Poema a Morte das Casas de Ouro Preto
Ó, gato preto.
Tu não sabes o quão és belo.
Mesmo carregado de memórias e lembranças negativas,
Você é um resultado da sobrevivência e coragem de seu ser.
Tu não tens noção de quantas pessoas estão passando o que estás a passar.
Isso é muito mais comum do que pensas, pobre gato.
És escuro como a noite e brilhante como as estrelas.
Você é mais do que imagina.
Fique tranquilo, gato.
Volte para a sua casa e abra um sorriso neste rosto triste.
Não tem casa?
Fique comigo que encontrarás a verdadeira felicidade.
Reencontre seus pais e será feliz para sempre.
Não se preocupe, lhe pagarei pela paz derradeira que enfim vai te redimir.
Bem-vindo a vida eterna, gato.
Nosso amor em preto e branco
Nosso amor é fotografia antiga,
Uma tela pintada com tons de contraste,
Um jogo entre luz e sombra que intriga,
Um encontro de cores que o tempo afaste.
Eu, o tom escuro, profundo e denso,
Você, a clareza que rasga o breu,
Somos a luta do simples e do imenso,
Do que se esconde e do que nasceu.
É difícil dançar na borda da linha,
Onde as diferenças criam abismos,
Mas também pontes que o amor alinha,
Unindo mundos, vencendo cismas.
Quando a luz falha e o dia se apaga,
Nos resta o desejo de juntos pintar,
Mesmo em cinzas, a chama não esmaga,
O sonho de juntos continuar.
Nosso amor em preto e branco persiste,
Resiste ao tempo, às sombras, ao vento,
Pois na tela da vida, mesmo tão triste,
Há beleza no contraste do sentimento.
Não importa o seu jeito
Loiro ou preto
Branco ou negro
Não importa a cor da pele
Não importa o seu cabelo
Deus vai continuar te amando
Independente do seu jeito.
Alguém avisa pro falso cristão
Que todo jovem preto um dia foi um feto
Não venha me dizer que é a favor da vida
Se quando nos assassinam você fica quieto
O papo é reto, poucas ideia
Sobrevivência, revolução
Eles vão tentar tomar meu lugar
Mas tipo Rosa Parks, eu digo: Hoje não
Sem você a vida não tem cor
Sem amor
É sem humor
Sem esplendor
Com dor
Com disabor
Preto e o branco não tem mais ilustrador
Do termo sem fim, quiçá eterno
Mas imortal
Do amor que tive
Com sabor de contentamento
Ao redor do mundo
Nada são comparados a ti
Ser para sempre o geólogo do teu coração
Aprender uma nova canção
Assim, de tudo ao meu amor será
Numa poesia em forma de canção para ti.
Não entendeu? Confesso que eu também já passei pela mesma dificuldade.
Ao fim, vence o amor que, tudo passa, menos o amor.
Valorize o amor; o teu amor eterno e imortal !!!
VIDAS NEGRAS IMPORTAM:
O sonho negro,
Preto...
Dos palmares, macacos,
Tabocas dos Amaros.
se reflete na peleja
Do lundum.
Na prenda - Desfeiteira
Que respira nas caianas,
Grilos e matão.
Zumbi nos meus ouvidos.
Pelas parcas terras
De Benguela,
Severina e João.
Se ampara no ganzá
Do Moa do katendê
No "respirar" negro Floyd
Suprimido no braço do brasão.
Excluídos do canjerê.
SER PRETO
Ser negro não é apenas na cor
Na dor ou lugar de nagô.
É preciso ter "raça". Atitude!
Ser negro, afeito de negritude
Se perde ao verbo que ilude.
Ser negro é romper o discurso,
Mudar o percurso que se toma
Em curso.
Negro, sobretudo, jorro plasmático
Tamboril do terceiro continente.
Buscando alforria, autonomia.
Resistência é estado de liberdade
Não à branca consciência negra
Liberdade, liberdade...
Série Minicontos
IDÍLIO
No limiar da noite sobre a namoradeira.
Um longo preto estampado em flores escorria sobre o corpo. Jonny, lhe adornava os ralos cabelos negros. A vovó Deinha trançava o sonho azul do netinho Pedro, que ao pé da letra dormia envolto ao mundo de fantasias. Quando acordou, estava lá.
São muitos "Nunca Mais"!
Agora, a minha perspectiva é real, preto e branco; sem mais, nenhum entrave, desacerto, equívoco; nem tampouco, expectativa colorida, indesejada, ilusória, irreal!!!!
A moça de preto
Incrível como alguém faz você suspirar pelo simples fato de estar presente naquele momento.
São segundos que se tornam minutos numa breve eternidade.
Ao vê-la lá do alto e depois descendo as escadas ao meu encontro são imagens do filme que levarei comigo por onde eu estiver.
E depois de um caloroso abraço... me perco nos seus amassos que me fazem ter a certeza de que: é ela.
Sou preto, sim, mas será que isso é um crime?
Será que a cor define o que somos, o que subestimam em mim?
Porque serei julgado pela pele, e não pelo que tenho dentro,
Quando a cor é apenas um traço, um rótulo que invento?
O que é preto, senão um ser humano?
O que é branco, senão um tom dado ao acaso, insano?
Somos mais que as cores que nos impõem,
Somos histórias, sonhos e vozes que ressoam,
Não somos feitos de pigmentos, mas de essência,
De capacidades que se revelam na persistência.
Será que um dia o mundo verá,
Que somos julgados pelo ser, não pela cor que está?
Que o valor está no que fazemos, no que somos em verdade,
E não na superfície, que esconde nossa humanidade?
Branco no Preto
A pele recobre a superfície do corpo e apresenta-se constituída por uma porção epitelial de origem ectodérmica, a epiderme, e uma porção conjuntiva de origem mesodérmica, a derme. Abaixo em continuidade com a derme está a hipoderme, que, embora tenha a mesma origem da derme, não faz parte da pele, apenas serve-lhe de suporte e união com os órgãos subjacentes.
Se somos majoritariamente mestiços, aqueles lugares do poder colonizador, podem ser preservados também como recordação dos que ameaçaram e exploraram nossos ancestrais. E quem não é mestiço na epiderme, vive a mestiçagem na experiência cotidiana de alimentação, vocabulário e outras práticas culturais.
Nosso patrimônio histórico vai além de fortalezas, engenhos, salões palacianos, embora devamos preservar, estudar, conhecer esses espaços para melhor entendermos sua importância nas relações sociais. Tal patrimônio, ampliado e contextualizado socialmente, será capaz de nos abranger na complexidade de nossas experiências.
Discutir a Imprensa periódica, que surgiu tão tardiamente em nosso país, é igualmente necessário em termos gerais da História Cultural, diante do caráter ainda mais tardio de uma indústria editorial no país voltada para a produção de livros, donde jornais e revistas ainda se constituírem, naquela época, em núcleos muito importantes de debate intelectual e artístico, além de político, é claro.
Não sei
Amuleto preto
Onde Deus guarda no escuro
Se meu caminho
Me perdia
Ou me encaminhava
Embotava a bota
E botava o chão
Brotado em rocha
De tanta graça
De leveza tanta
Que
Meu próprio suspiro
Me levanta
Exaustão de gozo
Que tal seja a regra
E longa é a vida
Que aguardo ansioso
O tempo nos parques
Gera o silêncio
Do piar dos pássaros
Das vistas destas araucárias
Na mesa
Do mundo
Meu imaginário
Sentam-se muitos
Desesperados
No corredor atento
No andar desatento
Sem um desalento
Sou todos eles
Nem razão
Tão pequena
Nem amplitude
Tão pura
A tua razão sensata
Se estendeis ao propor
A imitação
Pura do ser
No ascender de ir
Da imaginação
No propósito
Da Imagem em ação
Enquanto
De manhã escureço
E
De dia tardo
Lá longe
É quando
E
Onde há Cansaço
É onde meu tempo é quando
Entre tantos
Um dia
Me descubro
Entretanto
Que
O tempo nos parques
Cisma no olhar cego dos lagos
Sei de um bom lugar
Onde compreender
Que tal amanhã
Quando você voltar
Seja diferente.
Onde está preto e branco, procure ser a cor.
Onde há tristeza, leve a felicidade.
Onde há choro, procure levar a alegria.
Onde há guerras, seja a paz.
Momentos preto e branco,
realçam alegrias ou prantos
ao perpassar na nóstalgia de tantos.
Sintonizados nos instantes de recordos ou sonhos, concretizados ou deixados de mão.
Podem valer mais que um tostão
Por ficar marcado em um coração.
Preto
O encanto das cores
escuras na alma
Transmite a essência das noites
Num tom de preto…
Preto escuro ou preto claro
perpassando ao suave gris do manto
Que aquece o Ser noturno
Que não dorme nas noites
Para apreciar o simples
Escurecer dos lares
Que apagam as luzes da multidão
E escurece as faces
Que sonham
Que pensam
Que roncam
Na imensa mansidão
Que ensurdece os ares.
Autorretrato
No retrato que me traço
Às vezes tô no avesso
Pontilho branco e preto
Às vezes me pinto de mar
De amar amarelo
Um girassol na multidão
Em formato de castelo
Do meu mundo faço sol
Mesmo em dia cinzento
Quem nasceu para ser luz
Não importa a cor do tempo
Mesmo sem perceber
Leva o sol sempre por dentro
E no fim eu sempre sei
A força que tenho nos passos
Não importa o caminho
A esperança está comigo
Poema de autoria #Andrea_Domingues ©
Todos os direitos autorais reservados 13/12/2019 às 08:40 horas
Manter créditos para autoria original #Andrea_Domingues
Suas linhas
Ela é feita de cores
Tem dia que é de arco-íris
Tem dia de preto e branco
Noutros é jogo baixo
Se entrega nos livros e desse do salto
É intensa em tudo que faz
É mistério da noite, mas também é alvorada
É capaz de ser o céu e ao mesmo tempo passarinho
Ser mulher é ser poeta
E ao mesmo tempo poesia
Declamar seu dia a dia
Ser de fases como a lua
Mas,ter a magia de acender o sol
É ter todos os sentimentos
Ser amada e ser amor
Ser pássaro e ser flor
Ser um doce
Mas, ter uma pitada de sal
Oh, que perfume exalado
Nesse mundinho perdido
Por detrás desse olhar
Está um tesouro escondido
Sorte de quem achar
Azar de quem a perder
Sua alma encantadora
Não é qualquer um,
que consegue ler
Poema autoria de #Andrea_Domingues ©
Todos os direitos autorais reservados 22/07/2020 às 11:10
Manter créditos de autoria original _Andrea Domingues
Todo esse tempo que lá vai...
Vejo passar a minha vida...
Em preto e branco...
Em branco e preto...
Por alta noite...
Quando não ouço um pio...
Os meus amigos onde estão?
Que batam à porta...
Façam-se chegar...
Mas apenas espero você...
Por onde andarás?
Vem...
Destruir o silêncio...
Levantar os panos...
Limpar o espelho...
Que de tanto o fitar...
Preto no branco ...
Cinza está...
Deixada sobre a mesa...
Cheia de negra poeira...
A estrela por ti colhida...
Se empequena...
Tudo está lá fora...
E tanto aqui dentro quero...
Sentado...
Aqui espero...
E ponho-me a olhar suspirando...
Aguardando que se abra a porta...
E eu, que não sou mais do que isso...
É só isso o que me importa...
Tendo idéias e sentimentos por os ter...
Do que julgo que sou…
Do que anseio ser...
Sei que nada sou...
Quando estou longe de você...
Sandro Paschoal Nogueira
Após torcer contra o vento
em uma tempestade, surge
um arco-íris preto e branco
confirmando ao Atleticano
que chegou a glória eterna.
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