Poema para uma Amiga que se Mudou
Conselhos
Não se sente em qualquer mesa e quando se sentar em uma, observe quem fica, quando todo mundo levanta e vai embora.
Não chame ninguém de amigo, sem que antes perceba como ele se refere às pessoas, longe delas.
Não dê o seu coração para gente que sorrir da queda dos outros, um dia você poderá ser motivo de suas risadas.
Não se culpe por ter amado, sentido e desejado o bem, isso fala de você, de mais ninguém.
Se perdoe, nem sempre viver é acerto, mas onde errou, recomeço.
Nildinha Freitas
A "gente"
Era uma tarde de domingo, de um dia 18. O café já estava coando e o meu coração que há tempos andava sozinho e atravessando desertos, teve a sorte de encontrar você. Foi tipo assim:
Destino!
Elo!
Conexão!
Coisas que a inteligência por si só, não explica.
Aqui estamos nós, sem entender a jornada, mas indo, indo nesta estrada que é só da "gente", só "eu e você", e mesmo quando sigo sem lhe ter por perto, lhe sinto no perfume solto no ar e posso dizer: essa é a viagem mais acompanhada que eu já fiz na vida, porque você se faz presente aqui.
Nildinha Freitas
Eu cansei destes"amores" unilaterais, onde só uma pessoa quer, onde só uma corre atrás.
Cansei de ser a presa, cansei de ser algoz e cansei de amarrar e de desatar os nós.
Nildinha Freitas
Uma lua só minha!
Dedico a Dar
Uma lua só minha foi o que eu sempre busquei no céu.
Essa lua que foi o meu teto nas noites em que eu dormi ao léu.
Essa lua já era só minha quando eu a notava e ninguém a via. Eu parava e sentia seu brilho, sua brisa a me tocar, enquanto o mundo todo corria sem ter tempo dela notar.
E quando eu me senti sozinha, uma lua só minha eu já tinha e tenho, e ela também me terá.
Nildinha Freitas
Um conto de restauração
Era uma vez uma família linda, onde tudo era tão feliz, até que chegou um monstro vestido de bom moço e tocou a alma de todas as mulheres de forma sanguinária e cruel, e foi embora.
Elas calaram diante da dor, mas uma delas se levantou, gritou que não aceitava! Foi o fim do ciclo de dor que rasgava aquela família por gerações e foi a coragem desta mulher que arrancou as correntes das suas ancestrais, mas a história não acabou, agora é hora de colher amor, continua...
Nildinha Freitas
Se acaso decidir me ter como companhia na estrada que é a vida, garanto uma única coisa: receberá de mim tudo o que plantar em meu coração. Escolha bem o que pretende colher, pois eu sou um solo fértil, um caminho de ida, da escada eu sou a subida.
Nildinha Freitas
Poeta Potiguar
Somos todos imortais, ainda que não façamos versos escritos.
A vida é uma poesia construída em braille.
Nildinha Freitas
Não é sobre sorte, é sobre ter seletividade, é essa a grande verdade.
A vida não é uma roleta, ou dados jogados no ar, mas é saber escolher o lugar onde se quer ficar.
Nildinha Freitas
Foi entregue uma página em branco no dia do meu nascimento.
A princípio, nos primeiros anos, outras pessoas foram escrevendo por mim. Aprendi o que me ensinaram, segui regras que me mandaram seguir, vesti ideias e ideais que não eram meus.
Fui programada, ensinada a acreditar em verdades alheias, mas estas pessoas não são culpadas, aprenderam assim; e eu também acabei repetindo os mesmos padrões com quem eu gerei em meu ventre.
Hoje, tendo mais maturidade, eu perdoo os erros dos que fizeram de tudo para que eu chegasse até aqui e peço, igualmente, perdão por tantas vezes não ter acertado nesta vida que já é página escrita, onde tudo o que me faz feliz canta e tudo o que ainda em mim dói, grita!
Eu sei que nesta manhã fria, sou eu quem escreve a minha história, por meio desta epifania.
Se eu errar, erros meus!
Se eu acertar, acertos meus!
Reticências, pois a vida continua...
Nildinha Freitas
Estamos formando uma geração de pessoas que esquecem de sentar à mesa e que não falam suas dores com medo de parecer fraqueza e "nós" parecemos perdidos, sem rumo certo, sem sentido.
Estamos vivendo em um barco à deriva, em um mundo imediatista, onde o tempo se perde entre os dedos e a vida passa sem que se sinta o vento, o sol, o cheiro do mar, o abraço, o amar.
Nildinha Freitas
"Vamos ali, levar essa luz própria para o mundo!
Sucesso é uma decisão interna! Espera, não vai atrai-lo até você 🫵"
Quem defende uma ideologia,
acima da coerência, da verdade,
do caráter, da honestidade
e do bem comum,
é alienado e escravo do seu ego,
do seu mero interesse,
e dessa mesma ideologia.
"Resiliência e Fé: Uma Jornada de Sobrevivência e Esperança"
Flertar com a morte por mais de dois mil dias não é uma experiência que qualquer alma suporte sem cicatrizes profundas. Cada dia vivido, cada fôlego tomado, é uma vitória silenciosa, embora nem sempre celebrada. Em alguns momentos, a morte parece uma amante tentadora, sussurrando promessas de descanso e alívio. Ainda assim, não me deixei seduzir por ela.
Tenho um relacionamento regado pela fé com o Eterno, que, mesmo nos dias mais sombrios, não deixou de me embalar com promessas de dias melhores. Confesso que, em meio a esse caminho tortuoso, minha alma já se sentiu frágil, minha voz trêmula diante das tempestades internas. Mas fraqueza não é sinônimo de desistência.
Por mais que parecesse uma mulher fraca aos olhos de quem não conhece minhas batalhas, sou forte. Fui forte por mais de 48 mil horas. Tenho enfrentado um processo que parece infinito, mas sigo aqui — de pé, mesmo que com os joelhos trêmulos. Porque há algo em mim que se recusa a ceder, algo que insiste em acreditar que o amanhã pode ser melhor.
E assim sigo, um dia de cada vez, carregando cicatrizes que contam histórias, mas com a fé de que, ao final, a luz há de prevalecer sobre todas as sombras.
Pedras e Pedradas: A Escolha que Fazemos
O mundo, uma selva de pedras, desafia cada passo que damos. Algumas pessoas se tornam as próprias pedradas, ferindo tudo e todos ao redor — “ai daqueles que os cruzem no caminho.”
Outras, com sabedoria e coragem, usam essas pedras como degraus para alcançar seus objetivos, edificando suas vidas mesmo em meio ao caos.
Os feridos, por sua vez, levantam muralhas defensivas, bloqueando sentimentos e oportunidades, ou acabam se tornando novas pedras nesse ciclo interminável de dor e resistência.
Mas há sempre uma escolha: construir, superar e transformar. As pedras estão aí — cabe a nós decidir o que faremos com elas.
O convite da essência
Há algo no meu olhar que é um convite silencioso, uma porta aberta para quem deseja se aprofundar na minha alma. Algo que conecta, que atrai, que decifra. E então, alguns se deixam levar, se ligam à minha essência sem que uma única palavra seja dita, compreendendo quem sou no silêncio. Outros se perdem, talvez não consigam ver o que é tão simples, tão claro, tão direto. Eu sou feita da simplicidade, da transparência, daquelas palavras que são ditas com clareza, e das que não precisam de som, porque se revelam nas atitudes — sempre objetivas, sempre claras.
Quando me encontro perdida nas dúvidas, me recolho. Mergulho dentro de mim, me redescubro, busco entender o que há de mais profundo, o que precisa ser revelado. Não desejo apenas passar pela vida; quero deixar nela minha marca. Quero deixar um pedaço de mim em cada pessoa que cruzar meu caminho, em cada lugar que visitar, em cada olhar que encontrar.
E, ao final, quem se conectar a mim, de alguma forma, saberá que um pedacinho ficou. Em algum canto, um pouco de mim permanecerá, como uma lembrança compartilhada.
Além da Imagem: O Olhar que Transcende
A fotografia não é apenas uma imagem congelada no tempo. Não se trata apenas de uma foto; é a tradução visual de um sentimento, uma história que vai além do que o olho pode ver. É um olhar profundo sobre o mundo, uma forma de revelar aquilo que muitas vezes escapa à percepção cotidiana. Cada fotografia carrega uma parte da minha alma, uma expressão única de como vejo e sinto o mundo ao meu redor.
Fotografar é Ver Com a Alma
Eu vejo o mundo de uma maneira única, como se houvesse sempre uma nova perspectiva sobre a mesma coisa. Para mim, a fotografia não é apenas capturar uma imagem; é sobre enxergar o que os outros não conseguem ver. Acredito que o olhar de um fotógrafo tem a capacidade de transformar algo simples em algo valioso, essencial, e é isso que tento passar em cada clique.
Minha sensibilidade me permite ver além do óbvio, e é essa percepção que tento compartilhar com o mundo. Quando vejo uma cena, busco encontrar a alma daquele momento, algo que muitas vezes passa despercebido, mas que, para mim, é o que dá significado à imagem. É como se eu estivesse dando voz àquilo que só eu consigo enxergar, tentando transmitir um pouco da minha alma através do meu olhar.
Eu quero que as pessoas, ao olharem minhas fotos, consigam enxergar aquilo que elas mesmas não conseguem ver, que sintam a essência do momento. Acredito que a verdadeira beleza está na percepção, e é isso que tento capturar – uma nova maneira de olhar para o mundo.
O Ônus e o Bônus do Silêncio
O silêncio pode ser uma arte — uma escolha sábia quando as palavras seriam navalhas afiadas. Mas já parou para pensar no turbilhão de pensamentos de quem espera, desesperadamente, ouvir ao menos uma palavra?
Há uma tortura cruel em tentar decifrar o que se esconde nesse vazio. O que se passa no outro lado do silêncio? Talvez seja um ato inteligente calar-se quando tudo o que temos a dizer reflete dor ou ressentimento. Mas será que já pensamos no quanto esse silêncio pode ferir profundamente quem escolhe sufocar suas palavras, engolindo cada sentimento como se fossem cacos de vidro?
Existe toxicidade no silêncio? Sim, quando ele se torna uma prisão que sufoca experiências não verbalizadas e necessidades não atendidas. Quando não dizemos o que nos incomoda, essas emoções se acumulam até explodirem de forma destrutiva.
Silenciar e esperar que o tempo resolva tudo é uma ilusão cômoda. É angustiante esperar que o tempo cure feridas que poderiam ser tratadas com um diálogo consciente e empático. Às vezes, bastaria a vontade de escutar — e ser escutado.
Por outro lado, o silêncio pode ser transformado em arma. O tratamento de silêncio é uma forma cruel de manipulação, abuso e punição. Ele faz com que o outro se sinta inseguro, ansioso, rejeitado, invisível e, muitas vezes, culpado por algo que nem compreende.
É preciso sabedoria para respeitar o silêncio do outro, mas também coragem para verbalizar esse respeito, validando os sentimentos de ambos.
Então, o silêncio é sabedoria ou covardia? Depende. O mérito está em saber quando calar — e quando falar, pode libertar.
Registrando-me em papel
Sinto uma necessidade urgente de me descrever, de me tornar transparente, cristalina,
como se, ao colocar minhas palavras no papel, pudesse finalmente me entender.
Há um desejo intenso dentro de mim: que as pessoas se permitam ser assim também —
sem medo de revelar seus sentimentos, suas dúvidas e pensamentos mais íntimos.
A busca pelo autoconhecimento me guia,
uma jornada silenciosa em direção a todo o meu sentir.
Com a caneta na mão e o papel à minha frente,
não tenho receio de me deixar ali, nua em cada palavra.
Cada rabisco se torna uma entrega,
um reflexo da minha consciência,
onde cabem meus medos, dores, amores, desejos e até orações.
Escrever é meu refúgio, minha forma de existir.
No silêncio das palavras, me encontro,
descobrindo, sem pressa, quem sou.
E quando eu partir, que essas palavras sejam mais do que tinta sobre papel.
Que quem as ler possa me sentir,
mergulhar na profundidade de quem fui,
mas com leveza e compreensão.
Porque é aqui, no papel, que me registro —
inteira, consciente e eterna.
Reflexos da Alma: A Arte de Capturar e Expressar
Cada imagem é uma janela aberta para o íntimo, uma fração de alma capturada em um instante. A fotografia, como uma linguagem silenciosa, fala ao coração de quem a observa, conectando sentimentos que palavras às vezes não conseguem. Mas, assim como uma imagem, as palavras também carregam o peso do que não se vê, traduzindo o invisível em sentimentos tangíveis. Quando unimos esses dois mundos — a visão e a expressão escrita —, criamos uma ponte entre o visível e o intangível, onde as emoções se encontram e se revelam.