Pequena Menina dos Olhos Castanhos
Às vezes, fecho os olhos e a visão do amor me invade. É amarga, no momento, por diversas razões, mas vem com um sabor um tanto doce! É magnífico e estonteante. Essa sensação é tão indispensável quanto indescritível e deliciosa.
Momentos e os espinhos
Em certos momentos, a vida se torna uma visita indesejada aos meus olhos, e isso se deve às inúmeras ocasiões em que insiste em enviar a saudade, envolta em espinhos, fazendo com que meus olhos sangrem ao lembrar de você. Esta cruel e insensível lembrança que se arrasta em minha direção constantemente, por vezes até diariamente. É angustiante esse sentimento que se desdobra a cada ciclo, e dolorosas são as lembranças que o tempo me traz incansavelmente.
Às vezes, as frases dançam diante dos meus olhos, e em outras ocasiões, elas se contorcem. Isso acontece porque nem sempre estou bem; há momentos em que realmente não me sinto bem.
“Eu só me sinto feliz quando a felicidade explode em meus olhos e desce graciosamente pelo meu rosto, caindo em múltiplas gotículas. Ou mesmo quando se agarra à minha pele e penetra dentro de mim, causando mais e mais explosões!”
Mesmo que eu tenha visto, reconheço que meus olhos se enganam pelas aparências e pelo que eu quero ver. No entanto, jamais duvido ou me oponho a tudo que sugere como verdade minha alma e meu coração.
O conformado em vida não abre os olhos pelas manhãs, segue dormindo para o sono profundo, inevitável da eternidade.
Na maioria das vezes não é só o bonito que agrada os olhos e nos desperta um feliz desejo e interesse.
Os olhos condenam o Brasil mas o coração perdoa, afinal o povo é muito bom e tem por profissão a esperança.
“O Cheiro dela ao amanhecer é como rosas, quando ela voa para meus braços, seus olhos hipnotiza minha alma, me fazendo dançar nas nuvens.”
A rica vida tira sarro dos ricos homens, que ricos são aos olhos d'outros homens que pobres estão.
Mas não enxergam que a rica vida, tira sarro.
Meus olhos querem chorar
Não tem motivo qualquer,
Acho que lembrei-me de alguma bela mulher
Mulher é esta tão bela,
Que os olhos doem de ver...
Mulher é esta tão bela,
Que a dor não cansou de doer
E dói dói dói
Dói tanto de dar dó,
Pena tenha de mim,
Mulher, Mãe e Avó.
Muito em breve.
Em breve, serás minha...
À hora em que o sol fechar os seus olhos indiscretos, quando a história acabar e os mitos ganham vida, não é apenas na minha capa que me envolvo, mas também na noite, e vôo para te encontrar, não são os teus passos que tento ouvir, mais o bater do seu coração.
Cada vez que chega à noite para fechar meus olhos, sinto seus supiros no meu ouvido e seu perfume de mulher que você deixou impregnado em meu coração...
A cena que retrata a realidade é a perspectiva da percepção através de outros olhos. Pois a conversão da imagem na lente evidência o presente, passado e futuro ocultados no fundo da imaginação.
Intensa como fogo perene e furioso, faminto por consumir tudo o que há pela frente. Teus olhos dilaceram os céus, sob a cólera das luzes das tempestades violentas, tal como um ensaio da fúria divina. Queimas, consomes a ti mesma, por teus amores, risos e dores, mas a violência da tua existência, como uma força da natureza, me lembra que existes e me questiono, livre de medos: Seria sadismo, desejar em doce agonia, infligir a minha própria carne e espírito esta doce pena, abraçando tuas chamas?
Noite. E em teus olhos, amada, não vejo estrelas,
Mas sim a fúria gélida de luas estilhaçadas,
O eco persistente de antigas procelas,
As sombras disformes, por medos abraçadas.
Teu peito é um mausoléu de mágoas não ditas,
Um jardim devastado onde só espinhos ousam florir.
E eu? Eu sou o coveiro faminto que visita
Cada cripta da tua alma, sem jamais fugir.
Que venham teus demônios! Que urrem e se contorçam!
Eu os recebo com a fúria faminta do meu desejo.
Rasgo suas carnes espectrais, que me devorem!
Em cada ferida deles, o meu amor eu vejo.
Teus traumas são tapeçarias que eu venero,
Bordadas com o sangue escuro do teu penar.
Eu beijo cada nó, cada fio austero,
E neles encontro o mais sagrado altar.
Não tente esconder a angústia que te corrói,
O veneno lento que gela tuas veias finas.
Entrega-me! Deixa que meu beijo o destrói,
Ou que se misture ao meu, em danças assassinas.
Teus receios são bestas? Eu serei o caçador!
Não para matá-los, mas para domar sua ira.
Montarei em seu dorso, com selvagem ardor,
E farei da tua escuridão a minha lira.
Eu não vim para curar, nem para trazer a luz.
A luz é frágil, mente sobre a podridão que resta.
Eu vim para fincar minha bandeira na tua cruz,
Para reinar contigo nesta noite funesta.
Abraça-me com tuas garras de pavor cravadas,
Deixa teu caos sangrar sobre meu peito aberto.
Sou o guardião voraz das tuas alvoradas
Quebradas, o amante do teu deserto.
Em meus braços, teus monstros encontrarão espelhos,
E em meu toque feroz, um reconhecimento brutal.
Sou o santuário profano dos teus pesadelos,
O inferno seguro, teu paraíso mortal.
Então, chora tuas dores em meu ombro de granito,
Liberta as sombras que insistes em acorrentar.
Eu as devoro, as acolho, as bendigo e as incito.
Pois amar-te, minha sombria flor, é abraçar o teu lugar mais maldito
e chamá-lo, enfim, de lar.
