Pensamentos de Roberto Campos sobre Comunismo

O tempo é um tecido invisível em que se pode bordar tudo.

Um homem consola-se mais ou menos das pessoas que perde.

Cuidado com os amores passageiros… eles costumam deixar marcas dolorosas que simplesmente não passam.

Já lá dizia o poeta que a verdade pode ser às vezes inverossímil.

O elogio é um meio muito usa­do, mas sempre novo, de render homenagem à vaidade alheia.

Não era ódio. Era amor. Alguns sintomas são os mesmos.

O amor tem o poder de prolongar as distâncias.
Os passos perdem a pressa. Chegar não é mais importante.
O encanto está no ir. Um ir eterno, sem destino, sem tréguas.
Um chegar que não chega nunca.

A felicidade é tão oposta à vida, que estando nela, a gente esquece que vive.

A perfeição no amor consiste no sacrifício dos desejos do amante que deseja somente agradar à pessoa amada.

Misturo poesia com cachaça e acabo discutindo futebol...

Onde há música não pode haver maldade.

Até a morte, tudo é vida.

Não é mau este costume de escrever o que se pensa e o que se vê, e dizer isso mesmo quando não se vê nem pensa nada.

Era homem como os outros; outros Aquiles andam por aí que são da cabeça aos pés um imenso calcanhar.

Há uma grandeza, há uma glória, há uma intrepidez em ser simplesmente bom, sem aparato, nem interesse, nem cálculo; e sobretudo sem arrependimento.

Só o que manda com amor é servido com fidelidade

O vício é muitas vezes o estrume da virtude.

Os homens igualam-se na dor e diversificam-se na alegria.

Se consegues fazer um bom julgamento de ti és um verdadeiro sábio.

Vamos fazer um poema
ou qualquer outra besteira.
Fitar por exemplo uma estrela
por muito tempo, muito tempo
e dar um suspiro fundo
ou qualquer outra besteira.