Poema da Geladeira Elisa Lucinda

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Eu

Este mundo imenso, imenso mundo
De pessoas que nem sempre se acham
Grandiosas, este mundo de pessoas
Que acreditam em valores e perdem valores.
Mundo de vapores
E construções, pessoas em estilhaços
Amordaçado – coração.
Mundo imenso, imenso mundo de seres viventes,
Mundo movente, comove por dentro
Pega fogo e se consome – exausto.
Tudo vai perdendo o sentido,
Como esse mundo vasto e imenso,
Querendo ser explorado, explorado
Mundo incompreensível.
E assim vai seguindo o mundo,
Este mundo imenso, de máquinas
Movidas a vapor, combustível
Ou sangue – mundo imenso,
De pessoas que fingem amar,
De pessoas que se acham donas da outra,
Que firmam a posse, e se acham
Únicas, e perde a que se mostrar
Inferior.
Este mundo imenso, imenso mundo.

A morte é uma viagem

Saudades eternas sentimos
de todos os nossos entes queridos
que partiram antes de nós,
mas o que é a morte,
senão uma viagem...

Nesta viagem talvez tenha volta,
talvez a reencarnação exista mesmo;
talvez sejamos unicamente espíritos
e este invólucro de alma
precise de outro corpo...
e de outro...
quantas vezes for necessário...
para que mesmo?

Ah...para aprender a viver,
ser unicamente bom.
Ser perfeito;
Ser sábio;
Ser virtuoso...
Saber respeitar uns aos outros;
Saber amar todas as coisas;
Saber ser feliz;
Saber sorrir;
Saber compreender
e talvez ainda falte mais virtudes...

Bem ... então vida de morte necessária,
porque cada um de nós
temos muito que aprender!

Inserida por marialu_t_snishimura

Outono no cerrado

Cerrado. Ao horizonte escancarado. Escancaro o olhar
Sob o céu acinzentado, admirado chão de cascalho calçado
O vento rodopiando, a poeira empoeirando a anuviar
O minguado frio sequioso outono dos planos do cerrado

As folhas bailam, rodam, caiem em seu leito ressequido
A chuva se esconde, onde o céu não pode chegar
Os sulcados arranham e ondulam o ar emurchecido
Do desconforto calado entre os cipós e galhos a uivar

Olho o céu purpúreo desenhar o frio chegando ao porto
Os arbustos rodeados de cascalhos num único flanco
Rangendo o outono no amarelado e árido cerrado torto
Num verdadeiro espetáculo de pluralidade saltimbanco

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
28/04/2016, 14'25" – cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Hoje é o dia mais importante de sua vida

Hoje é o dia mais importante da sua vida
porque talvez não exista o amanhã.
Então viva hoje, ame..insista!
Insista ser feliz hoje.

Garanta o seu momento todo agora
porque o amanhã...
pode não vir a ser outrora.

Contemple o hoje como se fosse o último,
amanhã talvez não exista oportunidade,
nem haja tempo para fazer nada mais.

Hoje é o dia de se viver contente!
Hoje é o dia de sorrir!
Hoje é o dia de abraçar quem você ama!
Hoje é o dia de dizer: - Eu te amo!
porque amanhã pode não existir.

Amanhã pode ser tarde demais para recomeçar,
recomece hoje!
Hoje é o dia mais importante...
Hoje é o agora, neste momento, neste instante,
é a sua vida como um presente!

Viva hoje!
Agradeça hoje!
Abrace hoje!
Ame hoje!
Diga eu te amo hoje!

Perdoe hoje.
Reconcilie - te contigo hoje.
Reconcilie- te com todos hoje.
Reconcilie- te com tudo hoje!
Hoje é o dia mais importante de sua vida!

De uma gargalhada gostosa,
se divirta fazendo o que gosta:
- Vá passear;
- Vá ao cinema;
- Vá à um bom restaurante;
- Vá ao shopping;
- Vá à praia;
- Vá correr pelos campos...
- Vá fazer o que quiser, conquanto que viva!
Aproveite no máximo o seu dia,
porque o amanhã, pode não existir.

Então é hora de dormir hoje
e se por sorte amanhã você acordar...
já é o hoje, então aproveitem o hoje,
porque o amanhã pode não existir!

Inserida por marialu_t_snishimura

Os estudantes

Estudantes mendigando carona ao motorista de ônibus,
Que fechou a porta na sua cara, e na face do futuro da nação,
Este sequer recebe direito o salário de quem o subordina,
Diz muitos que dar carona a estudantes não é obrigação…
Nas mãos de alguns estudantes, caderno, livros,
Em seus bolsos (parecia vazio)
Quem sabe faltava lápis, caneta, borracha…
Eles tinham uma grande arma, o estudo
Os livros, a ideia, e quem sabe lá na frente
Façam a revolução.

Desvario

O amor vermelho
Tem muitos segredos
E o pássaro preto a voar
Nuvens brancas e azuis
Casas pintadas de luz
Eis a vida não há quem diga
Que beleza flutua meu bem
Algodão voando
Quero aprender a ler
Os segredos do destino
O cão vadio
E não há regras
Pra quem ama
E coração preso
Quer ser solto
Como um pavio
Não pega fogo
Quando assobia
O tempo marcha
Em outras direções.
No baile
Na regra
Um mundo na régua
Conserva
A lei
Quem manda
É feroz
E perde-se a palavra
Quem dizer a verdade
Será expulso do paraíso
E viverá na terra
Pra toda vida.

Para conquistar uma mulher

Para conquistar uma mulher
Tem que ter lábia,
Mas, será que é verdade?
Será que um olho no olho
Não seria capaz de roubar
Um coração?
E o amor a primeira vista?
Será que o amor a primeira vista
Existe? Dizem que para
Conquistar uma mulher
Tem que ter atitude,
Mas, o que é mesmo ter atitude?
E se tudo acontecer sem
Que ao menos perceba?
Nem tudo é como um romance
Ou quem sabe uma novela...
Isso é meio que gozado,
Para conquistar uma mulher,
Tem de fazer-se galã,
E querer todas,
E quem sabe até mesmo
Quebrar a cara, até
Encontrar uma que seja
Quem sabe a razão do viver,
Ou apenas um estar junto,
Quem sabe muito mais
Que isso.
Para conquistar uma mulher
Não precisa ser romântico,
Os românticos sofrem a solidão.
Para conquistar uma mulher
Não precisa ter diploma,
Para o amor não tem diploma,
Principalmente quando
Estar-se preso
Um ao outro.

Valter Bitencourt Júnior
Passagem: Poesias, 2017.

CERRADO (soneto 2)

O cerrado é como um soneto
arbustivo, tortuoso, melódico
chora a sua aridez, é talódico
diversos como verso irrequieto

Fala do diferente, do exótico
contrastante e muito concreto
vai além de apenas indiscreto
exuberante e também retórico

É prosa narrada é céu sem teto
o cerrado é um insano imódico
e a sua melancolia vira adjeto

É tão sequioso no teu periódico
ádvenas flores, frutos, de ti objeto
d'amor que te quero, és rapsódico

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
09 de julho, 2016 – Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Era você que rondava em meus sonhos,
tentando capturar um coração vazio
e ali ficar ouvindo seu ritmo descompassado
na melodia do viver por viver?

Era você, qual sombra silenciosa,
que seguia meus passos solitários nas veredas,
onde desviando de buracos mantive o rumo?

Era você a inspiração que surgia de repente,
levando-me a canção de todo dia,
onde além da existência, timbrei a alma,
fazendo acordes e coros inimagináveis?

Era você, sem dúvida, que com palavras doces,
sussurrava aos meus ouvidos com o vento,
trazendo mensagens sutis a desvendar

Você que do nada apareceu,
tornou - se cada vez mais presente,
cativando e se fazendo amar,
nesse tempo espaço,
onde um coração, o meu,
já se tornara peregrino
num deserto de si mesmo,
consolado, sem nada pedir

Mas, se sempre foi você,
um sonho perdido entre sombras,
revelando-se aos poucos
e apenas isso eu sei,
é por você que agora,
todos os dias renasço !

Neusa Marilda Mucci
Outono de um tempo qualquer

Inserida por neusamarilda

Confesso que estou triste;
Ficar triste me deixa com raiva;
Ficar com raiva me dá ódio;
Sentir ódio me faz mal;
O que me faz mal me deixa triste...

Inserida por LuhBorges

não perca a cabeça
tentando desesperadamente
achar um jeito de se salvar
quando você para de debater
é que começa a flutuar

Inserida por vemcajoao

era como um daqueles quadros que
te fazem querer chorar
minha mão na sua coxa esquerda
a sua mão sobra a minha
o carro subindo a rua
como se o destino fosse a lua

Inserida por vemcajoao

Nunca abrimos
o vinho que
está guardado
na antiga cristaleira,
parei com besteira,
e aquele disco
repeti a noite inteira.

Não sou mais
a mesma ingênua
que chegou
cheia de sonhos.

O scarpin vermelho
está no canto
do meu quarto,
e tenho apenas
que ter bom senso.

A névoa caída
na madrugada
não atrapalhou
os meus olhos.

Nunca precisei ter
enfeites nas mãos
para a antipatia
que a face precisa
esconder com
quem nada fez.

Na penumbra sem
desejar o quê
na vida me tornei:
a estrela solitária
em nostalgia.

Nenhuma cara feia
me intimida,
alguma dúvida
ou pouco caso
com a minha poesia.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Sentada no banco
da Avenida Rio Branco,
Descanso a agonia
e dialogo mentalmente
sobre a perplexidade
ante a covardia,
A beleza da bouganville
me faz companhia,
E logo recupero
a coragem e a alegria.

Inserida por anna_flavia_schmitt

QUADRAGÉSIMO QUINTO HEXÁSTICO

Toda imanência recrudesce
ao sentir a vida em potência
caos sagrado e profano nasce
no Sujeito-poema acontece
faz-se desejo de existência
no eterno retorno da mente

Inserida por joao_batista_do_lago

O tempo é para sempre,
nós é que não somos,
por isso,
aproveitemos bem
cada segundo
que nos for dado
para permanecermos
neste belo,
e insano mundo

Inserida por neusamarilda

Vácuo
No vácuo, na falta de som
De luz, de poesia,
No caos da antimatéria
No infinito querer, jaz a ilusão:
Um pensamento morto
Uma discussão, a retórica
A dialética socrático-aristotélica
A coisa em si Kantesca (Kant)
Metafísica antipoética de Pessoa
A natureza viva de Cabral de Melo
O discurso sistemático cartesiano
O enfado amoroso kierkegaardiano
A impossibilidade da “república”
A ineficácia da “política”
O fracasso didático de Foucault
O erro freudiano, o sonho de Jung
O desejo superado de Lacan.
No vácuo, onde outrora estava o saber
Nada habita, sumiu a consciência
Só a falta de ar como indulgência
O temor de perceber que tudo,
Tudo é vácuo, percepção niilista
Representação, angústia Sartreana
Depressão, abismo, Schopenhauer.
O anarquismo, desgoverno, Proudhon
Sem coerção mental, pensamento avulso.
Foge-me a organização de Marx
“As massas” não se unem
Não há revolução… Nem salvação.
Morte à metafísica, lógica sem ação.

Inserida por EvandoCarmo

Sentimos saudades
De quem nos faz feliz
Nem que seja por instantes
Porque na distância...
desta curta passagem
A vida é um sopro,
de luz, de momentos,
De instantes fugazes,
De amores efémeros
Intensos e audazes...

Inserida por EleuteriaPires

Não importa como termina a minha história;
Não importa se vão sofrer;
Não importa se iram lamentar;
Não importa , teve que ser assim;
Não importa Deus aceitou assim;
Não importa mais.
Importa que este dia tenha iniciado bem;
Importa que tudo vai passar;
Importa muito pra mim, que outros possam sorrir;
Que eu tenha sorrido muito mais que chorado.
Importa que eu vou estar bem, com Deus.
Não importa , nada importa;
E quem se importa;
Nem eu vou me importar;
Só quero sorrir muito mais que chorar.

Inserida por WagnerFranco

A Turma de Auxiliar

Chegando lá no SENAI
Para o curso de Auxiliar
Encontro pessoas inéditas
Das quais logo vou citar

Andreza sempre ali quietinha
Não larga o celular
O Bruno só veio uma vez
Daí começou faltar

Morais chegou atrasado
Na terça para variar
Dalton, “Basicamente isso”
Todos já ouviram falar

Dhenyse criou uma empresa
Que não se Chama House Lar
Dhilliany eu não conheço
Fabiana pode contar
A história de uns retângulos
Que ela não gosta de lembrar

Francisco “Pai do Excel”
As ferramentas sabe dominar
Gabriela Mauricio da Silva
Uma legente exemplar

Gustavo contou uma prosa
Do roubo de um celular
Jaylton menino inquieto
Não para no seu lugar

Na sala tem o patrimônio
É o Jefferson vale lembrar
A Jessica não fala alto
Mas da orla dar para escutar

O Johnny tem uma irmã na sala
A Juliane o sabiá
Cantou a música do Excel
Para todos decorar

Lídia é nossa poeta
Bilingue quer se tornar
Paulina não sai dos status
Nem mesmo para estudar

Priscila é uma blogueira
Depois segue ela lá
Rodolfo usa um crucifixo
E um lenço para assustar

Rui não sai do Game
Mas é difícil faltar
A planta do corredor
Já cansou de derrubar

Selma não tem muitas faltas
Mas está para reprovar
Taiza, fala rápido
Ou seu tempo vai esgotar

Valdeni desistiu do curso
Vinicius ainda está
Gritando “Bora Equipe”
Para sala se animar

Evandro nosso mentor
Aqui vou elogiar
Sempre muito paciente
O único que não pode faltar

Bom gente! Acaba aqui
Essa história de rimar
Um salve para essa turma
Que saudades vai deixar






Importante: Foram citados os nomes dos classificados no processo seletivo publicado pelo SENAI

Autor: SALVATTI, Morais
Poema: A Turma de Auxiliar, inspirado na Turma de Auxiliar de Escritório, Turma1, Turno Noite, de Agosto e Setembro de 2019.


Altamira, 14 de setembro de 2019

Inserida por MoraisSalvatti

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