Poema de Pablo Neruda Crepusculario
Hormônios
Aquele olhar seduzente
Acompanhado de um beijo molhado
Aquele corpo reluzente
E eu todo atrapalhado
Ela, com aquele jeito inconsequente
Foi me deixar apaixonado
Me senti um deliquente
Mas o que poderia dar de errado?
Na verdade, a culpa são dos hormônios!
Que passam pela minha corrente sanguínea
Liberando feromônios
Vendo ela, toda curvilínea
Enlouquecendo todos os meus neurônios
Mas a culpa não é minha!
Se foi ela que me chamou
Por se sentir sozinha
Se eu fui o único que ela amou
Para ela, fui fazer companhia
Mas com aquele olhar, ela me desarmou
De novo, com aquela ladainha!
Aquela, que já me conquistou
Que quando eu vi, ela me seduzia
Até a minha pupila dilatou!
Mas a culpa são dos hormônios
Que agem com tanta pressa
Que sugam meu oxigênio
E deixam meu corpo em festa!
Aquela sensação
Lábio com lábio
Aumentando a minha pulsação
Que fui me tornando mais hábil
E só foi melhorar a nossa relação
Enquanto a beijava
Eu liberava dopamina
Enquanto a tateava
Eu liberava serotonina
Enquanto eu a sentia
Eu liberava ocitocina
Enquanto ela me dominava
Eu liberava endorfina
Malditos hormônios!
Que me enlouquecem
Vão me deixando tonto
Aos poucos me aquecem
Se ela me deixou a este ponto,
Poderia eu, me tornar um refém?
Só sei que é muito bom!
Ficar com ela
Ouvindo aquele som
Nossa, como ela é bela
Ainda tenho as marcas de seu batom
Dignas de uma novela
Mas sei que ficar dela, é o meu dom
"Estou dançando no ritmo da canção
Escutando as batidas do meu coração
Então, ouço barulho dos relógios avisando
De repente, sinto as horas acabando
E só quero que o tempo não passe.
Sinto que não dancei toda canção
Não escutei tudo que diz, meu coração
Mas, estou vendo os ponteiros avançando
Vou sentindo os minutos passando
E só desejo, que hoje, o tempo não passe. "
"Uso obrigatório de máscara" dizem as placas
Mas já usamos máscaras há muito tempo!
A máscara física fez cair muitas máscaras sociais
O mais irônico é pensar o quanto é difícil usar a máscara de pano e o quanto é fácil usar máscaras sociais
A máscara obrigatória hoje derrubou muitas máscaras opcionais
Se tornou insustentável suportá-las
Ela nos obriga a olhar nos olhos do outro, pois é só isso que podemos ver no rosto do outro.
Se são os olhos "as janelas da alma"
A máscara física nos obriga a espiar as janelas alheias
Olhar para a alma do outro, a uma certa distância, é claro!
Talvez, não seja tão ruim assim poder olhar para o que não enxergávamos: a alma do próximo
A máscara física tornou os mais belos rostos irreconhecíveis
E invisibilidade urbana deixou de ser "privilégio" de mendigos ou prestadores de serviços essenciais que nunca foram valorizados
Escondeu os sorrisos e deixou à vista as lágrimas que escorrem das janelas da alma
A máscara não é de ferro, mas precisamos ser de ferro para suportar a máscara de pano
Sonhamos com o dia em que seremos "desmascarados"
Libertos das máscaras de pano
E será escolha individual libertar-se das máscaras sociais
Se o sorriso sumir
E a esperança esmorecer
Se o sol bater 40°
E o suor me descer
Se a labuta de hoje
Amanhã eu não puder colher
Se a chuva não vier
E a colheita definhar
Se os pássaros não voarem
Se a flor não desabrochar
Se o meu sangue precisar cair
Se a comida na mesa faltar
Se meu nome não puder dizer
Se minha voz eu tenha que calar
Em meio a tudo isso
A Asa Branca cantará
Quero que o mundo saiba
Que o Nordeste é o meu lugar
Queime, queime, rosa bendita
Não és mais bem-vinda em meu jardim
Não deixe sementes, nem raiz
E acabe com esse sentimento dentro de mim
Quando recebi vossas sementes,
As recebi de bom grado,
Mas agora que já nascestes,
Me arrependo desse trato
Sua cor é linda e vibrante como sangue.
Sangue meu que eu plantei,
Vi crescer pétalas lindas e gigantes,
Do amor intenso que plantei
Mesmo deslumbrado com tua beleza,
Não ignorei os espinhos afiados,
Mas mesmo cortando e podando-a,
Eles se espalharam por todo lado
Então queime, queime, rosa maldita
E depois suma por favor.
Meu jardim precisa de descanso,
Dessa droga de amor
SOBRE A SAUDADE
Nem me fale da saudade
Que arrebenta com a gente
Neste tempo diferente
Que a ausência se firmou
Como alma penitente
Sempre ao lado do senhor.
A saudade roí sem pena
Fez morada aqui no peito
Nem por força vai embora
Já não tenho este direito
De viver as alegrias de outrora
Quando o mundo era perfeito.
Hoje só respiramos por sorte
Quando a dor não está presente
É a saudade dos amigos
Dos filhos-netos e de parente
Mas o que de fato doí é saber
E viver como indigente.
Desprezado sem um abraço
Já que somos feitos assim
De carne e osso, sangue e afeto
Precisamos de carinho, olho a olho
De um sorriso bem contente
De alguém que esteja perto.
Evan do Carmo
Capital Paulista
Grandiosa é a capital paulista
Mais de 12 milhões de habitantes
Preenchem a gloriosa vista
Com seus sorrisos contagiantes
Cada bairro de SP te marca
Marca de uma forma diferente
Forma que, em uma aventura te embarca
Em SP não se fica carente!
Um exemplo é a 25 de março
Lotada de gente
Bem disputado é o espaço
Mas de variedade é surpreendente
Bonito é o Brás
Cheio de roupa bonita
A aventura lá é sagaz
E a ousadia é infinita
Incrível é a Liberdade
Como é lindo o respeito
O respeito à diversidade
Que mora no nosso peito
Massa também é o Tucuruvi
Eita bairro bom
Coisa boa lá eu vi, ouvi e também vivi!
Eita bairro bom
Aventura é na Lapa
Espero que tu leitor, veja!
Lá é pra quem dá a cara a tapa
Mas linda mesmo é a Igreja!
Nunca fui, mas eu sei
Que minha nação é Itaquera
Naquele bairro eu nunca andei
Só sei que é aonde o Timão mora
Tem a famosa AV. Paulista
Grande e movimentada
Atrai todos os turistas
Com sua beleza, demasiada
Como eu fui pra SP?
Eu fui por Guarulhos
Tudo de SP não deu pra falar, muito menos ver
Dessa cidade vejo bom povo, bons frutos
Futuramente com os meus amigos, irei dar um rolê
Alguns o chamam de mestre,
Outros o chamam doutor,
Crianças o chamam tio,
Uns chamam educador.
Tem função de lecionar,
O mesmo que ensinar,
Parabéns pro professor!
O Professor e a Pandemia
A Pandemia no Brasil chegou
E os professores tiveram que inovar
Um poderoso vírus se alastrou
Mas com a Educação, tiveram que continuar
Cada professor com o seu jeitinho
Foi fazendo seu trabalho com o que tinha em mãos
Virou designer, produtor, ator e até “blogueirinho”
Mas recursos para esta jornada, a maioria não teve não
E ainda há quem falou ou ouviu
Que os professores estavam em casa desocupados
Oras! Mas onde já se viu
Falar assim de grandes soldados
Profissionais que buscam construir uma nação melhor
Que nos embala e nos encanta
Profissão sem valor, considerada entre muitos a pior
Faz abrir os olhos e contra a injustiça nos levanta
Como guerreiro, faz sua sabedoria um escudo
Arquiteta todos os seus planejamentos
Vai plantando luz onde há escuro
Construindo grandes obras e conhecimentos
Entre todas as profissões, se destaca a do Professor
Todas as outras então passam por suas mãos
Alfabetiza, ensina e também forma o Doutor
Realiza um grande trabalho, merece atenção
Será que um dia os governantes vão te reconhecer?
E lhe dar o seu devido valor?
Ou vão esperar gerações no caminho se perder
Em um futuro onde talvez, não haverá mais professor
Profissão que deve ser valorizada por toda a nação
Pois firmes e fortes vocês se mantêm
Verdadeiros heróis dentro da Educação
Ah professores! Que garra vocês têm!
"SOLIDÃO"
Hoje me sinto sozinho
Sem teu amor, sem teu carinho.
Mas não sinto falta da frustração:
Como é linda a solidão.
Onde está meu coração?
Veja bem, já não preciso disso,
Já não me incomodo com isso:
Como é linda a solidão.
Cometi uma calamidade,
Que os deuses me perdoem,
Inventei de ceder à vontade;
Vontade de viver,
Que os deuses me perdoem,
Viver sem você.
Quarto escuro
As paredes perderam suas vozes
As janelas perderam suas luzes
Os dias perderam suas cores
Tornou-se um inverno aqui dentro
Tudo tá tão escuro e frio lá fora
A casa reflete os ecos da quarentena
O quarto tá vazio como uma sentença
Lá fora tá escuro, e vejo o reflexo das estrelas
Lá fora tá deserto, e sinto a distância das certezas
O quarto tornou-se um cubo
Vou fazê-lo um santuário de reza
Pra me conectar no meu refugio
Vou acender a minha vela
Nem mais, nem quais, vou me aquietar
Pra voz de dentro assim soprar
Os anseios, as perguntas, responder
O que nada pode garantir a não ser o poder de crer
A fé me guia com todo seu poder de oração
O quarto escuro tornou-se o lugar de iluminação.
Jesus, eu te aceitei
Mas acho que minha família e meus amigos
Não entenderam muito bem
Pensei que ficariam feliz
Mas na verdade me perguntaram
“O que foi que eu fiz?”
Não gostam de como de repente tudo mudou
E dizem que não me querem como agora eu sou
Eu não sei oq eu faço
Por que eu os amo, mas de ti eu não largo
Bendito és tu
Ó filho meu
Que por a mim, o seu velho homem morreu
Saiba que não doi só em ti
Por que quando eles te negam, também negam a mim
Pois eu digo continua
Ainda que por homens seja negado
Por mim sempre será amado
Eu estarei em ti e você estará em mim
Até que venha o fim
Leve seu ruído já embora
não preciso disso agora.
Já há muito o que ouvir aqui dentro
contudo, estou aqui neste momento .
Parece bem calmo e tranquilo assim
mas há barulho ao mergulhar em mim.
Em lampejos me recordo
sombras de noites viradas
um sorriso acalorado
colhendo sinceras risadas.
Contra a maré de paradigmas
um encontro breve e intenso
depois de um relativo tempo
me sinto um tanto ainda tenso.
Ela abordava alguns assuntos,
mas eu ainda não entendia...
Com certeza um outro mundo
e hoje vejo o que eu perdia.
Infeliz de ter encontrado
justamente naquele tempo
com meu ser despedaçado
tempos difíceis, lamento.
Mas eu realmente agradeço
eu carecia dessa amarga dor
a consciência me acompanha
lhe pintarei com muita cor!
Viva a vida como se fosse o fim você não sabe quando vai morrer,
não passe a vida odiando as
pessoas,
ame aqueles que te amam pois um dia vai ser tarde para se desculpar e se despedir
Apenas chorei pelo meu passado
O tempo se foi como um rio,
mas a memória restou, eternamente,
daquela sonhada, bela e miliária história
da flor que nasceu… chamada amor.
Apenas chorei por tão notório amor
que mostra as feridas do meu coração
com isso, todo o meu ser fica dorido,
nos meus pensamentos que vagueiam.
Veja o espelho do meu olhar tão pesaroso,
é a frustração desse amor sentimental,
apenas lágrimas em todos os meus afetos.
Serão lágrimas de um desencanto
que perdeu o grande amor desejado,
resta a desesperança de um sentimento funestro.
Douglas Stemback
Há quem diga que se tornou banal
Que já não existe, é algo que se perdeu
Há quem duvide da sua existência
Na fala de quem prometeu
Mas quando se é de verdade
As juras se tornam sinceras
No coração da pessoa certa
Ele floresce nas primaveras
O amor é real
Você pode acreditar
Se ainda não o encontrou
Por favor, jamais canse de procurar.
AMOR, NOVO AMOR!
Vilma Oliveira
De onde vem esse amor que me abraça?
Aos poucos me envolvendo serenamente
Como um manto celestial és Dom divino
Que me acolhe em teus braços angelicais
Que me embala num cântico harmonioso
Que me convida a sorrir, sonhar, viver!
De onde vem esse amor que me tonteia?
Que me desperta após a longa tempestade
Que me conforta o coração na ansiedade
Que me alimenta de esperança eternizada
Que me suporta nas horas vãs de revelia
Que me ouve os lamentos, todos os ais!
De onde vem esse amor que me surpreende?
Que alivia a minha dor e se apieda...
Que massageia o meu ego em pleno dia
Que satisfaz a natureza dos meus afagos
Que entorpece em beijos a minha Alma
Que acalma com carícias meu corpo inteiro!
De onde vem esse amor brando e ordeiro?
Se não te vejo, sinto de mim se aproximando...
Lentamente como quem vai invadindo...
Ao mesmo tempo o coração, o corpo, a alma,
E se agiganta em torno das minhas ilusões
Criando forma universal no espaço de mim
Vem em silêncio como a brisa mansamente
É tua, minha coroa de flores em botão!
SILÊNCIO
Rua vazia, folhas de árvores balbuciando conforme a direção do vento. Frio pairando como se já fosse. inverno nada de cães a revirar o lixo em busca de comida. não há discussões calorosas sobre futebol. Hoje o bar está fechado. Casa pequena e organizada
Nenhum olhar que chore sua ausência. Nenhum sorriso que se Alegre ao ver tua face.
SE EU MORRER AMANHÃ...
Vilma Oliveira
Se eu morrer amanhã
Ninguém irá se lembrar
Nada de mim irá restar
Nem a caridade cristã!
Irão todos festejar...
Ao lado do meu caixão
Num festim quase malsão
Irão sequer lamentar!
E, num acre deletério,
Levar-me-á ao cemitério,
Para o corpo enterrar;
Numa cova funda e fria,
Qual funerária sombria,
Para sempre irei ficar!
Até que se complete inteira
Degeneração putrefata
O verme psicopata
Dessa terra carniceira...
Mastiga, engole, come,
Com apetite voraz...
Roendo os ossos, quer mais!
Mata a sede e a fome...
Na sombra dessa ossatura,
Jaz a treva mais escura,
Permanece a agonia;
Embora com a alma liberta,
Com a sepultura aberta,
Abraço a monotonia!
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