Poema de Despedida para Pessoa Especial

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CALABOUÇO (soneto)

Ah! quem há de amar, amor inconstante e criado
O que o coração sofre, e a poesia cria impotente
Sangra, chora, pena e arde o sentimento da gente
Nas lágrimas poetadas num recanto aprisionado

O pensamento escreve, e o desagrado fica ao lado
Catucando a alma com seu olhar tão descontente
Quando nos versos teria que ser o trovar diferente
E, insistente, se faz a melancolia hospedada no fado

Ó palavra pesada, rude, fria e espessa, que penaliza
Abafa a ideia leve, e do sonho põe-se num paralelo
Onde refugia a solidão, numa escuridão governanta

Quem pode achar a expressão tenra, tal afável brisa?
Que sopre rimas que nunca foram ditas, de teor belo
E venha ao amor confessar agrado preso na garganta!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
07/01/2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

A Coxia




Palco vazio.
Atores na coxia.
Começa a peça,
Donde antes não havia.
Primeira cena. Na ribalta se exibiam.
Atores interpretando. Plateia, aplaudia.
Sonhos. Queremos sonhos. E por peça isso acontecia.
Fecham-se as cortinas. Todos juntos na coxia.
Uma apertava o vestido. Outro, o script relia.
abrisse e as cortinas. E no palco subiam.
A plateia fascinada. Nenhum barulho faziam.
E a peça prosseguia. Quando o cair da lona.
Toda berlinda aparecia.
Se o que era caixa. Ribalta. Não se sabia.
Misturava-se tudo coxia, araras, atores roupas e bijuterias.
E o povo nada entendia.
Sonhos , precisamos de sonhos. Era o que queriam.
E o canastra. Que sempre queria aparecer.
Improvisou um texto. Para a peça socorrer.
E chamava também a plateia, para o teatro vir fazer.
Se subia no palco, tanta gente. Como nunca se viu.
Em certo momento? Não sabia. O que era coxia,
Caixa, plateia ou rouparia.
Todo mundo falando, todo mundo reclamando , todo mundo improvisando.
E ninguém mais se ouvia.
E da plateia se ouvia. Os sonhos, cadê os sonhos?
E pouca coisa de bom se fazia.
Fecham-se as cortinas.
E os atores saiam. A plateia não via.
E teatro esvaziou.
Era muita realidade encenar. E repetidos fatos para sonhar.
E a peça, divida. Só duas partes encenou.
A parte por detrás da coxia. E a parte, onde toda a plateia via.
Não entendendo nada. Foram o teatro esvaziando.
E o sonhos. Queremos sonhar.
O teatro estava fechado, para nova coxia arrumar.



Marcos fereS

Inserida por marcosviniciusfereS

Oh menina vem,
Que eu vou retirar todos os espinhos dessa sua flor
Oh menina vem,
Sentir meu abraço, meu afago e calor.

Oh menina vem,
Que eu quero me perder nas suas curvas
E no seu olhar
Oh menina vem
Que nesse cantinho de roça
Uma família eu vou te dar

Oh menina vem
De mãos dadas em terra seca vamos caminhar
Oh menina vem aqui no alto desse morro
Na montanha vamos morar

Oh menina vem,
Vamos viver, vc e eu
Deus e nós e a criação
Viver sem medo
Dar lugar a unidade
Dar lugar a liberdade
Ao fogo, ao beijo e a paixão

Oh menina vem, que eu te garanto que daqui não terá partida,
Nossas crias de amor,
Não terão o dissabor,
Saberão de verdade o que é vida.

Oh menina vem, vem conhecer meu mundo
Te garanto vais gostar
É que eu sou simples
Sou bom moço
Sou da roça
Sou trabalhador e eu
Só quero te amar

Inserida por keyllasouzaescritora

POETANDO O VENTO (soneto)

Melancólico, gemem os ventos, em secas lufadas
No cerrado do Goiás. É um sussurrar de ladainha
Em tal prece, murmurando em suas madrugadas
Do planalto, quando a noite, da alvorada avizinha

Sussurros, sobre os galhos e as folhas ressecadas
Sobre os buritis, as embaúbas, e a aroeira rainha
Que, em torpes redemoinhos, vão pelas estradas
Em uma romaria, lambendo a sequidão daninha

Bafejam, num holocausto de cataclísmica rudeza
Varrendo os telhados, o chão, por onde caminha
Em um cântico de misto de tristura e de euforia

E invade, o poema, empoeirado, com sua reza
Tal um servo, em súplica, pelo trovar se aninha
O vento, poetando e quebrando a monotonia...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
10/01/2020, 05’35” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

Menino Rei

Que chora quando rala o joelho
Que ora ao pé de sua cama
Que ama sem medo, sem receio.
O menino rei da coroa branca.

Aquele que limpa o catarro na manga
Que conversa com ele mesmo sem ele mesmo perceber
O que encontra grandeza no que é pequeno
Menino rei, que vive em seu próprio olhar.

O menino que mente por temor
Mas perdoa sem demora.
Que mesmo tão pequeno sente o mundo
E na menor prova de amor seu sorriso flora.

Ele se apreça a crescer
Sem saber que é ele que faz o tempo passar.

Assim,
Ele vai desenhando...
Até acabar o espaço na folha branca.

Inserida por Hector17

Eu sou o rio...
Eu sou a cidade...
Eu sou a natureza
Eu sou a vida
... 2020
Eu sou o rio...
Eu sou o esquecido
Eu sou o poluido
Eu sou isso...

Inserida por Rio

Escrevo versos banhados de dor e angústia de ser eu,
Escrevo sujo, sujo e imundo como mero plebeu.

Após escrever vou nadar intensivamente em piscinas de lama,
Saltarei do penhasco que mais magoa,
Não me lavarei por uma semana
Apenas para me olhar ao espelho e não ver a minha pessoa.

Mas ao esfregar o olhar
Volto a ver o meu reflexo
Então atiro-me ao mar,
Parado, estático, perplexo.

Inserida por GuilhermeMarques17

Ao pé dum calvário

De uma rosa, uma pétala pendia inerte
E, incerta, murmurava então: "Será que vou?"
Súbito veio o vento, e a pétala lá voou,
Abandonada às dúvidas que o medo verte.

Dir-se-ia que, naquele terrível cenário,
Repousara ela, tímida, ao pé de um calvário.

Inserida por jao_jaojao

Pensamos e evoluímos
Vivemos e existimos
Tudo é apenas um pensar
E logo desistimos

Inserida por Lucas0Lima

Carbono de Deus

O seu mapa geográfico são seus caminhos,
são seus trilhos e as suas experiências.
Talvez cada um ao descrever seu carbono ideal,
ainda encontram - se inacabados!

Alguns se perguntarão se vieram bem?
Outros terão dúvidas,
mas haverá aqueles cuja certeza dirão:
- Vivi, vivo e viverei!

É este carbono o ideal da vida!
A grata satisfação de viver imortalmente,
porque todos nós somos carbonos de Deus.

Inserida por marialu_t_snishimura

Acredito no impulso forte do recomeçar,
na fé de uma vida feita de pequenas conquistas.
Todos os dias, um após o outro.

Inserida por geraldo_neto

Lágrimas em chuvas

Quando lágrimas caírem dos meus olhos,
deixe que elas caiam em forma de chuva
sobre lindos guarda- chuvas todos belos,
se for lágrimas de dor escura e tão turva,
não sei se teria por elas os mesmos zelos.

Mas, sei que um coração às vezes chora
porque se está triste, talvez amargurado,
outras vezes as lembranças de outrora
é aquela ponta de saudade do passado
ou porque se está tão feliz com seu agora.

Talvez seja mesmo um engano a felicidade
porque dizem que quem está feliz, sorri...
Nem sempre é assim, porque na verdade
a felicidade é justamente estar no aqui...
este é o momento exato, este é o presente.

Então, toca - me aquela leal sensibilidade,
de que o amanhã virá e hoje será o ontem
e por mais feliz que esteja há uma saudade
porque há forças que levam e nos fogem,
outras que não compreendemos na verdade.

Ontem os pais, hoje pais, depois não mais...
e sem defesa a vida se continua sempre
mas, também, às vezes, nos puxa pra traz,
são nesta horas que chuva lágrima escorre...
depois vem o sol, límpido trazendo a paz!

Inserida por marialu_t_snishimura

A saia

Acinturada
no zíper ou elástico
até o joelho ou acima dele,
até embaixo também pode ficar!
A saia grudada no vestido ou solta pelo ar,
as pregas pregueadas, as rodadas de renda,
sem elas tão lisas, mas todas elas coloridas...
Que saia usou o soldado armado nas batalhas?
Ôh! Saia dessa ideia absurda provocar o retorno...
na saia da mãe, na saia a saída, a ida e se larga...
ou se alarga, alarga depois se lava se logo alaga!

Inserida por marialu_t_snishimura

Meus colegas fumantes,
A vida não se resume aos vícios praticados, nem acaba na dependência
Sei que começamos por prazer, ou para ter prazer,
mas agora queremos nos ver livres
sentimos falta da roupa limpa
do perfume nas mãos
e no rosto
sentimos falta da liberdade
de não sair já prevendo a hora de se retirar.
Nossos pulmões estão doendo, chorando,
pedindo para que respiremos
para que tenhamos saúde.
nosso corpo quer dançar ao vento, quer sentir o cheiro do café
quer tomar seu banho e ficar limpo
quer escolher uma roupa e ficar com ela o dia inteiro
esses tempos são de mais equilibrio
já foi o tempo em que passava na tv os atores fumando,
que era glamuroso ter um maço de cigarros,
que era sexy e atraente colocar um cigarro entre os lábios.
hoje em dia a beleza vai embora, os dentes ficam amarelados
e cheios de tártaro, e a pele perde a vitamina C, que deveria ser natural ter
É isso, meus amigos, paremos de fumar enquanto é tempo
Pois sabemos que temos outros problemas a resolver
E sem saúde não se resolve nada
Só se atrasa
Aquilo que clama por resolução.
Cigarro não.

Inserida por dienismel

Estrela Cadente

passei grande parte da minha vida acomodada
Eu era feliz e não sentia falta de nada
Até que o lado que estava da gangorra baixou
E meu mundo simplesmente mudou.
Ah, e agora?
Sinto falta do passado
Mas não tem nada que eu possa fazer
O jeito é seguir em frente
No momento sou estrela cadente
Procurando um novo lugar,
Uma nova história pra chamar de minha.
A vida é curta, o mundo é grande e eu quero criar memórias.

Inserida por brenda06sb

Aprendemos a correr atrás do impossível, como o tempo que degenera.
vivemos expectativas de algo surreal dando conceito a algo além do dia.
Quando um sorriso vai te emocionar?

Inserida por Diogovianaloureiro

Dia a
Dia b
Dia c
Dia d
Ó dia do sol raiar
Ó dia da lua encantar
Ó dia de um urso caminhar
Ó dia de um patamar mudar
A mudança é dentre coisas ilustradas em meio a poesia das melodias do mundo mas falta muito para que as coisas estejam bem esclarecidas da forma que se devem ser.
Eis que a questão vem a seguir e a última pétala caia no tempo certo para uma nova flor surgir.

Inserida por WeslleyScript

O que é o amor!?


Eu sei o que é o amor!

É um sentimento profundo
Nascido no coração
Atinge quase todo mundo
Numa grande infestação
Eu mesmo fui atingido
Já está quase decidido
Eu tenho amor no coração...

Eu fui pego de surpresa
Já não tinha o que fazer
Pois o amor com sua nobreza
Sua força e seu poder
Me envolveu completamente
Agora sei que certamente
De amor eu vou morrer

Existe amor de várias formas
Não apenas uma só
Não temos que seguir normas
Basta olharmos ao redor
O amor está presente
No coração e na mente
Do adulto ao menor

Existe amor por um alguém,
Por um bicho de estimação,
Por carro, moto ou outro bem
Até parece obsessão
Não se pode explicar direito
Pois só existe um amor perfeito
E é o que temos no coração

Para aqueles que tem medo
De algum dia amar
No amor não tem segredo
Só não dá pra calcular
Mas para se convencer
O que se precisa fazer
É simplesmente arriscar...

Se alguma vez não deu certo
Ou se já se decepcionou
Continue de peito aberto
Encare o que preciso for
Se prepare, não se esqueça
Deixe pronta sua cabeça
Para a chegada do amor...

Inserida por edgi_carvalho

A Cavalgada

A lua banha a solitária estrada...
Silêncio!... Mas além, confuso e brando,
O som longínquo vem-se aproximando
Do galopar de estranha cavalgada.

São fidalgos que voltam da caçada;
Vêm alegres, vêm rindo, vêm cantando.
E as trompas a soar vão agitando
O remanso da noite embalsamada...

E o bosque estala, move-se, estremece...
Da cavalgada o estrépito que aumenta
Perde-se após no centro da montanha...

E o silêncio outra vez soturno desce...
E límpida, sem mácula, alvacenta,
A lua a estrada solitária banha…

Inserida por pensador

Último Porto

Este o país ideal que em sonhos douro;
Aqui o estro das aves me arrebata,
E em flores, cachos e festões, desata
A Natureza o virginal tesouro;

Aqui, perpétuo dia ardente e louro
Fulgura; e, na torrente e na cascata,
A água alardeia toda a sua prata,
E os laranjais e o sol todo o seu ouro...

Aqui, de rosas e de luz tecida,
Leve mortalha envolva estes destroços
Do extinto amor, que inda me pesam tanto;

E a terra, a mãe comum, no fim da vida,
Para a nudeza me cobrir dos ossos,
Rasgue alguns palmos do seu verde manto.

Inserida por pensador