Poema a Morte das Casas de Ouro Preto
SONETO DO AMOR IDEAL
Que tipo de amor seria ideal entre nós
um amor que fosse como prece ao vento
aquele amor que tudo aceita, que tudo cala
calmo, lânguido, silencioso, passivo e lento?
Não tenho a pretensão de ser perfeito
não entendo amor assim, como novela
desejo amor náufrago, de barco à vela
sem certeza, sem destino, exposto ao sol
Quem ama vive em campo de batalha
lutando contra o egoismo e a vaidade
assim espera encontrar a ilha da felicidade.
Quem almeja a vida em paz foge da guerra
no amor os amantes travam luta com navalha
no fim todos perdem, ninguém ganha do amor.
Das estrelas fulgurantes, fagulhas d'alma
que vem na amplidão de meu céu interior,
há nuances belas da ilusão nascida
puro devaneio de um estranho amor
Sonhando sob o som de cítaras de anjos
danço contigo entre nuvens e brisas,
agitando os corpos, abraços de almas,
somos miragens onde a vida desliza
Os Olhos Que Me Olham
Os olhos que me olham,
São ternura, mansidão, e, com brandura,
Quando molho a face,
_Diz-me que sou Teu!
Vejo-O na luz da lua, no calor do sol, nas estrelas...
E, com a esperança na Sua chama: Prostra-me!
Reconheço-O! ... Acalenta-me o peito!
Doravante, sigo-O, com a mansidão do seu Ser!
Deixa-me puro! ... Por instantes...
Pois, no impulso da terra, reviro-me, transformo-me,
E, novamente: Suplico Seu olhar!
Os olhos que me olham,
Carregam o peso do mundo, mas,
Todos os dias, diz-me que sou Teu!
Autor: Vauvei Vivian
Do livro: Acordes Para Sonhar
Não se apaixone por mim
Pois meu começo ja tem um fim
Disistir nunca foi pra mim
Por isso não se apaixone por mim
Então as palavras surgem
Como uma leve brisa que te tocou
Elas vem e vão
Como um sopro de um ventilador.
As vezes para destruír
Como um tornado ou furacão
Más precisamos delas
Como um sopro refrescante no verão
Carinho é assim
O carinho não é rosa nem bege, tem a cor consolação
Também tem tamanho, é baixinho, da altura de meu coração
Tem sotaque e fala mansinho, é um sussurro de gratidão
Quando te vê brilham os olhos, em seguida estende lhe a mão
O carinho é tímido, fala pouco e quase se esconde
te observa do seu cantinho, mas não é daqui nem de lá
é como se fosse um pouco de todo, um pedacinho de cada lugar
ele é preocupado, atencioso e cúmplice
O carinho transborda em sorriso, apesar da sua aflição
é caridoso, amoroso e parceiro, é verso verdadeiro
em uma rima de pequenas prosas, é quase todo coração
é como uma ave a flutuar, é um poema que se quer publicar
Sou como um cão ganindo na escura noite
A dor que não se dissipa do meu conto invisível.
Paro e ouço um gemido mais agudo e íntimo
Aflorando de um seio longamente sofrido;
E a distorcida imagem do meu espelho
Sorri e se evola para um céu desconhecido.
Palavras
Pra que as palavras
Se não consigo me fazer entender?
Por que não se deixar
Pelos sentidos guiar?
A confusão gerada
Pela linguagem humana
É sinal que se está doente
Da vida parada no presente.
De ser racional,
Orgulho se sente;
De olhar para as coisas e saber o que elas são
--Tão pouco inteligente é esta visão!
Aprisionando a alma,
O homem segue o seu destino,
Assim acreditando ter o poder
De dominar o mundo.
Mal sabe que, ele próprio,
Não passa de um segundo!
melhor dizer sim, ainda que não.
senão não entenderias
ainda que voltasses a nascer
ou quem sabe, eu morreria
antes que pudesses entender...
porque não é falta de inteligência
é pior(muito pior): é falta de poesia...
Dias normais
Noites escuras
Dias passam,
mas nos ficamos...
você... mais linda
eu, mais louco
você tão distante quanto as estrelas
e eu, bom...
apenas vivendo
Sopra vento cósmico
na vereda entre os hemisférios
do meu cérebro...
Ressoa nas câmaras do meu coração
e palpita e ecoa içando velas
nos canais fluídicos de minhas artérias;
nau a velejar pelos rios de minhas veias...
Preenche minhas mãos e os dedos
dando forma às palavras
que se tornam poesia com asas;
são pássaros eloquentes saindo do livro
para voarem juntos com os pensamentos
dos que ousam ler poemas.
Reinventei a paixão do vinho e amor, agora é paixão inventada e criada nos frutos do vinho Ermelinda Freitas.
E desta vez é uma paixão carnal bem recheado de torrões/tufos.
Cheio de amores platônicos ou imaginários e de castas cabernet sauvignon.Quero boca na boca, olhos nos olhos com os adoçantes quentes.Quero pele, quero fôlego, cheiro. Chega de recato e do encanto dos seus famosos 14.5 graus bem apaixonantes a aquecer a nossa alma e coração. Essas minhas loucas paixões simplesmente apaixonantes.
Jardim de aparências
Seremos apenas rosas destroçadas
no meio a um jardim florido e feliz
Seremos rosas espinhosas e venenosas
em meio a pétalas tão cheias de elegância
Mesmo a minha mais singela doçura
Aparenta ser tão amarga diante a beleza do outro
E meus traiçoeiros espinhos se aparentam tão maiores
São tratados como um câncer das flores
Eu sei que neste jardim não há rosas perfeitas
E sei que não existem espinhos fatais
Mas a minha autodestruição sabota minha imagem
A alegria das outras ainda me condena no olhar.
Talvez seja eu o condenado e o condenador
@paulorecita
Sentença
faz muito tempo que eu venho
nos currais deste comício,
dando mingau de farinha
pra mesma dor que me alinha
ao lamaçal do hospício.
e quem me cansa as canelas
é que me rouba a cadeira,
eu sou quem pula a traseira
e ainda paga a passagem,
eu sou um número ímpar
só pra sobrar na contagem.
por outro lado, em meu corpo,
há uma parte que insiste,
feito um caju que apodrece
mas a castanha resiste,
eu tenho os olhos na espreita
e os bolsos cheios de pedras,
eu sou quem não se conforma
com a sentença ou desfeita,
eu sou quem bagunça a norma,
eu sou quem morre e não deita.
Kuarup
de seis milhões
em mil e quinhentos
restou apenas
uma legião
de vultos
soletrando
uma algazarra
zorra,
um kuarup de calça jeans.
os outros foram mortos
até os que estão vivos
até os que não nasceram.
Do Raio
Nem o acre sabor das uvas
nos aplaca. Nem a chuva
nos olhos incendiados
devolve o que é vivido.
O magma que nos evapora
tange o rascunho das horas
sob um raio de suspense.
Nem o que é nosso nos pertence.
Pó & Cia
de vez em quando
a poesia
se insinua
para que eu a possua.
depois
arredia
desaparece
como se habitasse
a outra
face
da lua.
Lugar de viver
A cidade onde vivo
e outras cidades,
são essas tensões
lúdicas e libidinosas
que consigo atinar
quando não atiram em mim.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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