Pessoa Impulsiva
Segundo a Psicologia, as historinhas de criança que você inventa têm nome: fabulação. Se cuida, antes que eu perca a paciência e vá tratar suas ridicularidades pessoalmente.
Estudos comprovam que os caras que mais comemoram a menstruação da namorada, são os que menos tem noção de uma cólica.
Eu sei que comprar um cachorro teria sido mais fácil do que assumir esse relacionamento. Um cachorro não iria perturbar pelo simples fato de não ter respondido uma mensagem. Não reclamaria pelo tempo que teve que ficar me esperando, e muito provavelmente viria até mim com toda empolgação do mundo. E nem sequer brigaria por um vestido curto, ou um amigo que você tem ciúmes. Tá vendo? Isso é amor incondicional. Mas claro que caberia também algumas obrigações como domesticar, cuidar, e vigiar para que ele não faça nenhuma bagunça... Mas ah, isso tudo eu já faço com você. Está resolvido, vou comprar uma cachorrinha. Menos dor de cabeça, mais alegria. Menos perturbação, mais amor incondicional. E pra não se sentir abandonado, compra também. Estou cansada de tentar sozinha. Brigar pelo relacionamento sozinha. Desisto, escolho os cães. Mas vou ter saudades. Que tal levarmos nossos cães para passear juntos todas as noites até se apaixonarem a ponto de não conseguirem ficar um dia sem ver o outro? Eu adoraria caminhar ao seu lado. Eu adoraria receber um amor incondicional.
Então quer dizer que se o mundo acabasse hoje você faria tal coisa? Aproveitaria o dia com fulano de tal? Ótimo. Considerando que não vai acabar, vai ficar na vontade? Estava tentando entender o porquê das pessoas depositarem tantas expectativas em um dia marcado e não se darem conta de que hoje, todos os dias, desde quando você nasceu pode ser sim o último. Nunca se sabe, conscientize disso. Os seus desejos devem ser realizados todos os dias, ou pelo menos dar um passo na direção de alcançá-los. A morte muitas vezes não permite aviso prévio. Portanto todos os dias são dias para perdoar aquela pessoa que estamos brigados e demonstrar mais amor àqueles que são realmente importantes. E se hoje não for o último dia da sua vida, está perfeito. Você ainda tem outro dia pra amar e perdoar mais. O mundo não permite perca de tempo, principalmente oportunidades. Você só viverá o mesmo tempo duas vezes: na mudança do horário de verão e quando faz uma viagem com fusos horários diferentes. E se isso não acontece com frequência, para que você possa refazer tudo que não ficou de acordo, perder todos os segundos do seu dia fazendo coisas que não faria se fosse o último, não é uma escolha inteligente. O fim do mundo é todos os dias. E como a vida faz parte de um script que não conhecemos, hoje pode ser o fim do seu mundo. Aproveite seu último dia.
E foi arrumando meu guarda-roupa que encontrei a nossa caixa. Aquela mesma, que eu guardava nossas fotos, cartas e bugigangas. Tudo já meio velho e com cheiro de passado, acabei mergulhando em sentimentos que hoje não mais me pertencem. Lembrei do início do relacionamento, e o quanto eu era louca por você. Das suas palhaçadas e o quanto a gente sorria juntos. Lembrei também de todas as vezes que você me fez chorar. Quando lutava sozinha por um relacionamento que era pesado demais pra uma pessoa só. E de todas as loucuras que eu fiz, a maior foi tentar amar por nós dois. Lembrei do fim... Ainda bem que existem amigas. Eu sofri sabia? Era como se você tivesse retirado meu chão, e insistisse em sambar sob ele. Quando me abri novamente pro mundo, foi ainda pior. A cada beijo que não se encaixava, a cada garoto que não me fazia sorrir o suficiente pra suprir sua falta, era uma quase recaída com mensagens já escritas salvas no rascunho do celular. E felizmente, sempre que pensava em te procurar, havia uma amiga pra me lembrar dos motivos por a gente não estar juntos. Hoje, eu ainda não encontrei alguém que me marcasse como você, mas sobrevivo bem assim. Na verdade, foi você mesmo quem fez o parto, e me colocou de volta a vida. E esta, me guarda coisas muito melhores. Até mesmo que você. Obrigada por me fazer mais forte do que antes, e mais do que isso, por sair do jogo para que eu pudesse ver que sou capaz de amar muito mais... Minhas queridas amigas.
Banho, roupa apresentável, uma quase arrumação nos cabelos, e lembrar de no meio do dia, entre um compromisso e outro, ensaiar meus melhores sorrisos. O roteiro de todos os dias é esse. As pessoas fazem questão do clichê ‘tudo bem?’ enquanto não estão interessadas na verdade. E ainda se surpreendem com a resposta de que não estamos bem. É como se você tivesse implorado pra falar dos seus problemas. Não! Então meu clichê mesmo, é outro: ‘se não quer saber, não pergunte’. Não sou obrigada a mentir, pra te poupar. Mas pra não ter dor de cabeça com aqueles que não seguem o script, optei pelas cenas mais fáceis: finjo que estou ótima e se você perguntar, ainda confirmo se quer realmente saber. O bom de tudo isso, é que além de descobrir que não as pessoas nem se preocupam com você como imaginava, faz bem pra alma. Umas boas gargalhadas ao longo do dia são capazes de esconder angústias e mais do que isso, deletá-las. Sofre quem tem tempo, e o tempo que tenho livre, to gastando sorrindo. E no fim de todos os dias, mesmo com os problemas sem solução, chego à conclusão de que sou uma atriz muito boa ou ninguém me conhece o suficiente: aposto nos dois.
Aprender a não atravessar o mundo por quem não daria um passo na minha direção. Poupar paciência e evitar frustrações. Preciso.
E o joguinho continua. Você fingindo que está tudo bem, enquanto vibra em saber que sofro com a situação. Confesso que eu realmente sofro. Não por você, de saudade ou vontade de ter de volta, mas sofro por mim. Sofro só de pensar no quanto valorizei, por toda confiança e dedicação depositada em quem não merecia. Me esforcei por nós sabia? Enquanto você não fez questão alguma de dividir sua vida comigo. Hoje, já não sofro nem por mim. E chego a conclusão de que errada não é quem acredita, mas sim quem não tem capacidade de aceitar um sentimento e acha que tudo na vida é brinquedo. Compreensível, coisas de criança.
E como boa menina que sou, darei a você o tempo que precisar. Esperar sentada é uma boa... No colo de outro.
Eu já aceitei o fim, só ando trocando todas as palavras por ‘amor’ ou ‘namoro’ no meio das frases, por mera distração.
Todos nós nos comportamos de forma distinta diante do trauma e da agonia. Algumas pessoas agem impulsivamente; outras se reprimem – contendo a dor e guardando-a bem no fundo, deixando-a se formar e inflamar.
Rejeição de forma nova, pensei que já a conhecesse de maneira suficiente
Disseram-me palavras tão aveludadas no início, me motivaram
Que pensei que meu coração estaria finalmente reconfortado
Pobre coração iludido!
Não teve sequer a chance de ser escutado, conhecido, apreciado
Tentei num impulso desesperado mostrar que estava presente
Gritando um sentimento que prosseguia crescente
Uma palavra muda tudo
E de ingênua e inocente me torno ré confessa
Sem chance de defesa!
O pre conhecimento que era terno e ao mesmo tempo quente
Se transformou em pre julgamento
E ainda disseram-me que as pessoas andam muito individualistas
Esquecem-se de se incluir nesta frase
O teto era de vidro e a pedra foi atirada
E eu que pensei que podia entregar meus pensamentos e coração
A alguém que enxerga cem por cento somente sua razão
Gostar só do que se quer ouvir é tarefa fácil
Quero ver aceitar o próximo como de fato ele o é
Praticar a caridade com o patinho feio, a ovelha negra
Augusto já havia nos alertado
O amor é ingrato
“A mão que afaga é a mesma que apedreja”
A esperança está morta
Preciso me acostumar com o novo tempo
Me armar contra ele
Que este episódio enfim
Do que nem aconteceu e chegou ao seu fim
Venha me servir como uma árdua lição
Da próxima vez, as belas palavras não mais me comoverão
Na mesma proporção, vou trancar meu coração
Para que não o dilacerem mais
E que o equilíbrio se crie em mim
Com a ponderação das palavras que não tive
Sempre me entreguei fácil demais
E agora só me resta o pagamento da sentença
Que venha a carceragem
Já me acostumei às condenações.
Na cela por fim
Vou apagar os traços que criei
De nossa história imaginária
Eu tinha tanto a te oferecer
E tão pouco a te pedir
Mas você é o ”mestre” da razão
E mesmo sem pecar,
No seu julgamento não tive perdão.
Que as novas tecnologias apresentem a máquina do esquecimento
Ou então que as forças do universo levem este sentimento para longe
E que ele nunca mais se impere em minha alma
O mal do século é a solidão.
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