Poema de Pobre
Luz que Reflete
Na beira mansa de um espelho d’água,
sorri o sol em forma de mulher.
Vestida de branco, alma que deságua
em paz serena, no que a vida quer.
O céu bordado em nuvens de algodão
repousa inteiro dentro do seu olhar.
E a natureza, em doce contemplação,
silencia o tempo só pra escutar.
Seu riso acende o fim de tarde calmo,
e o vento dança ao redor da emoção.
É como se a vida parasse o salmo
pra reverenciar o pulsar do coração.
Ali, entre o rio, a luz e o horizonte,
floresce a essência de quem sabe ser:
não só presença, mas um monte
de fé, de graça, de renascer.
"Amor em Camada de Valência"
No silêncio atômico do ser,
há um núcleo que só quer entender
por que falta algo no fim do dia,
como se a alma pedisse alquimia.
Sou ametal, um ser de atração,
não busco ouro, nem combustão.
O que me falta é só conexão,
um elétron que acalme meu coração.
Tua carga vem de longe, flutua,
como próton que à noite recua.
E eu, com fome de completar,
atraio o que tens pra doar.
Mas não é roubo, nem imposição —
é enlace, é química, é comunhão.
Compartilhamos elétrons com calma,
como quem entrelaça corpo e alma.
E se a vida é feita de ligações,
de forças fracas e paixões,
então que sejamos moléculas unidas,
pelo amor que dá sentido às vidas.
Fonte
Gostaria de falar sobre a chuva
Vou passar pelas bases e mares durante minha existência
Eu me pergunto se você consegue entender...
Se o seu coração estiver perturbado, o céu ficará nublado.
Uma nebulosa de fumaça.
Um cinza especial, fica difícil de sonhar.
Amar, viver, sentir a vida por viver.
Tenho medo de chover neste mundo solitário
As gotas que não caem são as que mais molham.
O sentimento de não derramar.
Me dê a mão, vamos partir nesse mar.
Há um lugar para ser feliz, além dessa ilha que estamos
A sutileza das transparências de uma gota.
O breu do interno, a cor extravagante da máscara
O possível e o desigual.
A terra e os acontecimentos que caminham nessa brabesca noite.
O farol de sinalização que me faz sacar
Não sei como vai terminar essa noite
A sinalização da terra.
Posso correr, mas ainda estou preso.
Mas nem sempre... é isso.
Sentimento.
Esporadicamente, um poder surge.
Me consome e posso adormecer acordado, pode me ver de longe,
Pude sentir a falta de som
O silêncio, mentira.
Havia um barulho, um sequenciado, a respiração. Ela estava ali. Ainda estou vivo.
Naquele momento pude sentir.
Dessa vez, a água que escorria era doce.
Dessa vez, não era chuva, era uma fonte.
Pude chegar em uma cachoeira de emoções.
Me perdi tanto em mim que vi um lado que não sabia da existência.
Agora estou aqui.
A vida vira brincadeira, onde isso pode dar?
Vou tentar ver, afinal, nunca descartamos os dias de chuva
De nossa rotina.
Um Delírio
– Eu acho que sou louco.
– Você?
– Sim, eu mesmo.
– Acho que não.
– Como não? Eu tenho todos os traços.
– Como?
– Eu gosto de arte.
– Sim, isso é loucura desde quando?
– Haaa... eu gosto de MPB.
– Sim...?
– Eu gosto de poesia, defendo a democracia, curto uma música ao vivo.
Junto dinheiro pra poder comprar discos antigos.
Faço macramê. Defendo movimentos como o MPA e o MST.
– Olha... ao meu ver, você não é louco, você só tem um senso crítico apurado.
– Pode ser. Eu gosto de uma boa roupa de linho e da minha choboy.
É um estilo meio peculiar, mas não chega a ser loucura.
Gosto de ir à praia, mas não entro no mar.
– Normal, muitas pessoas fazem isso.
– Defendo o poder de ser livre, a dessexualização dos corpos, o direito de ser livre, o dever de ser respeitado. O grito dos mudos.
– Aí você pode começar a ser considerado em outros países, mas aqui ainda não.
– Haaa, eu disse que tomo café sem açúcar?
– Sim.
– Tinha esquecido então.
– Não, você não tinha dito.
– Então, o que é “sim”?
– Você definitivamente me provou o contrário do que eu pensava.
Você é louco.
Na sua pele doce
como Cupuaçu colher
Versos Intimistas
para juntos escrever
em silêncio poesias,
e só de muito amor viver.
Escolher a palavra
mais correta como
que seleciona a melhor
Castanha-do-Brasil
para render-te com amor
Versos Intimistas,
Juntos criar rotinas
de cuidar um do outro
com paz e carícias.
(Divina intimidade de todos os dias)
22/10
Quero que tenha
em mente o seguinte:
Só merece a sua confiança
aquela pessoa que não
faz com que você brigue
com as pessoas ao redor,
Busque só manter
quem te põe em harmonia
e em busca de viver
a cada dia melhor.
22/11
Verdadeiros discursos
de paz jamais propõem
choques no convívio,
E sim buscam conquistar
harmonia e alívio.
22/12
Não acredito
em metáforas
alarmistas,
E sim em falas
de vontades destrutivas.
(É sobre não minimizar)
Não esquecer genuinamente
daquilo que traz paz
como quem busca serenamente
colher Pequiá,
É assim que se deve entender
para se chegar onde quer.
Leveza da Alma
A alma se acalma, o fardo se vai,
Quando enfim se entende o que a vida atrai.
Não é o aplauso de quem nos rodeia,
Mas a paz que do alto nos guia e semeia.
Tentar agradar a todos cansa e corrói,
É um peso que prende, machuca e destrói.
Mas quando os olhos se voltam ao Céu,
A vida floresce em tom mais fiel.
O Criador conhece o mais íntimo ser,
Ama sem filtros, sem ter que entender.
É d’Ele que vem a real aprovação,
Não do mundo, nem da multidão.
Vive em verdade, caminha em amor,
Semeia a fé, reflete o Senhor.
E verás, com o tempo, que tudo se ajeita,
Pois a vida é mais leve… com a alma direita.
Por ironia do destino
tu haverá de recitar
os meu Versos Intimistas
como quem saboreia
mais de um Bacupari nos lábios,
E fará questão ser
poema por todos os lados.
Noite Silenciosa
Na curva suave da noite escura,
A lua dança, envolta em névoa pura.
Brilha tímida entre nuvens calmas,
Como um suspiro acendendo as almas.
Lá no alto, um véu de estrelas se cala,
Enquanto a cidade, serena, não fala.
Janelas acesas em prédios distantes
Guardam histórias de sonhos vibrantes.
A árvore solitária em pé vigia,
O tempo que passa, a melancolia.
E sob o céu de um silêncio profundo,
O mistério da noite abraça o mundo.
Luz e sombra se tornam irmãs,
Tecendo segredos com mãos tão humanas.
E quem contempla esse instante, sem pressa,
Descobre que a paz, às vezes, começa…
“O Guardião Interior”
Num mundo de sombras e folhas caídas,
Ergue-se o homem de alma erguida.
Olhar sereno, mas com fogo no peito,
Caminha em silêncio, firme e direito.
Na noite que dança com a luz da razão,
Ele guarda segredos, coragem e visão.
Não empunha apenas espada e presença,
Mas traz no sorriso a sua crença.
Entre os ramos vermelhos da vida,
Ele encontra a paz na luta vencida.
Pois o verdadeiro guerreiro não grita —
Ele cala, observa… e acredita.
יום רביעי
YOM REVI’I - DIA QUATRO
QUARTA-FEIRA
O יMashiah וconecta
a todos homens a מvida.
O רcabeça da בcasa
precisa da יplenitude
que transforma
a עvisão יespiritual...
POEMA ACRÓSTICO
"poema de letras"
שיר אותיות (shir otiyot)
Bacuri plantado
no quintal dos fundos,
Versos Intimistas
e sonhos profundos,
Doce amor doce
que o destino me trouxe.
Teus beijos viciantes
como doce de Jenipapo
deixam por inteiro
o meu coração gamado,
e escrevem na pele
Versos Intimistas
que o corpo se atreve.
Manter-se jovem
por dentro é cultivar
o olhar de bondade,
e buscar nas palavras
a precisa serenidade.
O substantivo feminino
poetisa com aspas ou sem,
não me sendo negado
sempre estará tudo bem.
Manter-se poetisa
com letra inicial maiúscula
somente em alguns casos,
assim se mantém a grei;
porque a guerra em mim
nunca fixará residência e lei.
Só sei que poesia é mais
forte do que você pensa,
e ela não tem a ver com volta,
e sim segue adiante a rota.
Nos disseram que palavras
não mudam o mundo,
nos disseram também
que as guerras começam
sempre por elas;
a corda bamba da contradição
não serve de mordaça
para o verbo e nem intimidação.
Daquilo que me é caro,
não paro e não pararei;
se para você sou de Nárnia
do teu mundo jamais serei.
No Caminho da Graça
No processo, o chão some dos pés,
O coração se aperta, a alma desfaz.
Tem noite escura, tem vento contrário,
Tem medo calado e pranto diário.
Há dias que o cansaço grita alto,
E o “não aguento mais” parece salto
Que leva à beira do fim da estrada,
Onde a esperança jaz quase calada.
Mas ali, no limiar do desespero,
Surge um toque invisível, verdadeiro.
É Deus que sussurra em tom de paz:
“Eu te sustento, filho, vai um pouco mais.”
Não faltará graça, nem luz na escuridão,
Seu amparo vem na forma de oração.
E mesmo sem ver, teu espírito sente
Que o céu trabalha — suave e presente.
Então, se vier a vontade de parar,
Lembre-se: Deus é força pra te levantar.
Chora, luta, mas não solta a fé,
Pois quem caminha com Deus, nunca é de vez.
Depois do Desmoronar
Quando tudo parece ruir,
E a alma se perde na escuridão,
É ali, no ponto de partir,
Que brota a semente da superação.
O chão que cede sob os pés
Ensina a voar sem direção.
A dor, que queima como fé,
Molda em silêncio a renovação.
Não tema o vento que arrasta,
Nem o eco do que se foi.
É na queda que a alma gasta
Ganha força e se reconstrói.
Pois antes do sol nascer inteiro,
A noite cala o mundo sem razão.
Mas logo o céu rompe o nevoeiro
E a luz refaz a criação.
Grandioso é o que vem depois,
Quando o nada vira recomeço.
O desmoronar nos constrói,
Feito milagre em processo.
Instinto de Aço
Na fria névoa da manhã sombria,
Surge a fera, moldada em valentia.
Olhos de brasa, alma em combustão,
Traz no peito a força da superação.
Não há espaço para lamento ou receio,
Ele avança — firme, sem devaneio.
A neve no rosto, cicatriz do caminho,
Prova que até no gelo se segue sozinho.
Encontre a maneira, rasgue a cortina,
Não há desculpa que valha a rotina.
Se o medo ladra, que ladre ao vento —
A coragem ruge no mesmo momento.
Quem vive na sombra, teme o luar,
Mas quem é forjado para lutar,
Sabe que o impossível é só disfarce…
Para quem se recusa a fazer parte.
Espectro Cósmico
Ao divagar da minha mente
mirando neste espectro cósmico
encontro o descanso de meus temores
e a nascente da minha paz.
Espectro este que, na sua mais baixa magnitude,
sucede a luz dos demais,
demais corpos celestes que me cercam.
Desta luz opaca cujo brilho é análogo
ao vazio que cerca a beleza
do mais escaldante quasar.
Possa ser viável que, no mais sidérico vácuo,
o apogeu da minha paz há de se encontrar:
um errante planeta anão
que não definiu seu lugar.
Faltava pouco pra ser como Saturno?
Sempre brilhante, belo
e seus anéis a brilhar.
Bastava um bom tamanho, uma órbita limpa
e não sair de seu lugar.
Mas até mesmo a paz sideral
pode ser tão traiçoeira quanto um buraco negro.
A beleza do horizonte de eventos
engana uma alma sem medo,
que não teme o que o futuro a faz esperar,
que não se engana com o mais belo luar.
Mas eu te pergunto, Lua:
necessitas me enganar?
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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