Poema Passei para Deixar um Beijo

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Nenhum poema se faz de matéria abstrata.
É a carne, e seus suplícios, ternuras,
alegrias...
num reino
mais duro do que rocha da esperança
mais duro do que a nossa frágil carne,
nossa atônita alma...
Não há poema isento.
Há é o homem.
Há é o homem e o poema.
Fundidos.

⁠poema à vida

fiz minha trouxa
fui atrás da felicidade
tão absolta
pelo caminho
nele encontrei você
fechei os olhos
pensei que seria
só um sonho
até me belisquei
tive a certeza
você existia na
minha existência
tudo fez sentido
voltei às cores
tudo vida

Poema : Senzala
Autor : Wélerson Recalcatti


Por tantos dias estive neste calabouço de ferro
Navegando nas águas salgadas do mar
Finalmente esta longa viagem encerro
Espero que o sofrimento não tarde passar


Exausto desta terrível incerteza
Saudades de casa, não sei se vou voltar
Maltratado pela mão sanguinária burguesa
As marcas no corpo me fazem sangrar


Que cruel destino a que fui exposto
Nunca imaginei tamanho sofrimento
Ainda vertem as lágrimas frias do rosto
Mas na minha fé ainda busco alento


Faço minha oração a Deus implorando
Mas sou um dos poucos que ainda tem fé
Suplico pelos irmãos que não estão orando
Pois quase nem conseguem ficar em pé


Eu digo a vocês que se houver um Deus lá em cima
O homem maldito então terá que pagar
Pois nas costas negras ele tanto assina
Com seu chicote de aço que vai castigar


Entre sangue e lágrimas eu caio no chão
Frio e sem vida, de corpo a mortalha
Devastado pelos traços desta escravidão
Repouso no silêncio mortal da batalha


Onde deixo este mundo preso às correntes
Minha alma não vive, minha boca se cala
Morro então neste sangrento ambiente
Entre as paredes escuras desta imunda senzala

Tu


Tu és o poema que não ouso escrever, mas que o meu coração declama-o em segredo.


Tu és o segredo do meu corpo
quando ele pede mais.
Cada suspiro meu, tem a tua pele ,
cada gemido, a tua eternidade em mim.
Tu és o fogo que me devora
e a calma que me consome depois.
Quando tu me prendes ao teu corpo, sou infinito.
Dentro de ti, descubro que o amor
também sabe ser vulcão .
O teu calor envolve -me inteiro,
as tuas unhas riscam o meu desejo,
e dentro de ti, vagarosamente,
afundo-me cada vez mais fundo.
Não há palavra — só o choque,
o atrito, a explosão de nós dois,
quando o mundo se dissolve
no momento em que
juntos gememos um verso de fogo.

✨ Poema — Raízes e Saberes ✨


O agricultor planta o pão,
com suor, com fé, com chão.
Da terra brota o sustento,
trabalho puro, alimento.


O professor planta a ideia,
faz da mente fértil a seia.
Do saber nasce a esperança,
colhe-se luz, confiança.


Um cultiva o corpo e o dia,
outro, o sonho e a poesia.
Ambos regam, com valor,
a justiça e o amor.


Pois sem campo e sem lição,
não há vida nem nação.
O agricultor e o professor —
raízes do mesmo valor. 🌾📚

Poema: A resiliência de uma mente que transborda!
Autora: Tanile R. Silva


Eu já morri algumas vezes
Não teve sangue
Não teve velório
Não teve silêncio.
Teve dor, choro
Angústia e vazio.


Foi possível encontrar
Lágrimas
Vergonha
Culpa
Medo, e arrependimentos, daqueles que a solidão cria voz e domina o presente, enchendo o mesmo de perguntas e incertezas.


Eu não me reconhci.
Eu só reconhecia o que ecoava em meu vazio.
As vezes, a gente morre, mas continua existindo.
Buscando por força e sonhando com a superação.


Consegui me encarar frente ao espelho
Encontrei sentido através de uma memória doce, de um sábado ensolarado, em um campo floriu.


A esperança se torna o oxigênio da teimosia.
O sorriso, a tranquilidade da alma.
As palavras, os reflexos da mente que transborda.
E o pulsar do coração que bate, reflete a alma em resiliência.

Breu Noturno (poema sem o emprego da letra "A")
Juvenil Gonçalves


No breu escuro do monte
surdiu frio, eco vil.
Corvo rondou horizonte,
som sinistro surgiu.


Luz morreu, céu se nublou,
sino dobrou no terreiro.
Vento feroz ribombou,
tudo gemeu por inteiro.


Cemitério com rumor,
osso seco rolou no piso.
Olho turvo brilhou no torpor,
eco curto feriu o juízo.


No silêncio rito frio,
corpo morto tentou surgir.
Sopro bruto trouxe o estio,
ninguém vivo ousou sorrir.

Sou o poema que você não leu direito

Não me leia em voz alta.
Minhas sílabas têm espinhos.
E você sempre foi pura demais
pra sangrar desse jeito.

Eu tentei te caber.
Dobrei meus cantos,
Desmontei os móveis da alma,
Apaguei os quadros da parede
Pra ver se você entrava sem tropeçar.
Mas você preferiu as janelas,
E fez de mim uma porta trancada por dentro.

Você me lia como quem folheia bula,
Procurando efeitos colaterais
Pra justificar sua desistência.

Eu sou o poema que você fingiu entender.
O verso que você sublinhou
Só pra parecer que sentiu.
E acabou me apagando
Deixando apenas o papel marcado.
E agora você me olha
Como se eu tivesse sido tempestade demais
Pro seu guarda-chuva de pano.
Quando na verdade
Você que era feita de papel.

Não me peça explicações.
Agora sou o que sobrou
Do versos alagados
Que vazaram pelos olhos.

Você nunca me leu direito.
E agora quer tradução
para um idioma que você mesma inventou gírias?

Só te perdoo porque também não me entendo.
Só sei que doeu.
e que ainda dói
Mas agora, é voce quem vai sentir!.

Edgi Carvalho

Poema: "Minha cama"


Se minha cama pudesse sentir, sentiria em seus lençóis cada lágrima que deixei cair.


Se minha cama pudesse ouvir, ouviria cada palavra quebrada e medos que guardo só pra mim.


Se minha cama pudesse me consolar, me consolaria com seus travesseiros que não julgam, abafando o som da minha dor.


Se minha cama pudesse falar, talvez não dissesse nada. Ficaria ali comigo, quieta e imóvel mas presente, única testemunha do meu sofrer.

Poema - Entre rosas e espinhos


Dificuldade é tanto
No caminho vou andando
Desviando dos obstáculos
Pra não cair nos buracos
Às vezes me sinto sozinho
Existem dois caminhos
Não posso cometer erros
Buscar o caminho estreito
Entre leões e gorilas
Uma batalha por dia
Ninguém disse que seria fácil
Mas precisa ser ágil
Em questão de segundos
Pode girar o mundo.


A vida é maravilhosa
Mas como a rosa
Existem espinhos
Arames pelos caminhos
Que machucam por dentro
Trazendo sofrimento
Transformado em poemas
Se tem problemas
Preciso resolver na prática
Aprendi na aula de matemática
Pegar as pedras jogadas
Construir uma estrada
Seguir o caminho
Entre rosas e espinhos.

Poema(autor: Levy Cosmo Silva)


NAS RUAS CLAMAM


"Escuto vozes que clamam,
sinto o sangue que grita,
lembranças na mente emanam,
e o meu ser então se agita.


Perdoem almas que vagam,
também as mães que choram,
do mal muitos se livraram
e ao bem hoje se aportam.


Nunca fui um santo ,
nem tampouco monstro,
Luto silenciosamente no canto,
usando a dor como encosto.


Morte, solução de covarde,
Sorte, coube a mim.
Gratidão em Deus me invade,
pois ele adiou meu fim.


Vou indo a caminhar,
rumo ao desconhecido,
vendo o mundo fico a pensar,
onde há um só amigo?"


Autor: Levy Cosmo Silva

POEMA: QUAL A DIFERENÇA


Onde está a diferença e como se sabe quem ama, quem quer, quem deseja, quem diz que sente paixão de verdade só para fingir um amor e todos esses aditivos que não existem? Mas mesmo assim insiste em dizer que sente todas essas coisas lindas só para iludi-la, para não perdê-la, a pessoa que diz amar, só por algum motivo que não é amor,e sim interesse pessoal? Quem ama de verdade não trai, não mente, não engana, não trapassa, não o machuca fazendo coisas desagradáveis que sabe que a pessoa não gosta, não o deixa a pessoa amada sozinha no silêncio da solidão e do abandono por motivos neuns, se não for por uma necessidade. Não troca o amor, o carinho, a ternura, a atenção, a companhia, o calor e outras coisas boas da pessoa que diz amar por vícios, diversões, festas e outras coisas fúteis e inúteis. Que ama de verdade, ama com respeito, é verdadeiro, é digno, é fiel com a pessoa que ama, não faz nada que a pessoa não gosta que você o faça. Que o machuque, que o deixe triste, que o deixe magoada, que o deixe ferida. Quem ama de verdade e que nunca quer perder esse amor, essa paixão, esse alguém que você ama, faz ao contrário, faz por onde, faz o mais sempre, luta, briga, enfrenta o que vier, e qualquer desafio que seja, renuncia vícios, denuncia tudo o que você sabe que não o agrada, que não o deixa feliz, e que a pessoa não gosta que você o faça. E faz qualquer coisa boa para provar para a pessoa que realmente você ama ela, sim. Que ela é mas especial, a mas importante,a mais tudo para você e para sua vida, e que você quer muito e precisa tanto dessa pessoa pra sempre. Que, por essa pessoa e por esse amor, você é capaz de fazer tudo, e de tudo por ela, sem exceções de nada, para nunca perdê-la. E fazer dela a pessoa mais amada, mais desejada, mais cobiçada, mais querida, e mais valorizada da face da terra. ❤️

Li uma vez que tudo vale a pena
se não vira amor
vira poema
e se nem isso virar
vira silêncio,
saudade e momentos
e também vale
porquê sinto demais
as vezes não cabe em palavras
nem em toque
só transborda e fica
já amei quem nunca soube
já escrevi pra quem nem leu
mas cada ausência que deixou saudade
fiz rima com pedaços meus
amar é cair sem plano,
mas escrever é cair de pé
então tudo bem se doer
tudo bem se não durar
porque no fim
quem sente de verdade
sempre tem o que contar
e mesmo que vá embora
eu fico
inteira, mesmo em pedaços
com cada verso feito cicatriz bonita
porque quem ama assim
mesmo na dor,
se eterniza
e mesmo que ninguém ouça
mesmo que ninguém volte
eu sigo fazendo morada nas estrelinhas
onde tudo que vivi
ainda respira e se recorta
feito cicatriz que vira arte
e eu conto
porque sentir é um jeito bonito de existir
mesmo que não volte
mesmo que não fique
o que é real não parte!

Poema Bipolar

Hoje eu reconheço:
nem todo mundo fica,
nem todo mundo quer.

E talvez seja melhor assim.
Nessa dança de idas e silêncios,
eu não corto ninguém com as minhas arestas,ninguém me corta com a lâmina da ausência.

Entre o alívio e a solidão,
eu me divido.
Metade é paz.
Metade é vazio.

E sigo,com esse estranho consolo:
ser livre do que não me escolhe,e prisioneira do que ainda sinto.

Poema da Tarde


Sou pertinaz em falar das tardes.
Ora, o que há de mais ocioso? A noite?


Pobre noite... dama
que corre de mão em mão.


O efervescer ardente é denso
aos meus olhos molhados de suor.


E a tarde vai... voa como
meus funestos versos fracos.


Tarde! Pra quê serve a tarde?
Extenso descanso dos glutãos,
carrasca dos sertões...


Dona insana do meu labor.

Poema do encantamento


Essa paixão sem tamanho
é só o coração que inventa.
Ele é meu azul guardado,
minha esquina de silêncio e de canto.


O sol me atravessa,
me deixa leve, meio tonto.
Esse amor que não cabe no peito
não tem regra, nem medida.


O vento traz canções que escrevi
num rascunho qualquer de madrugada.
Cada verso procura por ele,
cada verso é endereço sem mapa.


A poesia fez festa em mim,
me deixou mais vivo que antes.
Até a saudade ficou bonita,
melhor que a solidão dos bancos da praça.


Teu sorriso carrega o verão,
teu abraço é sol de janeiro.
És flor, és perfume, és destino:
na beleza que é amor, respiro.


Quero a vida sempre assim:
com ele perto,
até a última chama da vela.


Eu, que descri de tudo,
descobri em seus olhos
a tal felicidade.


Mas o medo cortou o caminho:
faltou coragem em mim,
faltou coragem em ti.
E o amor ficou escondido do mundo.


Não foi justo.

🌿 Poema 🌿

Não te chamo só de avó,
porque foste casa antes de eu saber
o que era abrigo.
Tuas mãos — costura do tempo —
eram mapas que ensinavam caminhos
mesmo quando o chão parecia sumir.

O silêncio da tua ausência
tem um peso de lençol dobrado,
daqueles que ainda guardam
o cheiro do sabão caseiro.
Às vezes, passo por uma rua
e juro ouvir teu chamado,
um eco que não se cansa
de procurar meu nome no vento.

Se a vida fosse justa,
terias ficado para ver
as flores que plantei do teu jeito:
enterrando a semente
como quem faz oração.
Mas agora as rego sozinha,
e cada gota que cai
é lágrima disfarçada de chuva.

Avó-mãe,
és raiz que não morre.
Tua falta não é vazio,
é presença espalhada —
no café que esfria devagar,
na cadeira que range sem peso,
no abraço que invento
quando fecho os olhos.

E se a eternidade existe,
sei que está nas tuas histórias
que se recusam a acabar.

Poema:
O Dom, o Aprendizado e a Sabedoria


Há dons que nascem no silêncio,
brilham no olhar de quem busca,
não pedem palco nem aplausos,
apenas o espaço da alma justa.


O dom é semente divina,
plantada no tempo da fé,
cresce em meio às dúvidas,
floresce em quem não desiste de ser quem é.


Mas o dom sozinho não basta,
precisa do chão do aprendizado,
da queda que ensina o passo,
do erro que forja o resultado.


Aprender é servir ao propósito,
é lapidar o talento com dor,
é entender que o caminho mais duro
é o que mais revela o valor.


E quando o dom encontra o saber,
nasce a sabedoria serena,
que não grita, apenas ilumina,
que não impõe, apenas ensina.


A sabedoria é o fruto maduro
de quem viveu com humildade,
e entendeu que o maior mestre
é a própria vontade.


JR TEIXEIRA

Poema para Miguel


Aromas marinhos,
o ar do mar,
Miguel Marinho.
No som das ondas
sentidos despertos...
Nos convida a viver o pleno
Miguel Lemos.

Se o poema te agrada/ele não é mais meu:

é teu.

Pois o verso é a porta de entrada

da poesia que te escolheu.