Poema Maos de Semeadora Cora Coralina
A Minha Alma Guarda
A minha alma guarda vazio
Minha alma te espera quando o coração bate
É ela que quer te encontrar,
porque é ela que te completa.
Tu é alma, é a vida que me completa,
Minha alma gentil;
Então me completa quando o medo me inundar?
Me completa quando o mundo acabar?
Me completa com a compreensão de amar?
Me completa com um beijo,
Porque só sei chorar.
Dance comigo essa noite,
No breve vazio da saudade
Me complexo na eternidade de sonhar.
É minha alma que quer apenas te encontrar...
(Cicero Laurindo)
DESCOBRI 
Um dia cresci 
Descobri que o barulho na concha
Não era o som do mar
Que pai e mãe também erram
Que a cada dia sei menos das coisas
Descobri que verdadeiros amigos se conta nos dedos
Que ganhar colo é bom em qualquer idade
E que sempre vou querer raspar a vasilha de bolo
Um dia cresci 
Descobri que o para sempre
Às vezes tem fim
Que nem sempre o sim é melhor que o não 
E o melhor de tudo 
Descobri que os grandes abismos 
Podiam ser pulados feito poças d’água.
Eu conheço um grande mau
Que destrói seu próprio lar
Mata sem pensar
Por riquezas sem valor
Tenta disfarçar
Sua ambição por poder
Ignorando o seu amor
Ele luta por prazer
Pensa no futuro
Esquece o presente
Acaba não vivendo honrosamente
Perde amizades
Mas ganha inimigos
Acha que é Deus
É apenas um menino
Vive em batalhas bancando o bad boy
Mas vontade não é coragem
E ganhar não é ser herói
Olhos do demônio
Acaba observando
É mais uma alma
Que ele vê levando
Homem mau entre certos sucessos
Compartilha o caos.
Me vejo perdido no meio de tanta gente
Éh, estou aqui novamente 
Sim sou eu, o mesmo de sempre 
Porém não com os sentimentos de antigamente, infelizmente 
Não sei como começar 
Mais tenho que escrever para me aliviar 
Nada mais justo do que deixar meu coração falar
Porque há um tempo ele não bate, só lhe convém apanhar
Me diz por que estou esperando por alguém ?
Alguém que não dava a miníma para mim ?
Não consigo me isolar e ficar sem ninguém 
Mais também não precisava ser assim.
Enfim, te fiz especial em meu coração
Mas você recusou sem nenhuma emoção
Mas não te culpo, foi a sua decisão 
Mas se acha que com isso eu iria ficar sozinho, bom, então,
Minha companhia hoje é a solidão 
Não guardo magoas de você 
E você não é culpada do que aconteceu comigo
Desejo que você encontre alguém bacana e que goste do seu jeito de ser 
E que você permita que ele seja teu abrigo. S2
Decisão
- Dizei-me poeta,
Uma palavra
Mais bonita
Que avante?
- Doravante!
É mais
Que uma decisão,
Para seguir
Rumo ao futuro,
Trilhando os sonhos!
Além da utopia!…
(Desilusão)
Ser poeta é uma chatice
Incompreendido
Compreende a tudo em redor
Mas não consegue 
Se compreender
Solidão de ideias
Quase sempre 
vê a poesia sozinho
Vegeta em meio a utopias internalizadas
Caminha de costas 
Sozinho
Na contramão
Ninguém quer saber o que senti o poeta
Ninguém quer saber de nada
Que flua do oceano das ideias
Esse papo de ser
Sentir
E blablablá ...
É tão distante
Tão obscuro
Tão platônico
O amor pela poesia.
Biblioteca
Um furacão?
Um vulcão?
Tudo é tormenta no meu interior
Turbulência de curiosidade
Insaciável sede de conhecer
Nesta dimensão de conhecimento
Abre-se um universo surreal
Em estantes enfileiradas
Tem poeira 
Necrópole de autores
Contradição?
Não.
Pois tem vida!
Têm manancial de saber
Tem tesouros escondidos no oceano do aprender
Quero me perder neste labirinto sapiencial
E adormecer com um livro ao peito
E sonhar nas narrativas de amor...
Seja onde for
Na floresta de livros quero me encontrar
E na fonte do saber me saciar.
Segredos do coração
Não contes
Meus versos
São desabafos 
D’alma amante
Não espalhe meus contos de amor
Nem penses em sussurrar ao vento meus dizeres
São pérolas do oceano de sentimentos
Contidos na alma cálida
Não contes te peço
Os devaneios de amor galante que a ti confessei
Das tardes longas que contigo tive...
Não dê detalhes da minha fala ofegante em declamar o amor
Do meu olhar marejado de lágrimas que denunciavam minha paixão
Por favor, não conte! É um grande segredo.
È intimo
É platônico
É pulsante
É doloroso
Ah, amigo não conte a ninguém
Que confessei o meu amor...
Não posso vive-lo 
Não posso dizê-lo
Só posso sonhá-lo!
Nesse trecho uma frase
Que isso seja uma fase
Espero que não demore
Para que eu possa mudar
Espero um dia poder mudar
Essa forma d'eu me apaixonar.
Mulheres,
Seres encantadores não apenas por sua beleza natural, mas pela majestade em que se tornam cada vez que aparecem em nossas vidas.
Sejam as mães, que sentem a dura dor do parto e mesmo assim se alegram ao ver a face do seu recém-chegado ao mundo.
Mulheres trabalhadoras que podem estar numa cadeira de presidente ou ajoelhadas limpando um chão sujo para sustentar a sua família e jamais deixar faltar o pão de cada dia.
Mulheres guerreiras, das forças armadas, dos tribunais e das polícias, defendendo a nossa nação tão distante de um mundo perfeito e de justiça.
Mulheres que são tão paradoxais e frágeis que, ao falar, se tornam fortes como leoas para defender os seus interesses.
São as mulheres que despertam os mais profundos sentimentos em uma criança que acalenta-se em seu peito para buscar sossego e confiança. Sentimentos que fazem um homem bambear as pernas e palpitar seu coração em um ritmo frenético apenas pelo ouvir de sua doce voz que encanta como as belas notas de um recital.
São as mulheres...
Mulheres do dia 8, de todos os dias, de todas as horas, de toda minha vida!
Feliz Dia Internacional das Mulheres!
Finja-se de meu vermelho,
e viva comigo todo o azul.
Sonhe comigo lilás,
e acorde comigo doce branco.
Que nunca te esqueça rosa,
e nunca te toque forte roxo.
Que sinta comigo salmão,
e respire quente violeta.
Ande comigo turquesa,
e toque-me suave bege.
Deixe-me entrelaçar preto,
e sussurrar macio diamante.
Levar-te verde,
e amar-te transparente.
Declaração de Independência.
Eu sou o cão desafiador,
eu sou o gatuno rebelde,
aquele que combate a tão temida proliferação:
do bastardo injusto, o saqueador da nação.
Eu sou um homem temente
aquele que canta um único repente:
“Morte a independência,
morte a Corte da Suprema negligência,
morte ao rico e vida ao pobre,
morte a miséria e a falta de educação,
morte a todos, os que se proclamam donos da nação.
Morte a hipocrisia,
morte ao falso romance e a qualquer tipo de tirania.”
Como uma pequena reparação
Faço jus a quem a sociedade trata com distinção:
“Viva o índio,
viva o negro escravizado,
viva o vinho e os italianos colonos a pouco chegado,
viva o preto e viva o branco,
viva o gatuno e viva o desafiador,
um grande viva, a todos que enxergam no outro, uma semente do amor”.
TESOURO DE POETA
Num mundo guardado, aqui dentro
Toda palavra tem peso de ouro
Mas pra pesar é um tormento
Tem daqueles que o juntam como tesouro
Sou dos que espalha por todo canto
Esqueço de tudo, a te de mim
Sabendo bem disso:_ nada de espanto
Quando encontrar um poema, com meu sorriso no fim
O SILÊNCIO DE MADRE TEREZA DE CALCUTÁ
O silêncio se fez presente, 
Dizendo tudo sem nada falar
Toca hinos com som ausente
De poesia, que não ouso declamar
Ouvindo-o, não se esculta
Foi feito pra escultar
O que em seu coração pergunta
E esse segredo vai lhe contar
Proseava com ele, e alguém a perguntar:
_Sabe o que vai pedir?
_Nada, só vim pra escultar
_Ele responde?
_Nada, só está pra me ouvir
Sete e quarenta e cinco da manhã
Ela está triste
Não demonstra, ninguém demonstra
Acreditar não faz mais parte
Acorda, levanta , faz seu café
Toma um banho
Olha pela janela
Tudo  que ela vê é com um sorriso
Quem sabe até um sorriso verdadeiro
De ver que está viva, 
ou apenas de receber um bom dia de seu pai e sua mãe
Ela se preocupa
Sua família é sua ponte pra felicidade
Fica mal quando em casa surge briga
Seu pai diz que vai sair dar adeus
O peito dela não aguenta tanto
Ela escuta o cantos dos pássaros 
Corre para o quarto
Liga a televisão 
Música clássica deixa-lhe bem 
Livros e poesias acalmam sua mente
Agora
as luzes da casa estão apagadas
O sol bate contra seu rosto 
Direto da sala escuta gritos e choros
Já não basta ser magoada pelo amor
A família lhe cobra maturidade pra entender tudo
Estava tudo tão bem há dois dias atrás
Do nada a lágrima corre pelo seu rosto
Ela já está acabada
O leite e os biscoitos tinham gosto de dor
O banho parecia chuva ácida
Ela arranhava seu cobertor
Se batia de decepção 
O dia recém estava começado
Até o almoço faltavam horas,
Até de noite pareciam dias
Ela está acabada
Por que essa madrugada é tão quente?
Sinto meus olhos se abaixando tristemente
Aquelas músicas sentimentais e melosas tocando 
O café acabou
Meu coração sente-se sozinho
Meu corpo é forte 
Minha mente confusa
Estou me acostumando 
Pessoas entrando 
Depois saindo 
Eu deixando 
Esse é um fato
Cicatrizes marcam o peito 
Eu já não posso jurar mais nada
Meus pés descobertos
Coloco minha jaqueta xadrez
O capuz me aquece mais ainda
Vontade de chorar 
A lágrima não cai
Não há nada para entender
Sentindo a melodia entrar pelos meus ouvidos
meus dedos calmos ao teclado
Cada pedaço meu está longe
Cada parte quer tomar um rumo
A barba que sempre cresce pela metade
Meus olhos inchados por não dormir
O sono não da sinal.
FELIZ POETISA
Vens cá, poetisa da emoção
vamos fazer um trocadilho?
Explodir a porta deste exílio
libertando nossas vidas; coração?
Expandes tua luz sem empecilhos
percebes do esplendor a sensação?
São teus valores em fagulhas de paixão
celebrando quem és tu, sem estorvilhos
Enlevas firme e docilmente teu talento
ignoras sabiamente o infausto infeliz
Ah, incauto! Não te condiz merecimento!
Funesto na desonra, profano em mil perfis
Enquanto tu, sacerdotisa das letras, pitonisa
Glorifica a vida, finita, convicta de que és, feliz!
Saudade rapaz
Com a tristeza nos olhos
Me vem as doces lembranças
Ah... quanta falta você me faz.
Me pego em dramaturgia com a vida.
Eu, aqui sozinho, apenas com lembranças
Mas quanto mais terei que aturar?
Que saudade você me faz.
A vida te tirou de mim
Ou então eu assim prefiro pensar.
Talvez eu quem tenha te tirado dela.
Que saudade rapaz
Quanta falta você me faz.
Hoje só me restam lamentos e lembranças
Os lamentos não tem me levado a nada
Já as lembranças me levam a tudo
Tudo que um dia foi meu
Tudo que um dia foi seu
Tudo que um dia foi nosso.
Mas que saudade rapaz.
Edifício de Kitchenettes
Somos coisas de horas áridas e do plano involuntário,
Acinzentadas e cinzentas. O “sonho” produz um som volúvel, não tão forte
Como “aluguel”, “sustentar uma esposa”, “satisfazer um homem”.
Mas poderia um sonho fazer subir através de fumaças de cebola
O seu branco e violeta, lutar contra as batatas fritas
E o lixo de ontem que amadurece no corredor,
Vibrar, ou cantar uma ária nestes quartos
Mesmo se estivéssemos querendo deixá-lo entrar,
Tivéssemos tempo para aquecê-lo, deixá-lo bem limpo,
Antecipar um recado, deixá-lo começar?
Gostaríamos de saber. Mas agora não interessa!
Pois o Número Cinco já saiu do banheiro,
Estamos pensando na água morna, esperamos entrar nela.
SOU UM NOVO HOMEM
Faço tudo, e farei um pouco mais.
Por te amar por te amar 
Por voce, de tudo sou capaz. 
Ela chegou 
Bagunçou minha solidão 
Eu não acreditava em amor
Ela me mostrou um mundo novo
Que eu não conhecia
A semente ela plantou 
E hoje estar colhendo
Eu sou um novo homem
Aprendi amar com você
Todas as noites divido contigo meu prazer.
Faço tudo, e farei um pouco mais.
Por te amar por te amar 
Por você de tudo sou capaz
Sou um novo homem 
Você me resgatou
Hoje tenho consciência
Que existe amor
E o meu é você,
Poeta Antonio Luis
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