Poema de Amigo de Augusto dos Anjos

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Andar sozinho é o maior desafio
Para aqueles que têm um curto pavio.
É triste o tempo passar
E ver o quão solitário possa estar.

Quanto mais passa o tempo
Vejo que fico ao relento,
Mas afinal eu sempre tento
Afastá-los a todo momento.

Nunca deixar de ser sempre feliz
E um dia deixarei de ser apenas um aprendiz.
Andarei lado a lado
Daquele que estiver apaixonado.

No final tudo dá na mesma
Mesmo devagar como uma lesma,
Calmamente, o coração invade
Com um simples toque de saudade.

Inserida por rogerasg53

Sou um meio nada
Ou um meio tudo.
Posso ser uma pessoa amada
Ou no fundo, simplesmente odiada.

Sempre estou no meio,
Nunca estou no fim
Pois ainda creio
Que tem algo melhor pra mim.

Acredito em fatos
Pois só vivi em meio aos trapos
Tirando da gente a confiança
Afinal, nem dou tanta importância.

Acreditava na ilusão,
Mas só feri meu coração.
Já iludi tantos
Que no fim, fiquei aos prantos.

Inserida por rogerasg53

Cada dia que passa tudo fica pior
As pessoas se corrompendo
E acabam perdendo
O que há de melhor.

Dão importância ao ter
E se esquecem de ser...
Preferem a morte
Do que tentar a sorte.

Bandido
Com olhar profundo,
Que nunca deve ter tido
Um lugar no mundo.

São governantes
Que nos confudem com aparência
E que não tem clemência
Por nenhum dos estudantes.

São drogados
Que procuram inspiração
Mas acaba sem razão
E sendo descartados.

É, o mundo mudou!
As pessoas entenderam
Que hoje o maior pioneiro
É apenas o dinheiro.

Inserida por rogerasg53

Quero ser o sol que te ilumina
Doce menina
Quero ser a chuva que te molha
Só na memória.

Andava sozinho à procura de você
Depois que te vi, não consigo esquecer
Aquele olhar puro que invadiu meu coração
E um simples toque, que me deixou sem reação.

Quando te vi partir, meu mundo desabou
E a razão do meu viver, simplesmente acabou.
No final ficaram só recordações,
De um amor escondido em nossos corações.

Depois de um tempo, comecei a caminhar
Fui em direção ao carro, pra poder te encontrar
Te vi de longe e o pranto veio a me molhar.

Cheguei mais perto para rever você
E uma bala atingiu o meu ser.
Você estava feliz, esbanjando alegria
E vi que ali já havia companhia.

Fiquei perdido, sem rumo, sem chão
Ficou em pedaços o meu pobre coração
Anjo mais belo que Deus já inventou,
Mas percebi que sozinho agora estou.

Inserida por rogerasg53

Quanto mais você pensa,
Vai perdendo a sua crença
A confiança vai embora
E se perde a toda hora.

Se você acha que não vai conseguir
E não sabe qual caminho seguir,
Basta acreditar em você
Que um dia conseguirá vencer.

Se achares que aquilo é impossível,
É porque não é sensível
Pra sentir o calor
Que lhe é passado com amor.

Como dizia o meu velho,
A vida é um mistério
Mas cada menino com sua mão
Agarra-se ao destino com o coração.

A escolha é você quem faz
E realizado ficará em paz.
E se sucesso conseguir obter,
Todos irão se orgulhar de você.

Inserida por rogerasg53

AGOSTO

Adoro início de mês (de semana, dia, projeto...)!

É como se fosse um respiro, um impulso, um convite para fazer dar certo aquilo que ainda não foi possível no ciclo que se encerrou. E claro comemorar o que foi bom.

Nosso mês de Agosto, inicia com a conclusão da semana, e isso ilustra bem o que disse antes.

É hora de ajustar as velas e traçar a rota, do contrário, não chegaremos ao destino. Talvez, como César Augusto, seja a hora de consolidar seu 'império'.

Não é hora de reforçar a falácia do 'me recuso a contabilizar um ano que não vivi'.
Você pode não ter feito nada que considere útil, nestes meses todos, mas viveu sim. O tempo passou, você fazendo bom uso dele ou não.

Desejo que você tenha o mês que merece e do jeito que precisa, para a sua melhor versão!

Luana Kaminski

Inserida por kaminski

O tempo vai passar você querendo ou não...
Então faça valer a pena o tempo que ainda lhe resta.
Aproveite ao máximo sua vida arrependimentos não são permitidos!

Inserida por CarlosLigor

Eu sei, você sabe
Tinta preta e papel
Um terceiro no par
Mesmo que seja leve
Eu nunca soube atuar
Melhor deixa como está
Eu sei, você sabe
Julieta e Romeu
Só se for pra casar
Mesmo que seja fácil
Eu sempre quis complicar
Então me diz
Que fica aqui
Comigo e vai demorar
Só se for pra deixar o teu abraço
Em volta dos meus braços
Quando a sorte não quiser me escutar
Só se for pra entender o que eu digo
Ser sempre o meu amigo
Sem perder aquele jeito de amar
Eu sei, você sabe
Tinta preta e papel
Um terceiro no par
Mesmo que seja leve
Eu nunca soube atuar
Melhor deixa como está
Eu sei, você sabe
Julieta e Romeu
Só se for pra casar
Mesmo que seja fácil
Eu sempre quis complicar
Então me diz
Que fica aqui
Comigo e vai demorar
Só se for pra deixar o teu abraço
Caber bem nos meus braços
E fazer a sorte desabrochar
Só se for pra tornar o seu sorriso
Meu mais seguro abrigo
Sem perder aquele jeito de amar

Inserida por petronio.olivieri

A beleza da vida
Nessa vida, todos nós erramos.
Às vezes fazemos coisas que nem nós mesmos sabemos por quê.
O bonito da vida é a gente ter a certeza de que somos humanos, erramos, aprendemos e corrigimos nossos erros.
A vida é linda, ela vem pronta, mas temos que lapidar todos os dias.
E mesmo assim morremos imperfeitos.
Mas nada muda a beleza da vida!

Inserida por ileles

⁠Eu sou um Cowboy Poético
Que viaja pelo mundo afora
Com o meu chapéu eletrônico
E o meu cavalo robô que ignora

Eu não uso armas nem álcool
Só uso a minha voz e a minha mente
Eu não procuro brigas nem farol
Só procuro pessoas inteligentes

Eu entro nos saloons para conversar
E declamar as minhas poesias
Eu faço as pessoas se emocionar
E também se divertir com as ironias

Mas no fundo eu sinto uma saudade
De um amigo que eu deixei pra trás
Ele é o poeta da humanidade
Que me ensinou a ser um Cowboy Poético demais

Inserida por AugustoBranco

⁠A escada da vida

O coração, que amava tanto, já não ama mais e nada mudou.
As ideias, que pareciam geniais, nem sequer existem.
Os amigos são trocados como em uma liquidação qualquer.
E o tempo já não parece mais ter qualquer conexão com a vida.

Vivo a sós comigo para que eu saiba com quem estou lidando.
Historicamente, tenho errado mais do que acertado,
Porque existe mais oportunidade no futuro do que no passado.
E sem adversidade, todo homem se torna lúcido e comum.

Nunca tive sonho de valor que fosse impossível.
Há sonhos tão grandes que só podem ser realizáveis.
Por ter nascido com tão pouco, tudo nunca me foi muito.
Sempre fui criativo, até mesmo em orações.

O prazer que encontram no essencial, eu encontro no caos.
Nada me parece pior do que a tranquilidade e os seus tranquilos.
O medo de viver nos faz iguais aos outros.
Prefiro moldar o meu caráter pelo futuro do que pelo passado.

Quando você cresce sozinho, sendo o espelho de si mesmo,
O mundo está sempre prestes a fechar-se contra si.
Deformando sua visão do universo e de si mesmo.
Às vezes, você se torna impiedoso, até mesmo em orações.

A vida é repleta de falsidades,
Porque viver parece mais um fardo do que uma bênção.
Depois de perder tudo, você descobre que nunca perdeu nada.
Porque o homem paciente é que é feliz.

Inserida por AugustoGalia

⁠Refúgio de Ideias

Vou mandar erguer outra parede,
Para ouvirem os meus desejos e loucuras,
Os meus prazeres e todos os meus ideais.
Ah, os meus súbitos secretos...

Que deixo neste quarto por não ter coragem de viver.
Estas paredes são o meu refúgio perfeito para o fracasso.
Sem titubear, tenho feito da minha janela uma segunda vida,
Muito mais vivida do que aquela que vivo hoje.

Isto, não porque me falta viver intensamente,
Mas porque já não cabe mais nada dentro de mim.
A vida que me foi concebida, eu a recusei e a destruí.
Tendo o meu mundo externo amplamente saturado.

Viver somente não me bastou, precisei de uma segunda vida,
De uma vida de tintas e papéis, feita de ideias e sonhos.
Hoje, quando eu leio alguma ideia que não seja minha,
Sempre me vem à ideia de que já tive essa ideia antes.

Posto isto, mais tarde também lerão as minhas ideias,
E se darão conta de que já tiveram também as mesmas ideias.
E agora as leem, sendo de outra cabeça, e não a sua.

Mas, ao fim, como tudo em minha vida; serão sempre ideias.

Inserida por AugustoGalia

⁠Idéias

Estou hoje no meu quarto, deitado à cama,
Diferente daquele exposto nos jornais de ontem.

Hoje, o interesse de toda gente é o mesmo.
Descrever-me naquilo que não se há descrição,
Ao longo dos anos tentam, sem sucesso, explicar como é existir sendo eu.
Sendo louco, eu nunca precisei dar explicações a ninguém.
Quem se explica demais está sempre a se confundir.

Eu sou prático e desconexo, mas não me confundo.
Existo nos pensamentos da maneira que deveria existir.

Quanto mais eu transcrevo ideias, criam-me novas ideias.
Sou sempre hoje o que não fui ontem, estou a renovar-me sempre.
Talvez eu seja o que sou, porque não há nada de diferente em ser eu.

Acendo um charuto!
Acendo-o pelo prazer de exibir na fumaça; ideias.
Ideias que, como a fumaça, se desfazem sem rumo.
A minha vida tem sido uma baforada desconexa de tudo que existe.

Tenho sido a exceção até mesmo dos sem exceções.
Tenho sido mais diferente do que aqueles que são indiferentes.
Tenho me destacado aonde ninguém se destacou,
No melhor e no pior...

Construí sozinho e ainda assim, por vezes, dividi o que construí.
Hoje eu olho para trás e não vejo ninguém.
Todos aqueles que hoje estão aqui não estavam quando eu comecei.

No início da minha construção, muitos tentaram prejudicar a edificação.
Passado um tempo, todos os pilares já estavam sustentados sem risco de desabamento.

Os meus amigos desfilavam com o meu sucesso estampado ao rosto como sendo o seu.
Construí sem cimento algum, castelos memoráveis.
Todos os meus sonhos foram edificados sem ideais,
E depois compartilhados com o mundo que me bateu a porta na cara.

Hoje estou de costas para o mundo,
Arquitetando portas aonde não há portas,
Para que passem felizes os que me abandonaram.

Inserida por AugustoGalia

⁠Hoje

Ah, pudera eu saber ouvir um elogio com a mesma atenção que ouço uma ofensa,
Sabendo segurar dentro de mim uma resposta pronta;
Mesmo que com ela eu vença!

Quisera eu não saber brigar, para poder ignorar e sorrir,
Discursar ao falar; sem xingar; sem partir.

Quem me dera acordar pobre em meio a tanta riqueza,
E ao terminar o dia, me sentir um homem! - Com a biografia perfeita.

Quem me dera ser melhor ao invés de querer ter tanto,
Poder causar alegria nas pessoas ao invés de espanto,
Esquecer os milhões e todas as mulheres famosas,
Não usar mais terno em reuniões e ainda assim: Ser foda.

Quem me dera saber comprar ao invés de sempre vender tudo,
Aprendendo que não adianta economizar só quando não se tem um puto,
Poder ser feliz morando em um lugar modesto,
Cujo único custo é a água e a luz e todo o resto é resto.

Mas a minha vida não é essa,
Vivo em uma angústia infinita,
E quem passa pela mundo dessa forma,
Sabe mesmo o que é viver a vida.

Inserida por AugustoGalia

⁠Digressão

Estou envelhecido de viver. – Para mim, a vida basta!
A minha alma é um relógio sem cordas
Cuja única função é a de marcar lamentações
Semelhante a um cachorro, repouso ao pé da cama
Deitado, eu ouço a chuva como quem ouve a um trovão
Todo homem deveria ter a sensibilidade auditiva de um cachorro.

Certa vez, conheci um homem que me ensinou sobre a velhice Por horas, tentou convencer-me de que era bom envelhecer Eu dizia-lhe: Desejo viver até os meus setenta anos e me basta! Viver até os setenta é doloroso, quando se tem sessenta e três. Desejar isto aos vinte e seis é simples! – Tudo é filosófico.

Se eu tivesse uma filosofia de vida: Seria a de não ser filósofo.
Faria tudo pela aptidão de não se ter instinto algum.
Impulsionei-me para a inspiração de nunca se ter sido nada.

Por isto nunca tive nada e para todos sempre tive o que não tinha.
Mas quando precisei do que não tinha: Abandonaram-me.

Tenho sido eu um declínio temporal de idéias!
Tenho andado na mesma direção que circula a moral
E tenho circulado na mesma direção aonde se perde a razão.

Sou um barco resignado, olvidado ao mar.
Perculso pelo vento: Sempre a seguir!
Entregando-se por completo ao nada
Esquerda – Direita! – Avante!
Navego como o tempo em minha vida.

A que preço estaria eu liberto?

Deixo-me quedar-se na beleza de quem não sou.
Enquanto as minhas flores embelezam a morte.
Eu me embelezo na vida distraída de tudo quanto amei.

Sempre sozinho: Familiares? – Nunca soube o que é isto.
O meu espírito esta perculso e a minha alma conspurcada.

A certa altura, depois de muito sacudir.
Desço da cadeira e decido partir para o universo.
Levo comigo alguns versos, que não são versos.
E antigas idéias de se construir novos versos.

Inserida por AugustoGalia

⁠Metafisicamente

Tenho uma lembrança de todas as memórias que esqueci há pouco.
O absoluto da vida que me foi exposto; hoje, não significa nada.

Se eu pudesse ver além do horizonte: - Talvez fosse feliz.
Talvez pudesse ter evitado todos os erros da minha vida.
Mas se assim o fosse, que gozo teria?

Metafisicamente estou a viver do impossível.
O dispensável em mim é o irrealizável nos outros.
Assisto a vida como a uma possibilidade.

Tenho olhos algures! No futuro e avante!
Sempre em frente e jamais a desviar o meu olhar.
Estou firme e justo, forte e bruto. – Fiz-me assim.

Quem se esquece do que tem, começa a lembrar do que jamais teve.
O que não nos completa: É carência! – Até mesmo a falta dela.

Obstinado, quero somente aquilo que é hodierno!
Não me apeteço em solidões.

– Marchar, marchar, marchar. Eu nunca estou parado!

Eu e a minha senil consciência!
Inquietada pelos fatos e robusta a progredir.

Inserida por AugustoGalia

⁠Século De Mãos

Cada criança que nasce é um tumúlo,
Que se abre no útero da sepultura,
Da consciência intra-uterina da alma humana.

Nascer é ser parte do fatídico da vida.
Viver é provar que a degradação não é congênita.

Ó caminhos da existência sobre a vereda da morte!
Ah, mãos da minha infância!
Da infância que ainda hoje sou.
Da adolescência que não tive.

Mãos que sustentam outras mãos.
Ah! – Deus! Deus! Deus!
Por que ainda fecunda-nos com mãos infantis?
Mutilações, substituições! – E sempre novas mãos!

E quanto a mim, que sou outra criança?
Então é uma criança a cuidar da outra?
Deus! – Há na terra um pacto de mãos.

As mãos infantis ardem!
O dramaturgo da vida é Deus.
Minhas mãos estão cansadas de tanto rezar! Abro-as!
Renego a tudo – Aos gritos!

– Mãos oriundas da criação do orgulho a dois.
Progenitores de séculos de mãos!
Não, eu não preciso de mãos para me proteger.
Talvez precisasse de Deus...

Mas cadê Deus? Onde está Deus?
As desgraças sempre foram distribuídas entre as mãos humanas.
Eu estou sozinho e o evangelho sumiu.

Inserida por AugustoGalia

⁠Os Homens

Jamais enxerguei a vida como os outros.
Não ter pai e mãe, é como ser um cego.
Desenvolvi sentidos que os outros não desenvolveram.

Mas estamos todos no mesmo barco.

Os homens precisam entender o que é que estão a fazer aqui.
A heautognose é uma faculdade reservada inteiramente a Deus!
O igualitarismo é um escárnio à inteligência.

O homem é a fagedênica mortífera da humanidade.
A hierarquia não risível é a de que o homem nasceu para amar!
Mas não é forte para mergulhar na própria realidade.
Os mares da vida trazem insondáveis turbilhões.

Aos fracos, resta acreditar que tudo anda sempre belo.

O destino é aquilo que acontece.
Não é aquilo que está predestinado a acontecer.

O destino dos homens será sempre a solidão.
Ao fim, estaremos todos sozinhos e abandonados.

A vida é um teatro com atores magistrais.
O exímio será sempre o que melhor fingir!

Inserida por AugustoGalia

⁠Mordomo Querido

Uns meses que parece eternidade,
Como os meus versos de palavras frias,
O seu ceifar, entre murmúrios e saudades,
Nas vísceras da vida, a criar na dor suas sintonias.

À inevitável senda, em palavras dissonantes,
Testemunha e vítima das desventuras terrenas,
Percorrendo o espectro das existências distantes,
Num poema sem eufonia, rimas atrozes ou pequenas

Que no além, sejas agora o eterno guardião,
Das memórias vivas, dos feitos e desfeitos,
Entre a terra e o além, numa eterna transição,
Meu mordomo querido, meu amigo eleito.

Descansar? Paz é utopia, e no além não há sossego,
Paulo, mordomo querido, na eternidade de um enredo,
Guarda-nos de teu posto, nas sombras do teu eterno apego.

Sob constelações, teu serviço é divino fadário,
Além da vida, és guardião, nosso eterno secretário,
Na penumbra etérea, permanece o teu legado.

Inserida por AugustoGalia

⁠Assistolia

“Aos ruídos criam-se as piores obras.
Também criaste assim a humanidade.
Inexoráveis construções da idade.
Que construístes com pequenas sobras.”

- Que me adiantou a mascara de forte?
A nova epiderme? Fidúcia às falsas formas,
Nas horas agonizantes, sobretudo, na falsária salvação.

O meu coração é um escrínio coutelho sem préstimo algum.
Glorioso dos sonhos empíricos de que nunca participou.
Viridário que se alimentou da vida de que viveram os outros.

A minha vida e todas as minhas idéias mal tomadas,
Foram esquecidas como aos rumores cristãos.

O meu altruísmo se escondeu sob a máscara da religião.
Desmascarei-o quando já estava adepto às calamidades.

Eu não consisto à palermice eterna.
Todas as verdades são desagradáveis.
Salvo as tenras verdades.

Quantos são semelhantes a mim?
Fies conhecedores de caminhos inauditos,
Nobres! - Nobres como eu, quantos?

Sou um forte padecente do suplício.
Quantos homens não se perderam, nos mesmos caminhos.
Jornada estreita; esmagadora dos corações sem raças.
Este abominável exemplo de maldade!

Que são para mim essas nódoas sanguíneas,
A se acumular entre os espaços insondáveis,
Do meu receoso coração que busca um refúgio?
O suplício! O suplício!

Inserida por AugustoGalia