Poema Desejos de Elias Jose
"Poesia da motivação"
Vamos levante! tem muito que fazer, há muita vida pra viver. Levante agora! vem pra fora já é hora. Fique de pé! se apegue à fé. Se levante de novo! venha ver um mundo novo.
Prossiga adiante é sua chance... de ser feliz como sempre você quis.Com Jesus ao seu lado, você sempre estará motivado, e mesmo com dificuldade pra combater, com Jesus, você nunca vai perder.
Todas a chances você teve,
Todo caminho percorreu até aqui.
E o que aprendeu?
Os passos não foram em vão,
Pois a caminhada não acabou.
O dia que estiver cansado,
Pare e pense que sonhos ainda existem.
A realidade que vive agora,
É aquilo que você aprendeu até aqui,
Viver é mais que uma simples rotina,
Sua vida é o que você é representa,
Para você e para os outros.
Coisas boas e más, o que fica é
A experiencia de ter vivido.
Se queixar é podar o destino,
Lutar é confrontar o mundo e
Conquistar o seu lugar.
Quando você deixar de existir,
Nunca existirá alguém no seu lugar,
Porem o mundo nunca vai parar de girar.
Não conto mais os dias ,nem as horas ,muito menos os minutos e segundos, minha vida sem minha mãe se tornou outra dentro da mesma, uma ideia fora do comum, algo que não vou nunca saber lidar.
Vivo buscando nas coisas , no rosto dos que estão próximos , procurando traços semelhantes, trejeitos ,ações que lembrem algo dela.
Minha cabeça ,uma parte do meu cérebro parece não parar com as lembranças.
O que eu quero agora?...não sei !quando tinha ela não me preocupava com nada sobre ela, sobre mim, pois ela sempre esteve ali, agora não posso nada mais com ela.
Não choro ,não me revolto ,não busco explicação, só penso!
Amanhã será a mesma coisa, sempre, dia a dia vai ser assim ,minha vida sem a vida dela ,que fazia parte de tudo que eu sou hoje e represento!
Hoje sou nada sem ela, sou talvez o que ela tenha sonhado para mim , apenas 1%.
Real, o amor que sinto por ti
Quero que saibas
Quero que sintas o mesmo por mim
E que este amor nunca acabe!
Há uma caverna rodeada de cidades
Nessa caverna escura e cheia de tesouros
Esconde-se maravilhas e maldades
Oque pode se esperar entrando nela é sair sem ouro
Quem depositou sua confiança na razão
Perder a noção, oque nela entra não recebe perdão
Suas facetas fascinam, me faz pensar de quando era criança
Que gostaria a qualquer custo encontrar na caverna esperança
Oque se sabe dela é que tem um poder inimaginável
Estar nela e encontrar um caminho, é pra muitos impossível
Mas que se quiser muito alguém atende, com força inigualável.
Pode ser que você tenha até mesmo que encontrar o mundo invisível
Mas quando a caverna te mostra os tesouros, seja eles qual forem
Você talvez se esqueça de seus medos e terrores
Avida passa a ganhar sentido e cores
E a dor de quem muito andou é sanada com flores.
Amizade só para o que lhe convém, definitivamente não é amizade, é interesse.
Quem realmente é amigo, considera qualquer tipo de atitude, provável ou improvável sem desmerecer a amizade, fica junto nas piores situações e também nas melhores.
A melhor maneira de se medir o nível de amizade é as vezes não fazer nada, pois é na ausência de tudo, que podemos ver a compatibilidade, a reciprocidade do querer ser amigo, seja na sua ausência, como na ausência de qualquer coisa que você tem a oferecer.
Quem gostar de você como amigo, será sempre pelo que você representa e não pelo o que você dá.
Na amizade real, não existe nenhuma forma de barganha, não deve existir cobrança, somente a troca, troca de amizade.
Não existe amizade onde impera o egoísmo, a falta de afeto, cobrança, deslealdade e ganancia.
Não diga nunca que espera algo de um amigo que você um dia ajudou de alguma forma, se este retorno não acontecer, pense que o amigo dele é você e o amigo dele é o quem realmente ele considera.
Então lá no sertão é assim
Eu nasci lá no sertão.
Onde a lua faz clarão.
La não existe a maldade.
Somente a felicidade.
Do meu sertão querido.
Me lembro com saudade.
Do violeiro que toca.
Com muita simplicidade.
Das noites de cantorias.
Da minha viola caipira..
Lá no meu sertão..
A lua o céu ilumina.
E as pequenas estrelas.
São lindas bailarinas.
Hoje aqui na cidade
A poluição que domina
O céu todo escurece
A saudade me domina
O que posso dizer
Sou um sujeito caipira
No sertão eu nasci
No sertão vou morrer..
José Menino Domingues
J. M. D
MAIRINQUE, 22 DE MARÇO DE 2018
O caos faz parte da vida!
Vamos sofrer, vai ser difícil, e daí?
A ordem está apenas no sentido que atribuímos ao Todo.
O céu sorrindo azul,
o sol fazendo jus ao nome.
Os pássaros cantando sem cessar, dizem:
O caminho é longo, cheio de percalços.. Mas veja como a vida é bela!
Um dia a voz de um anjo chamou-me do outro lado do vale.
Achando ser somente o meu eco, ignorei-a
Ah! coração, como fui tolo!
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Em verdade não se esculpe a neblina.
Mas, o diamante pode ser lapidado!
Queria ser um rio e correr para o teu mar!
Desaguar em teu remansoso delta e lá me perder.
Porém, não passo de uma lagoa que condena seus peixes
à clausura dos mosteiros de junco!
O riacho e a neblina
do mesmo elemento são!
Embora o escarcéu da cachoeira
contraste com o silêncio que flutua!
Já é tempo de lançarmos nossas naus....
por ser o mar, o destino.
Do que fazer destino a areia!
Sentir a fúria das procelas.......
e o doce retorno ao cais.
[A CIDADE COMO TEXTO]
Entre as diversas metáforas operacionais que favorecem a compreensão da cidade a partir de novos ângulos, uma imagem que permitiu uma renovação radical nos estudos dos fenômenos urbanos foi a da “cidade como texto”. Esta imagem ergue-se sobre a contribuição dos estudos semióticos para a compreensão do fenômeno urbano, sobretudo a partir do século XX. Segundo esta perspectiva, a cidade pode ser também encarada como um ‘texto’, e o seu leitor privilegiado seria o habitante (ou o visitante) que se desloca através da cidade - seja nas suas atividades cotidianas para o caso do habitante já estabelecido, seja nas atividades excepcionais, para o caso dos turistas e também do habitante que se desloca para um espaço que lhe é pouco habitual no interior de sua própria cidade. Em seu deslocamento, e em sua assimilação da paisagem urbana através de um olhar específico, este citadino estaria permanentemente sintonizado com um gesto de decifrar a cidade, como um leitor que decifra um texto ou uma escrita.
[trecho extraído de BARROS, José D'Assunção. Cidade e História. Petrópolis: Editora Vozes, 2007, p.40].
[O CAMINHANTE E O TEXTO URBANO]
Ao caminhar pela cidade, cada pedestre apropria-se de um sistema topográfico (de maneira análoga ao modo como um locutor apropria-se da língua que irá utilizar), e ao mesmo tempo realiza este sistema topográfico em uma trajetória específica (como o falante que, ao enunciar a palavra, realiza sonoramente a língua). Por fim, ao caminhar em um universo urbano onde muitos outros caminham, o pedestre insere-se em uma rede de discursos - em um sistema polifônico de enunciados, partilhado por diversas vozes que interagem entre si (como se dá com os locutores que se colocam em uma rede de comunicações, tendo-se na mais simples ‘conversa’ um dos exemplos mais evidentes).
Enfim, se existe um sistema urbano - com a sua materialidade e com as suas formas, com as suas possibilidades e os seus interditos, com as suas avenidas e muros, com os seus espaços de comunicação e os seus recantos de segregação, com os seus códigos de trânsito - existem também os modos de usar este sistema. A metáfora linguística do universo urbano aqui se sofistica: existe a língua a ser decifrada (o texto ou o contexto urbano), mas existe também o modo como os falantes (os pedestres e habitantes urbanos) utilizam e atualizam esta língua, inclusive criando dentro deste mesmo sistema de língua as suas comunidades linguísticas particulares (dentro da cidade existem inúmeros guetos, inúmeros saberes, inúmeras maneiras de circular na cidade e de se apropriar dos vários objetos urbanos que são partilhadas por grupos distintos de indivíduos)
]trecho extraído de BARROS, José D'Assunção. Cidade e História. Petrópolis: Editora Vozes, 2007, p.43-44 ].
O CEGO, E O OUTRO QUE VIA
Havia na estrada do mundo
um Cego, e um Outro
que via
O Cego tinha uma estrela
cujo brilho não sabia
A Noite não lhe era um mal
pois não via o que não devia
O Outro tinha três olhos
e pelo excesso sofria
pois via com o olho da sobra
tudo aquilo que não podia
Numa flor via seus átomos
e nessa profundidade desastrada
Toda beleza se perdia
No perfume sentia cheiros
(cada nota em separado)
pelo nariz lúcido e enfermo
que todo aroma dissolvia
E assim, pela estrada do mundo
Ia o Cego, e o Outro que via
O que via indagava a causa
e o Cego gozava o efeito
Sendo feliz porque não via
Contava-se nas estalagens
Por onde a estrada passava
Que Um era a sombra do Outro
E os Dois, partes de um mesmo ser
Cuja felicidade de ver
Somente estava onde não devia
[publicado em Recital, vol.3, nº1, 2021]
[HISTORIOGRAFIA - Definição]
A Historiografia – ou História – pode ser compreendida como o vasto universo de realizações produzidas até hoje por todos os historiadores e autores de História. Neste sentido, a Historiografia é a “História escrita”; de modo que não é à toa que a expressão indica literalmente isto (historio-grafia). Oportunamente, veremos ainda que – se o universo de realizações historiográficas inclui tudo o que já foi produzido em termos de livros de história, artigos ou conferências sobre os mais diversos temas históricos – há muito mais que isto envolvido na ideia de historiografia. Afinal, constituem igualmente realizações historiográficas os próprios sistemas conceituais desenvolvidos pelos historiadores, as metodologias por eles criadas ou empregadas, os diversos paradigmas teóricos que foram por eles construídos coletivamente, as hipóteses levantadas para abordar os diferentes objetos de estudo, e a própria ciência histórica tal como esta é compreendida hoje.
A transformação da História escrita em uma modalidade científica de saber, a partir do trânsito do século XVIII para o XIX, é de fato a maior realização historiográfica de todas. Neste sentido, pode-se dizer que a Historiografia também termina por incluir dentro de si o próprio campo de saber mais específico que tem sido construído pelos historiadores desde os seus primeiros tempos e até o momento contemporâneo: um campo de saber ou disciplina que – ao mobilizar diferentes aportes teóricos e as mais variadas metodologias – estuda a própria história.
[trecho extraído de BARROS, José D'Assunção. "Historiografia e história: todas as relações possíveis" In: A Historiografia como Fonte Histórica. Petrópolis: Editora Vozes, p.15].
PINDORAMA CONTRA BRAZIL
Pindorama estava em guerra
Contra um país chamado Brazil
E uma gente vestida em verde
Veio convocar a juventude
Para lutar do lado errado
Aos que não foram, deram um paredão
Uma venda e um pelotão do outro lado
E uma coisa abstrata chamada morte
Mas que talvez não passasse de uma passagem
Para o Campo de Caça Feliz
Aos que foram, deram um fuzil
Prometeram uma medalha e disseram
– Vai, e me traz um índio!
Aquela guerra estava fadada a não terminar nunca
Porque também era a guerra contra os passarinhos
Contra as borboletas, e o que sobrou de ar puro
Para vencê-la, seria preciso matá-los todos
Ou convertê-los à cor cinza
Quanto a mim – este índio civilizado –
Ficarei para sempre no espaço
Intermediário que chamam de limbo
... A floresta, ali não entrarei
A cidade... jamais entrará em mim...
[publicado em Ponto de Vista, vol.10, nª1, 2021]
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