Poema de Inverno

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Quatro Estações

Primavera em minha vida foste.
O frescor de tua pele, o sorriso,
os olhos vivos e alegres eram
borboletas à minha volta.

O amor cresce com os dias, e o nosso
foi quente e ardente.
Eras a chama que aquecia meu coração,
e juntos éramos chamas de um verão.

Passam-se os anos a vida continua,
nós vivíamos o nosso amor eterno.
Tínhamos a calma dos anos,a paciência
de quem já vivera o moderno, vivíamos
agora o nosso outono.

O luar da vida, passou para os cabelos.
A ligeireza e a volúpia foram-se,
foi-se também o teu frescor.
Restou apenas um ser, que respira e vive
desse amor, que até o meu fim será eterno.
Só eu acabei vivendo o inverno.


Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E

Passam rápidas as horas,
nos dias que seguem as estações,
todos levam de nós um pedaço
marcando saudade no coração...

Todo dia é uma esperança de amor.
Abrir os olhos tornou-se uma canção
Em noites quentes de inverno frio
Porque você é a luz que eu preciso,
É a voz que não se cala,
É a cortina que se abre.
Porque você é tudo...
Tudo que o amor me faz viver.

Um dia você me disse
Que eu era sua primavera
Com minhas cores e cheiros

O verão chegou
E nós passamos por um calor intenso

Passamos pelo outono
As cores já não tinham muito brilho e o perfume já não era tão forte
Mas você disse que passariamos por essas e outras com sorte

E então chegou o inverno
O tempo esfriou, as cores já não eram vivas
E você já não podia cumprir o que prometeu.
Você foi embora.

O inverno qual você disse que ficaria acabara de chegar
E você, você se foi
Talvez procurar outro lugar
Um mais quente
Pois esse, esse já não te agradava mais

Você reencontrou alguém
Alguém que no passado foi o seu inverno drástico
De forma que eu nunca seria
Você preferiu abrir mão de quem estava aqui
Esperando passar pelo inverno pois sabia que uma linda primavera chegaria

Você preferiu se reaproximar do inverno que te machucou
Que fingiu ser verão, que pulou uma estação
E te derrubou com uma enorme bola de neve

Eu espero que não te ocorra novamente
Eu, esperançosa e colorida primavera
Espero que você perceba a imensidão de qualidades que eu, também inverno, posso ter

Só não demore para perceber
Que está vivendo na estação errada
Pois com as mudanças das estações
Borboletas novas procuram as flores mais coloridas
Turistas novos visitam as praias
Pessoas novas saem e apreciam as folhas secas caindo para que novas folhas apareçam
Animais novos procuram um cantinho bom para hibernar
Não deixe que eles
Tomem o seu lugar.

Flor de pessegueiro
E lá está ela, altaneira, teimosa, colorida e viçosa; é um ser anômalo, destoante no meio do concreto e do cimento; solitária, imperturbável, florescendo prematuramente devido ao calor fora de época; que importa se é inverno ou primavera, teu brilho e teu colorido se sobressaem na paisagem acinzentada das ruas mortas de tédio e de rotina.
Por um momento minha visão do mundo, normalmente em preto e branco, vislumbrou aquela árvore vestida de rosa, destoando do acinzentado da rua e da minha vida. Por um momento, e só por um momento eu tive a ilusão de voltar a ver as cores, o brilho e a alegria da vida. Mas eras única, impotente e insuficiente para preencher de cores e de vida uma alma grisalha e envelhecida.
Talvez no campo, onde o barulho das ruas não me alcance, onde eu possa ouvir o chacoalhar das folhas das árvores numa golfada de vento, o cantar solitário de um pássaro; onde o horizonte não se esconda atrás de prédios feios e frios; talvez lá eu encontre cor e luz suficiente para trocar minhas vestes cinzentas pelo verde dos campos ou pelo colorido das flores e minha tristeza seja engolida pela alegria pueril das aves, pelo coro melancólico das cigarras ou pelo silêncio cúmplice de uma noite estrelada.

Sou gaúcho, sim, senhor
Laço e domo amiúde,
E nesse frio me encanta
Tomar um banho de açude!

A raiz, extrai a vida, para o tronco alimentar.
Da terra, mãe-alimento, vendo a árvore vicejar.
Sorri em fruto, num aceno, num meneio
Mostrando ao mundo a que veio.
Seca!
Diz o inverno: deixe de resistir!
Resisto!
Diz a arvore: é meu destino EXISTIR!

O amor e como um dia, começa lindo
E claro, depois esquenta e acaba
Escuro e frio como uma noite de
Inverno.

Hoje vou me abraçar com meu melhor sorriso e cantarolar o dia todo...
A tristeza fica pequena, quando Deus fala baixinho no seu ouvido, que você tem forças para lutar.
Só hoje, amanhã e depois de todos os dias, preciso algemar qualquer dor; tenho pressa em aninhar meus melhores sentimentos e fazer casulo quando o inverno de emoções chegar. Agora, só a primavera pra pensar, ela me ressuscita e me enfeita com uma coleção de flores pra sonhar!
Simone Resende

Estações

Negar a idade é negar seu tempo, seu caminho. É enganar sua própria história!
Aparentar jovialidade é saudável quando não se precisa maquiar o tempo, não é uma atitude madura tal feito. A juventude não é madura, a inconsequência da pouca idade não é a beleza da juventude. O belo está na alegria da vida que essa fase deixa com sua virilidade e sede por novas experiências, experiencias estas das quais não precisam ser perdidas no tempo.
Esta é a época que as pulsões de morte paradoxalmente nos fazem sentir a vida. A beleza da juventude é uma fase transitória enquanto a vida se resume em emoções antes de se transformar nas demandas de responsabilidades, no orgulho ou na consequência que se tem por ser quem é.
Negar a idade é estagnar a maturação da vida por uma fantasia fixada em uma época de incertezas, de poucas glórias e de pouco aprendizado. Identificar-se somente com o que é jovem denuncia falhas no processo de desenvolvimento mental, não é original para quem passou dessa fase!
Pessoas todos os dias negam seu tempo de existência para não se responsabilizarem pelo tempo mal aproveitado ou mal vivido, numa tentativa de equacionar a vida aos 20 anos de idade. Mas infelizmente o espelho não perdoa, o tempo não para e os cabelos já não brilham, por isso assumir as primaveras é oportunizar sentir o cheiro e o gosto das próximas estações. O verão já passou, a primavera sempre trará flores, o Inverno é essencial e do Outono ninguém escapa.

Básico são os outros

Básico é copo d'água sem gelo e uísque Cowboy sem emoção
é solidão abundante e tristeza falseada nas mesas dos bares
básico são os olhares chorosos das pessoas
escondidos por detrás de largos sorrisos de desespero
e o desesperado soluço engasgado no peito
na iminência de rasgar as entranhas de dentro para fora
e transbordar feito fazem os vulcões em cólera.
Básico é o levante furioso dos insetos
disputando os melhores lugares em sua parede favorita
carregando e entremeando os restos mortos de carne
que se encontram caídos no chão
levando-os para as fendas e buracos abertos pelos pregos sujos
que sustentam os engordurados quadros com propagandas
de conhaque, cerveja e cachaça.
Básico é uma pitada de raios dourados de meia lua na retina
e uma noite inteira cheia de estrelas num céu à sua escolha.
Básico é não querer ser o que não se é
e sendo, não ser o que se pode.
Básico é sentir a poesia entrando pelas narinas
queimando a pele, alterando a pulsação
feito o vento frio que maltrata o corpo em uma bucólica manhã de inverno.
Básico é não morrer de véspera, por antecipação
ou viver a vida numa pressa desmedida
embalado por um repetitivo e antiquado refrão.
Básico é embriaguez no mês de dezembro
- às vésperas do natal -
sem pessoas nos pontos de ônibus
cães ladrando pelas ruas
e larápios espreitando a melhor ocasião.
Básicos são os tombos que se cai no caminho de volta pra casa
com a gravata retorcida no colarinho da camisa
e a cara amassada de tanto sono.
Básico é a chave da porta da sala
que insiste em não abrir a fechadura do portão
e o movimento do lápis desembestado na folha
e o da borracha, desgovernada na contramão.
Básico são os outros, nós não.

⁠Eu não tenho regra por aqui.
Para relaxar tenho muito repertório.
As vezes um livro, outras uma taça de vinho, uma #comédia no netflix, um desenho, um textão, cozinhar, criar novos modelos de japamala.
Andar descalça, olhar o céu, fotografar, pegar estrada me faz bem, me (re)alinha.
Eu odeio rotina porque fere meu valor de liberdade. Vira automático e perde o propósito.
Gosto mesmo é de fazer coisas diferentes , aprimorar a rotina e pôr meu toque de luz e amor.
Hoje a noite pede livro, vinho, e cobertor!

⁠Novamente me vejo caído, uma tristeza na alma, o desejo de ficar sozinho.
As madrugadas silenciosas refletem o vazio em meu coração, o escuro do meu quarto se torna meu aconchego e os sentimentos tornam-se meus maiores medos.
Ah, querida madrugada porque não és eterna assim como o inverno que existe em meu coração? ter que voltar a realidade é tão duro assim? O frio, o silêncio, a chuva, é como uma orquestra de lindas canções que se completam e se formam criando algo divino e de resplendor.
A sensação é de satisfação, mas é triste a ilusão de que tudo passa num piscar de olhos. A magia é temporária, e os sentimentos ganham vida novamente, dia a pós dia, um como ciclo sem fim.

⁠ponto de transição


da minha janela
observo uma árvore
e por ela sigo as estações.
não pelo Sol
ou pelos casacos.
é a árvore
que entrega todo o seu corpo
ao tempo
sem receio
segura de que a vida
é movimento.

Ao olhar para o céu á noite posso ali ver sua silhueta
Nas pequenas estrelas que brilhavam igual ao olhar dos seus pequenos olhos castanhos
Se o tempo passasse igual em uma ampulheta
Eu poderia voar até você como meros aviõezinhos

Voar como a solitária Folha em uma brisa de outono
Com o tempo passando cada vez mais rápido
Quando percebo já estou no inverno em cima de um velho trenó
Debaixo das cobertas com o nariz entupido

Posso ouvi-la me chamando distante com aquela voz suave e doce,
Como uma boneca de porcelana
Me pedindo aquele famoso chá de erva doce
Poderíamos ir até sua cidade favorita Havana,
Se a vida te desse mais tempo.

Inserida por MarYee

Eu queria levantar, tentei sair da cama, mas eu juro que a culpa é dele!
Ele me enrolou e me abraçou bem quentinho. Ele cuida de mim e me protege do frio.
Ah, esse é um caso de amor que não tem como fugir...
Meu edredom e eu!

Inserida por NannyeDias

Você nunca voltou.
Não sei se foi falta de sentimento,
Ou se seu coração apenas se rebelou
Saindo correndo sem arrependimento
Na escuridão se ocultou.

Você nunca falou.
O sentimento era lindo
Mas você se escondeu dentro de um barril
Onde desfez tudo o que construímos,
Tudo o que eu construí.

Palavras foram ditas
Palavras foram ouvidas
Aqueceram meus ouvidos durante o verão
Mas o frio inverno chegou, só me recordo de uma frase que tu proclamou
Que você nunca me amou.

Inserida por nickzinha4

•🌷•.‵⁀,) * ¸.•*💛 A saudade não existe apenas para nos fazer sofrer
É um sentimento que demonstra
O quanto amamos uma pessoa
O quanto desejamos estar perto
Abraçar, beijar
É uma necessidade de se alimentarde amor
A saudade maltrata a alma
Mas alegra o coração
Ao saber que só perto da pessoa amada
Pode se encontrar a paz
E a doçura de um relacionamento bonito.
ivα rσdrigυєs♡

Inserida por maisquesonhar

Você chegou
Estive a esperar por esse dia
Com a pontinha do meu indicador
Desenhei o seu nome no espelho
Já nublado
Não permiti que o tempo apagasse

Te protegi do descontrole do vento
E enfim te gravei em mim
Passaram as estações
Você pairou por outros hemisférios
E hoje retornou
Cedo me acordou

Trouxe chuva, preguiça
Uma sensação de "você"
Ergueu a grandiosa nave
Se convidou a me proteger
De junho a setembro
E depois, novamente voltar
Trazendo flores, primavera
Um buquê de tulipas amarelas.

Inserida por NeiriLima33

A paciência do poeta, permitiu esperar o trem em todas as estações,
mas suas doces reflexões,
poderia chegar a primavera,
quem sabe o verão,
pra aquecer o seu coração,
mas, ainda poderá esperar o outono,
um sentimento mais humano,
e por fim o inverno, àquele frio que vai obrigar ele a se recolher!...

Inserida por ostra