Poema para um Lider

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Inspiração no cerrado

Escrevo diante do cerrado
A inspiração é da cor cinza
Cada galho torto isolado
Desenha versos ranzinza

E nesta paisagem esquálida
Alinha o sol com seus matizes
Tingindo a terra de cor pálida
Em variegados sem deslizes

É tão rico nos seus detalhes
E ásperos nas suas formas
Casca grossa cinzela entalhes
Em divina obra sem normas

No diferente do sertão, sedução
Cada flor na seca ou no molhado
É descoberta, renovo, é criação
Riscando a variedade do cerrado

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

copyright © Todos os direitos reservados.
Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol

Inserida por LucianoSpagnol

Voo

Voa pensamento
Livre como o vento
A procura do sentimento
Voa imaginação
Nas asas da emoção
Ao encontro do coração
Voa ilusão
Desenhando paixão
Nos rascunhos da solidão
Voa sonhos
Reais e risonhos
Sem ser enfadonhos
Voa felicidade
Sem a brisa da saudade
Flutuando na eternidade
Voa bardo transcritor
Poetando ventura e dissabor
Nos caminhos do amor...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Pequenina Lágrima

Tão frágil, tão pequenina
Ao vê-la nem se imagina
A imensidão do sentimento
O carisma de seu surgimento
Ao se notar cair pelo rosto
Na sina de algum desgosto
Ou anúncio de felicidade
A lágrima é sempre verdade:
Se pela face rola
É de alguém que chora
De saudade por quem foi embora
Se tímida ou escondida
É de recato de uma vinda ou ida
Disfarçando a angústia de uma despedida
Se imaginar ser passiva, sem vida
Ledo engano
Ela pulsa, desliza comovida.
Se for festiva, estridente
Surge de repente,
saudando a todos abertamente
Não subestimemos o poder da lágrima.
Se parece cair de mansinho
De um carinho, uma recordação
De um sorriso, uma comoção
De uma palavra de emoção
De um elogio nunca em vão
É força, energia, é ação
A lágrima vem do coração

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
21/10/2008
Rio de Janeiro, RJ

Inserida por LucianoSpagnol

Mesmo que a poesia seque em mim
Entre espinhos, lamentos e emoção
O poeta é como o sequioso cerrado
Sobrevive as intemperes do sertão
Duma gota tem o embrião brotado

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Rio de Janeiro, RJ

Inserida por LucianoSpagnol

Poetar...

... não é só escrever
é mais que sonhar
é mais que ser
é o poeta chorar
rir, olhar

e viver...

É a extasia da rima certa
é o achado sem se ter...
Pois, a poesia não é do poeta
é de quem primeiro ler.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

fluorescência

cerrado
fulgor de cascalho
e vagalume alado

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

advir

que venha o viver
deixe estar
que tenha prazer
deixe ficar
amar é haver...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

boiada

não deixe nada para depois.
pois, o ontem já foi
o agora está sendo
e a saudade cobra os bois...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Canto em Versos

O meu poetar une versos
dos amores, dos reversos
porém, não são submersos
nem tão pouco dispersos...

É uma exaltação aos universos:
das trovas, dos mundos diversos
das dores e louvores tão imersos
nas palavras e sigilos complexos

De simples poemas abstersos...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

carão

quem quer só aparência, e não essência,
terá no amor conveniência, e na vida
reticência...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

porto

há uma saudade em mim no cerrado
ancorada nos barrancos ressequidos
são arrancos no peito em ronquidos
num espectral sentimento entalado...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

LAMENTOS NO CERRADO (soneto)

Só, me encontro no cerrado cinzento
e acumulo agruras bem guardadas
das utopias na aridez desmaiadas
dos sonhos perdidos além do tempo

Tal qual pequizeiro de flores delicadas
que brotam no sequioso pasto sedento
meu temor e saudade faz de rebento
como as floradas nas secas galhadas

Quanto vil doloroso gemido em mim
assim como folhas secas num jardim
no seu fado, voam ao vento turbulento

Eu aqui, descrente no cerrado, vivo assim,
poetando lamentos tão irreverentes, enfim,
o fato é que a vida é feita de revoadas...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
12/06/2016, 06'06"
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Desvelos

Em desvelos de lençóis
Sonhar Sonhei
Ria dessa fantasia
E distanciosamente
A tua companhia

Nadei nas expectativas
Criei asas e não voei
Não te vi...
Mas pensei
Que aconteceria
Então acordei
Desse sublime sonho
Que apago
Mas volta.

Inserida por lisandrapereiraFS

A DANÇA

Agora já tarda
O ponteiro não para
Sem intervalos nem pausa
entro na dança
Erro passos
Cometo delitos
E muito sem querer
Encontro o teu retrato
Não culpo a moldura
Então mudo o cenário
me acostumo com o ritmo
Se burlei o esquecer
Ele apenas retorna
No infringir do entardecer

Inserida por lisandrapereiraFS

BAGAGEM

És minha tormenta
passaporte para solidão
Não sei como seguir
A sombra da tua direção

És meu erro
Minha melhor estação
Afaga o meu defeito
Num riso arrependido
De incomparável medo

Não retrocedo, sigo
Canso sem parar
Num corte não desisto
Vou em frente, Sigo
É mais leve que alterne
As prioridades Que carrego
comigo na bagagem

Inserida por lisandrapereiraFS

ANELOSER

Á cada volta
Significados gravados
Raizes intensas
Licenciosas em anelo
Do viver distensas
Calibradas entre passos
Caminhos não percorridos
Sorrisos entrelaçados
Uns bem resolvidos
E outros mal acabados

Inserida por lisandrapereiraFS

FERRADOR


Ferrar ou não ferrar o burrinho
Eis á questão
Qual nome colocar ?
Não importa!
A judiação acontecerá
Desconhecia
Não sabia sequer
Quanto mais letras
Mais queimado sairá
Que dó, pra que tanta judiação?
Em ano de tanta tecnologia
E tanta informação!
Não podes inovar?
Não podias de couro marcar?
É por que não se lembram
Do burrinho á ferrar
Não consigo nem imaginar
E parte disso não quero estar

-Vá levar no ferrador!
-Ai meu Deus, logo eu ?
Eu que não tenho coragem
Por mim burro nenhum
Ferrado será
Não sabendo eu
Se á necessidade me fará
Ferrador ou não.

Inserida por lisandrapereiraFS

Amigos de coração!

Sinto o sentimento que faz sentir
Sinto que meu sentimento me faz refletir
Sinto aqui na alma meu coração pedir
Para dos meus amigos do peito não me despedir
Sinto que é mais forte do que eu,
E ainda é meu amigo, até o que já morreu
pois a amizade é uma coisa eterna
e não uma coisa boba que o coveiro enterra.

Amizade se conquista e se faz
Os inimigos da minha vida eu passo pra traz
Deixo a vida me levar até onde conseguir
Pois tenho meus amigos pra me seguir
Com eles tenho a maior segurança
Pois nossa amizade vem dês de criança
Estamos juntos dês de sempre e assim continuará
Pois nossa amizade é grande de mais pra se acabar
Nem ventos fortes nos derrubarão
Pois somos verdadeiros amigos de coração.

Inserida por lisandrapereiraFS

Incógnita.

Tão perfeita e sinistra
De mecanismo circular
Tudo é independente
Das mãos humanas, a trabalhar
Natureza misteriosa...
Tu me fazes pensar
Que o mais sábio
É o nosso Deus
Que a este mundo tenebroso
Veio embelezar
Quando do verbo fez real
E a ti, se pôs a desenhar
Matemáticos eficientes
E cientistas inteligentes
Ainda procuram...
Tua formula desvendar.

Inserida por lisandrapereiraFS

METAMORFOSE

Afogada em seus mistérios
Escapando a cada nado
Num infinito de mansidão
Das presas selvagens

O seu olhar profundo
Que só pertence á ti
No teu semblante
Os teus cabelos balançam

Como borboletas
Que voam
Que pousam
Que adormecem
Me enlouquecem
Numa freqüente metamorfose

Inserida por lisandrapereiraFS