Poema o Vestido
Era noite de luar
Você estava com aquele vestido azul
E a lua já não conseguia me encantar
Você era minha lua
Eu era seu sol
E naquela noite
Houve um eclipse
Nos teus beijos
Me perdia
Me encontrava
Com as mãos em sua cintura
Sentia como se estivesse abraçando
O mundo
Você não falava nada
Eu muito menos
Chegamos naquele nível
Que se conversa
Com o olhar
Com as mãos
Com a boca
Quando você me Abraçou
Eu sinti o cheiro do seu cabelo
E você se tornou
Meu jardim
É muito bom se encontrar
Em alguém,
Te amar Me faz
Bem
Muito bem.
Algumas vezes
podemos despir
toda a roupa,
mas o coração
e as palavras
continuam totalmente vestidos.
SEJA BEM VINDO
Agosto mês de alegria
Vestido de flores
Com datas festivas
Cheirinho de poesia.
Raios de Sol da manhã
Noites contagiantes
Um chazinho da tarde
Com canela e hortelã.
Agosto traz frio e ventos
Mês do agasalho
Abusar do café quente
Mês dos sentimentos.
De grandes festividades
Com jardins floridos
Distribuir afetos
Tempo de felicidades.
Feliz e abençoado agosto do meu agrado.
Irá Rodrigues.
Paciência é o tempo vestido de esperança,
É flor que desabrocha na calma da confiança.
É saber que o fruto não nasce ao gritar,
Mas no silêncio de quem escolhe esperar.
É arte de ouvir o relógio do universo,
Mesmo quando o coração grita em verso.
Paciência é ponte entre o querer e o chegar,
É saber que o caminho também faz o caminhar.
Ela não para, apenas desacelera,
Dá espaço para a vida, sem pressa ou espera.
É atitude nobre de alma madura,
Que entende: o processo também é a cura.
Hoje é o dia que temos
Hoje é o único dia que temos.
E ele chegou vestido de verde.
Verde de renovação.
De cura.
De colheita viva.
Hoje é dia de manifestar,
de agradecer,
de sorrir trabalhando —
porque quem ama o que faz,
não sente o peso, sente o pulso.
O pulso da vida.
O pulso da reunião de almas.
De caminhos que se encontram
para cocriar o que o mundo ainda não viu.
Hoje é dia de permitir.
Permitir ser feliz.
Permitir dar certo.
Permitir sentir tudo.
Hoje é sobre amor —
por mim, por quem caminha comigo,
por quem vibra alto só de estar presente.
É sobre fazer com verdade.
Com energia que transborda.
Com leveza que inspira.
Com coragem para seguir em frente.
Gratidão por este agora.
Por este novo.
Por cada passo alinhado com o que faz sentido.
Hoje, mais uma vez,
eu me lembrei quem sou.
Sou movimento.
Sou realização em processo.
Sou semente de tudo que ainda vai florescer.
Assinado:
Diane Leite
FORRÓ DE ZÉ MATUTO
Festa de São João
Tem mulher bonita
Enfeitando o arraiá
Com vestido de chita
Chapéu de palha
Com belo laço de fita
De longe se avista
Chegando pela estrada
Um cara metido a galã
Com a bota apertada
O pobre mancava tanto
Chegou na hora errada.
E começa a quadrilha
É uma dança ligeira
Zé Matuto se adiantou
Pegou a mais faceira
Os olhos dela brilhavam
Em volta da fogueira.
Zé estava animado
O pé do coitado apertava
Os dedos adormecidos
A calçada quase rasgava
Encantado com a morena
Mesmo com dor, ele pulava.
Autoria Irá Rodrigues.
“Entre Cachos e Sorrisos”
Num vestido claro, brilha a essência,
Olhar sereno, alma em presença.
Nos cachos longos, dança a poesia,
Feitos de sonhos, luz e harmonia.
O sorriso acende a noite calma,
Como quem fala com a alma.
É farol em tempo nublado,
É flor que resiste ao passado.
Seu semblante guarda doçura,
E na postura, a fé mais pura.
Mulher de força e de ternura,
Espalha encanto, cura e altura.
Na moldura simples do lar,
Brota um céu particular.
Pois onde ela passa, floresce
Tudo aquilo que a vida enobrece.
Nasce uma Mulher
Cadê o coque dos cabelos
Aliás cadê o cabelão?
Cadê o vestido comprido
Cadê o rosto sem batom
Cadê a pessoa amargurada,
Cadê a falta de amor
Cade a dona de casa cansada
Onde você a deixou?
Quantas mudanças você teve
Como isso aconteceu
Está com o semblante mas jovem
Parece que renasceu
Esse corte de cabelo te valoriza
Essa roupa te cai tão bem
Seu sorriso está tão lindo
Mudar te fez zen
Sabe se valorizar
Se impor e se por no lugar
És guerreira e não se cansa
Ou mesmo cansada está a lutar.
Continue se renovando
Renascendo e não se limitando
Não ligue para a opinião de quem quer te ver no chão
Levante sempre essa cabeça e no rosto nunca deixe faltar um sorrisao.
Um pesadelo vestido!
*
Tantos por aí,
enchendo baldes aos prantos,
dos corações calejados
que pela madrugada se entre vazam,
como uma garrafa quebrada
que não se conserta por nada;
-
Digo, eles são um fracasso,
por estarem adormecidos na causa do amor
e despertos no âmbito da solidão?
-
Tem que existir uma causa pra isso tudo,
a não ser viver em vão, dentro de um lapso temporal
que me acerca e me retrai;
-
Eu só queria uma noite de paz,
descansar a cabeça no travesseiro e ali estar,
trespassando por entre sonhos
uma paisagem linda de se ver,
a que um dia ei de estar,
gozando aos pés do paraíso.
*
Você me pergunta: “Casaco preto ou vestido colorido?”
E eu te respondo: “Qualquer peça
que realce esse seu sorriso”
O amor quando é bonito assim inveja o povo
Kathlyn e o Vestido Violeta,
Vagando sonolenta,
Com suas botas de carmim.
Passeando em marcha lenta,
Envolvida em cetim.
Kathlyn e o Vestido Violeta
As roseiras mais grosseiras,
Podem habituar-se ao afável
Chamego da cerração.
Projetando uma admirável
Imagem arteira,
Refletindo luz ultravioleta
Em sua pigmentação.
Kathlyn e o Vestido Violeta,
Vagando sonolenta,
Com suas botas de carmim.
Descrição do óbvio,
Louvo com satisfação,
Nota violenta,
Ouvida na desolação.
Vivida a devida dissertação.
Kathlyn e o Vestido Violeta,
Passeando em marcha lenta.
Envolvida em cetim.
Uma boneca de cera,
A maciez do algodão,
A Bela como Fera,
Auferida em sua coleção.
Kathlyn e o Vestido Violeta,
Vagando sonolenta,
Com suas botas de carmim.
Passeando em marcha lenta,
Envolvida em cetim.
Numa noite friorenta,
Ao som da invernada,
Na relva estrelada,
Devaneios são assim...
A densa noite cobriu-se de chuva
Que alagaram ruas e vielas
Vestido negro, assim como uma viúva
Saiu trancando portas e janelas.
Silenciosa a velar mistérios
Que na Cristalina luz do dia não existe
E vão seguindo com semblantes sérios
A chuva, a noite e o instante triste.
Certa vez, avistei
uma mulher formidável
usando um vestido branco,
sua presença foi marcante,
tinha um semblante brando,
seus traços eram belos e precisos,
os cabelos iluminados,
possuía um espírito tão vivo
que deixou a noite ainda mais agradável.
sou o tudo do nada despido
vestido com vestes nuas
imaginando destinos possíveis
enquanto dorme na rua
Vestido Azul
Pôe o teu vestido azul,
aquele que o decote vai de
um ombro ao outro, e deixa
solto os teus seios.
Deixa o cabelo bem a vontade,
não te preocupes em penteá-lo.
Ficas linda quando não te
preocupas com a apresentação.
Já és feita, para qualquer
momento, ou ocasião.
Ver-te assim transforma o
intervalo do tempo.
No mesmo instante que brilhas
como o sol, pareces a lua que
surge por entre as nuvens do
desejo.
Te prender pela cintura, encostar
meus lábios nesses ombros, ter
os teus cabelos em meu rosto.
Devaneio quando te vejo.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Vestido branco
Mar calmo, sol escaldante,
pernas a vista, capelos espalhando charme e seu perfume através dos ventos sem freios,
na escadaria feita para os passos de uma Deusa seu vestido branco revela a chegada do grandioso momento,
no horizonte, a cúpula em cor azul da igreja beija a orla e abençoa o mar com a sensação de uma brisa em meio a uma miragem.
