Poema Aprendizado por William Shakespeare

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⁠" COMIGO "

Eu sei que é bem difícil conviver
comigo, no trajeto desta estrada,
e que te sentes, pois, desamparada,
sem rumos pra poder me compreender!

Já fostes, muito mais, melhor amada
por outros companheiros do viver
e não mais queres nem sequer saber
se irás comigo nesta caminhada.

Só não descreias de que, nesse andor,
eu te acolhi no meu mais puro amor
querendo ser-te amigo e companheiro…

Difícil conviver com quem eu sou,
então, a tua paixão, enfim, cansou…
Jogado fui na val de algum boeiro!...

⁠" ERRADO "

-“Mas, olha… Tá fazendo tudo errado
e tens, tu, de mudar esse teu jeito!...
Esse quem és precisa ser refeito
pra gente ver, por fim, o resultado!”...

Se repararmos bem, é mesmo aceito
que é da mulher querer mudar o estado
do homem que puser-se do seu lado
e for por companheiro do seu leito!

Parece instinto, sina, maldição
querer ser mãe do outro na edição
em vez de ser por cúmplice e parceira…

Ninguém muda ninguém, é este o fato,
a menos que o outro queira, é o que constato!
De resto, vai esperar a vida inteira!

"Garoto tolo"

Desculpe, garoto tolo,
Eu me perdi
Em meu desconsolo,
De nada sei,
Sou só um tolo.

Eu saúdo tua perda
Que num nobre canto
Chora em meio a alameda,
Desencantada, somente.
Ó tolo de alma desesperada.

Ouça, pequeno bobo,
Não perca a flor que desejas
Ouça, amante tolo,
Não deixe que a flor te fujas.
Fale-a, menino tolo!

Amada de belo rosto
Que passas em sonhos doces,
Vejo que és meu gosto,
Mostra-me teus amores!
E perdoe-o… é só o garoto tolo.

“Mas não o perdôo.
És muito, muito tolo,
Tolo de não saber falar,
Tolo pelo seu amar,
Tolo demais por não saber se dar.”

Ah… singelo tolo,
Por que não te muda?
Olha o que faz, onde me enrolo.
Não conseguiu a atenção da flor.
Só pare de ser tão tolo.

Ó! Olhe tua paixão.
Não há nada como tal.
Mas você já não consegue,
Não fala, não chama, nem nada.
Ai de mim, o garoto tolo sem amada.

Inserida por harikirtanlira

“Dissimulado”

A frustração é a morte em consciência
De um pequeno poeta em opulência.
Ele que escreve com covardia,
E faz sonetos na noite tardia.

Se chama de triste, o poeta que ri.
Sente tudo que pensa, o garoto em si.
Encontra desonra em tua ilusão,
Assim não sabe que é mera paixão.

Se culpa em ritmo ardente,
Aponta o choro solene,
Que só existe na mente.

É isso que me diz em alene;
Sou um poeta demente.
Hei de ter um poema bem lene.

Inserida por harikirtanlira

⁠A poesia me encontrou
A poesia se tornou o espelho
imponderável da minha verdade!
Serei eu tolo de versar a incoerência
Ou derramar lágrimas enganosas na tinta
que escorre entre os dedos
a poesia não julga,
tampouco acolhe quem quer que seja
A poesia desnuda
e te deixa a mercê de si mesmo
Ela está para o coração dos sensíveis
Ou lógica dos mais críticos!
A poesia é abundante
ao mesmo tempo pode imprimir falta
Subtraindo a certeza do sábio diante de
uma bela paisagem de infância!
Sigo firme na angústia em declamar a
palavra que ainda desconheço
E fazer dela meu espaço seguro!
Cujos gritos se juntam aos sussurros
de meus pensamentos!

Inserida por Dangabriel1993

⁠" DISTANTE "

Se foi! Distante vai na longa estrada
e já não tem mais volta ao que antes era!
Se fez simples momento, uma quimera
a ser posta de lado e abandonada!

Deixou, como registro nessa esfera,
resquícios, cicatrizes da jornada
porquanto a alma inquieta, ali, marcada,
neste abandono insiste, em triste espera.

As gotas de um riacho correm, leves,
cientes que os instantes curtos, breves,
não mais retornarão ao leito de águas…

Distante vai, na longa estrada, o amor
deixando, aos lábios teus, o dissabor
e o gosto tão amargo de tuas mágoas!



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⁠" IMAGINÁRIO "

Eu busco, no prazer do imaginário,
o encontro de nós dois, a qualquer dia,
e vivo, ali, tão doce fantasia
mantendo o amor presente por cenário!

Vivemos, do desejo, essa magia
irreverente, de um querer diário,
sem restrições quaisquer! Pelo contrário:
em liberdade plena, audaz, bravia!

Te entregas como entrego-me: sem medo!
Deixamos que o prazer nos dite o enredo
e cumpra o seu destino nos traçado…

No imaginário, eu busco-te à vontade
porquanto esse querer me toma, invade,
e, ali, gozamos todo o amor arfado!

⁠" A PRESA "

De sonhos, cá se vive… De ilusão,
de medos, de esperanças, de saudade,
te afetos, de querer, fraternidade,
do que se nutre e quer o coração!

Se vive de desejos, da maldade,
de arroubos, infundados, da paixão…
De gana, de vontades, de ambição
ou tudo o mais que der felicidade.

Assim, em vez de sermos, nós, pensantes
tornamo-nos foi seres, sim, amantes
que vivem do que amam nesta vida…

Se busca o que nos nutre todo anseio,
por birra, por loucura ou qualquer meio
até se ter a presa pretendida!

⁠" VEREI? "

Verei, de novo, a noite enluarada
silenciar-me a alma em seu suspiro
e despertar-me à carne outro vampiro
no veio da poesia em mim sangrada?

Debruçarei por sobre o sol no giro
de um ano a mais na solitude dada
ou deixarei que a luz da madrugada
descanse em mim o verso em que respiro?

Contemplarei, de outra nudez, o encanto
ou, da paixão, a voz em acalanto
chamando-me à união uma vez mais?

De novo, já nem sei se o esplendor
verei, de reluzente e incauto amor
a se atracar no escuro do meu cais!

⁠" ASSIM "

Por certo foi amor expresso, escrito,
notório em teu sorriso, ali, discreto…
Te despertou, para outro alguém, o afeto
e um sentimento nobre, enfim, bonito!

Não haveria, eu, posto em secreto,
de abençoar-te o amor, raro, infinito,
que liberou, de outra paixão, o grito
e pôs-te o pé em tão feliz trajeto?

Contente fico aqui de ver-te bem
quer mesmo que nos braços de outro alguém…
Completa-se, portanto, a nossa história…

É sempre assim, o amor! Tem seu momento
e aquece-nos em puro sentimento
pra que nos permaneça na memória!

⁠" NOTADA "

Se faz, com graça e charme, ser notada
e não tem como não dar-lhe atenção
se a traz a chama intensa de paixão
assim, tão docemente, apresentada!

Não há quem não se encante da visão
por bela, inebriante, ali postada
e assim se faz, por tantos, desejada
tal como a mim que dei-lhe o coração.

Eu lhe admiro as formas, bem traçadas,
expostas e, com graça, reveladas
sem medo de se expor ao meu querer…

No fundo ela bem sabe da vontade
que, sem pudor algum, me chega e invade
por tanto que lhe tem a oferecer!

⁠" RESERVADO "

Não fugirei do que me for dado em destino
e nem irei, pois, recusar lhe olhar de frente!
Querer barrar-me, bem eu sei, há quem intente
só por maldade, mão de ferro e olhar ferino!

Sou o que sou, sem medo algum, bom combatente,
fiel a mim, já como o fui desde menino,
e piso o chão com pés de amante e peregrino
seguindo em busca do melhor, como é evidente.

Se queres vir seguir comigo nessa estrada
esteja, então, disposta a tudo e apaixonada
das mesmas coisas, mesmos sonhos me ofertados…

Pois, do destino que estiver-me reservado
não fugirei, nem quem comigo pôr-se ao lado,
até cumprir-se o que, no amor, for frutos dados!

⁠" MELHOR IDADE "

Melhor idade? A que tu tens agora…
A que se vive com intensidade,
sem medos, sem receios, com vontade
sabendo que o prazer nos revigora!

Qualquer momento é de preciosidade
e, o instante, é que essa carne comemora
por todo esse querer que, dele, aflora
e que constrói, em nós, a eternidade.

Agora, é o tempo! Viva-o intensamente,
sem grilos, preconceitos, teus, da mente,
sem restrições vazias, sem pudor…

A tua melhor idade, em toda a vida,
a ser intensamente bem vivida,
é aquela em que viveres teu amor!

⁠" SEM "

Foi longo o tempo sem de um terno abraço,
sem beijos, sem carinhos, sem paixão,
sem de outro corpo a fim de uma união
que, do viver, tirasse esse cansaço.

Sem compromisso… Alguém… Só solidão…
Sem parceria alguma pra um amasso,
nem coxas se buscando num enlaço
nem toques, nem carícias de outro, então…

Foi toda a eternidade sem amor,
sem vínculo qualquer, seja o que for,
nem sonhos, nem encontros… Sem razões…

Um tempo longo, eterno e infinito,
sem preces para o coração contrito,
sem, de qualquer promessa, as ilusões!

⁠" ABATE "

Depois não quer ouvir nenhum gracejo,
cantadas, assobios, piadinha
de quem, por tal vontade, sai da linha
rendido, na visão, por tal desejo!

Se ofende dos olhares que ela aninha
depois de provocar querer sobejo
e segue erguendo as ancas no molejo
até mostrar as barras da calcinha.

Culpado, quem corteja e quem se expõe
no enredo em que, a atitude, se supõe
qual sendo, pois, de caça e caçador…

Quer venha o abate, ou não, no fim das contas,
depois das atitudes, das afrontas,
não se instaurou o vínculo do amor!

⁠Não nasci no sertão , mas tenho certeza que de lá eu vim de outrora .
Não nasci no sertão , mas me sinto filho da terra .
Não nasci no sertão mas amo sentir o sol o ar que entrelaça meus pulmões que só o sertão tem .
Não nasci no sertão mas amo o cheiro que as chamas trazem diante do braseiro.
Lugar onde encontro a paz e o sossego que minha alma precisa .

Inserida por webert_ramalho

⁠" ANELO "

Ao longe vês, o amor, chegando a ti
em seu cavalo branco, então, montado,
e o riso teu se põe emoldurado
nos grossos lábios teus cor de rubi!...

O coração palpita acelerado
como a querer fugir mesmo, de si,
num galopar, qual o corcel, ali,
de encontro ao peito teu enamorado.

Percebes que chegou o fim da espera
tal como a cartomante te dissera
que, um dia, ele viria ao teu castelo…

Chegando vês, de longe vindo, o amor
para atender, de vez, ao teu clamor
e saciar ao que te foi o anelo!...

⁠" LÁ VAI "

Lá vai o amor que sonho, livre, leve,
num caminhar seguro, em alegria,
e leva o meu olhar que lhe cobria
mas que, contar-lhe o fato, não se atreve!

Carrega sua paixão cruel, vadia,
que nunca acaba, morre e nem prescreve
fingindo que virá me ver, em breve,
como o querer em mim lhe fantasia.

Que mal pode fazer-me, então, sonhar
que um dia, assim, virá me visitar
pra, enfim, ficar de vez aqui comigo?...

Vai livre, leve, o amor que sonho, enfim,
passando lá distante, pois, de mim
sequer pensando em dar-me o seu abrigo!


"Brasa"



Sinto? Talvez sim.
Mas não como antes.

Havia um fogo em mim,
onde cada emoção era álcool.
Bastava um toque —
e eu explodia em chamas.
Belo, mas perigoso.

Foi assim que me afoguei em fantasias,
jogando horas do meu vasto dia
em cenários que não existiam.
Romance era refúgio
(e cárcere também).

Depois, veio o silêncio.
A dor me acordou.
E o fogo… virou brasa.

Hoje, é morno.
Quase não aquece,
mas também não queima.

Estranho.
Talvez necessário.
Talvez... uma saída, proteção.

Mas sinto falta, confesso
da melancolia que me fazia poesia,
da música suave ao apreciar a vista na janela,
do cheiro da chuva,
da beleza quieta do mundo.

Agora, meus olhos molham,
mas não choram.
A lágrima não escorrega
ela apenas sussurra.
E algo, dentro de mim,
a seca.

No começo, temi.
Temi virar pedra.
Temi nunca mais sentir.
Mas talvez...
seja uma lição.

Nem sempre a vida é sentimento.
Às vezes é fé.
Às vezes é razão.
Às vezes é só... viver.

Viciada em fugas
mundos paralelos de doçura.
Mas um dia doeu tanto,
que eu fui embora dali pra sempre.

Desde então,
sinto tudo mais leve.
Até demais.

Deveria doer.
mas só pesa.
E o medo volta:
e se eu não sentir nunca mais?

Mas talvez...
só talvez...
sentir de forma calma
também seja amar, também seja sentir.

E há esperanças
uma brasa, ainda queima de maneira escaldante
quem sabe torne-se eu novamente uma amante?
dessa vez, sem impulsos
sem extremos.

Inserida por liny_2

⁠há sempre um vazio
entre uma palavra
e outra
é no vazio
que se lê
o infinito

Inserida por cosme25

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