Pilatos
Quem foi Pilatos ?
Pôncio Pilatos, homem de origem plebéia, provem da família Pontii, com raízes no Sul da Itália. Pilatos pode significar homem armado com dardo-pilum; ou sem cabelos-pillus - calvo. Devia ser um oficial do exército. O cargo de procurador (governador) da Judéia, para o qual Pilatos foi nomeado, em 26 a.C não era de dar inveja. A colônia a ser governada no Sul da Palestina, com cerca de 200 quilômetros de comprimento e 90 km de largura, era uma notória área de conflitos. Os habitantes, herdeiros dos reis Salomão e Davi, eram conhecidos como povo rebelde. Adoravam a um único Deus e se recusavam a adorar o Imperador - Deus de Roma.
Pilatos e sua mulher Procla moravam em Cesaréia, a noroeste de Jerusalém, onde foi instalada a capital administrativa e se constituiu em um reduto romano. Era uma pátria longe da pátria.
Pialatos comandava um batalhão de cerca de 4 mil soldados e tinha poderes absolutos, exceto dos cidadãos romanos. Ele já batera de frente com o povo, provocando manifestações públicas, quando mandou que se afixassem estandartes com bustos dourados do Imperador romano. Foi desmoralizado e voltou atrás.
Mais adiante, Pilatos fez um projeto de levar água para Jerusalém, a uma distância de 37 quilômetros, e para isso meteu a mão no tesouro do templo. Porém se “esqueceu” de consultar os altos sacerdotes e porque os judeus já andavam de olho nele... uma multidão de mais de 10 mil pessoas foi para as ruas de Jerusalém, gritando insultos e ameaças. Soldados de Pilatos (a paisano) mataram muitos judeus. Nesse clima de revolta, Pilatos chegou a Jerusalém para as celebrações da Páscoa e encontrou o ambiente tumultuado. Nem poderia imaginar que nesse dia estava prestes a enfrentar o maior desafio de sua vida política.
Na manhã da sexta-feira, levantou-se e o primeiro encargo foi ler o processo contra um cidadão chamado Jesus que já estava preso, desde a noite anterior e levado a julgamento no sinédrio - Conselho Supremo dos Judeus, composto de 71 sacerdotes, homens ilustres, especialistas em leis. Eles rasgaram as vestes, ao ouvir o depoimento do presidiário, afirmando ser “o Cristo, o filho do Deus bendito”.
Os sacerdotes, seguidos de grande multidão, conduziram Jesus ao pretório, perante Pilatos, em busca de sanção para executar a pena de morte. O governador olhou para aquele homem amarrado, com pouco mais de trinta anos e se admirou. Dirigindo-se a Jesus perguntou: ”És tu o rei dos judeus?”.
Após o interrogatório, concluiu: ”Não vejo nele crime algum”. A multidão revoltada pelos atos políticos anteriores não arredava o pé dali, os sacerdotes também aborrecidos, porque foram atropelados em sua autoridade. continuaram acusando a Jesus, e finalmente Pilatos escutou: “Ele estava na Galiléia ensinado a rebelião política, contrariando as leis romanas”.
O governador da Galiléia, Herodes Antipas, rei-títere de Roma, nesse período da páscoa estava em Jerusalém, hospedado a poucos passos dali, no palácio velho. Então, para ele o levaram, era sua a jurisdição do acusado. O Rei Herodes ficou alegre, ao conhecer Jesus, mesmo em tais circunstâncias, porque já ouvira falar dos seus milagres, mas diante do silêncio do preso, perdeu a calma, se irritou e para o humilhar, devolveu-o a Pilatos, envolto em um manto real.
E agora, o que fazer? Pilatos declarou novamente aos sacerdotes que não via culpa, dando outra opção de castigo: açoitar o prisioneiro e soltá-lo. Falou ainda bem alto que na páscoa era costume perdoar um preso. “Há um ladrão preso chamado Barrabás. A quem devo perdoar a Jesus ou a Barrabás?” E o clamor muito forte bradava Barrabás. O que faço de Jesus? E a multidão gritava: “Que seja crucificado! Se soltas este homem, não és amigo de César”. Todos perceberam a posição política de Pilatos de soltar o preso e se posicionaram a favor do contra para aborrecê-lo, ou seja fazer-lhe oposição.
Pilatos, com medo das ameaças de ser denunciado como traidor de César, “lavou as mãos”, porque conhecia a lei das escrituras sagradas, cumprindo assim o ritual descrito em Deuteronômio 21:6-7: “Todos os anciãos desta cidade, mais próximos do morto, lavarão as mãos sobre a novilha desnucada no vale. E dirão: As nossas mãos não derramaram este sangue, e os nossos olhos o não viram derramar-se”.
A história registra que Jesus foi entregue nas mãos dos soldados romanos que o amarraram a uma coluna, no pátio, e o açoitaram sem piedade. Escarneceram dele durante todo o tempo. Envolveram-no com um manto escarlate e puseram sobre a sua cabeça uma coroa de espinhos: “Salve o Rei dos Judeus”. Sobre a cruz, Pilatos mandou que escrevessem: “Jesus Nazareno, o Rei dos Judeus”.
O homem que sentenciou a Cristo, político, viciado no poder, querendo promoção e mais prestígio, mandou matar a Jesus, todavia, não conseguiu mais nada, porque não passou daquilo. Pelo contrário, seu mandato foi reduzido em 10 anos por causa de outras decisões infelizes que tomou, o que levou o povo de Samaria a fazer uma representação contra ele.
No ano 36 d.C. Pilatos foi chamado a Roma para explicar suas arbitrariedades, porém, ao chegar, soube, com imenso alívio, que Tibério acabara de morrer.
O escritor e cronista cristão, Euzébio - de Cesaréia, escrevendo no século IV, narra que Pilatos, depois de outros infortúnios, foi finalmente levado ao suicídio.
Jesus morreu mas não foi porque Judas o traiu, não foi pela arrogância de Pilatos, nem pelo desprezo do povo Romano. Mas, pelo os meus pecados e pelos os teus pecados. Ele foi o centro de toda história. Viveu sem pecado e será sempre o centro da história. Portanto, não discrimine ninguém por falta de dinheiro, o dinheiro é efêmero. É a mola da devastação. Acaba !
Na foto cena do momento em que Pôncio Pilatos, uma autoridade competente para exercer justiça ao inocente, prefere se esquivar, por medo do povo judeu e por medo de seu superior, o Imperador romano. Se inocentasse o Cristo, corria o perigo de aborrecer o Imperador romano e perder o cargo de Governador dos judeus. Usou de várias artimanhas a que o povo não respondeu com aprovação. Diante de seu "esforço" frustrado, manda trazer água e lava as mãos sobre o que possa acontecer ao Cristo que ele sente ser inocente. Nietzche vê em Pilatos a personalidade mais real do Novo Testamento por seus questionamentos. Eu o vejo como a personagem mais real por ser aquela que vemos no nosso dia a dia. A todo momento topamos com um Pilatos em nosso caminho. O discurso agora é "O negócio não é comigo, deixa isso pra lá", "Vou comprar briga pra mim à toa, eu não! Ele que se dane!". "Eu não vi, não sei de nada!". "Bem que gostaria de defendê-lo, mas se eu o fizesse, perderia meu emprego, então...". "Se eu vou testemunhar a favor dele, vai sobrar pra mim...é melhor eu ficar fora disso...". E por causa dos Pilatos a injustiça corre solta. É preciso entrar na briga pela causa justa. Hoje o problema não e aflige, como escreveu Bertold Brecht, mas amanhã poderá ser sua vez...e os outros vão cruzar os braços também para o seu problema.
"Quem entregou Jesus para morrer? Não foi Judas, por dinheiro; não foi Pilatos, por temor; não foram os judeus, por inveja — mas o Pai, por amor!"
Não lave as mãos como fez Pilatos, para se esquivar de uma situação que lhe poderia causar prejuízos pessoais. Tome partido a favor da justiça, mesmo que sua decisão não seja a correta. Os Pilatos de hoje dizem "o problema não é comigo, deixa isso pra lá", "se eu testemunhar a seu favor, posso perder meu emprego, ou sofrer consequências...", "comprar briga pra mim, eu não!", "eu não vi nada, não sei de nada!". Enquanto pensarmos assim, inocentes continuarão sendo injustiçados e os criminosos continuarão livres e impunes. Como escreveu Bertold Brecht, primeiro levaram os negros, não importei, porque não sou negro; depois levaram operários, eu não importei, não sou operário; e assim vai desfilando uma série de fatos, até que um dia a desgraça cai em cima daquele que não se importou com os outros. E como não se importara como os outros, estes também não se importaram com ele.
Agora entendo perfeitamente o ato de Pilatos ao lavar-se as mãos diante (do caos) da vontade do povo...
Todo mundo é eloquênte e tem um Pilatos na alma, e como atitude assim que a difuldade surge querendo se eximir de culpa; Parafraseam com fervor ``Lavo aqui as minhas mãos´´.
Pilatos disse a Jesus: “Então tu és rei?”
Jesus respondeu: “Tu o dizes: eu sou rei. Eu nasci e vim ao mundo para isto: para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz”.
Povo & Pilatos
Pasmo perante pessoas privilegiadas por potencial promissor, porém perdidas, pagando pedágio para políticas pejorativas, parecendo parasitas patéticos. Padecemos, pendurados pelo pescoço por planos partidários pilotados para privilegiar poucos. Permanecemos, portanto, pobres, paranoicos, psicologicamente prostrados...
Políticos pavoneiam-se por palanques, pleiteando poder pisar, particularizar privilégios, penitenciando povo, promovendo pânico, potencializando perdas patrimoniais pelo país.
Pôncio Pilatos parece pequeno perante presente podridão.
Parece patológico, pois princípios possuem para pelejar pelo povo, participando, provisionando, pacificando...
Podemos permanecer pacientes, pactuando paralisados??
Pronuncio palavrões pesados para políticos podres!
João 18,33-37
33 Pilatos entrou no pretório, chamou Jesus e perguntou-lhe: “És tu o rei dos judeus?”
34 Jesus respondeu: “Dizes isso por ti mesmo, ou foram outros que to disseram de mim?”
35 Disse Pilatos: “Acaso sou eu judeu? A tua nação e os sumos sacerdotes entregaram-te a mim. Que fizeste?”
36 Respondeu Jesus: “O meu Reino não é deste mundo. Se o meu Reino fosse deste mundo, os meus súditos certamente teriam pelejado para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu Reino não é deste mundo”.
37 Perguntou-lhe então Pilatos: “És, portanto, rei?” Respondeu Jesus: “Sim, eu sou rei. É para dar testemunho da verdade que nasci e vim ao mundo. Todo o que é da verdade ouve a minha voz”.
//A REALEZA DE JESUS
A proclamação da realeza de Jesus deve ser entendida a partir do projeto de Reino anunciado por ele. Os modelos humanos não ajudam a compreender a condição de rei aplicada a Jesus. Seu reino não depende dos esquemas deste mundo, e sim, do querer do Pai.
Por ocasião da paixão de Jesus, as autoridades judaicas apresentaram-no como um subversivo, cujo ideal era tornar-se rei dos judeus, libertando o povo da opressão romana. Jesus, porém, recusou-se a se apresentar como um concorrente de Pilatos. O termo reino tinha, para ele, um significado muito diferente daquele que lhe davam os romanos. O reino de Jesus está sob o senhorio do Pai, que deseja ver todos os seus filhos viverem em comunhão. É um reino de verdade e de justiça, pois nele não se admite nenhuma espécie de marginalização ou opressão; tampouco, que se recorra ao dolo e à mentira para se prevalecer sobre os demais.
No Reino de Deus, a autoridade é serviço. Quem é grande, se faz pequeno; para ser o primeiro, é necessário tornar-se o último. A violência e o ódio aí não têm lugar. Quem quer fazer parte desse Reino deve saber perdoar e estar sempre disposto a se reconciliar.
Este é o Reino que Jesus veio implantar na história humana. Os adversários de Jesus estavam longe de poder compreendê-lo.//
''Pilatos e Herodes,inimigos politicos de primeira linha,ao julgarem''cristo''ficaram grandes amigos,suas correntes ficaram firmes,no final foram destruidos pela hipocrisia:''Os meus inimigos se uniram,eu sei que suas correntes irão quebrar devido a crueldade de suas injustiças.''
Que eu não seja tomada pela "Síndrome de Pilatos", simplesmente lavando as minhas mãos, quando eu poderia defender aquilo que eu acho correto.
Quando a mulher de Pilatos, no meio do julgamento o orientou a não entrar na causa daquele justo porque teve um sonho que muito lhe afligiu, ele resolveu lavar as mãos para se livrar da culpa daquela condenação, passando toda a responsabilidade dela para o povo judeu. Só que ele não sabia que eles já estavam envolvidos com ela, toda humanidade está envolvida com aquele justo e com a sua causa, mas somente o envolvimento não basta. Se quisermos estar lado a lado com Ele, temos que estar comprometido com a sua causa e fazer tudo o que nos mandou: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos, para depois levarmos o evangelho a toda criatura em seu nome, Jesus.
Quando a mulher de Pilatos, no meio do julgamento o orientou a não entrar na causa daquele justo porque teve um sonho que muito lhe afligiu, ele resolveu lavar as mãos para se livrar da culpa daquela condenação, passando toda a responsabilidade dela para o povo judeu. Só que ele não sabia que eles já estavam envolvidos com ela, toda humanidade está envolvida com aquele justo e com a sua causa, mas somente o envolvimento não basta. Se quisermos estar lado a lado com Ele, temos que estar comprometido com a sua causa e fazer tudo o que nos mandou: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos, para depois levarmos o evangelho a toda criatura em seu nome, Jesus.
Há Pilatos e há Picunha, cujas autoridades estrangulam a voz do povo, gerando confusão, decepções e revoltas na sociedade e as leis de opressão, verdadeiras picuinhas, geram badernas, desempregos e prejuízos para a nação.
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