Poema Carolina

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Tem pessoas que, aos sábados, vão dançar. Eu não danço. Acho bobagem ficar rodando pra aqui, pra ali. Eu já rodo tanto para arranjar dinheiro para comer.

Eu escrevia peças e apresentava aos diretores de circos. Eles respondiam-me: – É pena você ser preta.

Eu cato papel, mas não gosto. Então eu penso: Faz de conta que eu estou sonhando.

Não consigo parar de pensar, muito menos consigo esquecer, não paro de pensar em amor, não paro de pensar em você.

A gente vai crescendo e percebe que nossos ideais são diferentes dos de nossos colegas. A gente vai crescendo e percebe que aquelas farras já nem são mais tão divertidas. A gente vai crescendo e talvez até vá ficando com manias "velhas" demais. Nós vamos crescendo e nos tornando responsáveis, preocupados em atingir nossos objetivos pessoais e profissionais. A gente vai crescendo e traçando metas. A gente vai crescendo e começa a amar de verdade. A gente vai crescendo e fazendo sonhos se tornarem realidade. A gente vai crescendo e aprende que diversão não está só naquilo que é divertido pra maioria das pessoas.Talvez a gente fique chato, talvez brega, talvez "fora da casinha" pra alguns. Mas a verdade é que a gente é feliz assim e não tá nem aí pro que o fulano pensa. A gente quer mais é viver a vida do nosso jeito.

A vida não vai te esperar , um dia vão puxar seu tapete , um dia você vai chorar por alguém que não merece , tudo de ruim vai parecer ser atraido por você , mas levante a cabeça e siga em frente , esses obstáculos podem fazer você descobrir quem você realmente é

amor é quando seu cachorro lambe sua cara, mesmo depois que você deixa ele sozinho o dia inteiro.

⁠“Em quanto uns lamentam pela quarentena, eu estou aqui, agradecendo por poder colocar minha saúde mental em dia e poder parar de surtar a cada meia hora.”

⁠A vida é igual um livro. Só depois de ter lido é que sabemos o que encerra.

Carolina Maria de Jesus
Quarto de despejo. São Paulo: Ática, 2014.

Tem gente que ama carrossel, andam em círculos o tempo todo e depois reclamam quando são chamadas de tontas.

⁠O Brasil precisa ser dirigido por uma pessoa que já passou fome. A fome também é professora. Quem passa fome aprende a pensar no próximo, e nas crianças.

Carolina Maria de Jesus
Quarto de despejo: diário de uma favelada. São Paulo: Ática, 2014.

⁠A noite está tepida. O céu já está salpicado de estrelas. Eu que sou exotica gostaria de recortar um pedaço do céu para fazer um vestido.

A vida para uns são cheias de curvas que dá impressão que eles seguem para o calvário conduzindo uma cruz que se chama "custo de vida".

Fiz café para o João e o José Carlos, que hoje completa 10 anos. Eu apenas posso dar-lhes os parabéns, porque hoje nem sei se vamos comer.

Pense, repense, respire, corra, te dou todas as liberdades do mundo, toda a felicidade te desejo. Não quero te aprisionar, não quero ser prisioneira. Viva e deixe viver. Só prometa que um dia voltar pra me ver e dizer que tudo está bem. Mas que em seguida partirá novamente, pois não suportaria não sentir saudade sua, eu necessito sentir tua falta. Só não me abandone de fato, e diz que um dia volta pra me olhar nos olhos e dizer que está partindo, seguindo seu caminho, descobrindo coisas novas. Sempre vá, sempre volte. Eu necessito disso. Tu necessitas disso. É isso que me faz feliz, recomeçar toda vez que te encontro, como se fosse a primeira vez.

Eu me enganei demais com você, pensei que pelo menos como amigos seriamos para sempre, amarga ilusão que alimentei ferozmente.
Hoje em dia você me ver passar e fingi que nunca vivemos as mais profundas emoções!

Está na hora de ser eu mesma. Pensar como quero pensar, fazer como quero fazer, agir como devo agir, falar como devo falar. Tenho minhas idéias. Não sou uma formiga sem nenhum livre arbítrio. Viver em busca da evolução, e não da regressão. Sonhar, viver e nada mais.

Vivo aprisionada a 7 chaves, a 7 pecados capitais, desculpe minha indelicadeza mas devo acrescentar você ao 8º.

Duvide de mim,
quando eu disser que eu estou bem, eu sei disfarçar muito bem meus sentimentos.

Minha mãe dizia que as exigências na vida nos obrigam a não escolher os polos. Quem nasce no polo norte, se puder viver melhor no polo sul, então deve viajar para os locais onde a vida seja mais amena.