Poema de Pablo Neruda Crepusculario
Na escuridão do seu olhar, eu procuro a minha luz.pois sei que você é uma luz no meio da minha escuridão, por isso não canso de dizer em silêncío que eu amo você.e chega a doe na minha alma, só você pode me salvar de me mesma. pois sem o seu amor eu sou como um pássaro sem ninho ou como a noite sem o luar, eu queria poder falar tudo isso pra você mais prefiro guarda tudo aqui dentro desse coração frio e nesse orgulho que eu sei que você também tem.
E só mais uma vez eu vou lembrar de você e só mais uma vez vou chorar e feichar os meus olhos e deixar uma lagrima cair e com uma taça de vinho na mão para brindar com a solidão mais uma vez.e dançar com a solidão e me embebedar com a tristeza que domina o meu corção sombrio.
ABISMOS
Indissolúvel.
Indiscreto.
O amor é incrédulo.
Mas acreditamos nele.
Aquela raiz.
Afoita e acintosa.
Provocativa.
O amor ultrapassa os milênios.
Imutável.
Encoraja e fraqueja.
Reduz.
Acelera.
Repõe.
Um carro sem marchas.
O amor é légua.
E desmedido pode ser fatal.
Perda de identidade.
Insanidade.
Brandi, a loucura boa!
Brocados e canutilhos.
Ouro e prata.
O amor é abismo.
Onde quero afundar.
Até que a morte nos separe.
Para depois dela.
Continuar te amando.
Tudo depende do quanto você se importa,
Amor sentimento idiota,
Se joga, confiando na proposta.
Dá, sem esperar nada em troca,
Se tem troca não é amor.
Reciprocidade e de graça,
Não é favor...
Te amo, porque eu te amo,
Isso basta e não passa, demorô ?
Tentaram te rotular,
Mais ousados tentaram moldar,
oferecendo em vitrines,
o slogan chega a assustar,
gritam: promoção e pra acabar !
mas amor e de graça,
quem paga não leva,
quem tem alma entrega,
e esse é o preço da compra !
Chega a ser ignorância,
Outros acham incrível,
Que zerar o jogo sem subir de nível.
Querem tocar oque não é tangível.
Querem comprar o que não é vendido.
Querem lutar contra o que é invencível.
Garota dos olhos belos
Como faço para te ver?
Quando abres esse sorriso
Meu coração começa a bater
Como moras em outro Estado?
E te sinto bem perto, aqui
Vou agora, vou correndo
Para ficar pertinho de ti
Tens também nome bonito
Acredito que tem algo a ver com brilho
Porque não olhas o significado?
Espero não estar enganado
Se enganado eu estiver
Sobre sua beleza acredito que não é
Mas somente no significado do nome
Mas o brilho, este sim não some
O sentimento mais que puro
Separados apenas por um muro
Muro esse que se chama distância
Mas onde há amor, há esperança
Fiz este versinho singelo
Almejando oque eu mais quero
Não sei se achastes legal
Mas foi para ti, meu amor virtual.
A Guerra
Aquela guerra que transforma o mundo
Esta dentro de nós
É aquele questionamento que vem la do fundo
Questionamento esse que as vezes nem percebemos
Mas basta uma palavra ou ação diferente
Que já acionamos esse enfrentamento eloquente
E acabamos tendo medo disso
Um medo intenso e bobo
Um enfrentamento interno que acaba deixando todo mundo louco
É nessa essência que a vida segue
Todo dia uma luta interna que nos deixa triste
Mas por for a tentamos nos fingir de alegre
Tentamos não deixar a primeira lagrima cair
Por que temos que ser fostes e só sorrir
E é nesse pensamento que acabamos por desconhecer as pessoas
Nunca sabemos quem colocou a mascara e veio pra fora
Ou quem só esta feliz no simples e pouco eterno agora
Na levada dessa guerra que esta no interno
O ser humano acaba por torna-las externas
Transformando tudo num terrível inferno
E todo esse caminho sabemos de cor
Começa numa raiva inexplicável
Depois se torna um ódio maior
Nesse ódio se torna frieza, que em seguida se transforma novamente
E é ai que mora o perigo inconsciente
Uma levada psicopata vai sendo formada
Depois disso já sabemos que a guerra externa vai ser começada
As vidas vão sendo perdidas
E nessas vidas não vividas
Mora uma alma que não se aguentou
Uma alma frágil que se esgotou
Morreu por si mesma
E o que restou dela foi uma forma terrível
Sem graça e beleza
O Resgate
"Gaivotas alinhadas à beira mar,
Com toda sua pompa e circunstância,
Esperando o momento perfeito para voar,
Espera, até um peixe pegar,
Você tenta fotografar,
Mas esse é o momento perfeito para o horizonte buscar,
Então você espera até outra leva chegar,
Outras vêm e vão,
Na imensidão,
Não importa, num lapso de memória
Volta a lembrança,
Daquela circunstância
Em que uma das gaivotas parece te fitar,
Até te acompanhar,
Faz um balé em dança
Mas, mais uma vez, você perde o momento de clicar,
Encantada com aquela cena, com toda a exuberância,
A água está mansa,
Muitas gaivotas pousam e se vão,
A fotografia perfeita não saiu, não
Mas da memória jamais será apagada
Toda aquela abundância
De seres a embalar
O sonho de criança
Tentando apenas uma flagrar.
Ah, quem me dera!
Aos tempos de criança voltar!"
(Viviane Dona da Silva)
Esse poema havia se perdido, achei que jamais conseguiria reescrevê-lo, claro que não ficou como o original, mas ao menos consegui desenvolvê-lo após uns quatro anos... Foi um momento de muita reflexão em que fiquei perplexa diante de tanta beleza da natureza! Na verdade, só voltar àquele momento com um gravador em minhas mãos já bastaria! Mas, voltar à infância, quem não gostaria?!
Um Dom!
Tem momentos que quero tanto escrever, mas a formação das palavras fogem na minha mente, que é tão confusa e cheias de pensamentos, como se um pensamento juntasse com outro uma ideia se embaralhasse com outra, as palavras não saem, o pior que as ideias não são compartilhadas e admiradas, não podem influenciar positivamente ninguém, porque nem ao menos foram mostradas nem escritas pra ninguém, um dom ilimitado que quando não visto e usado deixa de existi.
►Astronauta
Que belo lugar este que estou
Jamais poderia imaginar beleza mais rara
Observando paisagens que chegaram e logo se foram
As estrelas são belas, e bem claras
O cenário está totalmente pronto
E o Sol está do outro lado da esfera azulada
Sim, não é plana, isso vos conto
No passado cometemos um pequeno engano
Mas aqui sobre o espaço eu me deleito em demasiado encanto
Testemunho como nossos olhos são como câmeras,
Pois jamais esquecerei o que vi, onde caminhei, onde pisei
Sentindo sensações ambíguas
Gostaria de poder tirar fotos da Oceania,
Ou quem sabe abraçar aquela estrela que de longe brilha
Mas estou com as solas de meus pés, beijando a Lua querida.
Minha amada e grisalha mãe queria visitar o Egito
A buscarei e logo para lá estaremos indo
Meu herói mal-humorado almeja uma praia para o feriado
O mostrarei a Via Láctea, sem precisar pagar pedágio
Apresentarei a ele o nosso mundo encantado,
De uma forma que ele nunca havia pensado
A um novo conceito de imensidão ele será apresentado
Beleza maior do que a escrita em diários apaixonados
E a pureza das nuvens que rodeiam a Terra,
Me fez amar mais ela,
Eis minha vista que tenho aqui de cima, que jamais será esquecida.
►Logo Cedo
Logo pela matina o ônibus já está com sua correria
Lá pelas quatro ele passa coletando almas perdidas
Pela janela embaçada eu vejo a cidade apagada,
Caio em admiração perante a noite estrelada
Até os pássaros estão dormindo, não escuto nada
E o frio me abraça com suas mãos geladas
Mesmo o moletom da marca mais cara não escaparia da ventania
E minhas palmas clarearam, rígidas se tornaram
Meus lábios secaram, as bochechas congelaram
Até mesmo meus ossos se enferrujaram,
"Dai-nos calor", eles me suplicarão.
Passando por entre as rodovias eu encontro luzes
A estrada se deleita delas, e que assim continue
Um pouco longe dali vemos catadióptricos a surgir
E, dentre tantas faces sonolentas,
Há aquelas que foram levadas pela correnteza,
Que lentamente se renderam ao Pestana e sua delicadeza
Outras tomaram um café forte e suas colunas estão em porte
Aquele dorminhoco do Sol ainda não apareceu,
Quando preciso do seu raiar, ele tende a me ignorar.
Ruas vazias, praças sem vida, esquinas sem alegria
Neste momento do ponteiro, a comunidade é suspensa
A movimentação nas avenidas ainda está lenta.
E no retorno, contemplarei o nascer do novo dia
E uma voz em meu peito grita
"Viva!".
Minha musa.
Rendi-me ao seu encanto,
De forma que não sei contar;
Era magia estranha...
A me enfeitiçar.
Negros, eram seus cabelos;
Belo, era seu olhar.
Perfeitos, eram seus lábios,
Ardente, era seu "tocar".
Suas vestes transparentes,
Eram convite à sedução;
E o "balançar" de seus quadris,
Povoando a imaginação.
Sua voz, suave como a brisa,
Sua pele, macia como a seda;
Seu perfume de jasmim,
E um mistério de sedução e beleza.
FOLHAS SECAS (soneto)
As saudades das lembranças não feitas
Acorrentadas no passado e não dadas
Perdidas, sonhadas e até tão desejadas
Assim, para a indagação, são estreitas
E no como seria, são apenas fachadas
Tal como viscosas felicidades suspeitas
De possível outro rumo, e boas receitas
Na ilusão do tempo, por suas chegadas
O ser humano e suas incríveis emoções
No ter e querer um prumo de intenções
Quando o amor é espera em movimento
Encanta-me a ação da vida, as razões
As utópicas e inúteis e frágeis aflições
Todas, folhas secas, levadas ao vento...
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, julho
Cerrado goiano
ALADOS (soneto)
O largo cerrado é um efeito alado
De asa tingida e horizonte intenso
Duma flora varia e chão rebelado
Encarnado em um céu tão imenso
O teu cheiro num diverso intenso
Acoplam o raro em sinal denodado
Feiticeiro, espantoso e tão denso
Em um plural do árido cascalhado
Onde vemos empoar os passos
Entrelaçados entre tortos traços
E prados de dourados alumiados
Aos poucos sucumbimos por ele
Num pouso instável, caindo nele
Suavemente, de encantos alados
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, julho
Cerrado goiano
CANTIGA
Ah, se fico ou se passo, se vou no compasso
da vida, devorante no tempo, amiga e inimiga
porém, se o que intriga é todo este embaraço
de gente a gente que na maldade prossiga...
Dá um cansaço, fadiga, de ver e ouvir,
angustia, e faz da existência rapariga...
Então, me resta neste murmúrio, sorrir!
Ser, resistir e ter o amor em doce cantiga.
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, julho
Cerrado goiano
Entendi
onde tudo começou
quando o tempo passou
no amago da nossa dor
em um barulho ensurdecedor
gritos se aliviam
nos olhos que nos guiam
estrelas reguiadas
a um novo caminho traçado
com cordas embaraçadas
no fundo de um navio
da maldição daquele rio
os monstros corroeram
e as pessoas de mim correram
como cidadãos aterrorizados
nos cantos enquadrados
persistindo em nossos laços
um tanto elevados
engolindo a hipocrisia
meu deus mais que agonia
foi quando eu mais refletia
no fundo do meu ser
querendo transparecer
buscando algum prazer
colidido no falso lazer
que evolui monstros
em seus pontos de encontro
no medo e no risco
na luz do dia eu rabisco
São folhas e folhas
levando a informação
pro ser trancado na alienação
que vai da simplicidade
até o medo da mortalidade
em abrangências e incompetências
com a falta de veemência
virado em suas próprias dependências
como fogo que arde
na sua pele parda
os alvoroços na falta de almoço
nos desgosto nos olhos
só querem as motos
e o lucro que grita
e si próprio escandaliza
e o sangue vermelho
mostra o empecilho
no meio do caminho
de que fomos torturados como os índios
fugindo da natureza
reagindo com estranheza
e de novo a incerteza
persistindo na luta
que segue como uma gruta
ela pela queda da agua
e nós pela queda das lágrimas...
Já sorri bastante, e chorei ainda mais
Já sonhei tantas coisas, mas hoje a realidade não deixa mais
Tentei ser forte, não só por mim, e mesmo assim tudo se perdeu
Pedi pro céu apoio, e minha fé apenas pereceu
O mundo continua girando, mas nunca no mesmo lugar
Quem sabe um dia, iremos nos reencontrar
Mas entre a terra e estrelas, uma distancia que não conseguimos calcular
Depois de tudo, apenas sei que irei continuar
Cadê você?
Aonde você vai?
Onde quer estar?
Está aqui do meu lado
Mas também em algum lugar
Tão perto
Tão distante
Inconstante...
Oque tenho que fazer pra te manter aqui?
Te olho mas não te vejo
Te toco mas não te beijo
Desejo,
O que passa nessa cabeça a mil?
Por onde está andando?
Com quem se vê conversando?
Não sou eu
Não é comigo
Sou só um amigo
Um conhecido...
Que te conhecia...
Mas hoje em dia
não é só a sala
que se sente vazia.
Ele e eu
Ele vem...
E eu já não sei o que faço aqui
É, ele tem...
E eu só te olhei e sorri
Ele senta do meu lado,
me olha
E eu? Ah, me namora!
Ele fala seus doces, seus encantos
Eu só queria seu beijo agora
Ele vem mancinho,
chega pertinho
e sussurra
Eu só procuro uma solução,
uma cura
pra essa paixão
Ele me beija,
me abraça,
me enlaça
E eu, sem graça
Ele convida
Pede minha companhia
nessa noite tranquila
Eu? Fui
Mas não
As vezes paro e penso
No quão incrível você é
E na vontade que tenho de te guardar
Amarrar com barbante, colocar num saquinho colorido e por na gaveta
Mas não
Seria muito egoísmo meu..
O mundo tem que conhecer
As pessoas têm que saber
que existe você, cheio de emoções
Elas têm que provar,
sentir o que eu senti,
o que vivi
No deleite de alegria que aflige
quando você
Só sorri
Por isso não posso lhe prender
Queria,
não nego
Queria que fosse só meu,
Inteiriço
Mas não
Seria muito egoísmo meu
Arte em você
Pra que letra
Se o coração já sente
Pra que cor
Se o pincel desprende
da mão da gente
Da gente que se prende
Crente
que não vai se soltar
das cores, dos tons,
das letras, dos dons,
da arte em papel machê
Que mora nesse universo
Chamado você
Você tem esses versos complicados
Simples mas complicados
Você que vive na lua, no mar
no coração mais próximo que encontrar
Encontra o meu
Que eu
simples poeta
faço do seu coração
Minha canção
Então vem
Se aloja, se encosta,
se sente em mim
Quero conhecer esses seus mistérios
pintados em ocre e marfim
Só pra mim
Sim
Só pra mim
Eu não sou daqui
Eu não sou daqui
Não sou
Aonde me pertenço?
Não sei
Mas não sou daqui
Talvez more nos beijos apaixonados
Nós 5 segundos de coragem.
Talvez more na simplicidade
Na roça, na selva, na vargem.
Talvez more no coração de quem ama
De quem não se engana
De quem cedo levanta da cama
Atrás da música, do samba
Talvez até viva nas ruas, nas vielas
Onde pessoas cheias de si,
vazias
Buscando alguém para transbordar
seus corações desocupados
Talvez até me encontre nos becos escuros,
atrás de muros
No choro de uma mãe preocupada
Na angústia de uma menina mal amada
Na sala
fechada
Mas se sou daqui?
Não sou
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