Pobreza Riqueza Desigualdade Social
Ruas, becos, vielas
É grandiosa ela, gigantesca!
Suas cores que vibram, seu céu...
que céu.
Azul com cinza, colorido das casas
e vermelho. O vermelho que não gosto.
Vermelho dela, que volta e meia lava ela e que motiva a queda daquela pesada, gelada e salgada lágrima.
Corpo estirado no chão!
Mais um menino morreu, cena alterada, o porco de farda atirou e falou "É bandido!"
Prova implantada e enquanto agoniza — Essa arma não é minha, senhor...
Era tarde!
Pobre menino, sua voz ecoa na consciência do gambé, bradando "sou estudante, senhor!"
Ele sabe... A mãe que chorou, a favela que acordou, a vida que ele tirou, os fantasmas que para si levou.
Para eles suplico em prece encarecida:
Não o deixe dormir, não! Ele tem que pagar!
Farda macabra, mãos eternamente manchadas. — Lamentamos o caso... Disse o Governador.
Genocídio, violação, desrespeito...
Ainda sim, adoro as cores dela e imagino um futuro de igualdade pro povo que vem de lá.
Paz é utopia, eu quero é respeito para ela
Respeito pra favela!
Numa praia de nudismo é que dá para ver como somos diferentes, embora a Constituição nos queira tratar como iguais.
Sabes o que é tristeza?
Tristeza pra mim é gado morrendo
É a água em escassez
Seca domando o sertão
E o sertanejo sofrendo
É criança sem educação
Perdida no vandalismo
Pelas ruas vivendo á esmo
Muitas por falta de oportunidade
Largadas na marginalidade
Outras por pura margem de erro
Tristeza é mãe chorando
Ao perder filho inocente
Ou se culpando por…
Não ter sido mais "competente"
É ver pai enterrando filho
Ou visitando o mesmo no presídio
Tentando apaziguar um pouco
Da profunda dor que sente
É a existência de tantos idosos nas ruas
Ou largados em asilos,
Sofrendo com o abandono,
sendo amargamente esquecidos
Tristeza é ver mulher sendo assassinada,
Estuprada ou violada
Por apenas ser mulher.
É vê-las precisarem sair nas ruas,
Mostrarem o corpo,
Gritarem e baterem o pé
Reivindicando por algo
Que lhes deveria ser de direito
Sem precisar de movimento qualquer
É ver que pra rico,
Sempre vão achar
Uma "brecha na lei"
E que em terra de corrupção
Quem paga propina é rei
Tristeza é ver alguém ser agredido,
Humilhado ou ofendido
Por ter nascido "de cor"
Ou ver um ser humano sendo
Espancado, violado e assassinado
Por amar sem ter pudor
É matarem em nome de Deus
Em pró de uma religião
Mas se Deus era amor
Por que não amar então?
Tristeza é enchente devastando cidade,
Fazendo vítimas e destruindo lares.
É ter tanta gente nas ruas
Esquecidos como parte da sociedade.
É ver que o pobre paga tanto
Mas não tem direito à saúde de qualidade,
Moradia ou educação.
Tristeza é só ver tragédia
Ao ligar a televisão
Eu agora lhe pergunto
E de ti espero franqueza
E tu?
Sabes o que é tristeza?
Quero que pessoas inocentes sejam perdoadas, e que algum dia elas sejam gratas pelo o que plantaram; que pessoas ruins sejam julgadas, e que algum dia elas sejam desonradas pelo colher sua essência.
Não é nada gratificante acordar e ver pessoas de mal coração se dando bem, enquanto pessoas boas, com intenções boas, sendo humilhadas perante a população.
É triste saber que isso não poderá ser mudado por apenas uma pessoa; não será mudado por leis judiciárias; não será mudado por uma pequena quantidade da nação. Precisamos de todos, cada pessoa é essencial para produzir o bem.
COISAS DESSE MUNDO
Estou pensando nas ervas que nascem livres no campo,
E nas flores que desabrocham sem a obrigação de serem belas,
Eu estou pensando também no jardim de rosas do palácio do rei,
E nos trevos que nasceram sozinhos no quintal do servo
Sem que ele os tenha plantado.
Sim... Eu estou pensando na vida como um todo.
E de alguma forma, com tanto pensar, eu estou sentindo certo espanto.
Que diferença há entre as flores dos palácios reais,
E as flores dos nossos singelos quintais?
Que diferença há no ar que por lá o rei e seus súditos respiram,
Daquele que eu e outros servos da Terra, estamos a respirar?
Estou a pensar, se é menor a dor dos reis de toda a Terra,
Do que a dor que eu sinto em meu viver,
Do que os meus próprios ais.
Eu estou pensando no algodão que fornece a fibra para as vestes do rei,
Não seria ele o mesmo algodão que veste o servo que o plantou?
E porque aquele que o plantou veste os fios frágeis da sobra, e não o melhor deles?
Que mundo mais estranho esse, onde o que planta fica com as sobras,
E aquele que nada plantou, leva sempre os louros da colheita!
Isso, eu realmente não entendo, eu nada sei!
Eu estou pensando em tantas coisas, em tantas situações...
Eu penso também nos passarinhos, que se tornaram inquilinos nos telhados da cidade,
Que trocaram as copas das árvores pelas telhas de barro e cimento,
A natureza já não lhes dá mais segurança?
Ou ela, cansada e fraca, já não lhes dá mais o alimento?
Uma coisa é certa – não foram os passarinhos que enlouqueceram as estações.
04.10.2016
Pra onde foi a esperança?
Nossos políticos não são dignos de confiança.
Autenticidade está quase morta,
copiar virou moda.
Minha geração se julga engajada;
mas veem as maiores atrocidades sem fazer nada.
Enquanto antepassados lutavam contra desigualdade e ku klux scan;
hoje nosso maior dilema é qual filtro colocar no Instagram.
Tempos de bonança amoleceram nosso espírito;
em crise, nosso primeiro reflexo é culpar o governo e se sentir coitadinho.
Minha geração é a mais hedonista que já existiu;
pelo amor ao entretenimento vivemos a pior crise moral que já se viu.
E assim caminha minha geração a passos largos para o final;
a prova disso é tanta banalidade com audiência fenomenal.
Essa é minha geração, forte em ego, fraca em atitude;
enquanto o mundo muda, estamos mais preocupados em quantas curtidas conseguir no Facebook.
A chuva cai
Pra uns ela é bênção
Pra outros sofrimento
Tudo depende
Cada um tem uma vida
As coisas boas da vida só são bem usufruídas por aqueles que tem por alguma razão seja ela sorte, os cosmos, Deus, as energias positivas, enfim, tudo depende.
Mas daí vc pode dizer lute e corre atrás que consegue, como eu disse tudo depende, pois muitos lutam, correm atrás e mesmo assim não conseguem o êxito tão desejado.
Pra uns bênçãos
Pra outros...
Sorte?
Deus?
Uns com tanto e outros sem nada
Será o acaso?
Se for Deus ele é injusto
Porque pra uns e pra outros nao?
Seria acepção de pessoas?
Como no início deste texto a chuva que deveria ser bênção pois ela representa a vida, ela é maldição pra muitos que tem suas casas alagadas, seus móveis destruídos, enquanto outros gozam do conforto de seu lar
Tem pessoas sofrendo
Porque?
Até quando essa desigualdade social?
Não sei
Tudo depende.
Queria um desfecho épico para o Brasil como a música que entoei ao ler o texto do Luiz Eduardo Soares: menos desigualdade, menos assistencialismo, menos hipocrisia, mais empatia à dor do outro, menos fome e sede, mais Educação e mais harmonia no final.
Obrigado pela chuva e os momentos em que me acompanho em pensamento, falando comigo mesmo a cerca de tudo na vida. Bom dia pra quem é de dia e faz do dia uma diversão mesmo quando o céu está cinza.
Tudo na vida é um risco, tudo é novidade, rotina mesmo é não ter esperança de um dia melhor. As coisas só acontecem quando ao menos uma pessoa se propõe a realizar...
Estou num estado de vida feliz, sim, feliz! digo isso pra quem se interessa em saber! não estou como queria mas estou vivo e vivendo intensidade que jamais pensei em viver, decisões nem sempre sábias, entretanto, loucas e condiz com aquilo que tenho dito!
Felicidade é encarar a vida por lazer, seja no trabalho ou na diversão, sempre tem um motivo para um sorriso bobo, ou quem sabe aquela gargalhada fatal que tira o ar dos pulmões e deixa com uma crise virando quase uma apneia!
Já descobri que sou de poucos amigos e os que tenho nem sempre me compreendem, mesmo distante continuo sendo o mesmo cara de sempre! Distraído, paciente, e as vezes com uma certa emoção em estar em paz comigo mesmo! Toda essa correria que vivo, as vezes nem é tanto assim, mais eu me faço correr pra me sentir vivo. As vezes não atendo o celular por estar pilotando, as vezes por esquecer em modo silencioso, por esquecer em casa e muitas outras situações. Essas palavras podem não ter sentido nem emoção nenhuma agora porém um dia, quando não me encontrar mais por aqui será fonte de lembranças. Hoje despercebida, em outro tempo será motivo de reflexão, ou não! Tudo que fazemos em vida reflete no que queremos ser, a nossa moldura é tudo aquilo que carregamos na nossa mente! se eu ligo pra aparência muitas vezes deixo de viver um momento bom apenas por não comer aquela pizza de frango com catupiry pois vou ganhar uns quilos, ou não vou numa trilha pq comi demais e não aguento andar tanto! Bom a vida é esse equilíbrio de fazer o que se gosta e ter a condição de experimentar tantas outras sensações, adaptar o corpo e a alma para aventurar! Sábios são aqueles que atendem o chamado da loucura, pois se enquadrar nesse sistema é proceder sensatamente, e ser sensato diante a tudo que temos visto é no minimo deplorável! Ser louco é não ter o juízo de discriminar, retroceder, nem julgar. pois esse tipo de consciência só eleva a segregação. Lutar por um ideal mesmo que pareça distante, levar a cor nos muros e nos sorrisos de quem as vê. Perdemos tanto tempo em conversas sem futuro, que de tão interessante nem lembramos mais! A vida é um mistério a ser decifrado, e só os loucos tentam entender! Não condeno, ninguém nasce sabendo, e se apega naquilo que lhe convém, eu porém aprendi a questionar e me embasar num fio de pensamento onde tudo parece ser mais claro, evidente e simples! Chega ser torturante conversar com pessoas cheias de certezas vagas, apenas me apresentam a imposição sem ao menos ouvir o que tenho a dizer! Não é necessário a compreensão e sim ao menos um pouco de respeito!
Quando chove sinto a intensa vontade de extrair pensamentos e joga-los em qualquer lugar, só pra ter a certeza de relembrar depois, mesmo achando impróprio certos tipos de depoimento, quase um desabafo ao alheio, talvez mendigando uma simples atenção! Antes de dizer quem sou sem saber quem sou, pergunte para mim o que quiser saber e mesmo se eu não souber responder levará consigo a dúvida de onde estou, para que pensando em conjunto possa trazer uma resposta mais sincera! ´É cansativo não ser entendido justamente porque é raro alguém perguntar de verdade como estou me sentindo! A perca do tempo em coisas inúteis é mais gostoso que se concentrar em algo realmente produtivo! Sinto falta de conversar assuntos polêmicos pessoalmente, pois pela internet é fácil ser inteligente e procurar respostas rápidas no google, saciando assim a necessidade de se sentir superior. Somos todos iguais, o que nos diferencia é a ignorância da compreensão do outro. Eu sempre estarei certo diante do meu ponto de vista irrefutável e me acho o dono da suprema verdade, dotado duma benevolência audaciosa onde primeiro serei eu, segundo eu e terceiro eu para que depois as outras coisas sejam analisadas! e assim morro com toda riqueza do mundo sem levar o que há de mais importante na vida que é de fato Viver a vida! Tempo bom parece ser um presente e as lutas declaradas maldições, porém o ciclo da felicidade consiste em altos e baixos, pois só assim damos valor aos sorrisos e amadurecemos a nossa história, nos tornando de fato protagonistas de nossas próprias histórias e não coadjuvantes de uma histórias com enredo tão pobre e possibilidades frustradas! O corpo apodrece com o tempo, porém nossas histórias permanecem sempre vivas na lembrança de quem as tem e se escrevo esse emaranhado de palavras é pra ser lembrado. Pois só temos valor quando já não estamos por perto!
Se chegou até aqui agradeço a atenção.
Quantas almas é preciso dar ao diabo, e quantos corpos se têm de entregar no cemitério, para fazer um rico neste mundo?
A diferença entre o trabalho escravo e o assalariado não é moral ou ético. É que o trabalhador paga suas próprias contas.
(Inspirado na Ilha das flores de Jorge Furtado)
Somos todos iguais
José Carlos era médico e atendia seus pacientes no centro da cidade. Genilson era baleiro e vendia sua mercadoria em uma barraca na frente da portaria do mesmo prédio em que o doutor tinha consultório.
Os dois homens cumprimentavam-se todos os dias e às vezes o médico parava para comprar algumas balas e conversar um pouco.
O vendedor tinha um filho com problemas de saúde e pediu ajuda ao doutor, que o mandou levá-lo ao seu consultório, onde que daria uma olhada sem custo. O homem, emocionado, tentou beijar as mãos de José Carlos que recuou dizendo que não havia necessidade de agradecimentos, que era médico por vocação, honrava o juramento de Hipócrates e que para ele todos eram iguais. Genilson, não entendeu bem, mas ficou feliz.
O médico saía pela porta dos fundos todas as vezes que a secretária informava que o vendedor o estava esperando com o filho, mandando que dissesse para voltar outro dia.
Hipócrates foi um médico grego que viveu antes de Cristo e foi considerado o pai da medicina ocidental. Acredita-se que o juramento tenha sido escrito pelo próprio Hipócrates ou por um de seus alunos e é feito pelos médicos, tradicionalmente na ocasião da formatura, onde juram exercer a medicina de forma honesta e que o bem-estar do doente estará sempre em primeiro lugar.
O vendedor não desistiu de levar seu filho ao consultório e um dia foi finalmente atendido. O doutor o examinou, fez umas perguntas e doou algumas amostras de medicamentos vencidos, que estavam separadas para serem descartadas. O baleiro não se importou com a data de validade dos remédios. Sentiu-se muito grato e no dia seguinte, pela manhã, voltou para deixar de presente um pacote da melhor bala que tinha em sua barraca como agradecimento.
Remédios fora da validade podem não ter efeito ou fazer mal à saúde causando danos piores que os da doença original. Não devem ser consumidos em hipótese alguma por ninguém.
Os remédios considerados pelo médico como inapropriados para os clientes que frequentavam seu consultório foram colocados à disposição do filho do vendedor de balas. Um médico é o profissional que cuida da saúde das pessoas e que, para tanto, precisa jurar exercer a medicina de forma honesta e tratar todos os seus pacientes de forma igual.
O que diferenciava o baleiro e seu filho dos outros clientes era o fato de não possuírem dinheiro. E o que os diferenciava do médico era acreditarem que ele tratava a todos como iguais.
Bia Tannuri
Quando a taxa de remuneração do capital ultrapassa a taxa de crescimento da produção e da renda, como ocorreu no século XIX e parece provável que volte a ocorrer no século XXI, o capitalismo produz automaticamente desigualdades insustentáveis, arbitrárias, que ameaçam de maneira radical os valores de meritocracia sobre os quais se fundam nossas sociedades democráticas.
O processo de difusão de conhecimentos e competências é o principal instrumento para aumentar a produtividade e ao mesmo tempo diminuir a desigualdade, tanto dentro de um país quanto entre diferentes países.
Quer se trate de reduzir as desigualdades patrimoniais em caráter permanente ou reduzir a dívida pública excepcionalmente elevada, o imposto progressivo sobre o capital é, em regra geral, um instrumento muito melhor do que a inflação.
As favelas representam a ferida aberta de um Brasil que proclama crescimento enquanto despreza sua própria gente, relegando vidas à margem em um cenário onde o descaso estatal se traduz em uma sentença cotidiana de exclusão e resistência forçada.
Você já teve aquela sensação de “era isso que eu precisava ouvir hoje”?
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