Poema de Pablo Neruda Crepusculario

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Um líder que não cuida de suas próprias finanças não pode ter a audácia de querer ter seguidores, haja vista que, se um incompetente guiar outro incompetente, ambos alcançaram o mesmo destino final, a saber: o fracasso.

Todo grande espírito é rebelde por suas imposições, imparável por suas ideologias e incontendível por suas objeções.

Manipular é inteligência, influenciar é sabedoria. Usar coerção é força, usar sensibilidade é poder. Copiar universos já existentes é imitar Deus e criar atmosferas novas é tentar substituí-lo.

O homem que precisa da aprovação de seus semelhantes para agir, é mais miserável que o diabo.

Certa vez, um general recebeu ordens superiores para punir três soldados que haviam cometido alguns equívocos no campo de batalha (porém, todos haviam sido injustiçados e não mereciam tal punição), sendo assim, ele convocou os tais e lançou o seguinte desafio: um caldeirão em chamas seria posto sob uma pedra e aquele que estivesse disposto a colocar a mão até o fundo da água fervente teria o poder de evitar a própria morte e quem estivesse disposto a não colocar as mãos, e se ajoelhar, também não morreria, porém, este perderia, por consequência, uma das mãos. Feito o desafio, o primeiro soldado resolveu não colocar as mãos e ajoelhar-se e, como combinado, não morreu, porém, teve uma das mãos decepadas, já o segundo resolveu arriscar-se e atolou a mão no fogo, até o fundo do caldeirão, queimando não só a mão, mas grande parte do braço direito, ferindo-se grandiosamente, mas salvando-se de outra punição, e o terceiro, nada fez, sendo punido com a morte, pois, preferiu não seguir nenhum dos dois destinos propostos, como se existisse um terceiro caminho, oculto aos olhos da maioria. O primeiro foi um homem prudente, o segundo foi um homem corajoso, e o terceiro, foi um filósofo.

Acredite, a maioria da população vive em um estado de alienação doentia, onde caminham sem rumo para chegar a lugar nenhum.

Por vezes, sinto-me angustiado.
Algo me atormenta e me deixa nervoso e inquieto durante horas.
É perturbador.
Uma vontade gigantesca que não cessa.
Só nao sei de quê!

Paladino de cristal


Anjos plantaram a semente da esperança
Longos dias se foram, sombrios e profundos
Gerando uma criatura reluzente, ingênua e mansa
Da utopia do sol nascente concebem-se dois mundos


Formoso tal qual o jardim de Órion
Insigne como a constelação invisível
Imponente como o pedestal de Hipérion
Égide como o Olimpo indivisível


No altar da magnificência, fadas bradam sem cessar
Que o santuário da perfeição está para nascer
Curvando-se todas as criaturas da Terra e do mar
Se regozijam com a chegada do príncipe do amanhecer


Uma gota de sangue escorre pelas estrelas do firmamento
Um grande arco dourado substitui a lua
A luminescência gélida cobre o astro rei


Com os pés descalços sobre a terra, dá ordens ao vento
E mudando as estações, a primavera recua
Gerando e concebendo um novo tempo, que solitariamente erguei

Para ser sábio, torne-se um visionário.
Para ser inteligente, interprete sua visão.
Para ser um gênio, metamorfoseie sua vista.

Réquiem do sol

A clepsidra desbotada absorve minha solidão
O doce silêncio ascende minha alma solar
O vento e as nuvens turvam sensorialmente o ar
Nas lendárias memórias do insensato coração

Os deuses conspiram contra o amor e a doçura
Ateiam fogo nas bandeiras da paixão e da ternura
Reis, principados e tronos anseiam a morte trágica do poeta
Que existe porque a saudade sublimemente o desperta

Na mítica argila, o rabisco de Macha reluz o intrépido trovão
A estatueta ametista sinfoniza as inapagáveis e imaculadas resplandecências
Ao norte, o vento escarlate desenha a impetuosa perfeição
Canonizado, o ninho dos fantasmas descortina as prumadas transcendências

Tu és meu livro memorial, minha estante de sumptuosas recordações
Eu sou sua metade, seu pedaço pelo destino outrora roubado
Seu castelo de tristezas, gritos, prantos, lamentações e fado

Quero entregar-lhe desejos, sonhos, fantasias, desígnios e sensações
Fragmentados nas infinitas camadas do lúdico carrossel dourado
Consubstanciados na homérica galáxia do sagrado paraíso constelado

Inserida por PablodePaulaBravin

Joia da rainha

De noite espinhos trevosos penetram minha alma
De dia as sagradas pétalas voam para me curar
O coração sangra por dentro sem cessar
Nas memórias eternas do livro sem capa

As letras no pó de estrelas representam a saudade
E a presença sublime do grande soneto dourado
Levantando-me não encontro o embrulho na tempestade
E a joia se perde para sempre no furor do vento soprado

Dama cintilante de cabelos encaracolados e escurecidos
Tu és bela e formosa como as elfas dos reinos desconhecidos
Se Deus pintasse novamente a Terra, ele tiraria de ti, inúmeros resquícios

Da terra da amazona rainha foste gerada, herdando punhos enfurecidos
Que clamam com veemência por justiça e por gestos enobrecidos
Não descansando até contemplar a passividade e júbilo dos campos Elísios

Inserida por PablodePaulaBravin

Atenetti

A delicadeza de suas palavras em mim
A doçura e serenidade de sua meiga voz
São puras e santas como as asas de um serafim
Que velozes e fortes atacam seu algoz

Um relâmpago de luz reluzente no amanhã
Me mostra sua face flamejante e lúdica
Suas vestes e versos são meu o talismã
Dotado de poderes e energia mística

Tu és meu santuário profano
Desde tempos medievais e distantes
Da poeira de Atenas fora construída

Meu amor por ti é infinito e sacrossanto
Semelhantes aos montes belos e radiantes
Umbilicalmente ligado à pérola mágica druida

Inserida por PablodePaulaBravin

Camille

Deixa dizer-te os formosos cânticos do meu coração
Que a minha alma tanto repulsa pela emoção e pela dor
Foram moldados com carinho, ternura, brandura, zelo e amor
Petrificados na ânfora de Atena com a força de uma paixão

Camille, tu que viajas nas cataratas eternas, deleitando-se
Nem de longe esquece-te do imponente ser de garras e rugido
Oh minha sonhadora: de mechas loiras, ruivas e traje brunido
Quero viajar para sempre nas quedas celestiais, acariciando-te

Tu matastes a morte com a flamejante espada da esperança
E me destes a vida, criando um paraíso que nunca poderei igualar
Cravando o sagrado opúsculo nas areias do Chronos hodierno

Por ti, sofro nas mãos cruéis e perversas do soldado da vingança
Tudo para cavalgar pela última vez, rumando para o reino basilar
Unindo-me para coabitarmos no paraíso cróceo, flavescente e eviterno

Inserida por PablodePaulaBravin

Cabra macho, sim senhor!

Quando Jesus chegava em um lugar onde as pessoas não queriam recebe-lo, ele se retirava imediatamente, pois nunca mendigou atenção de ninguém e não existia para seres trancafiados em si mesmos.

Também sou assim: me entrego como Shakespeare nos palcos, mas se não houver reciprocidade, sou capaz de deixar a plateia sem um cumprimento sequer, nadando na lama pútrida da própria ignorância que seus olhos fetidamente criaram.

Inserida por PablodePaulaBravin

Para os tolos, não basta apenas a apatia, a omissão e a covardia. É impreterível perseguir aqueles que escolheram a estrada inversa.

Com essa volúpia estúpida, regrada de sementes trevosas e de peçonhentos grãos, eles intentam em realizar alusivamente o maior de seus objetivos pessoais: o de ver seus semelhantes serem embriagados com uma preguiça irreversivelmente eterna que terá força para transformar o universo em uma esfera multicelular de mulas ambulantes – tendo tais patetas como “líderes” supremos e absolutos do bando –.
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Inserida por PablodePaulaBravin

A luminescência sublime da dama comedida

Após contemplar seu lúgubre rosto e me embriagar com a ternura de seu olhar, sou tentado pela ilusão teimosamente bela de seu sorriso...

Minha dama é dona de mãos macias, contendo em si mesmas uma suavidade refinada, tal qual a flor molhada do jardim...

Seu coração é forte como o abraço do mar, calmo como a aurora celestial e égide como o firmamento...

Sua doce presença me faz querer viver eternamente nesse mundo encantado, somente para ter a esperança de tocar seus lábios mais uma vez...

Oh minha preferida, entendi que nasci para te olhar e somente para te admirar, descobrindo meu eu interior através de sua beleza incomparavelmente divina...

Inserida por PablodePaulaBravin

As asas de um sonho

Segundo as benignidades de seu coração e total benevolência de seu ser, eu imploro-te: olhe para mim...

Seu sorriso inebria meu coração e me faz suspirar pelos momentos vividos contigo, ao mesmo tempo em que eu me lembro das noites estelares e dos passos serenos que tu davas em minha direção...

Sua formosura inigualável, tal qual a imagem de uma escultura imponente e de luz tênue me fazem, incessantemente, prantear por minha alma estar longe da tua...

Tua presença deixava aquele lugar embriagado de harmonia e esperança, uma esperança semelhante a da rosa vermelha que floresce esperando viver por 1000 anos sem perder um fio de beleza sequer...

Eis a minha dama, de lábios coloridos e pele branca semelhante ao linho finíssimo, tal qual a neve que cai do céu estrelado do amanhã...

Estando contigo mergulho em um paraíso de fantasias incontáveis, impossíveis de enumerar, e, em meio a esse oásis invisível, perco a noção entre loucura e realidade, e é nesse momento que descubro a essência do amor, e essa essência não vem de outro lugar a não ser de ti, minha dama de olhos cintilantes...

Oh anja da ternura, abra as suas asas, sublimes e macias, e me carregue para além do infinito, onde nos transformaremos eternamente em pó de estrelas, para sempre resplandecentes...

Inserida por PablodePaulaBravin

A meiguice da fada reluzente

Um leve sopro sai de dentro dela, produzindo inúmeras estrelas aos meus olhos, umas mais reluzentes, outras ofuscadas, me levando a outra dimensão...

Com suas lágrimas tenho o poder de pintar o universo de vermelho, de esverdear as estrelas e de descolorir o mar, mas, o maior dos poderes eu não tenho, o de pintar o coração dela com a minha face...

Encantei-me ao encontrar a flor mais perfeita, ao contemplar o som pacífico que vem dos oceanos e ao sentir o calor do sol, mas, nenhum desses encantamentos é mais encantador do que a doce presença dela...

Meu sentimento por ela é semelhante ao fogo inextinguível e nem mesmo o maior dos dilúvios poderia apagar, pois, quem poderia esquecer um sorriso tão resplandecente, asas tão macias e flamejantes e mãos tão suaves, contendo em si mesmas a ternura da fada mais bela dos bosques floridos...

E a que compararei sua face, voz e olhos? A primeira é semelhante ao balançar das flores do jardim causada pelo vento que sopra sem cessar, a segunda é semelhante ao som sereno de uma harpa afinadíssima tocada pelo anjo mais apaixonado que habita além do terceiro céu e o terceiro é semelhante ao brilho de todos os vagalumes do mundo juntos, na noite mais especial de todas as noites especiais...

Ao me lembrar dessas coisas mergulho em um profundo silêncio, somente para ouvir os sinos da esperança, cantados silenciosamente pelas badaladas do coração daquela que tem dentro dela a essência da minha felicidade.

Inserida por PablodePaulaBravin

O clarão que me cegou

No vale da sombra da morte, onde a felicidade inexiste, se encontra a minha alma, perdida em meio às portas que não se abrem. Meu rosto se encontra ensanguentado em meio aos escombros de meus pensamentos, que insistem em não irem embora.

Tudo por causa da luz que vi, e que não mais verei. Tudo por causa do arco íris preto e branco, tudo por causa das lágrimas da dor que contrastam com a essência da minha felicidade.

Nada mudará, estarei preso eternamente nas algemas desse labirinto barrento e cheio de malignidades. Oh prisão sem muros, oh deuses invisíveis, pra onde levaram a minha pequena esperança?

A síntese sagaz da vida nasce na cachoeira congelada, onde a neve cai por toda a noite e o frio toma conta do meu ser. Neste lugar, nem mesmo a formosura da aurora boreal é capaz de sensibilizar minha face.

É cruel ver o brilho com meus próprios olhos e não poder tocá-lo, nem apreciá-lo. Esse feixe somente aparece nesse vale de mil em mil anos, por isso, essa era a minha única oportunidade, não mais terei vida quando a sublimidade suprema da beleza voltar a figurar por aqui. Oh deuses, façam de mim um de vós, para que eu possa ser imortal e ver novamente tamanha harmonia.

Prefiro se extinguir, a não poder mais contemplar a única coisa sempar desse lago triste e melancólico. Que eu me embriague com o cálice da morte e que o ceifeiro venha me buscar, pois, não mais existo.

Inserida por PablodePaulaBravin

O herói que habita no âmago invisível de sua alma

Todas as coisas raras desse mundo são caras, com exceção de uma, a saber: a amizade.

A miserabilidade dessa coisa singela e fraternal entre duas pessoas, torna a mesma, algo extremamente valioso e sempar no mundo em que vivemos.

Juntos, esse dois seres apaixonados um pelo outro, são imortais e imbatíveis, partilham alegrias e frustrações, discussões e perdões, medos e segredos, ajuntamentos e dissenções.

E quando um se vai, deixa um vazio impreenchível, envenenando a alma alheia, que sofre por perder parte de sua essência.

Na simplicidade das coisas mais banais da vida, encontramos a água inesgotável da felicidade e da esperança, que pode ser bebida gratuitamente pelos dois seres que se agradam de estarem um com o outro, se complementando eternamente entre si.

E assim, quando um está cercado de trevas por todos os lados e a luz insiste em não aparecer, pode enxergar ao longe, cavalgando a passos largos, quase como se sobrevoasse, o seu herói, o seu ídolo, que, fazendo a poeira levantar, prova, com uma elegância peculiar, que você nunca esteve ou estará, sozinho.

No momento exato de sua morte, quando estás esparramado ao chão e podendo contemplar o sorriso da vitória na face de seu adversário, que está prestes a disferir o último golpe, eis que surge o seu amigo, que desembainhando a espada da esperança, te joga para o lado e enfrenta o seu inimigo cruel , que prontamente parte em retirada, por temer os olhos intrépidos daquele que não faz outra coisa senão protegê-lo com todas as suas forças, entregando, se preciso, até mesmo a sua própria vida.

Inserida por PablodePaulaBravin

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