna
PENNA, S., Poesie, Garzanti, 1989

O valor que não tem por fundamento a prudência chama-se temeridade, e as façanhas dos temerários devem atribuir-se mais à sorte do que à coragem.

Os ricos pretendem não se admirar com nada, e reconhecem, à primeira vista, numa obra bela o defeito que os dispensará da admiração, um sentimento vulgar.

Na verdade, um pintor não tem outros inimigos sérios senão os seus quadros maus.

Não te aborreças se os homens não te conhecem; mas aborrece-te se não conheces os homens.