Poema com mar
Pobre Lua
O sol beija o mar e se despede,
Em seu lugar estará em breve a lua.
Refúgio dos solitários,
Encanto dos enamorados...
Pobre lua que do alto ouve as queixas
E talvez entenda de solidão.
Talvez entenda de amor...
Pobre lua que só sabe iluminar o mar.
Seu riso de prata seduz mas não responde
Aos pedidos que lhe fazem os
Solitários e os namorados...
Toda noite é assim, e
Quando o mar novamente acordar,
Haverá apenas pedaços de luar...
Um jardineiro feliz
Planta flores no mar
Alguém de longe me diz
Que é pra ver se o amor
Ensina a gente a viver
Uma estrela luz no céu
Um anjo forte sorri
E espalha o bem
Mesmo não estando aqui
Ele cuida de nós
Quando a porta se abrir
O amor renascerá.
Tributo aos guardiões do planeta!
O mar, palácio de Iemanjá, não é tão somente um receptor das águas de vários rios. Ele capta por esses rios, moradia de Oxum, os fluidos que vem carregados das energias das matas onde reina Oxossi, dos gêiseres que trazem vibrações das salamandras que vivem no fogo central do planeta, capta as energias das rochas que transforma em falésias, das águas que escorrem dos maciços. que são a base para os pés sagrados de Xangô! E enquanto em suas profundezas,com o trabalho das Ondinas sob o comando da Mãe D'água, as impurezas que para ele são levadas pelos caminhos fluviais são aniquiladas, Inhasã com seus raios de altíssimos megatons, queima os resíduos que evaporam! E quem olhar em noites de tempestades para a praia, verá entre as brumas o vulto de Ogum beira mar, fazendo com seu exército um cinturão de segurança, para que as forças infernais, tremam de pavor, mantendo-se longe da
reciclagem divina, que a nós voltará em forma de abençoadas chuvas!
Dona da Saudade
Ela tem olhos de mar aberto
Profundidade que não se mensura
Herdou dos Deuses, em seus lábios,
O além da eternidade, o infinito
A alma é trajada de lua
E ornada por mistérios
Ela é como um avatar celeste
Consignado a mim sem explicação
Tantas das minhas vidas irão passar
Antes que eu possa traduzi-la
Será que o mundo é contente?
onde alguém que é diferente
enfrentando um mar de gente lutando por igualdade,
quem sabe essa vontade esse almejo por igualdade pode se tornar verdade
e um dia acontecer.
seja amor e amizade, dê presença de verdade pra alguém que precisa de você.
plante o bem e colha o bem, ofereça tudo que tu tem, faça algo faça o bem.
Ela era poesia, e ele não sabia ler.
Ela era mar, e ele só sabia molhar os pés.
Ela pensava no futuro, e ele não sabia o que queria.
Ela orava pra dar certo, ele fazia nada.
Ela tinha planos para vida toda, e ele não honrou ela.
Ela, por fim, resolveu ser como o sol: brilhar sozinha.
Ela, por fim, preferiu ser a própria leitora de suas próprias poesias.
Ela, por fim, passou a viver mais o presente e a pensar no próprio futuro.
Ela, por fim, passou a rezar mais e pediu a Deus que só permita quem vier para fazê-la feliz.
Ela, por fim, passou a priorizar os planos dela e a se amar em primeiro lugar...
Ame com a segurança de quem está na corda bamba que liga o mar ao céu...
Eu acredito que deixamos de amar quando perdemos o medo de cair.
Luar sobre o mar
Sob o luar de esplendor
O mar ondeia em seu vai e vem
entoando lindos hinos de sereia...
Meus olhos vidrados de encanto
Não se contem em admirar com espanto,
Vertem lágrimas felizes que caem na areia.
Efêmero
O vento de ontem não é o mesmo de hoje,
Nem o mar permanece igual quando navegado,
A certeza torna-se incerta no amanhã,
Basta uma palavra, um gesto, um pensamento e o próprio tempo contribuem para o efêmero.
Conhecemos pessoas que vem e que ficam,
Outras que, vem e passam e que por alguns instantes alegraram a nossa existência,
Deixam em nosso coração a sensação que poderia permanecer mais.
Mas, a vida providencia a efemeridade
Tristeza? Às vezes!
Entretanto, me acostumei ao efêmero.
A vida também me ensinou a entender as quimeras interrompidas pelo acaso ou destino.
o que sei, é que caminho, a paciência e a fé é o que resta.
Talvez algumas das efemeridades da vida ainda venha trazer a primavera.
És linda Olinda
És linda Olinda,
Mar verde feito esmeralda,
território histórico dos Quatro Cantos.
Vento forte a soprar as ondas que se quebram na praia.
Mal posso ver da Sé.
Espumas no ar e o sabor da maresia nos lábios dão uma sensação de conforto.
Farol a iluminar as noites de verão.
És linda, és Olinda.
Simplesmente amar você
Procurei outros acordes pra tocar.
Procurei outro céu, outro mar,
Outra lua pra te dar.
Procurei outra forma de caminhar
Sem dor, sem rancor, sem pudor,
Sem pra trás olhar.
Procurei outro jeito de te desejar,
Inocente, sacana e não vulgar.
Procurei outra pista pra decolar
E sequei minhas asas pra poder voar.
Encontrei em teus olhos
Uma ilha perdida no mar.
E em teu coração eu fiz pista pra pousar.
Nas curvas do teu corpo
Encontrei meu caminho.
Segurei tua mão e vi que não estava sozinho.
Encontrei em teu sorriso
Uma forma de me libertar.
Olhei teus olhos e vi o mar
E do teu abraço fiz meu lar.
Você me fez acreditar
Que o nosso amor vai se eternizar.
E nem em poesia consigo descrever
Hoje sei que amar
É simplesmente amar você...
Sei que a andorinha está no coqueiro,
e que o sabiá está na beira-mar.
Observo que a andorinha vai e volta,
mas não sei onde está meu amor que partiu e não quer voltar.
Te Adorar
O sol, a lua, estrelas e o mar
Nada se compara
Ante a Tua Formosura
Os homens, os reinos, principados e potestades
Se prostram
Ante a Tua Majestade
Porque Dele, por Ele e para Ele são todas as coisas
Porque Dele, por Ele e para Ele são todas as coisas
Só me resta Te adorar, Te adorar
Eu só quero Te Adorar, Te Adorar
Eu nasci pra Te Adorar, Te Adorar
E dizer que Te amo, Te amo, Te amo.
NÔMADE
Venho de longínquas terras, do mar
Peregrino no cerrado, místico errante
Em busca do meu eu, de me achar
E neste chão novo, fui caminhante
Assim, no encanto eu fiz o instante
No olhar e no coração, sob o luar
E na diverso do sertão inconstante
O fascínio me ensinou como amar
E neste aroma delicioso sonante
De vagante ao pouso, pus a ficar
Nos dias felizes aqui tão distante
Trouxe no peito o nômade sem par
Formosa vontade no bem suplicante
Cá aterrando no horizonte deste lugar
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
ardo do meu coração
sonho pesado esquecido num mar,
o oraculo de um pesadelo,
sendo passado no mar de solidão...
"No mar da solidão "
Quando fico sozinha,
A tristeza me sufoca,
E as lágrimas quase me afogam,
no mar da solidão.
As ondas do desamor,
Tomba o meu coração,
perco as forças e caio no chão,
Não vejo saída, no mar da solidão!
Serenos e tempestuosos igualmente
Acalmam e amedrontam com a mesma intensidade
Em frente ao mar sou parte dele, como em frente
ao amor, tão perto e tão distante, tão doce e cruel
Amo o mar, mas lhe temo, assim como o amor.
Declare ao céu, ao tempo e ao vento...
Declare ao sol,ao mar e a areia...
Declare a lua ao dia e a noite...
Declare ao mundo, ao espaço e ao infinito...
Como simplesmente amar é o dom mais bonito.
O Navio Negreiro
'Stamos em pleno mar... Doudo no espaço
Brinca o luar — dourada borboleta;
E as vagas após ele correm... cansam
Como turba de infantes inquieta.
'Stamos em pleno mar... Do firmamento
Os astros saltam como espumas de ouro...
O mar em troca acende as ardentias,
— Constelações do líquido tesouro...
'Stamos em pleno mar... Dois infinitos
Ali se estreitam num abraço insano,
Azuis, dourados, plácidos, sublimes...
Qual dos dous é o céu? qual o oceano?...
'Stamos em pleno mar. . . Abrindo as velas
Ao quente arfar das virações marinhas,
Veleiro brigue corre à flor dos mares,
Como roçam na vaga as andorinhas...
Donde vem? onde vai? Das naus errantes
Quem sabe o rumo se é tão grande o espaço?
Neste saara os corcéis o pó levantam,
Galopam, voam, mas não deixam traço.
Bem feliz quem ali pode nest'hora
Sentir deste painel a majestade!
Embaixo — o mar em cima — o firmamento...
E no mar e no céu — a imensidade!
Oh! que doce harmonia traz-me a brisa!
Que música suave ao longe soa!
Meu Deus! como é sublime um canto ardente
Pelas vagas sem fim boiando à toa!
Homens do mar! ó rudes marinheiros,
Tostados pelo sol dos quatro mundos!
Crianças que a procela acalentara
No berço destes pélagos profundos!
Esperai! esperai! deixai que eu beba
Esta selvagem, livre poesia
Orquestra — é o mar, que ruge pela proa,
E o vento, que nas cordas assobia.
Por que foges assim, barco ligeiro?
Por que foges do pávido poeta?
Oh! quem me dera acompanhar-te a esteira
Que semelha no mar — doudo cometa!
Albatroz! Albatroz! águia do oceano,
Tu que dormes das nuvens entre as gazas,
Sacode as penas, Leviathan do espaço,
Albatroz! Albatroz! dá-me estas asas.
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