Pensamentos de Mario Sergio Cortella
O sentido da vida é uma construção histórica, social e cultural. O sentido da vida não é o mesmo para todos, não é o mesmo o tempo todo, nem em todos os lugares, nem do mesmo modo. O que eu não quero (...) é morrer à toa. Mas, para não morrer à toa, é preciso não viver à toa.
Não é só a educação dos filhos que é necessária, mas a dos pais também.
A amizade cria um vínculo que não está ligado à temporalidade da medição do tempo.
Uma amizade que não exija luta pode enfraquecer ao ponto de se esvair.
A vida quer da gente é coragem. Coragem para quê? Coragem pra ir buscar, coragem pra não desistir, mas, especialmente, coragem pra não ser medíocre.
O bom navegador não espera o vento oportuno, ele vai atrás.
Assumir a postura de liderança é, antes de mais nada, uma escolha. Mas ela exige uma estupenda capacidade: a de se ter humildade.
Nossa percepção de tempo de vida nem sempre é marcada por aquilo que nos resta, mas por aquilo que a gente deseja. Isto é, aquilo que se imagina que garanta para nós um tempo que não tem término.
A amizade recusa o abandono, o isolamento; é uma forma de se distanciar da sensação de estar sozinho.
Amizades que se supõem que existiam e, por conta da polarização, foram rompidas não eram amizade.
Uma das coisas boas da amizade é que ela é marcada por certa irracionalidade, as pessoas são nossas amigas e pensamos “como suporto essa pessoa na minha vida?”, uma pessoa que dá trabalho e tá sempre encrencando, mas você não larga.
Amizade dá trabalho, não dá para ter uma amizade que seja uma carga leve.
A amizade não admite a traição; o amor admite, a paixão também. Mas a traição e a ingratidão são elementos que não cabem no conceito de amizade.
A amizade exige autenticidade. Eu posso ser de um jeito que você não gosta, mas fica nítido que sou assim para que você possa escolher se continua ou não, sem dissimulação.
Ter amigos e amigas é importante sempre porque lembra cada um que não somos estrelas solitárias.
Sonhar é ter uma expectativa que se queira atingir, delírio é a incapacidade de construir um caminho viável para se chegar ao objetivo.
Aceito o fato de que sou uma subjetividade enclausurada dentro de mim, mas, como isso é absolutamente abstrato, só sei o que sou quando me vejo fora de mim. E eu me vejo fora quando tenho minha obra feita. Então, me realizo.
Uma pessoa só aceita a mudança, de fato, quando percebe que será beneficiada no processo.
Mudar é complicado, sem dúvida, mas acomodar é perecer.
