Poemas sobre Dor
Medos, tenho sim.
Só quem se machucou profundamente sabe a intensidade da dor e o receio em vivenciar tudo de novo.
Ricardo Baeta.
As adversidades tem me ensinado a ser mais empática.
A entender melhor a dor do outro.
Entender o peso de ser avaliada, julgada,
rotulada.
As adversidades tem me ensinado que ser forte o tempo todo cansa,
que se permitir ser cuidada, ajudada, protegida é muitas vezes necessário.
Que a gente precisa dar mais valor as pequenas alegrias, e não deixar a vida para depois.
A adversidade tem me ensinado a amar de verdade os que não se encaixam.
Os desajustados, os desprezados , os que estão perdidos.
Sofrer adversidades na pele pode nos transformar em alguém melhor, ou pior.
Eu escolhi me tornar a minha melhor versão!
E você?
Tanta dor
Cada ato, sorrateiro engano.
Pela minha identidade.
Tanta maldade.
Feriram me, tornaram em pranto.
O prazer na dor.
Inimigo terror.
Pelo prato farto.
Foi eu.
Que por tantos e muitos filhos.
Senti dores de parto.
Meu ossos gemeram.
Meus olhos escureceram.
A vergonha se alojou.
O desprezo manifestou.
Desdenho, armadilha infernal.
Um pesado, cruel tribunal.
Foi onde me jogou.
Ainda nos dias atuais.
Da minha história, nos anais.
Tentam impor humilhação.
Mais e mais pisoteio.
Tanto, tantas miserabilidades.
Mendigo.
Incapaz, doente.
Um teor, cruel e intransigente.
Que fere e tem prazer na dor.
Invoco, és Jesus a única solução.
A ti dou meu coração.
Examine a sinceridade.
Defenda me desse acusador.
Giovane Silva Santos
Eu só queria chorar
Grande foi a minha dor
Me arremessando contra o vento.
Tudo era sofrimento dor e lamento!
Eu só queria chorar
Corri até meu quarto
E ali desabei em pranto
Gritei e ninguém me escutava
Então nesse momento
Procurei pelo meu amigo Jesus!
E chamei por ele chorando
Meu Jesus vem me socorrer
No mesmo momento senti uma imensa paz.
Um bálsamo sobre minha alma!
Era meu amigo inseparável
O amigo que sempre me surpreende.
Quando tudo chega ao fim
Ele vem ao meu encontro
E diz Eu estou aqui!
Nunca se sinta só
Pois Jesus nunca nos deixa sozinhos.
Meire Perola Santos
DEUS da minha vida
Meu Deus da minha vida
Vem agora nesse momento
Tirar essa dor terrível
Que de mim se apossou!
Meu Deus meu Deus
Porque esse triste sofrer
Vem agora nesse momento
Me tira desse sofrimento!
Não tenho outro DEUS
Só tenho somente a ti
Te entrego minha vida
Pois sei que cuida de mim!
Meu amigo DEUS
Escuta esse meu clamor
A dor me arremessa a solidão
Machucado está meu coração!
Agora nesse momento
Só existe somente Tu e eu
Já vou te agradecendo
Pois sei que tu me visitou!
Tirando de mim toda dor
Levando embora a tristeza
Já sinto um conforto teu
Te agradeço nesse momento!
Meire Perola Santos
EU SINTO MUITO
Eu sinto a dor,
O horror, a ferida aberta;
Esse calor que queima,
O frio que corta,
A casca deserta.
Eu sinto a culpa,
A exaustão, o mal tão carente;
O sol que me cega,
A chuva que cai,
A alma ausente.
Eu sinto as horas,
O passado, o futuro que morre;
O presente que grita,
O silencio que abraça
- Prisão que socorre.
Eu sinto os sorrisos
Tocar-me os ouvidos,
Cobrando atenção... ;
Eu sinto saudade,
Eu tenho vontade,
Eu quero o perdão!
Eu sinto muito!
Itamar FS
...Todavia da dor da despedida de um boa noite, tem, também, o reencontro com o bom dia... Na noite que era açoite, o dia se vê em outra via...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
Ame(-se)
E quando a dor te rasga o peito?
Ouando o amor não faz efeito
Quando você chora por dentro
Até que chega a transbordar
E quando a sua tristeza
É sua única certeza
Na escuridão falta clareza
E não te deixa enxergar
E quando perde a esperança
Lembra-se quando foi criança
E ao lembrar pòe-se a chorar
Quando o presente é o passado
Sente que nunca foi amado
E não aprendeu a se amar
O seu choro, assim como a sua dor, não carecem de autorização, legitimação ou aprovação.
Pertencem somente a você.
São partes que lhe constituem, fazem de você singular e merecem, sobretudo de você mesma/o, muito respeito.
"De todas ás vezes que eu guardei a dor dentro de mim,
De todas ás vezes que eu forcei ser feliz,
Um dia, sem querer, cheguei ao fim."
-Dudu
Muitas vezes em silêncio começo a chorar,
Mas eu sei que em Ti posso confiar.
A dor, eu sei que é forte, mas em mim não vai durar
Pois mais forte é a fé que eu tenho em Ti.
Tu és o Deus da minha vida
Ando de cabeça erguida
Porque sei que me abençoas
E queres me livrar de todo mal que há.
Interpretando um poema
O autor e a dor
Dor apenas dor
Esperança de vida
Em uma vida invivida
Vem o Socorro do alto
Na voz inaudível a docemente mostrar
Eu estou aqui e não te abandonarei...
Sempre estive aqui...
No meu barco o Norte aponta o Porto Seguro
É hora de seguir
"O tempo é Senhor do Universo".
AQUELES QUE SENTEM
Aqueles que sentem
Sentem um olhar
Sentem um sorriso
Sentem a dor
A dor de não compreender os que não sentem
Aqueles que sentem
Carregam o sorriso no olhar
Na intenção
Aqueles que sentem
Não sentem o mundo nas mãos perceptível
Mas vivem no invisível
No mundo do coração
(C.F.S)
O mesmo céu.
Será que a mesma dor?
Diferente do mel.
Tristeza em flor.
Acusador ou reú?
De um mundo sem amor.
Consola-me na dor,
Oh incrível ansiedade tremenda,
Me tremo de aflição só pela mera imaginação
De pensar em te perder.
O que dói não é o amor,
Mas a sua ausência .
Sua distância corta mais profundamente que uma faca de dois gumes,
É mais profundo que a própria consciência,
E mais belo que a própria beleza.
Mata-se de amor,
Vive-se para amar,
Se morrer é amor, e viver também o é,
Então o meio termo é inconcebível.
Ao encontrar a tristeza e a dor pela estrada, não corra delas.
Enfrente-as corajosamente, sem desanimar, até que elas fujam,
acovardadas diante da sua força e da sua fé.
Melancolia do ser
Eu queria
ouvir tua voz
matar a saudade
que corrói
minha alma
dor
anestesiada
sem lágrimas
estagnada
no espaço
no tempo
quando
o vento sopra forte
faz brotar
Lembranças
esquecidas
ainda grudada
na minha carne
por uma distração
sinto tua presença
teu cheiro
que me agasalha
aos poucos
voa alto
misturado
na imensidão
deixa apenas
pequeno rastro
um desabafo
do ímpeto
@zeni.poeta
Zeni Maria
MAIO
Mês dos sonhos, da beleza
Mês de maio, dos amores
Mês das mães de Maria
A mãe de das dores.
Mês das canções mais sublimes
Dos botões de laranjeiras
Da abolições dos escravos
Das flores, das trepadeiras.
Mês dos sonhos coloridos
E das canções de ninar
Mês dos sepulcros floridos
Da tristeza e da saudade
De mágoa e felicidade
De berço, campo e altar.
SAUDADE
Então saudade é isso?
É esta dor aguda, pungente,
Que fica dia e noite sem cessar,
Machucando impiedosamente,
O coração da gente?
Esta tristeza...
Esta vontade de chorar...
Este amargor...
Este desalento...
Este punhal que fere atrozmente
Quando nosso pensamento
Foi correndo em busca de alguém
Que é todo nosso grande
E nosso doce bem?
É esta dor cruciante
Martirizante
Que dilacera a alma
Que faz a gente perder a alegria, a calma
Que transforma em noite escura
A mais risonha aurora,
Que nós chamamos a todo o instante
A toda hora
De saudade
Não! Não pode ser! Não pode!
Dizem que a saudade é linda
Que é doce, suave, e falam ainda,
Que é boa como um sonho...
Mas se saudade é o que suponho ser
Se é essa dor atroz que entristece
Que tortura, que faz sofrer
Que a nossa alma envelhece
Essa gente
Toda mente
Quando diz que gosta da saudade
E que ela é irmã gêmea da felicidade
