Poema a Morte das Casas de Ouro Preto
VALA DE OSSOS
Descobriram n'aquela vala antiga
uma pia de ossos de gente...
E algumas casas de formigas.
Os ossos, todos iguais,
com exceção, da diferença de tamanho
mas na cor, todos brancos e com certeza
... As lagrimas de todos, eram d'água.
Ossos, todos esqueléticos,
sem pele, sem sangue, sem carne
Não dá para saber as cores dos
olhos e da vida dos donos...
De quem vivia em castelo
ou de quem vivia em abandono,
quem era pobre ou rico...
Católico, crente ou descrente
quem nasceu primeiro, ou depois
a única diferença que se dá para notar
é d'aqueles que urinavam no penico.
Aquela vala cheia de ossos de gente
é mesmo aquilo que pode se falar...
Que aqui, somos todos inocente!
Que somos iguais perante a terra
e que todos um dia, irão se acabar.
Antonio Montes
NATAL ...
Todo ano é sempre tudo igual .
As pessoas arrumam suas casas
Fazem ceias ,se reúnem
e demonstram solidariedade
com gentilezas e troca de presentes ...
Ah... Mas como seria bom se todo dia fosse assim
como nas Noites de Natal!
Todo dia é dia de Prece
Todo dia é dia de bordar nossa fé
Todo dia é dia de acreditar em novos sonhos
Todo dia é dia plantar paz ao próximo
Todo dia é dia de cantar a melodia do puro sentimento
Todo dia é dia de olhar para os céus em sincero agradecimento
Todo dia é dia de limpar a alma
Todo dia é dia de abraçarmos nossos irmãos
Todo dia é dia vivermos em comunhão ....
Vamos todos os dias por um mundo bonito !
O Agora jamais nos deixará aflitos ...
Se diariamente compartilharmos
o AMOR BENDITO .
Nas casas, nos lares, nas ruas. A vida segue. O coração pulsa. A mente raciocina. Até quando? Pergunta que não importa. Segue a vida e seguimos até o quando-será. Os dedos digitam. As mãos cogitam. No ritmo frenético da produção há vida. No silêncio da mente há vida. Nos campos. Nas indústrias. No comércio. E somos muitos. E somos vários. E passaremos, quando a cada instante passamos. Convém sorver a vida, quando somos pela vida sorvidos. O relógio fraciona os instantes. Os instantes ignoram nossa cronometragem. E somos otimistas. E somos pessimistas. E somos nada. E somos tudo. Somos imagem no espelho. Somos imagem do tempo. Somos cosmopolitas. Somos rurais. Somos índio. Branco. Negro. Amarelo. Um ser sem cor. Somos palavras que respondem. Palavras que ignoram. Somos o tempo que demora. E passa rápido. Somos a carne no açougue, cortada em fatias. Somos a verdura do corpo que se crê saudável. Legumes e frutas. Queijos e laticínios. Somos a rosa, com ou sem espinhos. Somos tão vários. E somos tão o mesmo. Sumos de cores variadas. Espectros de luz dos mais diferentes primas. Somos a sede. De vida. Para além das rimas. Somos o ser que fizemos, quando nos fizeram. Somos essa manhã de sol que nos lembra que ontem foi noite. Somos cinza, fluorescente. No pulsar de um neurônio que se acende.
Monalisa Ogliari
Feliz Natal
O espírito natalino está chegando em nossas casas no dia de hoje , uma emocionante reunião entre família, amigos , conhecidos , vizinhos, companheiros de trabalho enfim , uma alegria que transborda felicidade para todos .
Nunca podemos esquecer que o Natal comemoramos o nascimento de Jesus Cristo , uma data tão especial e comemorativa para nós e que além da felicidade , devemos agradece-lo por todos os dias de nossas vidas , por todos os obstáculos e barreiras que enfrentamos a todos momentos e os livramentos feito por ele.
Hoje é seu aniversário, mais o maior presente quem recebe somos nós , que é a vida e bênção de cada manhã , de uma tamanha harmonia e alegria dentro de nós e até das coisas ruins através dos consolos que nos conforta a cada oração.
Então desejo a vocês um grandioso Natal , muita paz , alegria, e que não falte nada em sua casa e que todos nós tenhamos uma ótima Ceia de Natal.
Diego Bosso
VIVER DA CIDADE
As cidades vivem...
Em seus edifício, suas casas,
ruas ruínas, esquinas, frios e brasas...
Suas mãos entrelaçadas suas tranças
com suas, esperanças e suas sinas
... Olhares tristes e felizes
de suas, adoradas crianças.
As cidades vivem...
Seus dias de glorias
dias de luzes, noite de escuridão!
Com seus barulhos seus entulhos
seus gritos, lixos e seus caprichos
suas caretas, alegrias e suas dores,
seus pânicos, medos e horrores.
Vivem dias de angustia, dia de cão
vivem também... Dias de doutores!
Dias de promessas e dia de oração
... Vive um dia de cada vez!
Uma semana, um ano, um mês...
Tudo aquilo, que carregam em sentimento
um momento, para cada um de vocês...
As cidades vivem acordadas
e acordam dormindo...
Vivem dias de feriados e trabalhos
seus pés descalços, seus sapatos
seus olhar franco... Risos, largos e falsos,
vivem o manhã de planos e sonhos
vida de enfado, pesadelos medonhos
vivem as horas e os dias que vem vindo.
Antonio Montes
Ando nesta noite sem lua numa cidade sem muros
sem casas ou pessoas
há grutas, há deuses e um pouco de silêncio
a rua de pedra conta a lenda do sangue que pensava ser revolucionário mas era também nada...
era jovem e sonhava como jovem...
não pode sonhar mais
mortos e pedras só vivem em túmulos
onde mães desejosa negam à Deus
e lembram de pés pequenos e sujos que beijaram
essa cidade me assusta...
não que tenha feito mal aos jovens
porém esse silêncio toca nosso coração
como missa
como elegia
como o último gole daquela garrafa que jogamos no lago
nunca houve violência nem homens aqui
homens são criados por Deus
e nada que Deus criou faria o quê foi feito
não lave a rua , chuva
deixe assim ...
leio no vento uma súplica coloquial e e pesarosa
de um rosa nascida com espinhos por afrota
continuo a andar
agora como sempre sem passos ou destino
queria que meus olhos fossem teus
para ver se encontro em mim o homem que diz que sou
levo muitas almas comigo e nenhum amigo
muita estrada e pouco pouso
na certeza que paz existe no mundo que criou para nós dois no dia em que morremos adultos
nas ruas de pedra da cidade sem homens...
DEIXE-ME VOAR
Passarinho, pense e me diga
Porque que escolhe casas
Se teu viver no mundo arriba
Todavia foram as asas?
Vejo-te voar pelos espaços
Em canto com seu cantar
Segue com seu encanto ao leu
Chilreando sobre o azul do céu
Passarinho eu já sei
Que o seu viver é amar.
Passarinho... Ensine-me a voar?
Não me deixe aqui no chão.
Eu tenho sido arrastado
Por terríveis corações
Voando, ganharei os céus
E plainarei pela imensidão.
Aqui no chão sou arrastado
Pelas leis que me rodeiam
E ao imposto condenado
Que sempre me trouxe peia.
Antonio Montes
Falta harmonia
Existem várias casas mortas,
Mesmo quando estão habitadas...
Está faltando amor as pessoas,
Lugar onde vivam por inteiras.
Existem várias casas mortas,
Crianças não podem explorá-las.
Provocam inexistência as vidas,
Tornando essas casas tão frias.
Existem várias casas mortas,
Faltam as alegres brincadeiras.
Infância repousa nas prateleiras,
Estão condenadas e impedidas...
Já as casas vivas, são aquelas...
De desapego às coisas terrenas.
Não frustram as vidas alheias,
São como por flores nas janelas.
Esquece lá os carros, as casas, as viagens, o teu status quo,...que o meu amor por TI não tem preço.
Ama(-ME) apenas com o teu coração.
É quanto basta para me fazeres feliz.
Aldeia deserta,sozinha,perdida.
no tempo,casas vazias,sem som,
sem risos,sem passos,ruas sem alma,
perdidas,sem vida,com desencontros,
encontros que esquecem sentimentos,
perdidos no escuro da noite,
vou ver a minha Mãe e o meu Pai,
com os brancos dos seus cabelos,
do tempo da vida os seus dedos gastos,
de tanta ternura e tanta solidão.!
Se atualmente temos mais bens que valores, mais
Libertinagem que pudores, se as casas andam tão
Maiores e os lares tão menores, afinal, isto é sinal
De que evoluímos ou involuímos, que mais ou bem
Menos nos construímos e a nós mesmos destruímos?
Guria da Poesia Gaúcha
Aldeias de Trás-os-Montes
lindas e belas .....
casas vazias com sentimentos,
sem gente com alma,charmosas,
desiludidas sem maldade, sem ódio,
sem crueldade, vaidosas,
esperam com saudade,todos aqueles que as amam
casas fechadas,tristes com história,
que gemem ao sentir os vivos,
com ânsia e saudade, com cheiro mofo,
casas de barro ,de fragas a cair aos pedaços.
saudosas,sangrentas,sozinhas e frias ,
das nossas lindas aldeias.!
Menina Imaginária
Tantas Casas a escolher, tantas asas a perceber,
tantas cores desse olhar e a noite cacheada faz riso,
escondido em covas de menina e flor.
Eu gosto de assistir o fim do ciclo diário;
As luzes dos postes acendem, as luzes das casas apagam
Os grilos, as cigarras, os sapos
Os pequenos a salvo, os jovens fugitivos, furtivos, desgarrados.
Os cães de casa saem a passeio, os da rua dormem
E tudo vira suspeito quando não se está acostumado a observar
E ainda os casais que namoram como os gatos na rua
Enquanto eu imagino que no mundo, eu não sou o único ser perdido com um cigarro na varanda.
As pedras, grandes ou pequenas fazem muros e casas
É inteligente aquele que sempre tem à mão a argamassa
Sábio é o que sabe edificar... Novas veredas
Pleno é aquele que contemplar as estrelas
As velhas casas da Ubá
As velhas casas da Ubá, que vou enfim conhecendo ao passar diante delas, revelam um lugar onde o tempo ficou esquecido, salvas raras edificações nela presentes que podem até mesmo passar desapercebidas em meio a tanto passado.
As janelas lacradas, mas nalgumas delas permite-se ver um tempo longínquo, quando observado através das mesmas. Quem resiste em meio à penumbra de seus interiores? Talvez pessoas que testemunham, de longas datas, estas mesmas residências... Esta rua.
As antigas árvores também estão lá, mas algumas são jovens e talvez sejam elas o que há de novo num lugar onde tudo parece ter ficado esquecido por resistência daqueles que ainda não morreram.
Na última esquina, ao passar em frente a um velho bar, olhei, inesperadamente, a face de um senhor, que também me fitou. Senti que, naquele semblante, se revelava como seria o meu quando eu chegasse à sua idade. Não sei bem o que ele poderia ter pensado ao me olhar, se também me viu, nele, quando tinha a minha idade. Mas tudo foi assim, em poucos segundos, e lá estava eu virando a esquina, deixando a Ubá.
O que me desperta a atenção num lugar pelo qual jamais me interessei, são os mistérios que começam a ser revelados através dos mesmos.
Fechando ciclos e já sentindo cheiro de 2013.
Amo cidade com luzinhas brilhando, novenas nas casas, vizinhos desejando boa sorte.
2013 será o ano que tem que ser. Expectativas?
Sempre com a caixa de expectativas lotada. Não tem jeito, sou assim.
Fico por entender essa plenitude do amor..
Você sonha com príncipes, casas enormes, grandes viagens!
Só que a vida vai chegando e tudo o que era grande fica de lado, pois queremos mesmo é viver sereno. Amando!
Essa coisa de ser de verdade é o meu sonho! Hoje eu quero felicidade distraída, casa aconchegante, ar condicionado, pijama novo.
Quero poder errar, chorar, andar de mãos dadas, sentar na grama! Quero, quero, quero!
Pensando bem faz um tempão que não me sento na grama...
Farei isso hoje!
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