Poema água
Café (Felipe de Lima, 06/08/2011)
Água fervida,
Grão moído
E Torrado,
Preto,
Quente,
Encorpado!!!
Expresso!!!
Com ou sem leite?
Por favor,
Creme pro meu deleite!!!
Minha boca dói porque você não soube trazer torneiras pra dentro desse quarto. Pedi por água, qualquer gota de cuspe seu. Continuo meio sedada, sentada, quase caída, melhor dizer descansada do que esgotada no canto em que você escolheu. Melhor dizer, do que sonegar, chorar pra você abrir minha boca selada com esse nada, cola de vazio, zíper de ódio, deixar parecer que está fazendo um grande favor.
Espremo os lábios feito feridas infeccionadas, pra ver se abre algum espaço e dali sai minha língua feito pus. Mas só aparecem ratos, espasmos condizentes de horas a mais de horror, fragmentos esponjosos que confundo com pequenos poros, buchas que ponho sobre a pele, esfregando como se fizesse um som de isopor, rangendo qualquer superfície a ponto de esticar os pêlos, arregaço então mais as mangas, os puxo feito elástico como se esticassem a dor.
Enquanto você inventa personagens e se espelha neles, sou apenas um reflexo dos meus. Não consigo criar mais nada assim calada, não sei imaginar algo sem ler em voz alta, o que acaba secando minha mente. Preciso de algum líquido mais forte, conhaque ou vodka, que preencha de vez os cômodos, infiltre as paredes até que elas se encharquem e me tussam para fora dessa casa.
Fiquei imóvel com os olhos rendidos e perdidos em mim mesma.
Aos poucos a água tomou-me o corpo e os braços se abriram.
Tudo, ao meu redor, rodava lento.
Os pensamentos sangravam-me em gotas.
Uma arrastada eternidade tirava-me o foco de todo resto.
Vesti-me de um delírio solitário.
Abracei os meus desatinos.
Abocanhei os sons distorcidos.
Não senti frio, tão pouco o calor.
Uma sensação única devorou-me toda.
Não lutei contra.
Deixei-me levar.
Flutuei.
Apenas flutuei
.
.
.
Lavo meu rosto
Para que a água esconda minhas lágrimas
Para que leve consigo as marcas de minha tristeza.
Porém, mesmo que eu tente,
Há algo que não consigo esconder:
A sombra que ofusca o brilho da minha felicidade.
Como pôde ser tão imaturo?
Como pôde destruir todos nossos sonhos,
Todos meus planos, toda minha alegria?
O que mais doe é sua mentira em afirmar que confiava em mim,
Rasga-me sua tentativa imbecil de interferir no que já não existia.
Sua surdez quando eu disse que todo o passado estava apagado,
Causou-me uma repudia crescente.
Não encontro justificativa plausível para seus atos descontrolados,
Não consigo aceitar que não te conhecia de verdade,
Não consigo digerir seus ataques absurdos de ciúmes.
Eu o escolhi para fazer parte da minha vida,
E é assim que você retribui?
Pisando no meu sentimento como se tudo fosse um tapete velho?
Extraindo dessa face lágrimas indesejáveis de dor?
Esmagando nossa história nesse mar de desconfiança?
Trazendo-me um passado indesejado?
Mas não se engane,
Quem mais perdeu nessa história não fui eu.
Você perdeu uma mulher que o amava;
Perdeu quem o tinha escolhido como parte dos seus sonhos;
Perdeu quem o queria como realidade;
Perdeu quem você havia conquistado a cada palavra, a cada vez que o ouvia falar;
Perdeu quem afirmou que seria sua,
Perdeu quem aprendeu a te amar.
Sua tolice repele a cada instante tudo que senti,
E meu amor próprio me diz que lamentar não ajudará em nada,
E que nenhuma gota de lágrima merece ser derramada pela suas atitudes idiotas.
Que seu erro queime no fogo da sua culpa de ter me perdido,
Que seu maior prazer seja me ver feliz ao lado de outra pessoa.
http://quandoaspalavrasfluem.blogspot.com
Eu em você
Quero fundir meu corpo á água
E correr entre os rios ...
Quero ser chuva ,tempestade
E você meu mar ...
Para juntos sermos o infinito !
Que eu seja então o céu ,
Para que você minha água
Me alcance todos os dias ...
Eu serei o sol
E você minha terra ,meu mundo!
Para que vivas a me rodear
Que seja o nada e você meu tudo
Que se movam terras e mares ,
Mas que o nosso amor dure para sempre .
Que eu seja para ti
E você em mim.
Quem sou eu?
Sou fogo,
Sou agua
Sou tudo,
Sou nada,
Sou o que penso ser,
Ou talvez não seja,
Cientistas dizem que sou parente dos macacos,
Religiosos dizem que sou fruto divino,fruto de Deus,
Na duvida,eu sou mas eu.
Por que me perguntam quem sou?
Posso não ser aquilo que falo,
Ou aquilo que penso.
Você nunca vai saber e,
Nem eu.
Nosso PAI
A água segue seu rumo, a terra brota, o sol nasce diariamente e só quem pode nos ajudar somos nós mesmos. Atribuir a responsabilidade de nossas vidas para Deus ou qualquer ser supremo que for, seremos omissos como criadores ou criaturas (no caso de nossos filhos).
O que podemos pedir é Sabedoria, Humildade e a possibilidade de entendermos as Leis do Universo e exercemos tais Leis.
Nosso Pai também segue as Leis do Universo.
Sinto a sintonia dos pingos de água que escorrem em mim ,
é como lavar a alma , eu nunca me senti assim .
As gotas suaves como acordes de uma musica de amor ,
exibem na chuva o seu maior explendor .
Os ventos , e as nuvens que com carinho às trazem
são os mesmos que de manhã desenham a paisagem.
Em meio os ventos frios dela abraçar alguém,
te mostram que existem momentos espontâneos que te fazem bem .
Correr em meio a seu constante temporal,
é poder viver sabendo que não existe felicidade igual .
Amar durante, um frio constante ;
é saber que existe muito além do que só vontade de beijar e abraçar ,
existe alguém que faz o seu coraão pulsar,
existe alguém que você vai sempre amar .
A chuva só é mais um fenômeno da natureza,
que com gotas mínimas de água exibe ao mundo sua sincera beleza .
Sou feliz pois vivi no paraíso
E bebi água pura em suas fonte
Vi voar borboletas e elefantes
Fiz pousar aviões em matas fechadas
Eu curei o coração da flechada
Rabisquei no livro da poetisa amada
Eu beijei princesas e fadas
Eu brinquei com gnomos
Fiz voar a vassoura da bruxa
Construí o trenó do papai noel que só rena puxa
Sou feliz pois pinóquio me deu seu nariz.
PARA VIVER E PRECISO SONHAR*
Um homem sem sonho,
e como um planeta sem água,
sabemos que ele existe, e que está la,
so não sabemos se abita alguma vida dentro dele...
Sobre o bobo coração
Onde está aquela gota d’água
que calmamente desliza por você?
por acaso tem ela pressa
de chegar e suplantar o alvorecer?
Ao olhar e ver-te aqui
quase a ponto de esmurecer
nada mais do que fechar os olhos
é o que faço para sentir seu ser
Por isso a palidez da face
é o maior brilho da eternidade
e assim terminam esse versos
já embebidos de saudade.
A nuvem que cantava a água
de cada dia
o tempo que não para
que da noite já era dia
quando o sol piava
a noite aparecia.
Mais do mesmo
A mesma água que do céu cái, para la torna
A dor que trás lágrimas, tráz o riso de um novo filho
Os mesmos que gritaram hosanas, gritaram crucifiquem-no
O céu da noite triste, é o mesmo do dia feliz
A areia da praia é a mesma antiga rocha
O caminho de ida é também o de vinda
A vida e suas voltas nos tráz sempre ao mesmo ponto
O coração sábio não é decifrar estas coisas
Mas conviver em harmonia, mesmo em face a elas
O que posso desejar pra voce em 2010
Mais do mesmo, mas, mesmo diferente.
Eu falava: apua ao invés de água.
Eu caí várias vezes antes de andar.
Que me dirá correr.
Eu tive que tentar pra acertar.
Eu tive que errar pra aprender.
Tive que deixar de ser menino pra crescer.
Rumo ao Mar...
Sol desperto no céu espelha-se na água
da lagoa e do mar, pontilhando de dourado
pequenas gotas bailarinas suspensas no mar.
Calor do sol, brisa suave no rosto,
segue o barco balançando a destino do mar,
transporta sonhos de um lado para outro,
onda branca e inquieta que não pára,
a encantar-se com a beleza de suas margens.
Doçura impetuosa das marés a subir no entardecer,
gotas cintilantes desafiando as fortaleza das pedras,
enquanto os barcos crepitam nas ondas azuis,
ida e volta, chegada e partida de pequenos cais.
Corre a água cristalina a buscar o seu destino,
palavras são veleiros que viajam nesta onda,
vão partindo com o vento como quem canta,
canto da ave, canto da pureza do mar.
Segue o barco neste mar entre montanhas,
cortando as ondas que soluçam baixinho,
canção do mar, plena de magia e poesia,
que nesta hora até os pássaros silencia.
Água, sal e vida, hora da despedida,
segue o barco a sua rota, ficamos aqui no cais,
de tantas belezas avistadas fica um quase poema,
vago como a luz que reinventa o azul do mar,
no verde-mar-poema que ficou na margem.
" ... a noite avança.... o tempo fugaz... foge como água por entre meus dedos... e, o que sinto.... é uma dor frustrante da falta do controle da minha vida...
Cuidei tanto tempo e agora preciso de cuidados...e cuidar dos cacos que ficaram...dizem que o tempo cura tudo...
é mentira!!!! e das grandes!!!
Só o amor é capaz de curar tudo em nossa alma... e em nossos dias amor... é tão banal... e fácil, mas ao mesmo tempo dificílimo é!
Não se pode comprar amor nas esquinas das ruas... talvez um corpo ... uma côpula... e, o vázio frio advindo depois disso???
De que adianta ter um corpo quente ao seu lado... uma noite de puro extâse..... se a alma continua sedenta... faminta de amor.
Talvez eu seja idealista... louca... o que quiseres denominar... para mim tanto faz...
É nessas horas que o tempo vira nosso inimigo... pois tira-nos o viso da mocidade....
e quem há de querer almas quebradas.... corpos alquebrados e marcados ??
Há de se ter muita fé e esperança....
será que o tempo deixará que isso ocorra???
Nos devaneios noturnos e na solidão dos que necessitam viseralemente do amor para tornar
a vida mais bela.... e para aquecer a alma triste e dolorida...
