Poema de Mario Quintana Decendo as Escadas
Um Poema de Amor
Todas as mulheres
todos os beijos as
diferentes formas que amam e
falam e carecem.
suas orelhas todas elas têm
orelhas e
gargantas e vestidos
e sapatos e
automóveis e ex-
maridos.
na maioria das vezes
as mulheres são muito
quentes elas me lembram
torrada com a manteiga
derretida
nela.
está estampado no
olhar: elas foram
tomadas elas foram
enganadas. eu nunca sei o que
fazer por
elas.
sou
um bom cozinheiro um bom
ouvinte
mas nunca aprendi a
dançar — eu estava ocupado
com coisas maiores.
mas eu apreciei suas variadas
camas
fumando cigarros
olhando para o
teto. não fui nocivo nem
desleal. apenas
um aprendiz.
eu sei que todas têm
pés e descalças elas andam pelo piso enquanto
eu olho suas modestas bundas no
escuro. sei que gostam de mim, algumas até
me amam
mas eu amo muito
poucas.
algumas me dão laranjas e vitaminas;
outras falam mansamente da
infância e pais e
paisagens; algumas são quase
loucas mas nenhuma delas deixa de fazer
sentido; algumas amam
bem, outras nem
tanto; as melhores no sexo nem sempre são as
melhores em outras
coisas; cada uma tem seus limites como eu tenho
limites e nós aprendemos
cada qual
rapidamente.
todas as mulheres todas as
mulheres todos os
quartos
os tapetes as
fotos as
cortinas, é
algo como uma igreja
raramente se ouve
uma risada.
essas orelhas esses
braços esses
cotovelos esses olhos
olhando, o afeto
e a carência eu tenho
agüentado eu tenho
agüentado.
Seja você quem for, agora eu coloco minha mão em cima de você, que você seja meu poema;
Eu sussurro com meus lábios perto de seu ouvido,
Eu tenho amado muitas mulheres e homens, mas eu amo ninguém melhor do que você.
Vivemos,
Sem ter certezas,
Sabemos,
Da natureza,
E destruímos,
Suas belezas,
Assim caímos,
Na tristeza,
De viver no ego,
Prisioneiros,
Todos cegos,
Companheiros,
Do egoísmo,
De viver para nós,
Nesse heroísmo,
Nos encontramos a sós.
Boa tarde.
No insolúvel desejo.
No fim ensejo,
O direito de amar.
A alegria é um conto,
Que existe e permeia.
Até o próprio ar,
Até um simples ponto.
Em uma pequena aldeia,
Emite o próprio conto,
E a sabedoria ancestral.
Que dispõe do saber.
Enfim só quer "SER".
E libertar-se de todo mau.
Isso é um conto de vida.
De uma história sabida,
Do pequeno,
E do todo.
E assim vamos sendo,
E o simples saber.
Nós envolvendo.
O Cão Sem Plumas
A cidade é passada pelo rio
como uma rua
é passada por um cachorro;
uma fruta
por uma espada.
O rio ora lembrava
a língua mansa de um cão
ora o ventre triste de um cão,
ora o outro rio
de aquoso pano sujo
dos olhos de um cão.
Aquele rio
era como um cão sem plumas.
Nada sabia da chuva azul,
da fonte cor-de-rosa,
da água do copo de água,
da água de cântaro,
dos peixes de água,
da brisa na água.
Sabia dos caranguejos
de lodo e ferrugem.
Sabia da lama
como de uma mucosa.
Devia saber dos povos.
Sabia seguramente
da mulher febril que habita as ostras.
Aquele rio
jamais se abre aos peixes,
ao brilho,
à inquietação de faca
que há nos peixes.
Jamais se abre em peixes.
Mais Clara, Mais Crua
De noite, na rua, em frente ao parque
A minha solidão é sua
Decerto sei que você vaga em qualquer parte
Sob essa vaga lua
De noite, na rua, em frente ao parque
A minha solidão é sua
Decerto sei que você vaga em qualquer parte
Sob essa vaga lua
A noite esconde as cicatrizes
Esconde as carícias e os maltratos
A noite esconde as cicatrizes
Esconde as carícias e os maltratos
De noite alguém decerto lhe ampara
Por onde hoje você anda
Mas sem olhar sua ciranda louca
Daquele jeito que lhe desmascara
De noite alguém decerto lhe ampara
Por onde hoje você anda
Mas sem olhar sua ciranda louca
Daquele jeito que lhe desmascara
A noite esconde as cicatrizes
Esconde as carícias e os maltratos
A noite esconde as cicatrizes
Esconde as carícias e os maltratos
Agora, bêbada, você estremece
Como se ainda não soubesse
Em frente à porta desse bar
Em que embarca sob essa vaga lua
E a luz da lua apura a nitidez da marca
Mais nua, mais clara, mais crua
- Às vezes, as pessoas ficam tão tristes que não sabem lidar com a tristeza delas, aí elas escrevem bilhetes.
- Eu achava que as pessoas choravam quando estavam tristes.
- Às vezes não é o suficiente!"
Quando digo "Te Amo", digo por ter me libertado do medo.
Digo por ter você como alguém especial.
Digo por ter você em meus pensamentos bons.
Digo por ter quebrado as barreiras do não dizer.
Digo por saber que não criamos expectativas.
Digo por saber que é alguém sublime.
Digo, não simplesmente por dizer.
Digo e repito e digo novamente:
Eu Te Amo, Eu Te Amo, Eu Te Amo.
Paulo Laet
A CAMINHO DO AMOR
Procuro do seu olhar
Que me fazem viajar
Para no mundo de quem sabe amar
Sem ter que pagar
Procuro a doxura dos seus labios
Finos cloridos e gostosos
Que me fazem chegar na terra dos
santos
Sem praticar os dez mandamentosi
Procuro das suas maos agradavel
Que masaagiam o meu corpo
menos anavel
Recompondo o meu sistema vital
Sem ir ao hospital
procuro do seu amor
Que faz acordar o meu coraxao
Queimado pelo suor do calor
Do coraxao da escravidao
POR: DURAO
EU SOU ISSO POETA CAFRIAL
Numa floresta bem distante vivia um leão que era muito temido por todos os animais que lá moravam. Ele gostava de caçar e andar por todos os lugares.
Certo dia cansado de tanto caçar e já com a barriga cheia, dormia espichado debaixo da sombra de uma boa árvore. Veio um ratinho passear por cima dele e ele acordou.
O leão acordou muito nervoso e prendeu o ratinho debaixo de sua pata. O ratinho ficou apavorado com a situação que se encontrava. Tanto o ratinho pediu e implorou que o leão desistiu de comê-lo e deixou que fosse embora.
O tempo passou e o leão estava em seu passeio matinal, sem perceber, ficou preso na rede de uns caçadores. Não conseguindo se soltar, fazia a floresta tremer com seus urros de raiva. Não tinha quem não escutasse os urros do leão feroz.
O ratinho, que não estava muito longe do lugar, foi ver de perto o que estava acontecendo. Quando chegou, se deparou com o leão preso na armadilha, no mesmo momento o ratinho, com seus dentes afiados, roeu as cordas e soltou o leão.
Como um cego, grita a gente: ‘Felicidade, onde estás?’ Ou vai-nos andando à frente, ou ficou lá para trás.
Quando Mário Quintana revelou esse relato filosófico sobre as borboletas ele foi sútil, justamente pra não lhe dizer cuide de sua aparência, cuide de sua intelectualidade, cuide de sua estética de se vestir e portar diante de pessoas e eventos, cuide de sua alimentação, cuide em estar e se sentindo bem diante de todos e de tudo, pois muitos vão querer esse segredo de revelar tanta beleza equilibrada em simplesmente ser, e sendo assim terá atenção de muitos podendo escolher a suposta (candidato ou candidata) para ir viver em seu jardim (mundo), e infelizmente alguns pobres pensadores usam para dizerem o que acha que é sensato a respeito do relato de Mário Quintana, pelo amor de Deus vai mastigar alguma coisa pra manter a boca fechada que é melhor, porém o consolo dessa crítica pobre é que: melhor ouvir, do que ser sudo, e é melhor ver do que ser cego. Resumindo: Esses fatos é para ser o termômetro de como anda as características de mansidão, paciência, benignidade, amor próprio, pois não podemos deixar se levar por qualquer circunstâncias, afinal elas foram criadas para meu controle, e sendo assim encerro minhas falas permitindo que venha as controvérsias do que escrevi, pois isso não irá mudar a interpretação sensata, jeito simples e belo de ver e apreciar grandes coisas escritas por quem quer que seja.
Depois de ler Mário Quintana em uma manhã ensolarada e fria,
Defino-me,
[olhando no reflexo do sol em um lago]
ser alguém incerto para viver um relacionamento duradouro.
Um ser como eu não está apto para ser companheiro de vida.
Sou chamado a ser companheiro para viver uma paixão grande
[daquelas que não se esquece.
regada à palavras em versos,
[beijos abraços e gestos.
O que fazer com pessoas como eu?
[acho que vou me aposentar como poeta;
pagarei em versos]
Mario Quintana: espalhe que o amor não é banal
Réplica de Mírian Rebeca: realmente Mário!
Não é troca mas entrega.
Se o dou, ainda a mim pertence
Mas quando recebem
Será dos dois e o amor vence.
Nele descanso
Nele me canso.
Nele respondo
Mas também me escondo.
Porque não é feito
Só de coisas boas.
Ele está quando pratico
Minha confusão de pessoa.
Ao ser eu mesma
Espontânea
Erro muito
Mas sou simultânea.
Pois dei o meu verdadeiro
Mesmo sem nada esperar
O que é inteiro
Outro inteiro encontrará.
Mas não um inteiro perfeito
E sim um inteiro humano
O qual pode ter defeito
E também ser profano.
É aí que o amor existe
E insiste em ser real
Arriscando às imperfeições
Mas sendo humano no final.
Então acredite no Mário
Quando diz que "não é banal".
Não existirá pra quem fique no armário
Mas somente pra quem for real.
PS:
Vale pra qualquer tipo de relação!
Na minha humilde opinião!
Tu és mais poesia que mulher
Ah, moça
Se em dias atuais
Vivesse aqui Mário Quintana
Ao conhecer teus olhos
Não seria muito difícil;
Descrever o sol,
que há nessas chamas
Ele lhe cobriria de poemas
Tal quanto a beleza;
da constelação das estrelas
A lua, o sol, as flores mais bela
Seria capaz de lhe dar
Entre linhas, pousariam
borboletas na sua janela
Que juntas, colocariam
sua alma para dançar;
Ao som espetacular,
de Vinicius de Moraes
Ah, moça
Se ele conhecesse o seu sorriso
Diria aos céus;
Que a frase moça risonha
Foi pontilhada;
Para que você nunca perdesse
A mania louca, de rir e sonhar
E transformaria todo seu deserto;
Em flores...
E você continuaria eternamente viva
Porque lembraria de ti;
Em cada um de seus versos
Poema #Andrea_Domingues ©
Todos os direitos autorais reservados 30/06/2020 às 22:00 hrs
Manter créditos de autoria original _Andrea Domingues
ALGUNS CAMINHOS ÚNICOS (die einzige etliche Wege)
Dedicado a Mário Quintana
Queria morrer como um bicho, disse Quintana,
Como és lindo seu poema,
Isso é como comer uma doce ácida pitanga.
Queria morrer como um vento que soprou,
ninguém percebeu seus
rastros...
Queria viver,
sem morrer como tudo morre,
todos os dias.
Medusa Leäo e Dionisio Donato
VISITAS
Para Mário Quintana
Pensamentos de morte vêm e vão.
Outrora chegavam à noite e ficavam pouco tempo
como visitas bem educadas.
Agora entram a qualquer hora, saem quando querem
e mal educadamente ocupam a casa inteira
(como se fosse a própria casa deles).
Estou pensando em propor um pacto a esses convivas
inoportunos:
falarmos de tudo, menos de coisas tristes.
