Poema Nao Ame sem Amar
Deus, perdoa-lhes
Perdoa-lhes por usar o teu nome em vão.
Perdoa-lhes Pai por disseminarem o ódio a incentivar, com os discursos deles, diretamente a morte de filhos Teu, em Teu nome.
Perdoa-lhes por não terem a capacidade de interpretação devida.
Perdoa-lhes por seguirem e adorarem a outros mais do que a Ti mesmo.
Perdoa-lhes por não saberem o significado de: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo.
Perdoa-lhes por acreditarem que a igreja e a religião salvam.
Perdoa-lhes por se promoverem como superiores apenas por possuírem uma bíblia, citá-la ou estar dentro de uma entidade.
Perdoa-lhes por acreditarem cega e veementemente em um livro que sofrera inúmeras alterações por homens quaisquer,
Que fora conturbado, que tivera livros excluídos e ocultados – livros apócrifos-, que tivera concepções de facções inseridas,
Que tivera fatos inclusos para sustentar e pactuar com os interesses políticos e religiosos da época- que seriam tidos como verdades posteriormente. Perdoa-lhes por desconhecerem a real história da igreja. Perdoa-lhes por não saberem o contexto histórico daquilo que defendem. Perdoa-lhes por não saberem o que dizem.
Perdoa-lhes por esconderem a verdade a muitos de seus filhos, por interesses vis.
Perdoa-lhes por fazerem grande massa crer em algo que fora criado para outras intenções – políticas, religiosas e sustentadoras do sistema.
Perdoa-lhes por ignorarem o que ver a ser cristão.
Perdoa-lhes por dizerem que conhecem o amor de Cristo, quando desconhecem um terço de meio por cento do mesmo.
Perdoa-lhes por quando eles dizem Te conhecer, quando não têm, ao menos, uma migalha do Teu maior sentimento.
Pobre de meus devaneios,
Impuros, insanos, alheios.
E por estrelas de anseios,
Guardados num céu de receios.
Donde quer que andes,
Pensamentos errantes,
Foge em busca do que antes,
Já fora prazer, hoje instantes.
Pobre de meus devaneios,
Doces, tristes desejos,
De teu tato, olhares e beijos,
Que corroem meu ser por inteiro.
Uma hora
corre pros seus braços
outra hora
foge dos abraços
mal sabe que
o abraço aperta
mas abre espaço.
Pelos olhos contei meus segredos
Através dos gestos falei do meu sentimento
Com minha boca discursei toda a relevância
Pela respiração expus minhas emoções
Através do abraço exemplifiquei a saudade
Com minha língua manifestei o desejo
Pelos desenhos que o meu rosto faz eu demonstrei o ciúme
Através do calor corporal expressei o afeto
Com o toque disseminei o prazer
Com todo meu corpo falei
Mas tudo foi em vão
Ele desconhecia a língua do amor.
DE MODO ALGUM
As imperfeições, disfarço-as
Os enganos, desfaço-os
Os nós, desato-os
A morte é um desacato!
VIVENDO E DESAPRENDENDO
É quando a gente cresce que percebe o que perdeu
A inocência cheia de tintas
A juventude impregnada de cores
A crença despedaçada
A criança desperdiçada
Culpa dos absurdos
Tem pinta de poeta
Escreve qualquer coisa e desestressa
Desliza sua caneta como se entalhasse uma pedra
E muitas vezes não tem pressa
Faz seu tempo, faz tempo
É seu, porque ninguém mais pode ocupá-lo
Poderia ser cantor, escritor, dramaturgo
Professor que fizesse de tudo
Ou até poeta
Pena que a sorte não te deu esta vida
Mal sabe ele que poesia tem regras só nos livros
E ele nunca pega em um
Entao suas regras mesmo cria
E quem conta com a sorte
Está numa roleta, russa
Que não te leva ao norte
Como uma bússola
Sua vida, assim como esta folha
Tem espaço pra ser escrita
Talvez ela se rasgue com tantos erros
Mas a procura das perguntas
É sua melhor resposta
Na ponta da língua
Na ponta do lápis
Quem nunca errou assim
Que atire a primeira, segunda
Terceira linha deste verso
Que é o inverso das versões anteriores.
Tem pessoas de todos os conceitos
Tem pessoas que já nasce e cativa o defeito
Tem pessoas que mente e se torna mentiroso
Tem pessoas que erra logo após acerta e se renova, e erra de novo
Tem pessoas que brinca com suas chances oportunas
Tem pessoas que amarra suas vida numa tumba
Tem pessoas que lida muito bem com adversidade mais erras tentando sobressai do meio de tanta promiscuidade.
Estou adormecido
Mas meu sonho n é eterno
Qq hr eu acordo
E saio desse inferno
Prq estou aqui?
Quem criou isso p mim?
N vejo a luz do dia
Aqui é sempre inverno.
Na vrdd eu já sei
Foi aquele homem de terno
Q come o bolo inteiro
Pra mim só o farelo.
Oh gigante adormecido
Até quando ficarás deitado
No berço esplêndido inanimado?
É td o q ele almeja
Tua inércia é a sua fortaleza!
Mas um dia irás perceber
Que de ti emana o poder
E mudaras tua conduta
Homem de terno agr escuta:
Verás q um filho teu n foge à luta!
O olhar sempre foi de criança,
ironia, recuar quando o outro avança,
é feio, sentir sem demonstrar emoção,
o medo tem utilidade, a covardia não.
Se entregar e suar faz parte do jogo,
O outro se dando por completo,
E você assistindo sentado, achando pouco.
QUEM ESTAVA COM VOCÊ
Hoje bateu uma saudade de você
Desde despontar do sol
Que revolucionou meu coração
E fiquei totalmente apaixonado
Quando te vi pela primeira vez
Fiquei louco de paixão
E meu corpo tremia de emoção
Quando o meu pensamento se dirige a você
Fico todo entusiasmado
A partir de encontro e reencontro
Que revigorar a minha vida
Cada momento que me lembro de você
Insensatez
Você é minha consciência
Tão transparente como água
Aos tons da seda amarga
Desta inconsciência
Rubras sentenças que apaga
Feito uma praga
De veraneio ignorância
Despejando toda a ânsia
Monstro dentro da adaga
Perfurando a palavra
De perjúrio nesta saga
Parando o mundo Agora
Poente melodia sábia
Do que mais ria
Vinho
A cada beijo fica mais transparente
Mesmo fria sinto seu doce sabor
Sendo seca me das mais vigor
De todas és a mais atraente
Minha melhor amiga
Minha melhor amante
Venha deixar-me fumegante
Sem rodeios ou intriga
Contigo tenho mais chance
De ser o que sempre quis
Boêmio e sempre aprendiz
Viverei este eterno romance
Só tu entende este semblante
Que em minha vida és constante
Segunda Garrafa
Você altera meus sentidos
Bani meu discernimento
Aflora o velho ressentimento
Com sentimentos feridos
No doce sabor você me trai
Ao mesmo tempo que atrai
Através do que já sabia
Vide a bela agonia
De estar mais um dia
onde posso ver
e posso ser
Apenas na segunda rodada
é que se vê a magoa
de forma incessante
Margarida
Bem me quer uma hora
Mal me quer em despedida
Bem me quer em sua vida
Mal me quer agora
Bem me quer Pandora
Mal me quer arrependida
Bem me quer a contrapartida
Mal me quer a que implora
Bem me quer senhora
Mal me quer na aurora
Bem me quer na ida
Mal me quer de saída
Bem me quer sonhadora
Mal me quer outrora
Segunda Via
Quero viver no sonhar
Pois lá você é minha
Onde toda fantasia obtinha
Sem medo de acabar
Realidade imaginada aclarar
Regada a doce molinha
Das lágrimas infinitas nessa linha
Dominado pelo desejo de amar
No véu e imaculado de um olhar
Enclausurado pela sede que tinha
Da venusta companhia
Que venho abonar
E nesse reino que quero morar
É onde a realidade vira poesia
Anjo Negro
Eu filho da crença e esperança
Dono de luz e paz
Acalanto mordaz
Escondido nessa temperança
Eu que sou de fala mansa
E discípulo de um solarengo
Mudo palavras de realengo
Do senhor da Hamsá
Recôndito nessa ânsia
Em suma instância
Envolto ao impossível
Como tudo que é invisível
Anjo resoluto e voraz
Da luz que não possuo mais
Você
Sinto falta de nossas conversas
Falta dos teus verdes olhos
Esperando meus conselhos
Com pedidos à expensas
De uma nova trama
Sem se importar com a minha má fama
Se ao menos pudesse velos
Quais são seus pesadelos
Se ao menos soubesse
O motivo disso tudo
O que vive lá no fundo
Se pudesse tocar tudo o que disse
E assim extraísse
Toda a dor do seu mundo...
Introdução ao réquiem
Venham todos e prestem atenção
Vou falar sobre uma maldição
Alguns a chamam de vida
E outros de causa perdida
Sim é sobre os amores
E tudo o que ele traz
Nobre capataz
Que floresce todas as cores
Sentido do viver
Em fim sem sentido
Devora tudo que é detido
Pelo sentimento sem querer
Constante errante
Constantemente irritante
Irreversível atroz
Comumente a nós
