Pensamentos de Gibran Khalil sobre a Paz

Faço dizer aos outros aquilo que não posso dizer tão bem, quer por debilidade da minha linguagem, quer por fraqueza dos meus sentidos.

Os homens de pouca inteligência não sabem encarecer a própria capacidade sem rebaixar a dos outros.

O amigo é um segundo eu.

Onde intervêm o favor e as doações abatem-se os obstáculos e desfazem-se as dificuldades.

A indiferença ou apatia que em muitos é prova de estupidez pode ser em alguns o produto de profunda sapiência.

São sempre desatinadas as vinganças por ciúmes.

A glória só chega àqueles que com ela sonharam.

Admiramos o mundo através do que amamos.

Há injúrias que temos de ignorar para não comprometermos a nossa honra.

Muita luz deslumbra a vista, muita ciência confunde o entendimento.

A luxúria é como a avareza: aumenta a sua própria sede com a aquisição de tesouros.

Os pintores só devem meditar com os pincéis na mão.

Os velhos que se mostram muito saudosos da sua mocidade não dão uma ideia favorável da maturidade e progresso da sua inteligência.

Uma árvore nua
aponta o céu. Numa ponta
brota um fruto. A lua?

Os males que não são percebidos são os mais perigosos.

A preguiça dificulta, a atividade tudo facilita.

Deus, que eu morra no palco!
Não me coroem
De rosas infecundas a agonia!

A utilidade da virtude é de tal modo evidente que os maus a praticam por interesse.

O tempo, que fortalece as amizades, enfraquece o amor.

É próprio das grandes almas desprezar grandezas e almejar mais o médio do que o muito.