Poema para Mamãe
Adoção é um desafio, sim. Mas o que é a vida senão um desafio que vale a pena quando é vivido com amor real ?
Muitos falam de amor incondicional. Mas só vivendo a adoção eu entendi o que essa palavra realmente significa.
Toda vez que meu filho sorri, eu interpreto: Obrigado por não desistir de mim. Então, no silêncio, eu respondo: Obrigado por me reinventar!
Mãe é a ponte entre o céu e a terra, o elo entre o humano e o sagrado, o mistério que perpetua a divina arte da criação. Mãe é a manifestação divinal de todo o poder de Deus na Terra.
Entre todas as palavras doces, mãe é a mais doce delas. Às vezes, eu me pergunto, como em uma palavra tão pequena pode caber o universo, dos sentimentos mais belos.
Deve ser coisa de Deus, pois essa palavra abençoada que traz o céu dentro dela, nunca será menor que o próprio mistério que encerra.
Dizem que filhos não vêm com bula. Até concordo que não venham, mas vêm com manual de instruções de A a Z com todos os significados que cabem dentro do verbo amar. Alguns podem não conhecê-lo, não entendê-lo, isso é normal porque esse manual de instruções, além de pessoal e intransferível, apenas mães sabem ler.
Não se envergonhe por ter sido mãe sem se casar. Como disse sabiamente o Papa Francisco: "Não existe mãe solteira, mãe não é estado civil!" Mãe é um estado de graça; é o dom sublime de gerar um filho em seu ventre que o altíssimo concedeu à mulher. Ser mãe é algo sublime, é quando a mulher se assemelha a Deus na divina arte da criação, independente dela ser casada ou solteira.
A palavra mãe tem uma sonância poética que nenhuma outra tem. Essas três letrinhas benditas trazem em sua sonoridade muito mais que poesia. Talvez seja a lírica perfeita, na qual Deus resumiu em três letras, tudo de mais bonito e poético que ele foi capaz de pôr dentro dela.
Mãe é um estado de amnésia voluntário e permanente, no qual, a mulher escolhe durante toda a sua vida, pensar mais no filho que nela.
Embora humanos não sejam super-heróis e não tenham poderes mágicos, a minha mãe foi, é e sempre será, a minha mulher maravilha. Aquela que busca, no fundo das suas memórias mais cândidas, a criança que um dia eu fui, para beijar-me com a pureza do seu olhar encantado.
Penso que a comemoração do Dia das Mães, no segundo domingo de maio, deva ser vista como um lembrete, para que todo filho não se esqueça, que embora celebrado nessa data, o Dia das Mães é todo dia.
Ser mãe fez-me descobrir minhas potencialidades, forças e fraquezas. Ser mãe me ensinou coisas que eu jamais teria aprendido, se não fosse. Ser mãe ensinou-me, sobretudo, a arte do amor incondicional.
Pela Sabedoria do Tempo aprende se que as mesmas coisas e os mesmos acontecimentos, passam a ter novos sentidos na vida da gente com o passar dos anos. Assim dizendo, hoje tive uma alegria enorme quando me deparei com um fio de cabelo retorcido e branquinho, preso a tampa da garrafa térmica de cafe durante o lanche da tarde, com minha filha-mãe de noventa e quatro anos. Desconheço forma de carinho maternal maior. Saber que ela ainda cuida de mim.
Agora sinto saudade. Mesmo em silencio a coabitação com minha mãe Edyala, nesta dimensão me dava abrigo. Hoje a percebo na eternidade, entre as estrelinha do céu e aguardando a noite feliz, de nosso reencontro.
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