Poema da Geladeira Elisa Lucinda
A NUDEZ
A nudez é a indiscrição poética
Do pecado na carne pervertendo
A alma na concepção dos desejos.
Iludido pelo encanto transcendental
Que desvirtua o ser e corrói a alma
Levando o indivíduo ao reles suicídio.
Mesmo que a visão enigmática turve
A consciência desequilibrada e torpe.
A nudez é a indiscrição poética
Desmemoriada abrupta e tísica
Em desavergonhada Saliência.
A nudez carnal nada mais é
Do que a descrição
Do obsceno
Poético em
Prosa
&
Versos
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PROCÓPIO
Oh moça dos olhos claros e brilhantes
dos cabelos soltos e ruivos
como fogo radiante.
Tu que sempre amei
e tanto procurei,
onde estavas que
só agora lhe enxerguei.
Queria te encontrar
ver o teu rosto para
acabar com este desgosto
de não te conhecer.
Gostaria de lhe ter por perto
dizer o quanto te quero
e quando tudo estiver certo
mostrar a ti que meu amor é vero.
Acho que o tempo
apagará esta história que sou,
e quem mesmo amado
não saberá quem amou.
Este sonho que eu sonho desde que sonho, ecoa sempre ao longe no deserto.
E os meus olhos cansados já não ponho na direção do seu destino incerto.
Hora longe de mim, hora mais perto, ouço o murmúrio d’água.
Pobre sonho! São meus ouvidos que me traem certo.
No desalento deste andar tristonho, desfaleceram pela longa viagem os meus sentidos exaustos, peregrinos numa ilusória crença da miragem.
Será que não existe a sombra boa, nem a água fresca que eu sonhei menina e que a vida inteira se caminha à toa?
Pra que dos meus sentimentos correr?
Se no final é com eles que eu vou morrer
Meus amigos eu estou a perder
E eu vou acabar sozinha sem nem perceber
Eu quero muito gritar
E pra fora tudo colocar
Mas pra que fazer isso?
Se nada vai me fazer melhorar
Eu quero dos meus problemas fugir
Mas eis a questão, como fugir?
Se eu não tenho para onde ir
Eu queria muito voltar a rir e sorrir
Quero acreditar
Que eles vão mudar
Até que ponto tenho que chegar
Para que na sociedade eu possa me encaixar
Eu me perdi num corredor
Sem ela meu mundo está sem cor
Tenho que me trancar para o amor
Já que eu já conheço a dor
Da minha casa não quero sair
Mesmo com a liberdade de ir e vir
Mas porque eu iria?
Se eu fosse minha família eu magoaria
Nós também queremos viver.
Nós também amamos a vida.
Para vocês escola; para nós pedir esmola .
Para vocês academia; para nós delegacia.
Para vocês forró; para nós mocó .
Para vocês coca-cola; para nós cheirar cola.
Para vocês avião; para nós camburão .
Para vocês vida bela; para nós morar na favela.
Para vocês televisão; para nós valetão.
Para vocês piscina; para nós chacina .
Para vocês emoção; para nós catar papelão.
Para vocês ir à lua; para nós morar na rua .
Para vocês está bom, felicidade; mas para nós... Igualdade.
Nós também queremos viver.
Nós também amamos a vida...
Homens da Inglaterra, por que arar
para os senhores que vos mantêm na miséria?
Por que tecer com esforço e cuidado
as ricas roupas que vossos tiranos vestem?
Por que alimentar, vestir e poupar
do berço até o túmulo,
esses parasitas ingratos que
exploram vosso suor – ah, que bebem vosso sangue?
Por que, abelhas da Inglaterra, forjar
muitas armas, cadeias e açoites
para que esses vagabundos possam desperdiçar
o produto forçado de vosso trabalho?
Tendes acaso ócio, conforto, calma,
abrigo, alimento, o bálsamo gentil do amor?
Ou o que é que comprais a tal preço
com vosso sofrimento e com vosso temor?
A semente que semeais, outro colhe.
A riqueza que descobris, fica com outro.
As roupas que teceis, outro veste.
As armas que forjais, outro usa.
Semeai – mas que o tirano não colha.
Produzi riqueza – mas que o impostor não a guarde.
Tecei roupas – mas que o ocioso não as vista.
Forjai armas – que usareis em vossa defesa.
"Poema: Egoísmo mundial
Primeiro a ser independente,
E quase o último a ser descente.
Fome, sofrimentos e miséria,
Mas para vocês não é uma coisa séria!
Ricos se afogando em dinheiro,
As vezes até em exagero!
No Haiti pra você não há sofrimento,
Até porque você fecha os olhos
Para esse movimento,
Fome, miséria e pobreza,
Infelizmente pra você tá tudo beleza!
Nós temos que fluir, se não a coisa não vai evoluir!
Políticos mentirosos, na verdade eles são muito mais tenebrosos!
Eles não têm o mínimo, e nós exigindo o máximo!
O país atingido por um terremoto,
Fora devastado e logo perdeu-se!
A nação mundial não decorre a ajudar, estamos a falhar!
Todos são fúteis, até mesmo inúteis!
O Haiti precisa de ajuda!
Juntem todas as Nações, e o ajudem!
Ajudem o mundo, ou todo será imundo!
Vocês e preocupam com o seu dinheiro, riqueza e patrimônio?
Com toda certeza vocês são absolutamente o demônio!
(autora: Tainá Carvalho 1ºD 2019
"Poema: Guerra Fria
Finalmente essa guerra acabou,
Nunca sentí tanto sofrimento em minha vida
Dessa vez sei que a paz chegou!
Nesse mundo que só me causou dor e agonia,
E, que evento é esse que se inicia?
Conhecido comGuerra Fria!
Alemanha Ocidental e Oriental,
Será que terems outra Guerra Mundial?
A tecnologia é uma monstruosidade!
Viram o que fizeram com Hiroshima e Nagazaqui?
O ser humano não se cansa de ver mortes!
Mas essa Guerra realmente está fria, será que é sorte?
O muro de Berlim foi derrubado,
E os Estados Unidos venceu,
Nesse novo inicio, estarei sossegado?
A final, esse medo nunca desapareceu!"
(autor- Endrew Cavalcante 3ºA 2019)
"Poema-Doce Revolução
Viva a Revolução
A doce luta do povo
Que busca com ajuda iluminista
Se livrar do capataz
O clero em sua época de ouro
O mais alto escalão da sociedade
A nobreza, o capataz do povo que buscava cada vez mais riqueza,
Explorando sua pobreza,
O povo cada vez mais explorado
Mas que não ficaria calado
Pois a “luz” está ao seu lado
Chicotadas cada vez mais fortes
Para manter o luxo dos nobres
Enquanto o povo descia cada vez mais o nível
E como diz a sua rainha:
_”Se não tem pão, então que coma brioches”
A bela Bastilha
Onde todos que iam contra a vossa majestade se encontravam
Derrubada pelo povo, dando ânimo para tal Revolução!
“ Nous liberté de l´oppression”. Imagino que disseram!
E as passos largos caminharam
Para fora da Bastilha
E a passos largos caminhavam! Para a Revolução
“Les citoyens des armes à feu”
Gritam os revolucionários
Lutam por igualdade!
Morreram por liberdade!
E colheram Fraternidade!
Que foi regada com o sangue impuro
Dos nobres que se diziam sangue puro
O sol e sua mulher Austríaca
Tentaram da guilhotina se safar!
No meio da noite, planejavam escapar
Mas o povo os capturou!
E a guilhotina, suas cabeças rolaram
Um novo sol, sobre arado francês
Direitos para os Homens e para os Cidadãos!
Para o povo que um dia foi miserável."
(autor- Kelson P. Ribeiro 2º A 2019)
Poema- Diga não ao cyberbullying
Como posso ouvir
Críticas que estão
Prestes a me destruir?
Como posso subir?
Se no fundo do poço
Estou prestes a cair!
Pois eu me levantarei
E até o topo subirei
Pois a guerra eu vencerei
O cyberbullying, infelizmente é comum
Para o impedirmos, não podemos ser só um!
Um por todos, e todos contra a violência,
Não julgue pela aparência
Por isso devemos tomar cuidado
Com as redes sociais
Garantindo segurança aos seus dados pessoais!
Vamos todos em conjunto lutar
Para o nosso mundo mudar
Trazendo paz e harmonia a seu lar
Autora: (Leticia Lima dos Santos-
8ºA EE Edgard Francisco 05/09/2020-12:51)
"Poema- O desnatamento e o meio ambiente
As árvores são importantes
para a nossa respiração!
por isso cuide delas,
com boa preservação
Se cuidarmos bem delas
Veremos ótimos resultados
Vamos ter frutos maduros
E o solo bem preservado
O ambiente é nosso lar
Dele devemos cuidar!
Não podemos poluir
Para não acabar
Protejam a nossa floresta
Crianças que estão a crescer,
Pois ela é como o amor,
Sem ela não podemos viver."
(Leticia Lima dos Santos- 8ºA EE Edgard Francisco- 01/08/2020 00:01)
SOB O OLHAR DO GATO PRETO
A tarde se despeja, fastiosa sob um céu turvo...
Sinto a presença do gato preto. Não o vi ainda, mas
trás presságios de má sorte. Sei. Me encurvo...
... Ante os olhos da morte. fria , risonha e aldaz!
E quando a lua imensa toma o céu de loucuras
Ele passeia pelo assoalho de mármore branco
É o antever de todo o despejar do mar de agruras
Fecho os olhos. Luar de sangue, dor e pranto.
E o que me trás, gato preto? À que então, veio?
Vieste de ceifar as almas do mar do norte. Sim!
Vais embora logo. Não o quero ver. Bicho feio!
Mas até quando fugirei da presença do maldito!?
Abro meus olhos. Ei-lo: Quieto, negro e tenebroso.
Apaga-se então, a última estrela do infinito.
Diálogo
A escuridão, ainda menina, chama-me às ruas frias
Sou a andarilha proscrita das noites de luas vazias
Não escondo meu rosto destas gentes curiosas...
Que vejam a mulher vil, triste que sou...Lamuriosa.
Mas amiga, nem sempre foste assim, amarga e sombria
Houveram dias de sol e mar à brilhar sobre tua tez macia
Diga-me: Porque te enfadastes das doçuras do amor?
Porque voltaste as costas ao toar das carícias em clamor?
Ah, minha amiga, nada sabes das minhas dores imensas...
Das noites em que doei o mais sublime amor que pensas
Ofertei-me de corpo e alma, desnuda em juras e poesias
Ofereci rosas e mel; em troca ganhei abandono e heresias.
Mas não te entregues às trevas, óh amiga tão triste e bela.
Busca a luz dos sonetos mais puros, alegres em aquarela
Esqueça-te do passado, volta-te para os presentes dias...
Quem sabe, ainda pousam nos teus jardins as andorinhas?
Não perca teu precioso tempo com minh'alma, óh amiga!
Não haverão pássaros à cantar para minha causa perdida.
Sou aquela que vaga em busca da morte que trará paz
Somente o corvo me acompanha, nada e ninguém mais...!
Sob finas mortalhas
Desçam sobre ela as cortinas do tempo
Desfaçam de uma vez este amaranhado
Tudo já não é senão uma ironia do vento
Um lapso. Só isso. Funesto e mal contado!
Rasguem ,pois as folhas deste velho livro!
Queimem o papel... Varram suas palavras.
Que não reste nada. Nem um pobre crivo.
Deixem a poesia e o resto às bestas larvas.
Pois do que foi feito da mulher amante?
Que cantava o amor com os lábios carmins?
Feneceu. Só. Como morrem os instantes...
Nunca lhe escrevam poemas. Versos,rimas.
Não plantem para ela, flores nos jardins...
Desçam pois, já, as mortalhas. Negras e finas!
HOUVE DIAS...
Houve um dia em que ela cedera ao amor
No rosto um olhar brilhante e riso de sol...
Mares azuis de calmaria, poentes de louvor
Mãos dadas, beijos doces sob o arrebol.
Mas para ela não houve sequer um ensejo
Mirrou-se a rosa no jardim de primavera
Aquele para quem era o riso, foi-se dela
Na alma o pesar. O gosto apenas do beijo.
Hoje as ondas já não marulham lá no cais
Apagaram deles as pegadas na areia branca
Carícias e ternuras são "ontens". Não há mais...
Agora tudo é marasmo. Nem lágrima. Nem dor
Apenas um cansaço que tecem seus dias..
Mas houve sim. Tempos em que Ana foi amor.
SOB O FEITIÇO DE ÁQUILA
Cruel a sorte destes amantes.Má e solene.
Quando acariciarão, pois, a face um do outro?
Ela, verseja sob os pentagramas de Selene
Ele, Sob o brado de Hélio: Caminha morto.
Não que o amor se ausentou de seus umbrais.
Ao ivés: Arde-lhes no peito a brasa. Bela poesia.
Mas foram jurados com o brado do "Jamais"...
Ambos são o inverso do cosmo. Noite e dia...
E a dor tomba dos olhos tristes, rasos de pranto.
Amar tanto e quanto. Para que meu Deus?!
Sem jamais um beijo. Um toque__ Desencontro!
Assim será ; suaves de Áquila. Aquiesçam.
Sob a maldição da inveja e do ódio proscritos
Até que a seiva seque e seus ossos envelheçam...
A VOZ DO AMIGO
Foges já!_ Afasta-te deste precipício Ana...
Não vês que seus pés não são confiáveis?!
E se tu'alma te conta a verdade ou te engana?
Verás então, as sombras vis e execráveis!
Do inferno maldito onde os demônios estão
Lugar de dor maior que as de agora. Confia...
...Na voz deste amigo que te estende a mão
Prantearás hoje. Nos tempos eternos? Não !
E verás que os ventos hoje, não são vendavais
Quando o luzeiro vir, no outro lado da ponte
Cantarás os cantos mais belos e angelicais...
Afasta-te do abismo Ana. Não é o que para ti há.
Dá ouvidos a voz que te embala a fronte...
Segue teus passos. Deixa o corvo por hora. Já!
A MORTE DOS SONHOS
Há nos escombros de sua pobre mente
Um bicho papão que devora todo o amor
Tudo o que um dia fora doce, desmente...!
Fermenta ali: A raiva. O medo. O rancor...
Fica preso às paredes úmidas de su'alma
Busca o momento propício para a loucura
Até a poesia perde o rumo. A luz. A calma
Rasteja na memória. Sem alento. Sem cura.
Há os que falam dela nos perfis das ruas
A chamam moléstia. Bruxa. Amaldiçoada
Mas só ela sabe. As lembranças são suas...!
De tempos que buscara a face da fantasia
E crera numa carícia de tez branca e alada
Seus sonhos? Jazem, já. Numa lápide fria.
O amor por ela...
Não sei por onde me levarão os ventos.
As horas de agora são sombras abismais
Até quando versejarei por estes momentos
Se o que tenho, é dor. Choro. Nada mais...!
Foge da face daquela a quem amo, a alegria
De tempos outrora meus. Repete-se a agrura...
Mudam-se os dias. As estações. Fica a apatia
Morreram a poesia, o dulçor... A ternura!
Porque não quebras de vez o laço da maldade?
Se em tuas mãos, fixas, estão todos os astros
Traga-nos brisas. Visto que o hoje é tão tarde...
E que ainda eu contemple nela, o riso leve...
Nos lábios daquela onde guardo todo o amor
Do contrário. Torna pois toda a vida, breve.
A PARTIDA DE ÍRIS
E quem nunca ouviu falar da Íris triste?
Ela, que cantava as panapanás azuis
Sob os vestidos, tinia o corvo em riste
Sendo escuridade, fingia versos de luz!
Versejava, como se fora amada, um dia...
Seca dos fluidos fomentados pelos beijos
O toque? A ternura? Quimeras de poesia!
Sandices ilógicas! Do amor? Lampejos!
Mas ainda fantasiava a beleza. Encanto!
Posto ser uma filha de Atena. Augusta...
Era infeliz. Mas era riso_ Jamais pranto!
E o corvo branco veio, marcando o horizonte
Em busca do último suspiro da moça lírica
Levou-a sóbria...A poetisa. Bela e tocante...
Você já teve aquela sensação de “era isso que eu precisava ouvir hoje”?
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