Poema de Amor Clarice Lispector

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O ódio pode ser perspicaz, mas nunca num sentido maior. Só o amor possui um horizonte.

Não há amor da parte de um ser sem liberdade. Ao que ele chama o seu amor é à paixão dessa liberdade.

Passamos muitas vezes do amor à ambição, mas nunca regressamos da ambição ao amor.

Os bens que a ambição promete são como os do amor, melhores imaginados que conseguidos.

É preciso dar o nome do amor a todos os sentimentos ternos que temos. Mas nunca saberemos se é mesmo ele.

Um amoroso é um homem que se empenha em ter mais amor do que lhe é possível ter, e essa é a razão por que todos os homens amorosos parecem ridículos.

É mais fácil perdoar os danos do nosso interesse que os agravos do nosso amor-próprio.

Nenhum gênero epistolar é menos difícil do que uma carta de amor: apenas é preciso amor.

O amor, tal como existe na sociedade, não passa da troca de duas fantasias e do contato de duas epidermes.

O amor dá-se mal nas casas ameaçadas de pobreza. É como os ratos que pressentem as ruínas dos pardieiros em que moram, e retiram-se.

Camilo Castelo Branco
BRANCO, C., Anos de Prosa, 1863

O amor é essa maravilhosa oportunidade de outro nos amar quando já não nos podemos amar a nós próprios.

Ninguém nos aconselha tão mal como o nosso amor-próprio, nem tão bem como a nossa consciência.

O amor e o seu reverso, o ódio, constituem o verdadeiro estudo da vida, porque só eles tiram as consequências dos outros indivíduos.

Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmo se atormentaram com muitas dores.

Glória

Vive dentro de mim um mundo raro
Tão vário, tão vibrante, tão profundo
Que o meu amor indómito e avaro
O oculto raivoso ao outro mundo

E nele vivo audaz, ardentemente,
Sentindo consumir-se a sua chama
Que oscila e desce e sobe inquietamente;
Ouvindo a minha voz que por mim chama

Em situações grotescas que me ferem,
Ou conquistando o que meus olhos querem:
Príncipe ou Rei sonhando com domínios.

Sinto bem que são vãs pra me prenderem
As mãos da Vida, muito embora imperem
Sobre a noção real dos meus declínios.

(in "Dispersos e Inéditos")

"Tenho um coração selvagem, o qual não pertence a ninguém, mas em algum momento você poderá tocar"

⁠“ Voltei! A saudade de interagir por aqui se tornou uma necessidade! Por isso retornei! É que só faço o movimento do retorno, quando sinto que estou muito melhor do que eu era antes! Experimente fazer igual! Retorne-se!”

⁠"O seu maior projeto é a busca da sua melhor versão: você mesma(o)!"

⁠“Não permita se sentir só. Solidão verdadeira é aquela que nos distancia de nós mesmos. Ninguém nos substitui na função de melhor companhia!”

⁠ “Não importa que esteja nublado, não importa que esteja sol; o que importa é o clima que você determinou dentro de você para acontecer nesse mais um dia pela frente!"