Poema o Ateu
Foge-me dos sentidos a liberdade
Foge-me de mim a esperança
Meu mundo jás em chamas
Em meu inferno jás um inverno eterno
Por onde antas o teu deus de promessas?
Que justifica o sofrimento com a gloria do conhecimento
Que exacerba sua glória humilhando sua própria criação ?
Agradeço-me por não possuir uma fé tola
Que desmerece o meu semelhante que não compactua com meu delírio.
Algumas pessoas estão tão determinados em afirmar a não-existência de Deus que, notoriamente, passam mais tempo falando em Deus do que uma pessoa que acredita.
Você consegue entender o porquê disso?
Puro fanatismo e histeria. Acabam sendo muito mais crentes e fervorosos do que um evangélico da mais fundamentalista seita ortodoxa conhecidas.
Eu preciso tanto, já fui muito de fé, mas hoje sei que nunca existiu deus ou diabo, e sim, só uma terra maldita sem fim...
08√07√21
Se quiser falar de Deus
Antes me explica
O porquê dessa partida
O amargo da distância
Esse escuro sem saída
Essa dor sem esperança
Me ouve, antes
De falar de um tal de Deus
Ele te deixou inteiro
Antes de espalhar a palavra
Toma cuidado
E olha se ele te escolheu primeiro
O dantes de vir a vida seria uma fé religiosa se não soubéssemos comoAconteceu
Assim como depois de ir é motivo de vida
Mesmo que não exista um útero por lá...
As trombetas tocaram.
Os selos se abriram.
Os anjos soltaram os ventos que prendiam.
Fechou sua porta da graça, abriu-se a da desgraça.
Diante de todos cairá sua mascara.
Veja nítida a farsa ao baixar a cortina de fumaça.
Sai daqui, não te conheço, dirá o mendigo da praça.
O véu não queria abrir mas puío com os panos quentes.
Sorriso falso também é uma forma de mostrar os dentes.
Foi você que pediu pra entrar na guerra, agora aguente, se sua muleta não existe no mundo real e seu escudo é um deus ausente.
Bíblia:
Se não lê, você é católico.
Se ler o que te convém,
é um evangélico.
Mas, se leu e entendeu,
é um ateu...
Em nome de “Deus”
O Brasil nunca foi descoberto, ele foi invadido. Antes de existir o Brasil, já existia. Inicialmente, o Pindorama do tupi: "pindó-rama".
E hoje é conhecido como Brasil, Pindorama foi o nome dado pelos indígenas que aqui habitavam inicialmente. Mas foi em nome de Deus que várias vidas indígenas foram ceifadas.
Em nome de Deus, várias vidas negras foram torturadas.
Em nome de Deus, o Brasil foi explorado em prol da ganância do capitalismo.
Em nome de Deus, várias mulheres foram escravizadas, apedrejadas e queimadas em fogueiras.
Em nome de Deus, várias pessoas foram alienadas. Mas esse Deus que se tornou universal é o responsável por várias destruições de vidas e bens naturais do nosso planeta.
Foi em nome de Deus que os portugueses catequizaram na ordem da força e da marra a humanidade.
A teologia tem que partir do clamor dos mais pobres, encontrar Deus nos humildes e mansos para poder anunciar um Jesus Cristo que salva não pela religião, mas pela FÉ.
Entendendo que fé , todos tem, pois é dimensão humana que se abre para o metafísico, assim, ateus tem fé, cristãos tem fé, budistas tem fé, ninguém foi destituído da fé, alguns, apenas não a compreendem e acham que fé tem que estar dentro de uma doutrina.
Fé, portanto, é aquilo que nos move para o outro, para a outra e no fim, para Deus.
Esqueça a religião, apague da sua mente a doutrina e entenda de uma vez por todas: Ninguém foi deixado de lado pelo criador, e Ele não os olhou pelo Continente onde nasceram, pela cor de sua pele, pelas suas preferências sexuais ou políticas, pela sua posição religiosa ou estudiosa acerca D'Ele, Ele os olhou como parte de sua CRIAÇÃO.
Rogério SIDAOUI- Teólogo e Cientista das Religiões.
William Contraponto: Lucidez Entre Versos e Palavras
A poesia de William Contraponto nasce da urgência de pensar, não como quem busca respostas, mas como quem se recusa a calar diante do absurdo. Seus versos não se rendem ao consolo nem à beleza fácil: são lâminas que cortam o véu das aparências, faróis acesos no nevoeiro da linguagem. Em sua obra, cada palavra é escolha ética, cada silêncio é crítica, cada poema é um gesto de lucidez.
Filho do questionamento e irmão da dúvida, Contraponto caminha entre ideias como quem atravessa um campo minado de verdades. Sua filosofia é existencialista, mas não resignada; socialista, mas não panfletária; ateia, mas jamais vazia. O sagrado é desfeito com ironia e o poder, enfrentado com clareza. Sua fé, se há alguma, é na consciência livre, na autonomia do pensamento e na dignidade de quem se ergue sem altar.
Poeta-filósofo (ou poeta-reflexivo, como prefere ser definido) por natureza, ele escreve para inquietar, não para entreter. Não há ornamento em sua linguagem, apenas densidade. Cada poema seu é uma fresta por onde o mundo se desnuda. E é ali — entre versos e palavras — que habita sua lucidez: uma lucidez que fere, mas ilumina; que não explica, mas revela; que não conforta, mas desperta.
William Contraponto não oferece abrigo. Oferece espelhos.
Aí peço perdão a todos os ateus, mas fica minha dúvida quanto a minha mortalidade ou imortalidade.
Não posso crer que todo está vasto espaço, com tanto a se conhecer fique restrito a parcos 100 anos de existência para se conhecer.
Há que se continuar a perceber o universo e sua existência após o desmembramento da estrutura celular do corpo humano
O Cético
Cético que era,
carregava nas mãos a secura da descrença,
como quem segura um punhado de areia
que o vento teima em dispersar.
Cético que era, criou um deus afônico
para preencher seus silêncios
e atribuiu a ele todo o ruído.
Cético que era, sabia que o que floresce na certeza é sempre pedra,
e pedras, imóveis, não geram nada.
Cético que era, afirmava que a certeza era um campo estéril,
onde os dias passavam sem jamais brotar.
Cético que era, dizia que as dúvidas tinham raízes,
capazes de atravessar a pele das palavras
e germinar árvores frutíferas.
Cético que era, escreveu uma bíblia para ter no que acreditar,
mas a descrença, astuta,
plantou em seus bolsos sementes de inquietação.
Cético que era, reconheceu que caminhava entre sombras,
mas carregava possibilidades de luz.
Cético que era, sabia que só o incerto conhece caminhos.
Cético que era, encontrou na dúvida
o verdadeiro sopro da criação:
um gesto pequeno,
capaz de iluminar e reflorestar o mundo.
Cético que era, entendeu que o milagre mora no instante
em que o incerto se torna possibilidade
e o simples, eterno.
Cético que era, nunca guardou gentilezas ou atos de bondade para o porvir;
gastou tudo o que tinha de bom aqui.
Religião: Pessoas em busca de Deus.
Ateísmo: Pessoas que abandonaram a busca por Deus.
Cristão: A pessoa que foi descoberta por Deus e a Ele se apega até a morte.
JUSTIÇA (Conto)
– Deus abrirá as portas do Céu para eles? – perguntavam-se os Anjos ao pesar os corações de dois homens.
Para o ateu compassivo, de coração bondoso, Deus abriu as portas do Céu. Fechou-a para o fanático religioso, que, cheio de arrogância e sem compaixão, julgava-se superior ao ateu e o condenava.
“Ele prosseguiu: Atendei ao que ouvis: com a medida com que medirdes, vos medirão a vós, e ainda se vos acrescentará”. Marcos, 4-24.
A maior parte dos ateus deve sim "crer na inexistência" de deuses, apesar da implicância de alguns, que vêem nisso uma espécie de tentativa de equiparação com uma fé qualquer em algo absurdo e não comprovado, quando é na verdade apenas a crença que a realidade provavelmente não contém tais coisas absurdas, mas que deve ser basicamente tal como descrita pelas teorias científicas. Ou seja, sem deuses.
A coisa se complica na medida em que se vai imaginando deuses cada vez mais infalsificáveis e escondidos no meio do vácuo quântico, em dimensões totalmente paralelas sem qualquer contato, ou qualquer coisa do gênero, que no mínimo seriam equiparáveis a uma inexistência "prática", mas provavelmente são melhor vistos só como malabarismos lógicos para tentar criar uma espécie de ficção filosófico-científico-religiosa que alguns gostariam que fosse real.
SE NADA FOSSE PROIBIDO
Não teria graça se nada fosse proibido! Se tudo fosse livre o mundo viveria em paz e harmonia. Pare para pensar, tudo era um paraíso antes do proibido chegar. Agora imagine:
Se fumar não fosse proibido...
ninguém iria aliviar a sua raiva no cigarro ou fumar só por incentivo de alguém para ser popular.
Se beber não fosse proibido...
ninguém iria pensar na bebida para fugir da tristeza do momento.
Se ser homossexual não fosse proibido...
ninguém iria querer se mostrar diferente, para provar que ninguém manda em nossa vida ou confundir o amor de uma amizade com um relacionamento.
Se ser ateu não fosse proibido...
ninguém iria querer provar que tudo que conquistou foi com esforço próprio e não com a ajuda de outro ser, ninguém iria se sentir fraco a ponto de provar sua força sendo independente.
Se droga não fosse proibido...
ninguém iria achar que essa é a saída para fugir da realidade ou chamar a atenção.
Se ser diferente não fosse proibido...
ninguém iria se sentir inferior.
Se o respeito fosse usado por todos, essa lista não seria olhada como preconceito ou com olhar de críticas negativas. A realidade é que o proibido, nós proíbe de viver como seres humanos livres. A bíblia é livre e ninguém vicia em ler e seguir o que se pede para ter a vida eterna. O ser humano parece que ama o proibido. Não percebe que ser diferente é ter o outo-controle para uma vida saudável. Todos procuram a felicidade sem perceber que ela está em pequenas escolhas feitas por si mesmo no mundo.
O crente é um descrente.
O descrente é um crente.
O crente fundamentalista
é um descrente fundamentalista.
O ex-crente fundamentalista
é um ateu equivocado.
Deus morreu no descrédito,
assassinado pela humanidade.
O tempo me ensinou.
O tempo me ensinou a duvidar.
O tempo me ensinou que não existem verdades absolutas.
Me ensinou que quanto mais aprendo, menos sei.
Me ensinou que a voz do povo é voz do nada.
E que o nada não existe.
Que tudo é relativo, até mesmo minha vida.
Que amor eterno existe basta ter pai e mãe.
Que amores vem e vão.
E uma vida sem amores não é vida.
Me ensinou a me importar com quem se importa comigo.
O tempo me fez levantar a cabeça em meio a multidão ajoelhada.
E enxergar o óbvio.
Que o metafísico é apenas o medo da finitude.
Que meus medos foram embora juntos com minhas crenças.
Que crenças são apenas questões culturais.
Que não sou mais importante do que qualquer outra espécie.
Que o planeta é indiferente às espécies.
Que nosso planeta é insignificante diante da galáxia.
Que nossa galáxia é insignificante diante do universo.
Que o tempo é apenas uma unidade de medida.
E que eu devo tudo que sou e sei, a milhares de pessoas que antes de mim, se puseram a duvidar.
E que essa duvida me levou a uma única certeza.
Que somos o tempo e espaço, somos o universo!
William Oliveira
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