Poema de Inverno
DONOS DA VERDADE
Procuro onde mora a normalidade
Quem dita as regras do feio ou esquisito
A quem foi dado o compasso, prumo, régua
Não acho
Se souber, me procure
Quem sabe assim eu me cure
Estarei por aí
Aqui, ali
Nesse mundo confuso
Quem sabe a louca sou eu
Ou você que me lê
Inspiro, respiro, piro
Vida de Navegante
A cabine é teu lugar sagrado
Terra firme já não é o seu lar
Pelo oceano estás apaixonado
Sentido só há no partir e retornar
Vida repleta de tanta aventura
Tiveste prazer com mulheres de todas as cores
Cada qual com sua história e cultura
Deixando em cada porto lágrimas e amores
Como a Estrela Polaris eu queria ser
Para você meu Capitão em mim se encontrar
Mas de ilusão não posso viver
Convicta sou de que serei mais uma a chorar.
Enquanto o navio não parte
Vamos brindar, dançar e sorrir
Atiçar essa chama que em meu peito arde
Armazenando memórias pra minha alma nutrir.
GAIOLAS
Abandonei as gaiolas
Para ganhar os ares
Enxergar novas paisagens
Sentir o vento
Larguei as gaiolas
E para surpresa minha
Escolhi o ninho.
DESATINO
Perdi-me da razão
Não mais lembro do seu rosto
Nem ouço sua voz
O que afirmam ser o certo
Acho errado!
O que ensinam ser errado
Já nem sei!
Perdi a razão!
Se achar não me devolva
Nem diga onde estou
Nessa grande maluquice
É provável que os loucos guardem o último resquício de sanidade.
RECOMEÇOS
Vou seguindo de recomeços
De todas as segundas
De tantos janeiros
Já não sei se sou pedaço
Nem sei se sou inteira
Vou seguindo desse jeito
Sou feita de recomeços.
Que dizer de alguns poemas ?
são efêmeros como bolhas de sabão,
brilham, encantam, emocionam,
depois de algum tempo
se desfazem, estouram, são frágeis,
restam apenas vestígios
pelo chão ...
Morrer,
Não é só ausentar da vida
Tornar-se lembrança na despedia.
Morrer,
É ir além (literalmente)
Ser e não ser um alguém.
É também, nascer recorrente
para um espírito do bem
aos Céus, se foi benevolente.
Amém!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
03, junho, 2016 - Cerrado goiano
Eu me apaixonei, e chorei.
Eu me senti amada, e fui enganada.
Eu senti que era amor, e me aprofundei a dor.
Eu namorei, e fui trocada outra vez.
Eu perguntei: “Você me Ama?”, e fui jogada na lama.
Eu desisti de amar, e aprendi a nadar.
Eu sai da Rima, e encontrei o Amor-próprio.
Prazer
Pessoas, festas e dinheiro
sair e voltar ao amanhecer
Esse é o significado de prazer?
ninguém é feliz trabalhando
mas todos buscam receber
Investem na superficialidade
já que, hoje, o importante é o ter
E esse é o significado de prazer?
O mundo busca cada vez mais contatos
para usar e depois coisificá-los
outros buscam um amor puro para SE preencher
E esse é o significado de prazer?
Buscar efemeridades é facil
Dificil é conseguir se ser
E se , de repente, só sobrar você?
Um Só
somos tão carne um do outro
que ao amar a mim
amo a ti
que ao comer e beber
comes e bebes
de mim
que ao chorar
tuas lágrimas pego emprestado
que ao sorrir
os músculos de minha face
te dou de bom grado
somos tão carne um do outro
que se frio passas de um lado
tremo eu do outro
que se medo sentes do porvir
minhas unhas roídas é que vão cair
que se o calor te desidratada
de meu corpo é que jorra
o líquido
a alma
a vida
a morte
o tempo
somos tão carne um do outro
que se o tempo acaba para ti
acaba para mim
mas se a vida a ti significa
vou seguir
vou sorrir
vou andar por aí
se com o pé direto dou meu passo
o teu esquerdo me acompanha
o coração bate
o coração para
sincronias
junções
carne
fluidos
amor
um
só.
Passos...
Passos...
Passos, que me perdi!
de amor por ti...
Te olhei, me encontrei.
Não sou ouro,
Não sou prata.
Sou de alma...
No ar peguei a sua
bandeira carregada
pela ventania,
Nunca dei para trás
no meu juramento
de ser o teu último
soldado na trincheira
em plena névoa fria.
O meu véu levo com
orgulho em rebento
mesmo que a noite
esteja sem céu aberto,
Porque quem ama
não mede esforços
e jamais se queixa.
Trago os pontos que
unem os meridianos
e nossos paralelos,
Nós nos apaixonamos
sem querer ou prever;
e assim carregaste-me
inteira e para dentro.
Como a Lua sublime
dos teus sonhos
e tua gentil estrela,
Sou a camponesa
das colinas que espia
tímida os teus passos,
porque por ti anseia
e notícias tuas espera.
Razão
Penso sempre todo dia
a que mal alguém foi acometido
para que, de tal ato, desencadeasse algum aviso.
Aviso de dor e angustia que tenho sentido.
Ao me deitar, repenso tudo sob um prisma
de tudo que me aflige de um passado
não tão distante.
E, de repente, sou laçado
em uma corda asquerosa de misantropia.
Sinto uma necessidade maior da solidão,
mesmo sabendo que isso não é a solução.
Remoo minhas feridas e meu desespero,
mesmo sabendo que será minha última injeção.
E, no dia seguinte, percebo que tudo foi um exagero.
Reflito muito sobre o tempo, em especial o passado
Busco encontrar respostas para minhas questões,
mas elas sempre estiveram de onde saíram
E hoje eu vejo, se eu as tivesse encontrado
a tempo,
meus monstros nem teriam se formado.
Nem tudo tem razão
Seja atento ao tempo para que não perca o presente,
procurando a lógica em fatos sem explicação.
Morte de poeta é um DÓ
Uma poetisa na vida é RÉ
Seres que habitam em MI
Infortúnio de um FÁ
Como fá de um outro SOL
Amando assim eu LÁ
Levito em SI
Os meus cabelos
foram cobertos
por um lindo buquê
de xarıbülbül que
foi colhido por você.
Nem pelas nossas
próprias mãos
a Primavera do amor
poderá ser detida,
ela floresce sem
permissão na vida.
Há sementes e raízes
ocultas pelo escudo
da minha timidez,
e insisto sobreviver
a tudo com sensatez.
O anel de fogo que
daqui se aproxima
nos tornam ainda
mais enamorados,
a cada dia estamos
mais apaixonados.
A aliança de fogo
de nós se aproxima,
onde o Sol se ergue
e de nós se retira:
a magia permanece
nesta Via Láctea.
Só posso é contar
com a paz do teu
amor para lidar
com meus medos
que não são poucos.
A aliança de fogo
para nós é prevista,
onde a Lua brilha
permitindo ser coberta
e da espera infinita
continuo ser a tua poeta.
MAMÃE ASTRONAUTA
Minha mãe e eu voando
No espaço sideral
Unidos por todo o sempre
Por cordão umbilical
E na nossa espaçonave
Tudo corre bem suave
Na jornada espacial
Rosas sangram sentimentos no teu coração morto...
Nunca mais se tive a certeza que a vida era real...
Mesmo nas profundezas da alma o resquício da paixão consome meus sonhos...
As sensações seriam farpas que encravadas no coração devastação provocada pelo ato de tanto amar.
O fel da desilusão da contraste a tal singularidade que surgi no firmamento...
No exato momento se tem desejo encarnado de felicidades mas parte de um sonho maravilhoso....
Tudo que é compreendido é parte da grandeza do universo...
Muitas vezes quis gritar seu nome e dizer o quanto eu a amo...
De bilhões de anos atrás
uma brincadeira do destino
somos feitos da mesma estrela
oque formou o nosso vínculo
a conexão dos nossos átomos
nos atrai com um fascinio
quando olho nos seus olhos
vejo o brilho da nebulosa
vermelha da cor da paixão
e negra da cor delírio
um buraco negro no meu peito
com um turbilhões de emoções
transbordando de amor
o pensamento é só você
com seu jeito hipnotico
viciei-me em ti
e agora digo com clareza
um amor puro que não tem mais fim
Perdão por te amar perdidamente
pois o amor também dói
mas quem ama nunca sente
a pressão que nos corrói*
Perdão por te amar tão loucamente
somos feitos um pro outro
a sintonia nos acalma
mas nosso amor queima como a brasa do mais forte fogo
Seu olhar me traz o sereno
o teu corpo a sensação
seu sorriso me traz a paz
suficiente é,e preenche meu coração
e tu agora, o que farás?
quando o tom luar deste brilho
já não reluz mais seus cílios
já não sei como ficarás,
quiça, chorarás
então que tu olhes para si
busco a logicidade no buraco mais profundo
eu juro, no mais profundo, obscuro e abstruso
pôs-me tu em eterno frenesi
eterno conflito, efêmero amor
desapareceram já as infinitas cicatrizes
que a todo momento agonizavam com a dor
que já não sei quando criaram-se as raízes
profundas
diga-me as palavras que desejas
que sejam agradáveis, já não flamejas
mas mesmo que desagradáveis, despejas
uma última vez de ouvi-la será
para todos, um dia a mais se passa
por mim, um dia a menos que caça
em um breve futuro, minha alma escassa
quando é que tu virá, ó donzela vestindo preto?
E lá nas profundezas de cada vazio
uma nova grande luz então se acende
Pensamentos gelados, a mente com frio
Abre-se o ser ao seu novo consciente
Onde o lado direito seria mais feliz
e o lado esquerdo tornaria-se então eloquente
Perdoa-se para todos, porém,
de seus neurônios tão hostis
O medo de calafrios é grande
Que até a mais linda flor-de-lis
Percebe que se arrepende
Quando aquilo que nunca diz
É o que mais torna-lhe infeliz
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