Pensamentos Theodor Adorno
A tarefa atual da arte é introduzir o caos na ordem.
Serás amado apenas quando puderes mostrar a tua fraqueza, sem provocar nenhuma força.
A arte é a magia libertada da mentira de ser verdadeira.
O amor é a capacidade de perceber o semelhante no dessemelhante.
Existe um critério quase infalível para determinar se um homem é realmente teu amigo: o modo como refere opiniões hostis ou descorteses a teu respeito.
O humano estabelece-se na imitação: um homem torna-se um homem apenas imitando outros homens.
O homem é tão bem manipulado e ideologizado que até mesmo o seu lazer se torna uma extensão do trabalho.
A arte necessita da filosofia, que a interpreta, para dizer o que ela não consegue dizer, conquanto só através da arte pode ser dito ao não ser dito.
A decadência da oferta espelha-se na penosa invenção dos artigos para presente, que já pressupõem o fato de não se saber o que presentear porque, na verdade, não se tem nenhuma vontade de fazê-lo.
De homens muito maus não se pode nem mesmo imaginar que morram.
A grandeza de uma obra de arte está fundamentalmente no seu caráter ambíguo, que deixa ao espectador decidir sobre o seu significado.
Liberdade não é poder escolher entre preto e branco mas sim abominar este tipo de propostas de escolha.
Só o astucioso entrelaçamento de trabalho e felicidade deixa aberta, debaixo da pressão da sociedade, a possibilidade de uma experiência propriamente dita.
A faculdade de julgar é medida pela firmeza do eu.
Enquanto a sociedade gerar a barbárie a partir de si mesma, a escola tem
apenas condições mínimas de resistir a isto.
A competição é um princípio, no fundo, contrário a uma educação humana.
Para a felicidade se aplica o mesmo que para verdade. Alguém não a tem, está nela.
Normalidade significa morte.
o homem é o que ele existe
A felicidade está obsoleta: não é rentável.