Pessoas Pobres
Pobres Imaginações
Imagine provar dos temperos da insensível solidão,
Saborear do fel doce-amargo que é a ilusão,
Mergulhar em águas profunda, onde mora a decepção,
Sentir o perfume da esperança, sabendo que o sim, sempre é não,
Comer o pão do desespero, e se acalmar com ingratidão,
Provar da maçã pecaminosa e degustar da traição,
Sentir amor e até gostar, mas ser um corpo sem coração.
Eram pobres para os luxos maiores da vida e sabia que a idade lhes fazia mal. Viviam a si próprios o paraíso da pele, mapeando curvas e vales de espinhas e quadris. Não tinham tempo para o mundo, pois ser os consumia, obrigava-os a fugir da responsabilidade dos sonhos paternos, do subalterno, sofriam o custo de decidirem seus destinos mais de duas, três vezes ao dia. Foram tudo e de todos, juntos. Ela sentia falta do peso exato de seu corpo, da barba por fazer e de quando ele a empurrava contra a parede, tanto quanto os dias em que ele cozinhava de surpresa as mesmas coisas de sempre e fumava na janela do corredor quando estava chateado. O sorriso. A falta era igual. Sentia saudades de fazer de conta que sabia das coisas, de diagnosticar e fazer curativos no dedinho do pé dele, e de como ele realmente acreditava. A casinha de brinquedo onde ele disse tudo antes que o sol nascesse, o colchão velho, as roupas gastas, as cicatrizes. Dinheiro fácil que eles beberam. Foram suas mães, seus amantes, inimigos e traidores. E ela sofria de desgosto quando lembrava de escolher o que relevar, pois estar viva era o que lhe bastava.
Da boca federente de um mais velho, apenas saem bons conselhos | Mesmo com dentes pobres, persistem em dizer-nos concelhos nobres.
Pobres de espíritos são aqueles que cultivam sonhos e desejos que nunca foram seus. A autencidade se encontra nos vícios, não nas virtudes.
Vermes
quem somos nós,
pobres coitados,
que ostentamos
tanto poder,
tanto orgulho,
e tanta vaidade,
que pensamos
somente em nós mesmos,
mergulhados no imenso universo,
do nosso doentio egoísmo?...
tudo se acaba um dia,melancolicamente,
de repente,
dentro de um buraco de sete palmos,
entregues à decomposição,
e à podridão,
reduzidos ao pó,
e chegamos então à triste conclusão,
de que nesta vida nada mais somos,
senão,míseros vermes,
alimentando vermes...
Falta de Talento
Nesta composição barata
Escrevo versos pobres,
Nada originais
Sem combinações complexas
Com frases desconexas
Por vezes, infernais
Poesia desequilibrada
Fruto de viagem insensata
Nas profundezas
De limitada imaginação
Não consigo traduzir nenhum sentimento
Ou descrever qualquer pensamento
Com alguma coesão
Tento brincar com palavras
Fingindo ser poeta
Sem qualquer talento
Ao expressar minha emoção
Para demonstrar o que sinto
Busco naquilo que me completa
A mais divina inspiração
E num raro momento
Não atormentado pela incerteza
Vislumbrando sublime beleza
Gerei esta composição
(Felipe de Lima: fusão das duas primeiras poesias, escritas em 2005)
Se a Luz Divina habita em ti jamais tropeçarás;infelizes e pobres, porém, serão todos aqueles que andam na escuridão.
A mutação hermenêutica vital lhe proporcionará revisão de conceitos pobres e enobrecerá teu espírito.
COMÉRCIO DAS PROSTITUTAS
São tantas, são muitos,são apenas quantidade ofuscando olhares de pobres de alma,o que eu procuro é qualidade que esta saturado num mercado de inesperiente vendedores e compradores,o preço que se paga não vale a compra,vejo-me diante de liquidações,filas para o consumo,o ser humano torna um peso,o espelho esta embassado,não teve tempo de limpar,justamente por não ter coragem de se olhar.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp