Pensamentos de Michel de Montaigne

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Quem ensinasse os homens a morrer, os ensinaria a viver!

É prova irrefutável da fraqueza de nosso julgamento apaixonarmo-nos pelas coisas só porque são raras e inéditas, ou ainda porque apresentam alguma dificuldade, muito embora não sejam nem boas nem úteis em si

Do medo é que eu tenho mais medo.

Não viajo sem livros, nem nos tempos de paz nem os tempos de guerra.

Quem segue outrem, não segue coisa nenhuma; nem nada encontra, mesmo porque não procura.

Acho que prazeres devem ser evitados se acarretarão dores maiores como consequência, e que as dores a serem desejadas são aquelas que resultarão em prazeres maiores.”

O mundo é por excelência o templo sagrado a que o homem tem acesso a fim de contemplar monumentos que não foram construídos pela mão humana, mas sim erguidos pela divina sabedoria.

Todas as espécies existem em um número mais ou menos variado, o que nos induz a crer que não seja este mundo a única obra isolada de Deus nem que a matéria de que ele se serviu para criá-lo se haja esgotado.

Nosso maior prazer neste mundo são os pensamentos agradáveis e a grande arte da vida consiste em tê-los no maior número possível.

Um homem precisa de ouvidos fortes
Para ouvir o que se diz sobre ele,
Quando é julgado com liberdade.

Cada homem tem em si a condição inteira da humanidade.

O homem deve buscar ser somente o que ele é, ou seja, um homem, e nada mais que isso. Não podemos fazer nada melhor do que sermos humanos.

A morte faz parte da nossa condição de humanos. Nós somos uma mescla de vida e morte e ambas confundem-se em nós. Aprender a viver é aprender a morrer. Quando assumimos nossa condição mortal tendemos a estimar mais a vida que temos. A morte nos faz desejar viver mais e melhor.

É impossível conversar de boa-fé com um tolo: não é só o meu juízo o que se corrompe nas mãos de um dono tão impetuoso, mas a minha consciência também.

Quem se vangloria de seu saber não sabe o que é o saber; o homem não é nada quando pensa ser alguma coisa; quando se exalta engana a si próprio.

Se tudo o que não vemos não existisse, nossa ciência se acharia muito empobrecida.

Uma fealdade e uma velhice confessada são, a meu ver, menos velhas e menos feias do que outras disfarçadas e esticadas.
-- Michel de Montaigne

Inserida por jjovanil

Para melhor nos conhecermos podemos refletir sobre a experiência dos outros e nos vermos refletidos nelas, mas isso não significa que conhecemos os outros, pois todos somos claramente diferentes.

Inserida por DavidFrancisco

Como cada ser humano apresenta múltiplos aspectos e cada um tem suas características próprias, não é possível estabelecer regras para todos os homens.

Inserida por DavidFrancisco

Não podemos indicar algo que seja comum a todos, cada indivíduo tem que elaborar seu próprio conhecimento, sua sabedoria particular, que vai ser a sua medida para conhecer a si mesmo.

Inserida por DavidFrancisco