Poema de Amigo de Augusto dos Anjos
Limerique para quem debocha
de Rodeio
Você que debocha de Rodeio,
o faz para fugir de si mesmo,
Um Limerique é muito pouco
para mandar você se olhar
no espelho e ver o desgosto
que é olhar para você mesmo,
Cuidar da sua própria vida
faz parte e não tem nenhum
segredo até mesmo em Marte
A Moqueca Baiana leva pimentão, leite de côco e azeite de dendê,
Não existe quem não se apaixone,
vou fazer uma para o seu deleite.
Sob a Lua Quarto Crescente
o cemitério da cidade,
a inspiração, o quê é etéreo
e perene na imensidade,
Contando bem-me-quer
e mal-me-quer com os lírios
estelares do hemisfério,
Girando o carrossel das emoções,
o caleidoscópio das sensações
e no ensaio do galope das estações.
Rodeio estava em festa
Enquanto a minha cidade
de Rodeio estava em festa,
Eu estava ouvindo a música
entrando pela janela,
E de noite estrelas no salão
celestial da noite dançavam
Jardins surgiam desabrochando
dentro de mim enquanto
escrevia um poema de amor
sem fim por este lugar
onde a tranquilidade elegeu morar.
Boleadeiras
Começa a tocar o acordeão
a canção gaúcha esquecida,
As boleadeiras giram no ar,
as esporas tocam o chão,
a gauchada eleva o refrão,
o meu campeiro coração
dança com toda a vibração
e assim todos honram a tradição.
O Ipê-mamono traz calor
para o espírito neste Inverno
que não é apenas estação,
Com os seus sóis em flor
em plena tarde poema
me inundam com amor
e ainda me faz crer
que vale tudo para não
desistir da beleza de viver.
Não tenho medo de jogos
de dominação,
Você é cruel e apoia
a maldade dos poderosos,
Se você não mudar agora,
não sou eu que vou me importar,
Dançar sozinha ou acompanhada
sobre brasas é um mero detalhe,
Tenho intimidade o suficiente
para tirar o diabo para dançar,
Teus jogos para mim são
como um parque de diversão.
Das auroras matutina
e vespertina sou eu
a poetisa derradeira
do Ipê-branco-do-cerrado
e de todos os ipês
da minha Pátria Brasileira,
Com os Versos Intimistas
tenho escrito a rota
amorosa para que ninguém
se esqueça da nossa
herança de liberdade plena,
sublime, hemisférica e gloriosa.
Não sei se é pela espontaneidade com a qual me recebe ou se é pela verdade que ele tem no olhar. Não sei se é pela forma tão afetuosa de dizer (sem falar) que para ele não existe pessoa melhor em nenhum outro lugar! Não sei se é pela fidelidade com a qual é capaz de esperar, sem se importar, embora não sem dor, pelo tempo que (eu) for. Simplesmente não sei. A única certeza que eu tenho é do seu amor. Por isso fui atrevida! Tomei a frente e marquei nosso primeiro encontro. Tudo aconteceu tão de repente! Enquanto passeava com ele, notei que não era eu, mas, ele quem passeava comigo. Assim fiz de Totó, o meu melhor amigo.
Escandir um poema é se envolver mais com ele; a leitura se faz com o lado esquerdo do cérebro, hemisfério intelectual; a escansão se faz também com o lado direito, hemisfério do sonho, da afetividade; o uso dos dedos na escansão faz o sentido do poema alcançar órgãos, é fazer uma experiência mais sensorial da Poesia, e, ainda mais, aprimorar-se na sensibilidade o que equivale a dizer na espiritualidade. Escandir é uma experiência integral, entenda-se: espiritual, psíquica e corporal.
Menina da pele morena, da boca pequena, te fiz um poema, que é pra tu num esquecer, que enquanto o sol nascer, eu me lembrarei do beijo, que tu me fez pertencer
Amor. Como tenho gasto esta palavra. Tão erodida que já cabe em qualquer poema, tão manchada que um “eu te amo” já não mais me representa. Hoje arrisco dizer: — Sinto-me apaixonar. Certo disso, resta-me salientar: o molde que pra minha vida trouxeste, promissor, colore.
Por que colocar pra fora é uma necessidade? Por que virar poema, desenho, música, por que externar arte? Por amor? Para ser amado? Por amor. Para ser amado!
Sempre que eu penso que me encontrei, ouço uma bela música, leio um belo poema e tudo me faz lembrar você. Dai me perco novamente.
Todo filósofo é pessimista, então faça um poema filosófico. A literatura realista retrata a realidade do meio não do interior do poeta, crie seu estilo fruto de sua dor. Licença poética é a permissão para sermos o poeta que conseguimos.
Eu sou o poema que entra... Eu sou a lagrima que sai... Eu sou o amor que perdestes e que jamais terás outro igual.
Poema é o Sintoma da Minha doença me expresso nos versos que um dia Minha Permaneça na mente de todos.
"O poema é um mistério que nos transforma. O poeta aspira sempre transformar o ser humano para melhor."
