Pensamentos sobre a Infância
Essa saudade só aumenta
da última verdadeira infância
daquilo que por um bom tempo,
e sempre, será os anos noventa.
Os carros que havia em minha infância, que eu me lembre eram: Aero Willys, Kombi, Fusca, Dodge Dart, Gordini, Opala, Maverick, Caravan, Brasilia, Corcel. Ah! Tinha o Chevette.
Você consegue imaginar isso rs rs rs. Era ótimo!
O segredo para imortalizar a felicidade é: nunca desvincular-se da própria infância. Desta forma, a alma jamais envelhece.
INFÂNCIA
LEMBRO DAS PIPAS
DOMINANDO OS ARES
COMO NUM BAILE DE VÉUS.
E EU ME CONTENTAVA
COM MINHA DODRADURA DE PAPEL
NO CANTINHO DO CÉU.
Na minha infância
O bambolê era uma festa
Bambolês coloridos
Girando no corpo
Para frente e para trás
E em euforia
Confetes e serpentinas
Para iluminar
Passamos da infância a adolescência, da adolescência a juventude, da juventude a idade adulta, da idade adulta para velhice, da velhice para morte, da morte para os céus ou inferno.
Desperdiçam a infância sonhando com a maior idade....mas quando lá chegam comportam-se como crianças....e perdem o resto da vida tentando voltar no tempo. A juventude actual não vive nem o presente, nem o passado....apenas sonha....
A infância nos abandona para que corramos atrás dela pedindo pelo amor de Deus que ela volte. Mas ela não volta, é amante que só dá uma chance e de repente parte na calada da noite. Quando acordamos já é tarde demais.
“Em meus anos de inocência, umas
vez na infância me perguntaram “o
que quer ser quando crescer?”. E
aquela pergunta de alguma forma
mexeu comigo, então, apontei para
as estrelas e disse “quando eu
crescer, quero ser como elas”.”
Ah, essa mesmice domingueira
traz uma saudade da infância,
onde tudo era pura brincadeira
de uma feliz importância....
mel - ((*_*))
Os pais nos educam na infância e nós nos educamos na juventude ou seja aprendemos a auto-domesticar nós mesmos para dar respostas a sociedade
Mesmo entre os animais selvagens, a infância ressalta ingenuidade. É o tempo em que, para os homens ou os animais, abre-se a porta lúdica da vida, onde, o que realmente importa, é festejar a existência.
(Pensamentos soltos na brisa das tardes. Sorocaba/SP: Crearte Editora, 2013)