Poema a Morte das Casas de Ouro Preto
Feliz Natal
O espírito natalino está chegando em nossas casas no dia de hoje , uma emocionante reunião entre família, amigos , conhecidos , vizinhos, companheiros de trabalho enfim , uma alegria que transborda felicidade para todos .
Nunca podemos esquecer que o Natal comemoramos o nascimento de Jesus Cristo , uma data tão especial e comemorativa para nós e que além da felicidade , devemos agradece-lo por todos os dias de nossas vidas , por todos os obstáculos e barreiras que enfrentamos a todos momentos e os livramentos feito por ele.
Hoje é seu aniversário, mais o maior presente quem recebe somos nós , que é a vida e bênção de cada manhã , de uma tamanha harmonia e alegria dentro de nós e até das coisas ruins através dos consolos que nos conforta a cada oração.
Então desejo a vocês um grandioso Natal , muita paz , alegria, e que não falte nada em sua casa e que todos nós tenhamos uma ótima Ceia de Natal.
Diego Bosso
VALA DE OSSOS
Descobriram n'aquela vala antiga
uma pia de ossos de gente...
E algumas casas de formigas.
Os ossos, todos iguais,
com exceção, da diferença de tamanho
mas na cor, todos brancos e com certeza
... As lagrimas de todos, eram d'água.
Ossos, todos esqueléticos,
sem pele, sem sangue, sem carne
Não dá para saber as cores dos
olhos e da vida dos donos...
De quem vivia em castelo
ou de quem vivia em abandono,
quem era pobre ou rico...
Católico, crente ou descrente
quem nasceu primeiro, ou depois
a única diferença que se dá para notar
é d'aqueles que urinavam no penico.
Aquela vala cheia de ossos de gente
é mesmo aquilo que pode se falar...
Que aqui, somos todos inocente!
Que somos iguais perante a terra
e que todos um dia, irão se acabar.
Antonio Montes
MEU TERNO
Tirarei meu terno
E, em mangas de camisa.
Irei às casas de baixa-rendas
Ou renda submissa.
Com um vocabulário moderno
Falarei ”do Fome Zero;”
Novas moradias.
Olham-me, iludem-se,
Novos projetos;
Novas ironias.
As crianças olham-me desconfiadas.
As mulheres falam-me de suas dores,
Os homens balbuciam coisas ilegíveis,
Pedirão favores.
Saberei fingir nesse momento.
Usarei a própria dor, por ironia.
Oferecerei meus préstimos na saída.
Receberei um sim, esquecerei por fim.
E, essa gente sofrida.
Que conheceu meu vocabulário moderno,
Por vias de azar.
Vestirei meu terno
Subirei ao pódio
Não voltarei mais lá.
Retrato de uma guerra...
Uma cidade sem ruas,
uma rua sem casas,
uma casa sem família,
uma família sem mãe,
uma mãe sem filhos,
sem filhos e sem mãe.
Um corpo caído,
moído... sofrido.
Um corpo sem braço,
um braço sem mão.
Falta de espaço,
falta de ar,
um tiro no coração.
Uma cidade,
uma rua,
um homem,
sem sol, sem lua...
apático...
sobreviveu porque foi prático.
Uma frase, um barulho, um silêncio, gás metano
Explosões invadem casas e arrasam nossos planos
Essa noite os meus medos me invadem pelos cantos vou vivendo, navegando, navegando, navegando
Passeio de Ônibus pela cidade, passo horas vendo as mesmas imagens, casas, ruas, vilas, pessoas tristes pelo caminho...Não há nenhum sorriso nas pessoas, elas estão preocupadas demais para sorrir ou mesmo olhar para os lados.
Sentado do meu lado está um estranho e vou passar as horas com ele até chegar no ponto final,e nem um oi, nem um olhar, estamos ocupados demais com nossos pensamento...SOMOS MAQUINAS.
Mudamos muito, hoje não sabemos mais demonstrar nossos sentimentos,as pessoas estão frias.
HOJE EU SÓ QUERIA UM SORRISO PARA ESQUENTAR MEU CORAÇÃO MINHA ALMA.
Entenda uma mulher
Voe livre sem asas
Coma uma colher
Nas nuvens construa casas
Prove a inexistência da fé
Ande com pedras no sapato
Convença a pedra do que ela é
Altere o seu passado
Crie à vida um novo caminho
Mude a opinião do alienado
Transforme a água em vinho
Dê vida a um retrato
Para depois julgar alguém
Se não cumprir o que a cima foi ditado
O julgamento não te convém.
Sentei-me em um banco da praça já vazia. As pessoas em suas casas vivem as emoções de uma trama fictícia, sem cogitar as tramas reais.
Observo atentamente o movimento das nuvens no céu já escuro, a noite caiu e todos estavam ocupados demais para perceber. Só eu consigo ver?
O vento arrepia minha pele descoberta, chego à conclusão de que logo vai chover se não sentisse frio, talvez nem fosse perceber.
Os carros andam apressados de um lado para o outro, me pergunto se essas pessoas sabem para onde exatamente estão indo, ou aquele ato não passa de uma pequena circunstância da rotina e dessa vontade desenfreada de repetir a mesmíssima coisa do contexto social. Como deveria ser, corre tudo normal.
Afago o acento vazio ao meu lado, deveria haver alguém ali?
Aspiro o ar puro pela última vez, antes de cair nas previsões de que faria tudo outra vez. Levanto-me e retorno para a realidade, esperando que ao menos aquele segundo de lealdade, continue por alguns dias em meu coração.
Queria ter a coragem insana que faz os leigos acreditarem em uma felicidade nem tão feliz, porque sim, é preciso coragem para não sorrir.
PRIMAVERA
Em frente às casas já avistamos
Algumas flores coloridas
A estação que tanto amamos
Vem aos dias dar mais vida.
Desta vez ela chega mansa
Acompanha o ritmo do vento
Lança as cores numa dança
Que floresce os sentimentos.
Deus permita que com a primavera
Venha a chuva tão necessária
Pois com a seca que se assevera
A falta d’água é uma adversária...
mel - ((*_*)) 18/09/2014
Eu gosto de caminhar sozinho por algumas ruas, entre arvores e casas, entre carros e pessoas
Gosto de caminhar no silencio da solidão, sempre que chove, também quando faz frio
Livre, leve e solto
Quando passo levo um pensamento, as vezes outro
Eu sou assim
Calmo e simples, intenso no fim
Vivo aqui a muito e muito tempo
Prazer, eu sou o vento
À semelhança do José, alguns de nós seremos levados para longe de nossas casas. Ou compelidos a isto...
E diversificados somos; e várias são as casas; sem que se despreze aí os sonhos.
Tal êxodo não será ruim, se conseguirmos compreender que Deus tem para nós e para o Seu Reino, finalidades maiores e melhores!
Nobres são os propósitos!
Quem, portanto - e nesse contexto específico, poderia afirmar que o Egito é um péssimo destino?
E em meu coração, esse palpitar que arde sem pausas, impulsionando-me...
Eis o porquê...
(Fabi Braga, 19/10/2014)
O calor fazia com que as pessoas saíssem de suas casas, como formigas do formigueiro. Se reuniam em bares. Eu andava sobre a calçada, pois precisava, senão nunca escolheria fazer isso.
Os beijos, os abraços, as conversas e os sorrisos me incomodavam.
E eu continuava com os olhos do inverno. Cabisbaixo e com o olhar esquivo. Andando pelo canto da calçada, beirando os muros. Procurando o frio da minha casa e me acalentando ao encher o peito de fumaça, em me embriagar sozinho.
O que mais me deixava infeliz era perceber que acendi o último cigarro ao contrário... E também que a vida continuava.
As velhas casas da Ubá
As velhas casas da Ubá, que vou enfim conhecendo ao passar diante delas, revelam um lugar onde o tempo ficou esquecido, salvas raras edificações nela presentes que podem até mesmo passar desapercebidas em meio a tanto passado.
As janelas lacradas, mas nalgumas delas permite-se ver um tempo longínquo, quando observado através das mesmas. Quem resiste em meio à penumbra de seus interiores? Talvez pessoas que testemunham, de longas datas, estas mesmas residências... Esta rua.
As antigas árvores também estão lá, mas algumas são jovens e talvez sejam elas o que há de novo num lugar onde tudo parece ter ficado esquecido por resistência daqueles que ainda não morreram.
Na última esquina, ao passar em frente a um velho bar, olhei, inesperadamente, a face de um senhor, que também me fitou. Senti que, naquele semblante, se revelava como seria o meu quando eu chegasse à sua idade. Não sei bem o que ele poderia ter pensado ao me olhar, se também me viu, nele, quando tinha a minha idade. Mas tudo foi assim, em poucos segundos, e lá estava eu virando a esquina, deixando a Ubá.
O que me desperta a atenção num lugar pelo qual jamais me interessei, são os mistérios que começam a ser revelados através dos mesmos.
VAGA-LUMES
Em uma cidade antiga, muito antiga, de quatro ou cinco casas antigas, muito antigas, ela resolveu fugir da cama.
Esperou anoitecer, até as paredes dormirem para sair. Correu como quem ama.
Se soubesse para onde ia, não seria ela.
Simplesmente foi, porque a vontade de sentir o vento frio no rosto,
a consumia feito vela.
O chão de pedra gelada nos pés sem sapatos. Nos olhos, o escuro.
Tinha alguma coisa naquela noite que a chamava pela janela e ela foi. Por cima do muro.
Se não tivesse ido, não seria ela.
Se não tivesse ido, seria morta.
Foi correndo pelo escuro sem saber aonde dava a viela,
E a estrada torta.
Tão escuro era, que esquecia como era a luz.
Corria, corria, corria e, de repente,
esqueceu o que era o dia.
Percebeu aos poucos que a viela era tomada por vaga lumes. Dezenas, centenas deles.
Não eram capazes de alumiar a noite em dia com seu brilho raro.
Mas a fez lembrar,
Como era o claro.
E saber por que, afinal, fugiu da cama.
É que a cidade não entendia, a agonia de quem Ama.
E da noite faz cantiga.
É que dizem que o Amor é coisa antiga,
Muito antiga.
Envelheci uns 70 anos nesta quarentena. Este mundo todo parado. As pessoas trancadas em suas casas (as pessoas boas, né, porque as ruins estão nas ruas, com exceção de quem é obrigado por causa do trabalho), porra, está tudo fechado. O mundo ficou vazio. Chato. Desconfiado. Tudo é contagioso...
Não estou reclamando do comportamento de ninguém, nem da condição do isolamento. Não, pelo contrário. Acho que é necessário esse sacrifício e é natural que estejam assim com essa neurose. O problema é que não estávamos preparados para isso, principalmente para quem gosta de gente, de contato físico, calor humano. É difícil você ficar em casa preso, com tanta energia pulsando em ti, o mundo lá fora fervendo, as estradas, as ruas, a noite lhe convidando para sair, mas foda-se. As vontades precisam ser contidas, por enquanto (mas se puder vivê-las não hesite). O amanhã é incerto e os desejos não são eternos - assim como a gente também não é.
Texto: SirFoda (Apollo Narciso)
O mundo não é feito de pessoas, nem de casas, nem de coisas.
O mundo é feito com palavras perfiladas
como pedras
sobre pedra e
em cima de outra pedra, ainda.
São de palavras de pedra, as paredes do mundo:
direitas e exactas como um fio de prumo.
Se nos tiram a língua,
as várias línguas que tem a nossa língua:
esta língua com que te falo,
a língua com que te beijo,
esta mesma língua com que digo esse nome que tu és,
roubam-nos mais mundo ao nosso mundo.
E um mundo rente, sem paredes, raso ao chão,
que não se tenha de pé e num pé direito
tão alto que lhe caibam todas as palavras empilhadas
é um mundo do reverso e do regresso
em que ao privilégio absurdo de viver se segue
o direito adquirido de sofrer.
A noite toda a selva
dissolvendo-se em sândalo
e esquecimento.
Casas, degraus a prumo, águas
despedaçadas. Equilíbrio precário
num fio de luz.
ACOLHER NA CASA ESPÍRITA
Caríssimo, na casa espirita segue a doutrina, mas existe casas que aceitam doações, que são repassadas, para atender o auxílio em hospitais, pois nossos irmãos viajam para receber atendimento, e estas, sem perguntar nada, lhes ofertam uma refeição, um café, um pão, cientes que o gesto diz tudo.
Oferecer de graça o que de igual forma recebemos.
O valor está no acolher o próximo.
A estes espalhados, por várias regiões, motivados pelo gesto iluminado.
Casas Coloridas. Uma casa colorida pela natureza, com flores perfumando o ambiente.
Passarinhos assoviando melodias doces. Árvores frondosas sombreando meus caminhos. O vento fazendo delicados penteados, para que eu com tranquilidade possa desfazer os nós.
Na fome, um fogão a lenha vermelho, com uma majestosa chaminé e panelas pretas de ferro. Tardes saciadas pelas frutas do pomar.
Banho no riacho quentinho, com seus bancos de areia tão branquinhos.
A noite bons livros uma taça de vinho, até o sono chegar.
E aí ...o sonhos que me cercam, tão reais que chegam perto da realidade.
