Poema de Pobre
Pesadelo
A pior coisa que vi
em um sonho que parecia ser meu:
pobre criatura esquartejada
porque de sua carne se criava tudo a partir do nada.
Seus gritos invadiam meus ouvidos
enquanto tinha carne e pele arrancadas.
Seus olhos clamavam clemencia
mas seus algozes, disto, não viam nada.
Arrancavam-lhe tudo porque se transformava:
sangue em ouro, carne em metal, pele em prata.
Bastava que o tecido antes de morrer tocasse naquilo
e aquilo em que tocava esse se tornava.
Ouvi teu choro abafado,
sem gritos, já que a língua lhe faltava,
agora era um pedaço de cobre
na mesa daqueles que a torturava.
Ela me olhou, quando ainda tinha olhos
Ela me chamou, quando ainda tinha voz
Ela me disse "te amo" enquanto ainda pensava.
Mas eu só observei, eu não fiz nada.
Quando ela se tornou mil coisas e ao mesmo tempo nada,
Aquilo que me mantinha presa observando me soltou
eu chorei, chorei por que em um único golpe senti toda a dor,
me senti despedaçada.
Eu agora vi o êxtase no rosto dos assassinos
que sorriam enquanto eram consumidos pela carne que se transmutava.
Morriam sufocados na própria ganancia
e de tão insanos não sentiam nada.
Nos seus últimos momentos vi algo que me fez estremecer
como pude não antes perceber?
O rosto dos algozes era meu
como também era o rosto da pobre criatura agora desfigurada,
eu havia me matado
na minha ganancia de querer ser tudo
acabei no fim, me tornando nada.
CAMPO SANTO
Não tem preto, nem branco
Nem rico, pobre ou miserável
Não tem vaidade, beleza, situação estável
É lá onde todos se igualam
Não tem benefícios nem profissão
Nem precisa do jeitinho brasileiro
Vizinhos silenciosos, povo hospitaleiro
É lá onde todos se igualam
Pra ir para lá ninguém quer cortar fila
Nem tampouco contar vantagens
Alguns vão sem comprar passagem
É lá onde todos se igualam
Não se discute políticas, futebol
Não se falam e nem brigam por religião
Não há o mau ou bem de qualquer coração
É lá onde todos se igualam
Tem gente de todas as espécies
Descansam em paz, só deixaram saudade
Façamos o bem enquanto desse lado
Lá é a certeza de toda humanidade
É lá onde todos se igualam
Faz de conta que
a mesmice diária
continua estampada
num país pobre em saúde
e cultura,
enquanto às seis e quinze da manhã
acorda o cidadão do tempo
para mais uma batalha futura
Perdoa-me Jesus pelo meu pobre coração
Andar tão distante acorrentado nessa solidão
sem fim...
Porque sou um ser humano:
Pessoas que mais amamos partem das nossas vidas
Sem podermos nos despedir devidamente
Simplesmente elas se vão, se vão partem.
E pessoas que pensamos que nos amam nos ferem
Por nada sem explicações.
Palavrões, gritos e ofensas
Jamais substituirá a falta de um sorriso
De um carinho de uma palavra amiga.
Perdoa-me Jesus: Sou um ser humano!!!
DOM
(Bartolomeu Assis Souza)
Por mais escuro que seja...
Por mais pobre que seja...
Por mais louco que seja...
Não é menos maravilhoso...
Não é menos amoroso...
O dom de ser um para o outro.
Direitos Civis e politicos
Vi agora um homem pulando apenas de um pé, de aparência pobre, mochila de mercadinho e o pe enchado aparentemente intratável nas condições que ele possui para se manter. Os direitos e garantias fundamentais coletivos e individuais. O prefeito é um insolente nada faz, exagero, sim? FAZ! Sim mas nada que ajude os demais... Coloca bonecos na 13 e policiamento ostensivo mas nos ônibus e aprimoramento hospitalar um ambiente insalubre não pago imposto para ser servida desta forma quero mais, posso mais e o estado e município são obrigados a nos servir como prioridade de modo excelente. Aliás somos os demais envolvidos nessa remessa de governo então mandemos e obtemos. NESTA ELEIÇÃO NÃO BANQUE INUTEIS, ESCOLHA O BOM NÃO O MENOS PIOR!
POBRE SER 🌸
Pobre ser quanto mais ele rezava
Mais ele se sentia cansado
Como um louco perdido
Perdido no deserto de si mesmo
Cheio de lágrimas nos olhos
Sente o coração ceifado
Por uma afiada gadanha
Em delírio na mente doente
Rasga as sombras do passado
Sem ter trazido a brisa do presente
Ouve os suspiros do futuro
Em nocturnas incertezas suas
Grava em cada uma delas
Um breve silêncio
Nas mantas que lhe aquecem o corpo
Desiguais temporais
Que sente gravados nas orações
Que deixou de rezar
Mas sentia a falta delas
Sentia-se como uma folha em branco
Que não foi aberta
Num livro desfolhado da sua memória
Um suspiro que era como um grito
Quanto mais rezava mais sozinho se sentia
Mais só estava este pobre ser pobre alma
Que lutava com garras sem se sentir derrotado.
O senhor Jesus não faz acepção de pessoas,ele sempre atende ao rico,ou pobre,grande ou pequeno
Independente de cor ou classe social
Simplesmente ele entra na vida daqueles que o deixa entrar.
Convide Jesus para entrar em sua vida e fazer morada eterna.
FICAM A MIRAR ❤
Ficam a mirar longamente
Como se não tivessem coração
Pobre alma que geme com furor
De sofrimento, relâmpago que grita
Nas fúrias do inferno, numa tal inveja
Quase ao nível do mar, quase loucura
Neste quadro pintado já negro de esferas
Entre uma feroz luta de vida ou morte
Mundo fatal de infernais medonhos
Onde tudo é transparente de dia
De noite é desgraçadamente vil e opaco
Olham com os dentes afiados envenedados
De tanta maldade ódios e vinganças
Nas traições das vidas honradas
Come o coração de todos os mortais
Vive afogado alimentando-se de inveja
Com ira sonha freneticamente na raiva
Que sente por aquilo que não é seu
Quase ansiedade pelas ondas do mar
Males fermentados, feitos pela sociedade
Pobre moça... É barco à deriva, sem vela e sem rumo.
Segue seus dias ao dissabor dos ventos,
Sem saber ao certo como será o amanhã .
Para seu coração, toda calmaria parece o prenúncio para uma tempestade.
Isso mesmo, em sua vida tudo acontece meio que "ao contrário"!!!
Nesse diapasão, tal qual pássaro ferido, tem medo do acarinhar alheio.
Pois sabe, que a mesma mão que acarinha, faz sangrar.
Segue teu rumo menina... Oxalá um dia, por descuido ou coisa assim
Encontre um abrigo, refúgio ou Porto Seguro.
Que arranque dos seus lábios os sorrisos guardados em seu baú secreto...
E te faça entender que, enquanto houver vida, nunca será tarde demais !!
Na vida um depende do outro,
O pobre depende do rico, e o rico depende do pobre,
Mas quando os dois são ricos de alma depende exclusivamente de Deus!
Pobre Pensador
A minha vida daria um filme uma Mulher Negra com um filho nos braços sem Pai solitária na floresta de concreto e aço que dar frutos de petróleo
Fugindo dos pecados e das perseguições que eu sofro por causa da minha alta taxa de melanina
pensando no futuro.....o que eu vou fazer?
tenho pena da minha mãe que tem um pobre pensador em casa e que dificilmente lhe dará um futuro digno de uma guerreira que nunca descansou no meio da guerra.
Ele acabou morrendo de tanto medo de viver!
Pobre coitado parece que se esqueceu que viver é um risco e privilegio que só quem respira tem.
Partiu assim com medo demais de se machucar ou se ferir.
HORÁRIO DE VERÃO
Estás sempre adiantado,
Meu pobre coração,
Sofres atormentado,
Com uma doce ilusão.
E quando acabar,
Esse horário de verão,
Será que deixarei de amar?
Ou será outra provação?
Buscar-te-ei pelo inverno,
Chamado solidão,
Buscar-te-ei amor eterno,
Até encontrar de novo o verão.
Autor: Agnaldo Borges
21/10/2014 - 09:00
Saudade é o pior dos castigos
Dado ao coração abandonado,
Corrompe, esfacela e acorrenta
— Pobre indivíduo escravo...
Escravo de um sentimento...
Quão infeliz pode ser?
É o mais aterrorizador tormento:
É querer e não poder.
Ah, se pudéssemos ter e sentir
Ainda que por um momento fugaz
Os mais puros desejos da alma
Realizados em nosso ser...
Aprenderíamos, mesmo que de forma efêmera
A verdadeira essência do que é viver.
PENA DE MORTE
Tenho pena de morte,
De negro, de pobre,
De gente sofrida.
Daqueles que nasceram,
Cresceram e morreram
Sem uma sentença de vida.
O CASEBRE
Márcio Souza. 26.04.18
Pobre e simples tapera perdida, abandonada,
Um semidestruído casebre perdido no tempo,
E que sobraram apenas paredes barreadas,
Maltratadas e surradas pelo açoite do vento.
Uma casinha modesta, simples talvez,
Construída de taipas, pobrezinha e sem cor,
Que ao passar do tempo, o sábio tempo desfez,
Ninguém sabe talvez, alguma história de amor.
Ela embora sem cor, mas com verde da mata,
Onde a vida caminha no seu passo a passo,
E que o som do silêncio se faz serenata,
Onde apenas se ouvem os cantos dos pássaros.
Uma velha árvore completa a tosca paisagem,
Que só o tempo que o diga a história dela,
Escorando o casebre e pedindo passagem.
Nos retorcidos galhos e as belas bromélias.
O que fora na vida, uma realidade e esperança,
Hoje, corroída pelo tempo, abandonada e só,
Vai enterrando, aos poucos, todo passado e lembranças,
As velhas paredes de taipas transformando-se em pó.
Essa imagem bucólica plantada no agreste,
No verde jardim, do velho e verde sertão,
Ao relento do vento e sob o sol do nordeste,
Dando prazer aos olhos da alma e ao coração.
Márcio Souza.
Foto: Lu Benjoino.
(Direitos autorais reservados)
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