Poema de Pobre
Para cada batição
tenho escrito uma
nova letra para
animar o seu coração;
Irei nesta Serafina
em roda ou em fila
para buscar a sua
amorosa atenção.
O puçá está preparado
porque o nosso vai
ser lance bem alto,
O peito está apaixonado
e te quero enamorado.
No arrodeio baixo
vou fazer você cair
na minha sedução,
E você não vai pensar
em outra coisa a não
ser em cair na tentação.
E sem nenhum esforço
na hora do arrastão
você estará caidinho,
e se entregará
doidinho a nossa paixão.
Ânsias pela manhã
Mais uma vez,
outra manhã,
me vejo em uma sala,
que mesmo a mais forte luz
não tem forças para iluminar
Mais um momento,
me vejo presa
em uma cela de ânsias,
essa ansiedade que me corrói
Vejo as pessoas
que a mim mesma
digo serem superiores,
uma aura de ‘laurea’
Tento identificar se esse frio que
por baixo de minha carne queima,
se faz presente pelas minhas loucuras
ou se é apenas o frio da manhã
me sufocando enquanto rouba meu precioso ar
Minhas pernas tremem,
minhas mãos suam,
e meu estômago comanda
que coloque tudo pra fora
Vejo o quadrado eletrônico me observar,
preso sob a parede
ele me observa,
me mostra o quanto me faltam habilidades
e enfatizam as várias alheias
Olhar todas aquelas palavras conjuntas,
em uma língua que tanto me assusta,
faz meu estômago gritar
pedindo de joelhos para que eu faça o que pede
O ar trava em minha garganta,
a dor de minhas unhas sendo fincadas em minha palma
novamente me tiram de meus devaneios,
o sangue que quase jorra para fora por uma fina proteção
Não posso me deixar cair,
não posso me deixar falhar,
mas o que posso fazer se me parece tão tentador?
O que posso fazer se a tolice é uma dádiva que reconheço não ter?
Céus, estou ficando louca!
"Procuramos a distração por querer, e vagueando pelo sol intenso e pleno percebemos que o dia também fenece com o entardecer, então procuramos distrair da distração como um dever"
O Azarão Apaixonado
..
Subi na bicicleta
Foi queda na certa
Entrei no busão
Fui de cara pro chão
Montei no cavalo
Travei o ciático
Embarquei no navio
Suor e calafrio
Subi no avião
Tontura e indigestão
Dirigindo um carro
Desloquei o braço
Passeando na lancha
Me revirou a pança
Tentei o velotrol
Minha perna deu nó
Me enrolei no teu abraço
Se desfez todo embaraço
Somente no teu beijo
Me sinto inteiro
Poeminha para Bia
..
Bia põe o prato
Perto da bacia
A bacia está embaixo
Da pia da Bia
Bia e a pia não se bicam
A pia cai no pé da Bia
A Bia pia
A pia ria
INDEFINÍVEL
Não posso afirmar com certeza, que tu és indefinível, afinal defini-la como indefinível, seria um paradoxo. Mas, afirmo que tu és o ser mais lindo e mais angelical que já conheci. Tuas inseguranças, pra mim são perfeições. Embora esculpido pelo divino, não me apaixonei pelo teu corpo, e sim pela tua alma.
É inexplicável o que sinto, seria amor ? Paixão ? Desejo ? Não interessa o que seja, de qualquer forma, eu lhe venero. Teu olhar é como um abismo, onde fico tentado a cair, e aos poucos, vou me curvando, me inclinando cada vez mais, até que fico em queda livre por estes lindos olhos.
Celebro sempre que estou perto de vê-la, mas não posso cobiça-no-la, não tenho o direito de tê-la. Mas de algo podes ter certeza, se por acaso eu lhe perca, meu coração jamais vai desaprender como amá-la.
Meu Negrinho do Pastoreio,
eu só posso contar contigo
para acreditar que
ninguém pode comigo;
Sempre que eu perder
a minha fé me ajude
a encontrar em Nossa Senhora
como você acredita,
Independentemente da hora
não me deixe só nesta vida.
Refeito de tudo você
virá para mim como
Jaebé empenhado
para ter a sua amada,
Viraremos pássaros
e confio que você
fará um lindo ninho
fechado igual
ao de João-de-Barro
para proteger
o futuro dos nossos
filhos de todo o mal
que existe neste mundo.
Rodeio e o Beijo
O Outono beija a minha
linda cidade de Rodeio,
O amanhecer cinzento
eu pinto colorido com
todas as cores da poesia.
O beijo frio do Outono
no Médio Vale do Itajaí
não desencoraja por aqui
quem tem poesia e coração
quente para prosseguir.
O Outono que com um
único beijo me faz a deixar
para trás tudo aquilo
que rouba a minha paz.
O beijo que me traz coragem
de continuar escrevendo
poemas para que daqui
de Rodeio espalhem amor
e paz para o Brasil inteiro.
Morro Grande
Morro Grande adorada,
eu te reverencio
pelos teus morros,
terras férteis,
pelas tuas águas
e pelo teu povo virtuoso.
Morro Grande amada,
que das tuas raízes
originárias ainda
preservam carinhosamente
os seus vestígios,
nas intrigantes paleotocas
podem ser encontrados
poemas escondidos
e indescritíveis de tão lindos.
Vou saudosa pela antiga
Trilha dos Tropeiros
tocando na viola
envelhecida a esquecida
cantiga melosa da Serra do Pilão
que ainda fascina o coração.
Rumo ao lendário
Morro do Realengo,
porque meu amor
por ele é tremendo
para quem sabe se minhas
pernas e meu fôlego alcançam
os Campos de Cima da Serra
e dar aquele abraço nos amigos
de São José dos Ausentes
no Rio Grande do Sul.
Quem sabe se ainda der
tempo ainda não perco
a festa no Santuário
de Santa Gertrudes,
e saboreio os quitutes
da memória da infância.
Quem sabe irei na Missa do dia
seguinte na Igreja Santa Cruz
para pedir bênçãos, luz
prosperidade e inspiração
para continuar vivendo
toda a poesia Santa e Bela Catarina
e por esta nossa Morro Grande,
tesouro incalculável do Extremo Sul.
Eu ainda lembro do seu olha quando percebi que havia acabado
Dizem as portas do coração está nos olhos e é verdade o mundo não está acostumado a sentir o olhar
Desejar o olhar
Experimentar o olhar
Expandir o olhar
Mas eu não sou qualquer uma nesse mundo
A profundeza dos olhos me cativam e me atraem como imas
Dois pólos magnéticos, chamados de pólo norte e pólo sul.
Quando te olhei nos olhos naquele dia, eu sabia que era o nosso fim.
Seu abraço me disse: fica e deixa eu ser sua morada
Seus lábios disse: saudades
Mais seu malditos olhos bonitos diziam: adeus, eu não posso ficar.
As pessoas nos olharam e festejaram dizendo que o amor e a química estava no ar
Mas em silencio o meu olhar dizia: esse é o fim.
Eu queria ter insistido para que você ficasse ou me desse alguma explicação.
Mas meu orgulho dizia que era humilhação demais
Então fui embora
Com a única resposta
O adeus do seu olhar
E a decepção do meu.
- O nosso ciclo se encerrou, mas os sentimentos ainda vivem em mim
Habilitação da vida - livro
Parabéns.
Você realmente me conquistou!
Agora me diz: o que eu fui pra você?
Um desafio a ser ganho ou uma necessidade a ser suprida?
Não, não, melhor eu não saber.
Melhor eu te perguntar outra coisa:
Foi atração, paixão ou amor?
Porque pra mim foi tudo junto, uma erupção de sentimentos que me deixava inquieta pela manhã, animada pela tarde, agonia pela tarde e ansiosa pela madrugada.
Aaah, era muito sentimento.
Era a primeira vez que eu sentia tudo isso!
E você?
Se não sentia nada, por que deixou chegarmos tão longe assim?
És uma dúvida que nem você sabe responder.
O tempo correu e deixamos rolar sem grande expectativa.
Pelo menos eu descobri que não sei deixar a vida correr assim. Infelizmente, me agarro na expectativa e penso além do presente vivido.
Você foi mais uma das pessoas que se foram, mas de forma diferente. As outras pessoas não tiveram escolha, a morte as levaram.
- Mas você... Você escolheu partir. E resolver partir meu coração também.
Livro: Habilitação da vida
Autora: Stefany Carvalho
Pirata de Sonhos
Sou um pirata de sonhos
Navegando pelos meus pensamentos
Pelas águas de devaneios
Pelas angustias e anseios
Pelo mar revolto de tormentos.
Içando as velas brancas de paz
Segurando firme no leme de madeira
Atravesso o mar de tal maneira
De uma forma que ninguém mais faz.
Por que meus sonhos são apenas meus
São águas que somente eu tenho conhecimento
Não preciso navegar contra o vento
Pois nesse mar sou como deus.
No entanto, o mar nem sempre é calmo
Há tempos em que as tempestades dominam o céu
Em que a angustia me envolve com seu véu
E só me resta continuar navegando para ficar a salvo.
Aí me lembro de que sou um pirata de sonhos
E de que tudo é apenas ilusão
Então me seguro novamente e sigo a direção
A direção de um mundo novo
Que se choca como ovo
E se aconchega em meu coração.
A esperança renasce quando o céu fica mais claro
Agora no meu pequeno barco, me sento à mesa
Com palavras eu moldo meus sonhos com destreza
Como estátua de pedra, escultura de barro.
Nesse tempo de sonhar
Me questiono
Se é melhor o mundo governar
Ou de mim mesmo ser o dono
Independência ou morte
Paz ou guerra
Me prendo à minha sorte
E me atiro nesse mar sem terra.
O Saci é meu amigo
e como reconhecido
Guardião da Floresta,
nós dois temos
um pacto antigo,
Comigo ele também
anda sem que por
você seja percebido.
Morando aqui em Rodeio
Poetisa do Vale Europeu,
trocando o meu peito
amorosamente pelo seu.
Vou capturando nas flores
inspiradoras do tempo
a profética e a poética.
Morando aqui em Rodeio
neste verdejante Vale
com gratificante liberdade.
Em plena segunda-feira
que me leva para tomar
café e me ergue com toda
e gentil necessária coragem.
Daqui do Vale Europeu
a poetisa de sempre sou eu,
O meu amor é só seu,
e o seu coração é todo meu.
Morro Grande Poético
Morro Grande poético
do Extremo Sul
da nossa Santa Catarina,
Por ti morro de amores
e morro de orgulho,
Nos teus rios com
piscinas naturais
de águas cristalinas
tenho mergulhado
em busca de mim
e levado à tona
todos os dias
um novo tesouro.
Morro Grande poético,
digo sempre sim
a esta terra aos rios
que nascem amorosos
na serra escrevendo poemas
desde as encostas
nos cânions altivos,
alegres vales,
nas grotas misteriosas
e que deu assim origem
as cachoeiras de amor
da minha eternidade.
Meu Morro Grande poético,
é na Cachoeira do Bizungo
que me aprofundo,
e na Cachoeira Queda do Risco
me abraço com o destino;
Na Cachoeira do Rio Pilão,
tomo banho de magia
para encantar teu coração,
e na Cachoeira da Pedra Branca,
peço para não perder o essencial
e tudo aquilo que a alma não cansa.
Meu Morro Grande poético,
é na Cachoeira Toca do Tatu
que tenho o meu esconderijo,
e Cachoeira do Arco-Íris
busco sempre o caminho
que me leve a outro melhor
que te coloque no meu amor,
e nas Quedas do Rio Saltinho
agradeço o Criador por ter
feito esta cidade o meu pendor.
Celebrando a Dança dos Engenhos,
dançando a Dança do Bangüê
festejo os teus doces trejeitos.
Vamos dançando até o chão
um seduzindo o outro,
estamos presos pelo coração.
No final de tudo como já
sabíamos sempre foi eu e você
dançando a Dança do Bangüê.
Com todas as tuas manias,
eu te louvando com olhar
e foi te cobrindo de poesias
que você passou a me amar.
No ritmo da vida e dos engenhos
não há como contestar,
tu és a minha música favorita
que eu escolhi dançar.
Enquanto a música tocava,
eu dançava a Chula Marajoara
com as moças da cidade,
o meu coração você encantava
com a sua flauta mágica,
o amor sublime nos guiava,
o seu olhar tonto e fixo
no rodopiar da minha saia
escrevia o destino que nenhum
dos dois imaginava que
a intuição com o teu primeiro
sopro doce me antecipou.
Toca o Sino da Igreja Matriz
São Francisco de Assis
rompendo com o silêncio
desta manhãzinha fria
daqui da cidade de Rodeio,
o amor para toda a vida
por aqui ainda não veio.
O galo canta a terça-feira
e como poetisa deste
Vale Europeu Catarinense
poesia tenho sempre feito.
Morar em Rodeio é motivo
de orgulho que neste
poemário tenho o feito.
VIDA VIVA
A vida e' uma forma agonizante de temer...
A vida seria toda uma agonia,
não fosse o recepcionar de mais um ser.
Va'! Sirva-se do tempo com ou sem poesia.
Ao nascer algo magico acontece
No fulgor de ser desabrocha uma luz
O tempo e' como um mosaico que padece
Um bolo de canduras esmaece e reluz
A vida seria toda uma agonia,
não pudesse o vento, o sol, a lua,
por mais uma vez sentir... eu iria
Pra Deus clamar: _Que vida flua!
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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