Poema na minha Rua Mario Quintana
TÃO, TÃO
Esse olhar radiante,
tão seu... Tão meu
Tão belo, na rua
Tão bela, na sua
N'essa lua, nesse ar
assim, toda crua
compenetrada, sei lá,
tão seu esse deixar...
Tão meu esse amar.
Antonio Montes
Em uma rua havia dois homens
Completamente opostos
Um rico e um pobre
O rico tinha tudo que queria
E o pobre Deus no coração
Qual deles era mais feliz?
Essa pergunta eu não vou responder
Pois só você pode me dizer
Encontrei uma rua no
no inicio esburacada,
sem asfalto , perigosa
cheias de curvas, alguns
se aventura , alguns metros
é desanima é volta para trás,
carro não vai , a rua é sem forma,
não parece rua , cheia de mato
os mais afoito , vão correndo
cansam é fica pelo caminho , o
caminho é longo , deveria ser para
todos mas é para poucos... no final
do caminho existe um lugar chamado
GRUTA DE DEUS uma das maiores
paisagem que já vi, com cachoeiras
é mata virgem , "quem conhece o
final do caminho , não desiste no
inicio!"..
O tremendo reboliço que estava acontecendo na rua fez a dona Carlota acordar no meio da noite.
Afinou os ouvidos para entender o que estava acontecendo e por mais que tentasse não conseguia entender uma só palavra.
Mas, que diabos será isso?
Vestiu a sua camisola, abriu a porta de fininho porque os tiros e as bombas até estremeciam as panelas penduradas acima da pia que ela fazia questão de exibir de tão limpas e polidas.
Saiu de porta a fora, descabelada e sem dente que mais parecia uma assombração.
E o alvoroço e a bala zinindo no meio da noite, quase que mata dona Carlota do coração.
Na pontinha do pé saiu com um pé na sandália e outro no sapato. Na correria nem viu esse detalhe. Abriu a porta. E foi escorregando de porta a fora até chegar na calçada.
Cadê o povo? alias a multidão que fez com que ela acordasse e sair feito um zumbi?
Olhou pra um lado, olhou pra o outro, e na rua não existia uma alma viva para lhe contar o que aconteceu ali! Só o silencio, o vento e o clarão da lua cheia e aquela marmota no meio da rua, quer dizer ela.
Depois de levar o maior susto da sua vida que deixou o seu cabelo espetado parecendo palitos, outra bomba e tiros e mais tiros e eu sei lá se eram de balas de borracha, sei apenas que era o barulho da tevê do vizinho da Dona Carlota, ligada no volume máximo vendo um filme de bang bang, daqueles do velho oeste.
Correu pra dentro de casa fumaçando pra pegar uma vassoura e resolver essa questão na base da vassourada. Quando de repente sua filha acorda e encontra a mãe naquela situação pronta pra guerra. Tomou a vassoura e lentamente levou a Dona Carlota pra cama e não deu cinco minutos e estava ela roncando de tão profundo era o seu sono
No dia seguinte não lembrava de patavinas nenhuma, ou se lembrava não comentou. É que a dona Carlota era sonâmbula.
E via coisas que qualquer um duvida. Até eu mesma.
Autor: Maria de Lourdes
Eu vou te dizer algo,
você pode me botar pra fora e me deixar
descalço na rua…
mas me tira, me tira desta miséria.
CORAÇÃO EM FUGA
Márcio Souza 18.08.17
Coração solitário solto à rua,
Arrastado ao léo, ao vento,
Deixando as marcas suas,
Cravadas ao solo e ao relento.
Marcas tristes da ilusão,
Por uma rua triste e deserta,
Das esperanças em vão,
E das incertezas incertas.
Num cenário em branco e preto,
De tristeza e amargura,
Escreve com sangue,a seu jeito,
A dor de um sentimento sem cura.
Parece pedir socorro,
No vermelho rastro que expande,
Que pintem a rua de novo,
Com as cores do próprio sangue.
Mas na verdade o que a acontece,
Tudo indica e que parece,
Vendo essa cena desnuda,
Tratar-se de um coração em fuga,
Deixando as marcas da dor,
Frustrado dos seus sonhos de amor.
Márcio Souza
(Direitos autorais reservados)
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Já não enxergo mais ninguém
Na rodovia só existe o meu carro, e eu não ouço o seu motor.
Na rua estou sozinha
Parece que o mundo está vazio, sem pessoas , sem pássaros, sem luz.
Em meio ao silêncio, escuto minha alma chorar de dor, é ensurdecedor este barulho que não aceita o meu grito "silêncio" pedindo para se calar.
A noite trouxe o sereno
O som da viola a lua
A brisa na roça, a rua
Cerca colorida em flor
Friozinho de pé de serra
Fogueira pra se esquentar
Um cantinho pra chamegar
Nos braços do meu amor
CAÓTISMO DO MUNDO
Aqui, nesse apartamento,
... Do meu olhar eu vejo...
A lua com vidros
a rua com tiros
a paz, perambulando pela guerra
E os clamores, dos olhares de socorro
não são mais vistos, diante da clemência
... É pena, que todos querem amor
mas, nunca aprenderam a dá-lo.
Aqui desse meu olhar eu vejo...
A ganância todavia espojada
na cadeira do impero
a insaciável caneca dos desejos
do comando humano... Todavia seca
... Vejo lagrimas de sofrimentos,
escorridas pelos rostos dos inocentes
a esperança no caminho do mundo
a debater-se pelo suspiro do amanhã.
Aqui nesse apartamento
... Do meu olhar, eu vejo...
Os livros do mundo lidos, mas
seus ensinos, nunca foram seguidos
A coerência subjugada pelas correntes
da inconsequência,
a curiosidade sendo levada
pelos trilhos, dos perigos
as feiras dos ensinos vendendo
todo tipo de crença, e todas as
crenças, ludibriando a inocência.
Antonio Montes 13/03/17
Ti fazer feliz - Alan Maiccon
Hoje sai e me perguntei andando pela rua
Oque perdi nesse tempo que passamos separados
Por mais um motivo eu colho do passado o que era pra ser bom
Oque levaria a ser um simples caso, levou a ser uma linda história de amor
Refrão
Procurei nas lembranças e não a vi triste nenhuma vez
Oque propuis a fazer pra seus paes naquela noite eu consegui fazer
Ainda melhor nossa história está se completando com final feliz
Nóis dois demos motivos reais de como é ser feliz
2x
Refrão
Naquela noite a dois a luz de velas e um padre a capela
Nos concedeu uma vida a dois
Fomos tão felizes e hoje penso no que seria, se não ouvesse possibilidades de não ser como foi
Mais aconteceu do contrario e nossas vidas sobreviveu a esse amor
Hoje canto pra você essa canção, da nossa história que teve final feliz
O meu maior motivo a existência é sempre ti fazer feliz
Ande em uma rua escura de olhos fechados se estiver certo que ela te levará a luz.
Os brilhos mais ofuscantes
Estão na escuridão do universo
viajando através do tempo e espaço
com apenas alguns segundos de atraso.
Cadê você.
Saio pela rua ,a te procurar .
Ando pela tua,esquinas ,bairro em toda a cidade.
Olhos atentos olhando para todos os lados .
Cadê você ,amo nossas conversas ,nossa confissão .
Todos os dias de manhã até o sol se por.
Quando você não vem um vazio não deixa de vir.
Entre letras e coração,e risadas escritas vou te amando.
Mas não sei como vc é, to que conheço como imagem.
Imagem mesmo linda ,e vazia e fria,não tem toque nem sabor.
Então caminho ,cada rosto que encontro fantasio você.
Olhos admiro ,dou um sorriso não é você ..
Queria pordes ter a lembrança de seus bjs,do som do seu sorriso ,o seu perfume.
Ando horas ,não te encontro vejo o relógio e hora de te encontra ,corro de volta todo caminho percorrido ,cansado chego e vejo que vc já está a me espera para mais uma vez matar saudade que não se sabe espricar.
31/03/2017 a.:t.:d.:mesquini
QUASE QUASE
Tão perto do morro
tão perto da lua
o urro do lobo
os passos na rua.
A cara pintada
o passo a mímica
fictício a risada
truque d'essa vida.
A bola no campo
a água a cacimba
o pote o quebranto
o peso da moringa.
O vulto da noite
enchendo de pinta
o amor e o açoite
a moeda tilinta.
Antonio Montes
Não interessa quem passa na rua
Dance!
Se alegria ou tristeza
Só dance!
Para quem perdeu o compasso
Relance!
Para todos os desafinados, meu Deus
Nuance!
Solidão?
Romance
Como uma noite fria, vazia e boêmia;
Passando Rua em Rua sem nomes
Sem endereço de destino
Remoendo meus algozes
Discrente da vida, do mundo
Solitário em meio à imensidão.
À mera o nada
Tudo me faz de desdém.
Solidão pérfida
Inimiga
Árdua, êrmo!
Tem longevidade
E só resta ser ufano.
Estava andando na rua. Havia me atrasado para a aula, novamente. Os problemas me consumiam por dentro: contas para pagar, problemas de família, crises existenciais...
Até que tropecei na calçada. Balancei, mas não caí. Resmunguei e olhei para o céu. Parei.
Fiquei ali olhando como tudo era belo. O céu azul anil, as nuvens brancas que, se prestasse muita atenção, formavam o desenho de um cachorrinho. E naquele instante eu pedi perdão e agradeci, pois, mesmo com os problemas, eu sabia, eu sentia, que não estava sozinha.
UNIVERSO CEGO
Existe um universo perdido
no entroncamento d'aquela rua...
na faixa... Estrelas cintilantes
piscando cores, minhas e suas.
Vermelho, pare... Atenção!
Amarelo, consciência...
Verde, pulsar de coração
passos para vida intensa.
Existe um universo perdido...
Alem d'aquela esquina
janelas, portas abertas bandidos
na placa, uma frase que rima.
Aglomeração do outro lado
copiando impedimento
o mundo esta fadado
com esquema fraudulento.
Existe um universo perdido
no mundo em que vivemos
viríamos se estivéssemos vivos
observando a verdade e vendo.
Antonio Montes
Poesiaria
Tristes são as poesias de rua.
Falta-lhes a básico:
Rimas
Versos
Palavras.
Me comovo...
Todas elas deveriam morar
Num livro lindo,
Confortável
De capa bem elaborada,
Aconchegante.
Contudo poucas condições literárias disponho.
Louvo cada poeta e seu esforço para adotá-las.
Tenho um sonho utópico, louco, desastrado
De construir uma poesiaria
E hospedá-las confortavelmente.
Pois a poesia sonhada
Estará sempre bem instalada.
Criança
Criança que brinca na varanda, na casa ou na rua,
Sua imaginação voa do chão ao espaço,
Imagina carro, avião e dinossauro,
Tudo que imaginar parece real,
Sem se preocupar com nada,
Corre, pula, deita e rola até tardezinha,
Quem é? Mamãe chamando para entrar,
Amanhã é dia de brincar.