Pés Descalços
Hoje eu quero meus pés descalços;
quero dançar como se não tocasse o chão.
Quero minh’alma preenchendo os espaços.
Hoje eu quero o mundo na palma da mão...
Que para tudo haja o momento exato.
Que seja possível... Que não haja demora...
Porque eu não tenho a obrigação de ser feliz pra sempre...
desde que eu consiga ser feliz agora.
Ando, com os meus pés...
Descalços e limpos...
Pois... Não tenho medo dos espinhos da vida...
Nem dos inúmeros desafios...
Lembranças
Lembro me dos pés descalços.
Das ruas sem limites,
Onde podiamos se esconder no bairro todo.
Lembro me do pega pega ,rouba bandeira
e de continuar brincando mesmo debaixo de chuva.
Das músicas que davam asas a imaginação
Vinucius de Morais,Trem da alegria,Bozo,Bambalalão.
Lembro me da variedades de brinquedos
E de não precisar tê-los todos.
De jurar a bandeira e inventar brincadeiras.
Dos almoços de domingo das quermesses com bingo.
Dos papéis de carta e o pula pirata.
Da cama de gato,pular corda e elástico.
Da prova mimiografada ,a bagunça no corredor e a lousa rabiscada.
Ah! A escola era uma segunda casa.
Lembro me da alegria ao chegar meu pai com o pão de cada dia.
Lembro me que para ser feliz era nescessário ser apenas criança!
O poema dos pés descalços
O poeta calçado
só exalta o espírito,
venda a si
e ao seu companheiro
que é explorado
o poeta descalço
sente na pele,
luta e grita
quando ao povo miúdo
só resta o percalço
porque o poeta,
se calça o pé,
fantasia a vida, esquece
que de matéria ela é;
se calça o pé,
jamais sentirá (e denunciará)
o que aflige a “ralé”
já que
calçado
o pé do poeta
não fica no chão;
calçado
o poema só serve
a uma fria erudição;
calçado
lhe faltará boa fé
posto que ao que (e quem) serve o poema
se o poeta
calçado
não o sente pelo pé?
“Corro o passado.
Com os meus pés descalços.
E sempre passo.
Onde eu não quero ir.
E ver que tento.
Juntar os pedaços.
Mas e difícil.
Sem você aqui.”
Em frente ao mar
Com os pés descalços
Eu sinto a areia em meus dedos
Em poucos instantes eu toco a água
Olho para o horizonte
Eu me pergunto como vim parar aqui
Então me dou conta de que não estou aqui
É apenas a minha imaginação.
Sou meu riso
mais solto,
a lágirma que rola,
o cabelo ao vento,
os pés descalços,
o passo leve,
a flor do campo,
a música que danço.
Sou o voo livre,
o pouso no ninho,
meu próprio rascunho,
do céu, o carinho!
12/09/2015
VOCÊ MANANCIAL
O sol de rachar
Poderia ser miragem
Os pés descalços e a sede
Deviam estar afetando
A sanidade que insistia em sobrar...
Quando não poderia sonhar
Onde tudo falta
Eu sei
No deserto eu achei
Um manancial..
Estou no meio desta selva
Sentado em cima destas pedras
Com meus pés descalços
Sinto a força do sagrado
Na calada deste deserto
Cheio de pássaros por perto
Vejo o sol ao amanhecer
Despertar a essência do meu ser
Sinto a força da natureza
Cheio de paz, amor, e beleza
Transformar nesta linda poesia
Neste maravilhoso espetáculo da vida
Como é que está seu dia hoje?
Praia, sol, e surf pra encarar
Pés descalços na areia
E o mar inteiro à esperar
Vamos curtir, fugir e alçar o tempo
Vamos desinibir cada momento
Quero quebrar as regras e tabus
Voar no céu e ver o mundo nu
Bora escancarar os risos
Fugir dos mitos
Mudar e superar os riscos
Não preciso entender como as coisas são
Nem quero nada, só quero diversão
Vamos deixar de lamento
Jogar bola na orla
Soltar abraços ao vento
Hoje eu estou de boa
Celular desligado
Nada me magoa
Entre teu sono, teus sonhos caminho com pés descalços. Se acordas sou água que entorna seus entornos ao se refrescar, escorrendo do riso até a curva mais suntuosa de tua vontade; nesse pequeno instante me pertences.
Andar de pés descalços...
Sentindo a energia da terra...
Deixando cair à chuva no rosto e não fugir dela.
Aquela velha sensação da infância... Que traz a alegria aos sentidos.
Simplicidade da natureza...
Da sintonia com as maravilhas...
Faz-nos encher o peito de uma gratidão especial.
A estas maravilhas ao alcance de todos.
Exalava um perfume exótico com inconfundível aroma, doce da suave melanina, com pés descalços, mas o andar altivo de bailarina, trazia na beleza o sorriso de menina... Impressionante como fascina! Era tão perceptível a luz em seu averso, que conseguia tudo e a todos encantar, seus súditos viviam a enamorar, uma deusa negra que, por onde passava, tudo iluminava com seu gracejar.
Caminhava de pés descalços
Sentindo a areia nos pés
O vento bagunçava os meus cabelos.
Fitei o oceano imenso
Com respeito
E respirei paz.
Aí percebi,
Que morava em mim
A capacidade de ser
O que eu quero encontrar.
Para que, quando o amor chegar
Eu não o sobrecarregue com meu querer.
Mas saiba ser, simplesmente
O amor de alguém.
Na barrenta Joaquim Cardoso, aquele garoto, pés descalços...
Fotografava nas pupilas as saudades de então...
E entre todos os percalços, as doces lembranças
Um saquinho de doces de Cosme e Damião
Para uma criança é tão fácil ter felicidade,
E entre bombons, cocadas e pirulitos eu saboreio este sentimento
Essas recordações me conduzem nas agruras da terceira idade,
E me adoçam até hoje, a existência em qualquer momento
A vida é feita pra ser tocada com os pés descalços
A cada passo, cada compasso e a cada braço
Menina sapeca
Eu quero te vê
Com os pés descalços
Pelos cantos da casa
Na varanda
Na sala
Debochando da ilusão
Contemplando leituras
Até mesmo as de Charles Bukowski.
Quero a pureza do som
Com seu violão
Sua Gaita
Numa melodia
Que arranca sorrisos da alma
Como cantos dos pássaros
Ao amanhecer do dia.
Haja como outros seres
Tire as asas deste corpo
Assopre forte pelo escuro
Faça delas memórias de um tesouro
Pois a vida é curta
E lindo é a liberdade
Deixe ser levada por vários caminhos
E liberte-se desse casulo de medos.
Marivaldo Pereira Mperza
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