Poema de Mario Quintana Pe de Pilao
Menino De Rua
Cai a fruta
No pé do moleque
Ele todo assustado
Já corre pra gruta
E lá faz seu ninho
Com medo que seu vizinho
Seja algum recruta
E te obriga depois
Á cobrir o cheque
Ganha a rua
O menino sem dono
Vivendo de migalhas
Muitas vezes crua
Em total e cruel abandono
Morando em barracos
Cobertos de palhas
Hoje menino bom
Amanhã é marginal
Porque camuflaram o seu dom
E não trataram ele por igual
A sociedade escondeu
As oportunidades
E só mostraram á ele
O caos nos becos
Das grandes cidades
O menino já nasce assustado
Com medo do seu futuro
Ser o mesmo daquele
Que por aqui tem passado
Tão cheio de rupturas
Que por vezes tem marcado
A vida e o destino
De muitas criaturas.
SONHOS ROUBADOS
Crianças reclamam
a devolução de seus sonhos.
Criaturas sem face que clamam
pela sua liberdade de viver.
Cristos em sangue,
crivados de balas no asfalto
repleto de tradições e omissões.
Pactuados com a realidade virtual
imagens no computador
mostram enormes corações vítreos,
carros velozes e a ferocidade na derrota.
Nas vias escuras tremulam
as sombras da geometria concreta.
Sem horizonte, a solidão é o oráculo
na cidade negra e empoeirada.
E o sol lentamente esboroa-se
nas vidraças onde homens armados
são guarda-costas atentos.
(suelidesouzapinto)
VERSO É BICHO DE PENA
Minha metade é plena, e se plena é, metade não pode ser,
minha poesia é pena, e pena sendo tem o dom de voar,
meu amor é completo, e por assim existir a tudo pode ver.
meu verso é perene, ao mesmo tempo fugaz, é puro ar.
Ideal
Toda estrada chega
Em algum lugar
Todo pé alcança
Onde quer pisar,
Mas é preciso
Um bucado de intuição
Uma certa locura
Um certo penar,
Vestígio de quem não luta
É o pó que escurece um coração
Como canção esquecida na gruta
Composta pra solidão
Todo estrada chega
Em algum lugar
Todo pé alcança
Onde quer pisar,
Apesar de toda sorte ser cega
E o teu corpo já cansar
Enquanto ela dança,
É sinal que as vezes
A vida escorrega
Por isso é preciso acreditar
Que um dia a gente alcança
Que o medo
É o paradigma de tudo
Quando se faz por prazer
Ou deseja profundo,
Apesar de ainda estar cedo
Muito se tem pra fazer
Apesar das dores do mundo
E também alguns credos
Caminhar sem olhar para trás
Sonhar como nunca jamais
Ideal é a lógica pra seguir
E fė pra se ter muito mais,
Nada do que foi ontem
Hoje será
Os dias nunca foram iguais
Mas nem por isso vão diminuir
Toda estrada
Chega em algum lugar
Todo pé alcança
Onde quer pisar,
Que a luta é vista como escada
Pra quem tem o dom de amar
Pois louco que é louco balança
E o resto é maneira de falar,
Lucidez é pura vaidade
Pra quem tá sem rumo
Procurando alguém pra abraçar
Rodando toda a cidade
E tantas vezes
Perdendo seu prumo,
Vivendo por acreditar
E nunca escondendo a verdade.
Pedrinhas
Sabe uma coisa que me agrada, sentar no leito do rio, onde possa encontrar bastantes pedras misturadas a areia. Ali eu fico sozinho, com minhas mãos em concha recolhendo a areia com as pedrinhas e as separado com a ajuda da água. Ali vão embora a areia fina e as pedras que não chamaram minha atenção. Quanto as pedras que gosto essa eu as guardo. Chego em casa e dou a elas um lugar especial no meu quarto. Tem elas algum valor? Não! São especiais? Não! Qu poder tem então essas pedras? O de se fazerem especiais e únicas para mim.
Bom, na minha vida também há pedrinhas especiais, essas pedrinhas foram selecionadas pelo valor que demonstraram ao passarem pela experiência da água do rio. Elas superaram as águas e mostraram o seu valor, se tornando parte das pedrinhas que muito me ensinaram e muito compartilharam comigo, somos todos pedrinhas uns dos outros.
A Festa Na Serra
Hoje a festa é lá no pé da serra
Onde bicho e pedra
Também vão dançar
Pra cumprir mais um ciclo
Que se encerra
E o seu corpo há de lançar
Sonhos de amor
E esperança na terra
Juntando o presente
Passado e futuro
Em meio a tudo
O que a gente espera
Hoje a festa é lá no pé da serra
E quem tem fé
Corre pra lá também
Vamos ali muito além
No balanço que esconde
Atrás do seu pé
Onde os bichos soltos
Com saltos a desimbestar
Relembram seus amigos mortos
E dessa solidão quer se libertar
Hoje a festa é lá no pé da serra
Feita especialmente
Pra quem não tem pressa
A folia faz bem ás pedras
Aos bichos e também a gente
Pois o amanhã
É apenas promessa
Talvez uma grande ilusão
Ou quem sabe até
Uma certa quimera.
Seus olhos nos meus colocaste.
Eram tão encantadores.
Jamais experimentei iguais poderes.
Teus pensamentos expressos através deles.
Nossos sentimentos ficaram conectados.
Deixar-te ir embora foi um sacrifício.
Embora inútil ao lutar contra tua lembrança.
Não era casualidade, nem amizade colorida.
Era cumplicidade compreendida nos olhares.
Sinto-me covarde, mas nada podia evitar o fim.
O que nos uniu também nos separou.
Seus olhos nos meus não mais encontrei.
Distância sentia na tua companhia.
Não sabia mais continuar me sentindo sozinha.
Não havia mais razão.
Não sentia mais paixão.
Não deveria ser obrigação.
Não merecia conhecer a desilusão.
Não precisava da sua dissimulação.
Não gostava da sua nova atuação.
Não queria destruir nossa melhor recordação.
Não esperava nada além de uma explicação.
Não nasci para viver de migalhas do teu pão.
Não insisti mais na sua indecisão.
Não vou me esquecer da nossa desconexão.
Seguirei minha vida desejando paz para quem fica e luz para quem quer ir embora.
Se eu fosse dono da verdade, poderia modificá-la quando bem o quisesse para torná-la agradável às pessoas que eu desejasse cortejar, e ela me obedeceria.
Feliz ou infelizmente, isso não está ao meu alcance. Só posso aceitar a verdade tal como ela se apresenta, e tentar dizê-la o melhor que posso.
Aí me chamam de dono da verdade.
Se tudo que envolve nossas vidas viesse acompanhado de um manual de instruções,
a arte de viver perderia o mais eficaz dos seus temperos:
a persistência!
... entre
o crer e o não crer
na imortalidade, que
contempla teu espírito;estende-se
uma perspicaz vastidão; em que, mesmo
um verdadeiro sábio - no intuito de
enfim compreendê-la - unicamente
atravessará guarnecido de
fatiganteesforço e
constância!
No jogo da vida, todo mundo se encontra em cima do tabuleiro, descobrindo como mover nossas peças.
A nossa vida não vem com manual de instruções, dizendo como devemos viver.
A vida não vai parar e dizer quando você quer começar o jogo!
não vai te dizer o que fazer quando tiver dúvidas, não vai te levantar quando você cair, e nem te esperar para que você não envelheça.
É um jogo interminável, perseguindo uma constante evolução, em cada segundo que vivemos, em cada respiração que suspiramos.
Não paramos de crescer, nem de envelhecer.
Ela começa no nascimento, quando abrirmos nossos olhos,e termina quando fechamos nossos olhos pela morte.
Nunca devemos parar de aprender, nem de se corrigir.
Como diz o mundo! É vivendo e aprendendo.
E quando solucionamos as falhas pelo caminho! Que sentimos em nós a verdadeira paz.
E de forma ávida, caminhando cada vez mais por evolução.
E também pela nossa salvação.
(RONAN HELIO DE SOUZA)
PREFÁCIO
Acabou-se a fartenidade. Caminho sem norte nem Sul...trilhando o percurso da realidade.
Sou aquele que passa e não se vê, o dilema escrito que não se pode resolver...
Sou o vaso quebrado, o menino condenado, vivendo por viver...
Alma sombria, sempre incompreendido, crucificado, sem malícia alguma.
Talvez não seja a visão perfeita que alguem sonhou, que girou o mundo
e não me encontrou.
O maior estimulo,
Na vida.
É aprender todos os dias
A andar, respirar e sentir
Tudo a sua volta
De novo e de novo.
Ter sabedoria
Significa aprender
Algo todo dia
Entregar-se
Ao estímulo
Que vibra
Em tudo que procura harmonia.
Se pudesse,
Dizer uma frase,
Que pudesse mudar,
Alguma coisa,
Diria:
Que tudo está certo.
Por que tudo,
É vontade de Deus.
Quem são os espartanos de outrora. Que destemidos empunhavam suas armas e consoantes as suas obstantes missões, zelavam pela destreza infinita da sua profunda coragem.
Inusitados jaziam sobre seus corpos, diantes de batalhas ferozes e mesmo assim apostavam na consquista de seus ideais.
Jamais deitavam-se sobre seus medos, pois a covardia, nunca foi seu ponto forte.
Bravos guerreiros de seta branca tenham fé e levantem - se contra essa hipocrisia fantasiada de defesa contra algo inevitável. A morte é nossa única certeza.
Nesse meio tempo até lá vamos erguer a cabeça e subir o mais alto dos céus bradando em voz firme pela conquista de nossa missões.
Na certeza de que a fé e confiança no pai Seta Branca e na corte divina que o acompanham são nossas únicas e verdadeiras defesas
A ambição.
E o dinheiro,
Tornam o homem
Prisioneiro
De si mesmo.
Não pode prejudicar ninguém.
Pois Deus bem cuida de todos a sua volta,
Um pai sempre se preocupa com o filho,
quando este não tem tempo para ele.
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