Poema ao Professor Aposentado

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Para conquistar uma mulher

Para conquistar uma mulher
Tem que ter lábia,
Mas, será que é verdade?
Será que um olho no olho
Não seria capaz de roubar
Um coração?
E o amor a primeira vista?
Será que o amor a primeira vista
Existe? Dizem que para
Conquistar uma mulher
Tem que ter atitude,
Mas, o que é mesmo ter atitude?
E se tudo acontecer sem
Que ao menos perceba?
Nem tudo é como um romance
Ou quem sabe uma novela...
Isso é meio que gozado,
Para conquistar uma mulher,
Tem de fazer-se galã,
E querer todas,
E quem sabe até mesmo
Quebrar a cara, até
Encontrar uma que seja
Quem sabe a razão do viver,
Ou apenas um estar junto,
Quem sabe muito mais
Que isso.
Para conquistar uma mulher
Não precisa ser romântico,
Os românticos sofrem a solidão.
Para conquistar uma mulher
Não precisa ter diploma,
Para o amor não tem diploma,
Principalmente quando
Estar-se preso
Um ao outro.

Valter Bitencourt Júnior
Passagem: Poesias, 2017.

CERRADO (soneto 2)

O cerrado é como um soneto
arbustivo, tortuoso, melódico
chora a sua aridez, é talódico
diversos como verso irrequieto

Fala do diferente, do exótico
contrastante e muito concreto
vai além de apenas indiscreto
exuberante e também retórico

É prosa narrada é céu sem teto
o cerrado é um insano imódico
e a sua melancolia vira adjeto

É tão sequioso no teu periódico
ádvenas flores, frutos, de ti objeto
d'amor que te quero, és rapsódico

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
09 de julho, 2016 – Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Era você que rondava em meus sonhos,
tentando capturar um coração vazio
e ali ficar ouvindo seu ritmo descompassado
na melodia do viver por viver?

Era você, qual sombra silenciosa,
que seguia meus passos solitários nas veredas,
onde desviando de buracos mantive o rumo?

Era você a inspiração que surgia de repente,
levando-me a canção de todo dia,
onde além da existência, timbrei a alma,
fazendo acordes e coros inimagináveis?

Era você, sem dúvida, que com palavras doces,
sussurrava aos meus ouvidos com o vento,
trazendo mensagens sutis a desvendar

Você que do nada apareceu,
tornou - se cada vez mais presente,
cativando e se fazendo amar,
nesse tempo espaço,
onde um coração, o meu,
já se tornara peregrino
num deserto de si mesmo,
consolado, sem nada pedir

Mas, se sempre foi você,
um sonho perdido entre sombras,
revelando-se aos poucos
e apenas isso eu sei,
é por você que agora,
todos os dias renasço !

Neusa Marilda Mucci
Outono de um tempo qualquer

Inserida por neusamarilda

Confesso que estou triste;
Ficar triste me deixa com raiva;
Ficar com raiva me dá ódio;
Sentir ódio me faz mal;
O que me faz mal me deixa triste...

Inserida por LuhBorges

não perca a cabeça
tentando desesperadamente
achar um jeito de se salvar
quando você para de debater
é que começa a flutuar

Inserida por vemcajoao

era como um daqueles quadros que
te fazem querer chorar
minha mão na sua coxa esquerda
a sua mão sobra a minha
o carro subindo a rua
como se o destino fosse a lua

Inserida por vemcajoao

Nunca abrimos
o vinho que
está guardado
na antiga cristaleira,
parei com besteira,
e aquele disco
repeti a noite inteira.

Não sou mais
a mesma ingênua
que chegou
cheia de sonhos.

O scarpin vermelho
está no canto
do meu quarto,
e tenho apenas
que ter bom senso.

A névoa caída
na madrugada
não atrapalhou
os meus olhos.

Nunca precisei ter
enfeites nas mãos
para a antipatia
que a face precisa
esconder com
quem nada fez.

Na penumbra sem
desejar o quê
na vida me tornei:
a estrela solitária
em nostalgia.

Nenhuma cara feia
me intimida,
alguma dúvida
ou pouco caso
com a minha poesia.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Sentada no banco
da Avenida Rio Branco,
Descanso a agonia
e dialogo mentalmente
sobre a perplexidade
ante a covardia,
A beleza da bouganville
me faz companhia,
E logo recupero
a coragem e a alegria.

Inserida por anna_flavia_schmitt

QUADRAGÉSIMO QUINTO HEXÁSTICO

Toda imanência recrudesce
ao sentir a vida em potência
caos sagrado e profano nasce
no Sujeito-poema acontece
faz-se desejo de existência
no eterno retorno da mente

Inserida por joao_batista_do_lago

O tempo é para sempre,
nós é que não somos,
por isso,
aproveitemos bem
cada segundo
que nos for dado
para permanecermos
neste belo,
e insano mundo

Inserida por neusamarilda

Vácuo
No vácuo, na falta de som
De luz, de poesia,
No caos da antimatéria
No infinito querer, jaz a ilusão:
Um pensamento morto
Uma discussão, a retórica
A dialética socrático-aristotélica
A coisa em si Kantesca (Kant)
Metafísica antipoética de Pessoa
A natureza viva de Cabral de Melo
O discurso sistemático cartesiano
O enfado amoroso kierkegaardiano
A impossibilidade da “república”
A ineficácia da “política”
O fracasso didático de Foucault
O erro freudiano, o sonho de Jung
O desejo superado de Lacan.
No vácuo, onde outrora estava o saber
Nada habita, sumiu a consciência
Só a falta de ar como indulgência
O temor de perceber que tudo,
Tudo é vácuo, percepção niilista
Representação, angústia Sartreana
Depressão, abismo, Schopenhauer.
O anarquismo, desgoverno, Proudhon
Sem coerção mental, pensamento avulso.
Foge-me a organização de Marx
“As massas” não se unem
Não há revolução… Nem salvação.
Morte à metafísica, lógica sem ação.

Inserida por EvandoCarmo

QUADRAGÉSIMO SÉTIMO HEXÁSTICO

Deixa-te voejar sobre o caos
há nele visível beleza
toda representação há
seja sagrada ou profana
não o olhes com tua indiferença:
caos requer visibilidade

Inserida por joao_batista_do_lago

Enquanto a politica nos mata
Enquanto pessoas lutam
Enquanto negros morrem
Enquanto pessoas sofrem

Enquanto a ditadura ressurgir?
Mais pessoas irão morrer
Menos pessoas irão viver
E mais gente irá sofrer

Com a perca de amigos que lutaram
Que se esforçaram e pecaram
Se apaixonando por quem não podia
Pois Deus não queria

Enquanto pessoas perdem suas casa
Enquanto pensamos em mais um poema
Enquanto criticamos um ao outro
Enquanto nos matamos por dentro

Inserida por PoeSias

Isso é viver ou morrer
Isso é ilusão ou realidade
Isso é amor ou falsidade

Isso é viver ou sofrer
Isso é correr ou matar
Isso é lutar ou apanhar

Isso é nada além de um poema
Que em nada nos anima
Mas sempre te inspira

Inserida por PoeSias

Palavras & Letras (2009)



Após o repetido encarar do branco das folhas se mostrar contumaz, confesso:

São dolorosas as letras, principalmente quando se juntam, em cambulhada, à soberba das palavras.

E pior ainda se chegam ao papel, seja na exposta frente ou no escondido verso.

Submerjo, naufrago... afogo em pensamentos dispersos...

Existirá mundo sem letras - consoantes, vogais,

Com ou sem aspas ou pontos, infames sinais,

Personagens discretos de palavras patéticas em frases conexas,

Fortuitas, complexas, infindas?

Disfarço, empalideço...

São medonhos os medos que ocorrem em assuntos transversos...

Em vão, tento crer só na existência dos dias em mundos letrados,

De grafadas palavras, garfadas por

Pensamentos famintos de uma mente inquieta,

Regados em instinto animal que vegeta

Embutido em nosso ego ancestral...

Revolvo pergaminhos sangrados,

Recolhidos de despojos em batalhas intermináveis,

Arrestados de indesejadas corjas de ideias alienadas,

Por vezes ensandecidas...

Malogradas, incompletas e

Ludibriadamente expostas,

As Letras nas Palavras remanescem !

E nas horas últimas, são

Expulsas pelo fórceps da vã impaciência...

Nelas, me agarro, sôfrego...desesperado..

Ai de mim !!!

Sinto a gosma da imperfeição minar e fluir...

Esvaio-me.

Suo bicas, me rendo. Delas é (chegada) a vez.

...e é nelas, e com elas que minha mente tenta por si, refazer-se...

Ressurge, convoca, agrega, aloca o que resta em mim...

Inclemente, um pensamento as recolhe, e traz de volta...

...voltando ao início do fim...

Inserida por RodrigoGuimaraesPena

Um lindo gesto de amor
Me fez compreender
Quando olhei para o céu
Senti vontade de reviver
Com meus olhos de amor
Meu coração se encantou
Sua pele tocando em mim
Meu coração disparou.

Inserida por angelica_souza_3

QUADRAGÉSIMO OITAVO HEXÁSTICO

Olhar-se profano no caos
saber-se da vida princípio
sugere ao poeta o universal:
ser agora transvalorado
senhor do totem sagrado
livre do veneno moral

Inserida por joao_batista_do_lago

O tempo sempre foi questionado,
Por criar e desaparecer com amores não determinados.
A um tempo um tanto quanto inesperado
Duvidamos que sobre um possível amor
Um amor que seria assim um dia um romance encantado

Criado a base de sonhos compartilhados
De alegrias que um dia se transformariam
Revertendo um mar de sentimentos inabalados
Em abraços de amor e de carinhos que cresciam
Nos corações desencantados

Desencanto este que foi neles foi ajustado
Quebrando histórias mal resolvidas
E reabrindo assuntos do passado
Afogando as magoas exauridas
Criando amores inusitados
De várias formas enaltecidas.

Nossos sentimentos foram criados
Com base no tempo que foi nos dado
E em todo espaço contemplado
Nossa história saiu do físico e do figurado
E tornou se um amor consolidado.

Se um beijo tem o poder inusitado
Temos em nós o poder contemplado
Daqueles que provavelmente nunca foram
Com o verdadeiro sentimento agraciado.

Seria eu desnaturado
Por já te querer ao meu lado
Mesmo sabendo que seu coração foi machucado
Com histórias do passado
Meu tempo e não perder tempo,
E sim, já querer seu amor supracitado
Criando de nós, uma história ainda ser escrita
De um casal apaixonado.





Eu te amo muito,
E quero lhe dar o infinito
Viajando por todo tempo e espaço
Criando um romance nunca antes escrito.

Inserida por CoffeeXFX

Amas tanto companheiros de vida
Para que vos faça
voar
se afogar
flutuar
vos faz ser nada

Inserida por cailanny_silva

QUINQUAGÉSIMO HEXÁSTICO

Há um rio que me navega sempre
na profundeza há águas claras
lâmina cortante na face
lá onde não existe luz
translúcido me gero calmo
aqui onde tudo reluz: guerra

Inserida por joao_batista_do_lago

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