Poema de Pobre
Sábio é quem sabe respeitar
E vive com sabedoria
Aquele que não julga o outro
E enxerga-nos com empatia
O que alimenta você?
Ver o seu ódio crescer?
Não seja uma mente vazia
A vida já é muito dura
Espalhe luz e amor
Ajude alguém a sorrir
Não compartilhe mais dor
Leia para uma criança
Espalhe bondade e esperança
Seja você um regador
Molhe a semente do bem
Ajude o mundo a pensar
No quanto seria mais leve
Se todos soubessem abraçar
Abraçar todas as diferenças
Respeitando as deficiências
Incentivando o mundo a voar
"Temida por muitos, desejada por poucos,
Um dia despertará da sua finitude terrena.
Nada nessa vida é certeza,
A não ser sua mortalidade tão plena.
Esteja ciente que não é imortal,
Pratique o bem e preserve seu final."
MINHA MELHOR PARTIDA DE FUTEBOL
Procuro alguém que me ajude a escrever uma partida de futebol;
Que seja íntimo comigo como Ronaldinho Gaúcho é com a bola; não vou te dominar, só não vou te passar pra ninguém.
Que drible às adversidades como Neymar dribla em campo, e que faça uma tabela como o próprio Neymar fez no seu gol Puskás.
Nosso mátria é tipo o do Santos Fc: nascer e com o outro morrer.
Não vou te pôr no banco de reserva, nem para o escanteio, nem te substituir. Na vida, vamos até a final. Vamos jogar pelas pontas. Dar passos lentos. Não pôr debaixo do gramado os erros. Vamos jogar de terno, um segura o piano para o outro. Quem torce por nós, vai ter que sair do estádio, comprar o ingresso e voltar para nos assistir de novo.
Não faremos faltas.
Cada partida é um Hat-Trick, tipo o Bahéa:
“Mais um, mais um título de glória
Mais um, mais um, Bahia
É assim que se resume a sua história”.
...Se possível, vamos para a prorrogação.
Somos Ridículos!
Mulher, Mulheres 🌹
Rosas Vermelhas, Paixão, Amor
Fervor, Sentimentos
Intuição, Águas
Fogo, Chama 🔥
Intensidade, Afeto
Cuidado, Natureza
Mãe, Gaia
Terra 🌍
Pequei, Senhor; mas não porque hei pecado,
Da vossa alta clemência me despido;
Porque, quanto mais tenho delinqüido,
Vos tenho a perdoar mais empenhado.
Se basta a vos irar tanto pecado,
A abrandar-vos sobeja um só gemido:
Que a mesma culpa, que vos há ofendido,
Vos tem para o perdão lisonjeado.
Se uma ovelha perdida e já cobrada
Glória tal e prazer tão repentino
Vos deu, como afirmais na sacra história,
Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada,
Cobrai-a; e não queirais, pastor divino,
Perder na vossa ovelha a vossa glória.
A JESUS CRISTO NOSSO SENHOR, GREGÓRIO DE MATOS
Será sempre uma mancha
Toda essa história não compreendida
Todos esses "eu não sei"
Todas as vezes que não falei
Porque achei
Que você não entenderia
Tento seguir em frente
Em uma via de contra-mão
Seguindo as coordenadas
Que estão no meu coração
As placas disseram pare
Mas minha mente dizia não
Bati no muro do amor
Quebrei meu corpo e meu coração
Sou um desmedido paradoxo
em cântico!
Sou um monge descabelado...
Um arlequim tristonho...
Um amante não amado
Um Cristo sem paraíso...
E bandido
SIGO...
Pela vida desamparado
O único remédio que tenho
É o meu verso
E às vezes este mesmo verso
que canto
Me machuca tanto
Feito aço enferrujado
Todos vamos morrer
Todos vamos desaparecer
E este é o único e justo motivo
para sermos tão incrivelmente vaidosos
A vaidade e o ego
são âncoras que nos atam a vida
Danados que somos
sem nunca ter visto Deus ou o Diabo
Encerrados neste corpo
que nem é o que queremos ser
e onde queremos estar...
Só temos a vaidade
para nos explicar
E soterrar
o medo da morte,
a raiva da vida
e a danação de ser gente
e não poder voar!
Dai à obra de Marta um pouco de Maria,
Dai um beijo de sol ao descuidado arbusto;
Vereis neste florir o tronco erecto e adusto,
E mais gosto achareis naquela e mais valia.
A doce mãe não perde o seu papel augusto,
Nem o lar conjugal a perfeita harmonia.
Viverão dous aonde um até ‘qui vivia,
E o trabalho haverá menos difícil custo.
Urge a vida encarar sem a mole apatia,
Ó mulher! Urge pôr no gracioso busto,
Sob o tépido seio, um coração robusto.
Nem erma escuridão, nem mal-aceso dia.
Basta um jorro de sol ao descuidado arbusto,
Basta à obra de Marta um Pouco de Maria.
Buscando a Cristo
A vós correndo vou, braços sagrados,
Nessa cruz sacrossanta descobertos,
Que, para receber-me, estais abertos,
E, por não castigar-me, estais cravados.
A vós, divinos olhos, eclipsados
De tanto sangue e lágrimas abertos,
Pois, para perdoar-me, estais despertos,
E, por não condenar-me, estais fechados.
A vós, pregados pés, por não deixar-me,
A vós, sangue vertido, para ungir-me,
A vós, cabeça baixa pra chamar-me.
A vós, lado patente, quero unir-me,
A vós, cravos preciosos, quero atar-me,
Para ficar unido, atado e firme
ESCOBAR: E SUAS MEMÓRIAS PÓSTUMAS
O mar do Flamengo me afogou.
Capitu desaguou em lágrimas.
Betinho que nunca soube o peso de uma, pensou que havia alí algo mais.
E eu, oceano...
Só queria ser uma gota d'água nos olhos de Betinho, também.
Amei tanto a Bentinho,
Que nunca despertou ciúmes em Capitu.
(Só fui seu grande amigo)
Bentinho me amou como se fosse o último.
É tanto que via no rosto do seu filho, minha face.
Capitu com àqueles olhos de ressaca,
viu tudo, e fingia não enxergar nada.
No mais, caro leitor, Escobar afogou-se no próprio mar de desilusões.
PANTERA NEGRA
Nela tudo me encanta:
Seu caminhar sedutor, sou sua mata.
Seu sussurro feroz é como ouvir Milton Nascimento...
Seu olhar de caçadora (caçadora de mim), que não espanta a caça: só dá o bote certo.
Sua cor preta tão reluzente, que distingue em meio as tigresas.
Sua boca: que preza! Me deixa comido (mas ainda sinto fome)
Tem um bom faro,
Que me encontrou.
Eu inverti a Cadeia Alimentar:
Fui caçar a Pantera Negra.
Até o eu-lírico do Milton,
Que só falta falar a língua dos anjos, tentou resumir:
"Por tanto amor
Por tanta emoção
A vida me fez assim
Doce ou atroz
Manso ou feroz
Eu, caçador de mim"
Os maiores vêm a frente
trazendo a cabeça erguida
E os fracos, humildemente
Vêm atrás, como na vida.
Quando a vida enfim me quiser levar
Pelo tanto que me deu
Sentir-lhe a barba me roçar
No derradeiro beijo seu
E ao sentir também sua mão vedar
Meu olhar dos olhos seus
Ouvir-lhe a voz a me embalar
Num acalanto de adeus
Dorme, meu pai sem cuidado
Dorme, que ao entardecer
Teu filho sonha acordado
Com o filho que ele quer ter.
Menininha do meu coração
Eu só quero você
A três palmos do chão
Menininha não cresça mais não
Fique pequenininha na minha canção
Senhorinha levada
Batendo palminha
Fingindo assustada
Do bicho-papão.
Menininha, que graça é você
Uma coisinha assim
Começando a viver
Fique assim, meu amor
Sem crescer
Porque o mundo é ruim, é ruim e você
Vai sofrer de repente
Uma desilusão
Porque a vida é somente
Teu bicho-papão.
Fique assim, fique assim
Sempre assim
E se lembre de mim
Pelas coisas que eu dei
Também não se esqueça de mim
Quando você souber enfim
De tudo o que eu amei.
Passa, tempo, tic-tac
Tic-tac, passa, hora
Chega logo, tic-tac
Tic-tac, e vai-te embora
Passa, tempo
Bem depressa
Não atrasa
Não demora
Que já estou
Muito cansado
Já perdi
Toda a alegria
De fazer
Meu tic-tac
Dia e noite
Noite e dia
Tic-tac
Tic-tac
Tic-tac...
Corujinha, corujinha
Que peninha de você
Fica toda encolhidinha
Sempre olhando, não sei o quê.
O seu canto de repente
Faz a gente estremecer
corujinha, pobrezinha
Todo mundo que te vê
Diz assim, ah! coitadinha
Que feinha que é você.
Quando a noite vem chegando
Chega o teu amanhecer
E se o sol vem despontando
Vais voando te esconder.
Hoje em dia andas vaidosa
Orgulhosa como quê
Toda noite tua carinha
Aparece na TV.
Corujinha coitadinha
Que feinha que é você!
As coisas devem ser bem grandes
Pra formiga pequenininha
A rosa, um lindo palácio
E o espinho, uma espada fina.
A gota d'água, um manso lago
O pingo de chuva, um mar
Onde um pauzinho boiando
É navio a navegar.
O bico de pão, o Corcovado
O grilo, um rinoceronte
Uns grãos de sal derramados,
Ovelhinhas pelo monte.
Não teve flores
Não teve velas
Não teve missa
Caixão também...
Foi enterrado
Junto à maré
Por operários
Mesmos do trem...
A flor de orvalho
Pendeu da nuvem
E pelo chão
Despetalou...
O céu ergueu
A hóstia do sol
E o mar em ondas
Se ajoelhou...
Cortejo lindo
Maior não houve
Do que o da morte
Desse amiguinho:
Iam vestidas
Com a lã das nuvens
Todas as almas
Dos carneirinhos!
Os gaturamos
Trinaram hinos
No altar esplêndido
Da madrugada;
E o vento brando
Desfeito em rimas
Foi badalando
Pelas estradas!
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