Poema Maos de Semeadora Cora Coralina
A metamorfose das borboletas é um poema que a natureza escreve em silêncio. De um pequeno ovo, nasce a lagarta, tímida, rastejando sobre a terra, carregando o peso de um destino que ainda não compreende. A jornada começa ali, no ventre do mundo, onde o tempo se alonga, e cada movimento é uma dança lenta, uma preparação para o grande milagre que está por vir.
Vem então o casulo, a prisão necessária, onde o tempo se dobra e o corpo se transforma em segredo. Na escuridão do casulo, há um pacto entre o que se foi e o que será. E, quando o véu finalmente se rompe, surgem as asas—leves, coloridas, como se carregassem o próprio céu em suas tramas. O voo é um ato de libertação, uma prece ao vento, uma celebração da vida que se recria.
Assim somos nós, navegantes do tempo e do espírito. Nascemos presos ao chão, e a vida, com sua delicadeza cruel, nos coloca diante de casulos invisíveis—desafios, perdas, silêncios que nos envolvem e nos moldam. Mas é ali, na aparente imobilidade, que a alma se prepara para alçar voo. Cada lágrima, cada dor, cada espera se torna parte de uma transformação inevitável, tão bela quanto o desabrochar de uma borboleta.
E, quando finalmente rompemos o casulo das nossas angústias, encontramos nossas próprias asas, tingidas pelas cores de nossas vivências. O voo humano é menos sobre a leveza do corpo e mais sobre a leveza do espírito. Voamos para dentro de nós mesmos, para os céus íntimos onde habitam nossas verdades mais profundas.
"Tua beleza me salvará"
(primeiro poema)
Graça e dons, tudo te foi dado,
Da escrita dos deuses,
Teu destino foi traçado.
Serás única em tua beleza,
Nasceste perfeita,
Não ouso buscar-te noutra natureza.
Que encanto usas? Qual feitiço conjuras?
Pois, em ti, me perco nesse martírio.
Porém, grato sou, ó deuses,
Por esta paixão insana, este desejo proibido,
Por vosso sutil egoísmo.
Isaac Ordous
Tudo depende do momento
que se escreve um poema
que pode ser de paz
ou virar um Acangapema,
O quê importa é o quê
se deseja ser capaz.
(O restante o tempo faz)
Exército de moscas
Poema infantil de Félix di Láscio
Uma mosca
Fez zumbido:
Zum, zum,
Zum, zum...
Uma outra ouviu
O zumbido
E repetiu o enredo.
Zum zum
Zum,zum..
Moscas. logo
Toda todas moscas
Escontaram o som
E partiram em em bando⁷.
Com tantas assim
Estaria formado
Um exército de
Poema para Laura e Rafael
De dentro do ônibus, ele chamou
Na frente da loja, ela esperou
Da janela do ônibus, ele acenou
Da rua, um sorriso ela externou
Ah, um sentimento despertou
O amor dos dois, aflorou
A corrida até ela, revelou
A perda, aproximou
Uma família, ele ganhou
O sonho dos dois, se realizou
A Estela completou
A saudade honrou
E o pedido de casamento, enfim chegou
Prefiro a melodia do mar.
Abraça o meu silêncio,
Faz dele um poema,
Sem ser preciso explicar.
© Ana Cachide
há um poema em meu armário
vou catá-lo
e vestir seu tecido sobre minha pele
[há instantes de inexistência]
apesar das aparências
ainda estou transvestida
pelo seu olhar.
**Onde o Meu Amor Está?**
Dos versos e rimas deste poema,
faço altar para o nosso tema.
Na espera de tua voz ecoar,
em respostas que sei dançar.
Esse meu sofrimento, delicado véu,
será cobrado com o mel do céu.
Todo esse amor, quieto, reprimido,
no tempo, com juros, será redimido.
Onde o meu amor está, nesta noite estrelada?
Sob a lua, sua face iluminada?
Aqui, nesta solidão que se estende,
espero o calor que de ti emana e ascende.
Nosso quarto, frio, sem teu abraço,
é só um esboço, desenho sem traço.
Só o calor de teu amor para aquecer,
esse espaço vazio onde ainda posso te ver.
E quando estiveres só, por um breve instante,
me beija, com o fervor de antes.
Em cada bilhete que deixo, um desejo,
um beijo guardado, um segredo que almejo.
Sempre que quiseres, no silêncio da noite,
na distância que o nosso amor açoite,
lembra dos versos que escrevi para ti,
em cada linha, onde sempre estarei aqui.
Morro de amor por você,
Mulher que é minha inspiração,
E nesse poema profundo, posso dizer,
Que és a dona do meu coração.
Poema Infantil
O Cavalo Caramelo.
Félix di Láscio.
Um cavalo
Foi resgatado,
Tinha a mão branca
E era manca.
O Cavalo Caramelo
Viveu o tempo,
Sem chinelo.
Divido as chuvas
Muitas pessoas
Ficaram desabrigadas,
Essa é parte malvada.
Coitado!
O Cavalo Caramelo
Passou horas
No telhado .
Poema de Aniversário
ele já estava escrito em mim
minha pele que te sente
tatuou palavras
salgadas, geladas
ditas e malditas falas
palavras hematomas
metáforas, metá metá
me molha só de memória
da tua cara transfigurada
tua boca em Ooooh
e entre eu e você
o mastro pólo
o dragão de fogo
olhos de mar aberto
terra a vista, repouso
tuas mãos, nossas
um turbilhão
sem asas
voando céu aberto
mar fechado
Olho de caranguejo
Lua virada do avesso
Poema de Jeyne Stakflett
vazio cheio de você
deserto tempestuoso
areia nos olhos boca e ouvido
seco horizonte vertical
árido, áspero, espesso, escuro
sem música, rima, poesia
nosso amor já não é mais nada
o dia passa a noite fica
eu neste estado morro e renasço
morta de saudade presa nesse estado
vivo a deriva fora do vestido
morro de amor a saudade é meu destino
desmaio sem saber se era
verdadeiro ou falso o anel que não dera
galharufas da sorte
ela estava vazia você não existia
mas levarei teu espelho comigo
até minha morte
pra te lembrar que um dia
fui só sua você teve sorte
na passagem da vida
ai de mim, se te amei, nem sei nem te conhecia
Confiei, me entreguei, me amarrei
Ele cortou minhas asas e voltou a reinar
Olho de caranguejo, Lua virada do avesso
Olho de caranguejo, Lua virada do avesso
Olho de caranguejo, Lua virada do avesso
Olho de caranguejo, Lua virada do avesso
vou lhe escrever um poema por dia
até te esquecer
cigano
cigano dos desejos
meu reino por seus beijos
de olhos abertos em meu leito
medito a esquecer o cheiro do seu peito
bela coca cola branca
fez de mim uma santa
me abraça decidida e franca
caída no vão da cama
já é verão nosso inverno, mudamos de estação
essa rádio toca música oriental enquanto ouço minhas lágrimas no quintal
pássaros migrando no horizonte
lembrou que você existia ontem
Hoje meio agradecido deixa obrigado na caixa
talvez ele seja mesmo, mas preferia arrependido
trazido por Iemanjá pra juntá nosso elo perdido
um bem te vi abrindo mais um dia rompido
Quando você ler ou ouvir este poema estarei longe
mas não tão distante que não possa me sentir ao fechar os olhos
já sei que tu não vens
se foi como assim chegou
você me vê nas nuvens
mas a mim cegou
partiu como quem morre
não posso mais te ler
só posso mesmo morrer
foste tão de repente ainda não posso crer
se ainda estiver vivo
no reino onde vives
se ainda me sabes
acho penso e sinto
se ainda pensa ou sentes
é porque ainda te respiro
venhas logo não demore pois
perecer a cada dia a cada instante
e ainda ter a chama acesa
não é fácil estar na estante
se virei livro, poema ou piada
não importo com nada
se fui a primeira ou a última
às vezes triste ou magoada
se falas bem ou mal de mim
me basta saber que não passei impunemente assim
me afasto vou pra longe
oceanos de jasmim, alfazemas e capim
sigo meu caminho certo que um dia
hei de te encontrar sozinho
lá na frente mais contente
quem sabe me olhes sorrindo
quem sabe neste dia que ainda não existe
eu possa lhe dizer do amor que tive
eu possa lhe abraçar ao ar livre
onde haja apenas o verbo amar
pois sem amar não se vive
POEMA CANCELÁVEL
Demétrio Sena - Magé
Já nasci cancelado por meu pai;
minha mãe também era cancelada
e me fez entender de sobrevida
nesta minha escalada solitária...
Não havia internet, mas havia
essas mesmas pessoas oprimidas
pela vida vazia em seus empenhos
pra mostrar como sabem excluir...
Hoje nada cancela o meu conforto
neste porto seguro do meu dom;
acolher e soltar quem quiser ir...
Meus ebós literários conscientes
dessas mentes tardias de pensar,
geram medo do amor não seletivo...
... ... ...
Respeite autorias. É lei
POEMA IMPREVISTO
Quando a desgraça nos bate a porta,
Nossa vida vira do avesso.
Ninguém espera por um tropeço,
Se desespera com a sina torta.
Ninguém sabe onde encontrar forças,
Mas sempre procura nos seus.
É que quem nos encontra é a força,
Essa energia que se chama Deus.
Ele entra em nossa sintonia
E nos dá um caminho a seguir.
O tempo acomoda a agonia
E voltamos assim a sorrir.
(Guilherme Mossini Mendel)
Poema De PH
O mais importante Nesse Mundo é Deus, que Sem Deus Não Tem Como Viver Nesse Mundo.Que Deus é o Centro De Tudo Da Nossa Vida...
Café e paixões
Que tal fazer um poema e tomar um bom café , desenhar pelas noites frias as curvas da poesia do corpo de uma Mulher,
Que tal escrever um poema, sem dilema e sem explicação, fazer só um versinho rimando café, açúcar, amor e paixão .
Que tal escrever uma poesia e uma canção para adoçar o amargo da vida e as dores do coração.
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